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quarta-feira, julho 14, 2004

EMBRAPA AUMENTA VIDA ÚTIL E PRODUTIVIDADE DO MARACUJÁ

Vida longa e próspera para os pomares de maracujá. É o que garante a mini-enxertia, uma nova tecnologia desenvolvida pelo pesquisador Geraldo Nogueira, da Embrapa Roraima, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O processo consiste numa pequena abertura na superfície logo abaixo das primeiras folhas, a chamada enxertia hipocotiledonar, utilizando plantas jovens de seis a oito centímetros das variedades que se deseja enxertar.
A tecnologia, segundo Nogueira, é eficiente na produção de mudas da planta, pois permite cerca de 100% de sucesso e uma precocidade excelente. A muda está pronta para plantio cerca de 45 dias após a enxertia. A muda convencional leva, em média, seis meses para ter condições de cultivo.
Esse processo, que virou tese de doutorado de Geraldo Nogueira na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), pode permitir aos pomares de maracujá uma vida útil de três a cinco anos. Hoje, o produtor renova o pomar anualmente devido aos problemas fitossanitários que atacam a cultura no sistema convencional de plantio por meio da propagação por sementes.
As doenças que atingem em cheio os maracujazeiros, como a podridão do colo da planta, a murcha e os nematóides formadores de galhas, são as responsáveis pela baixa produtividade dos pomares em todo o país. Segundo o pesquisador, a produtividade brasileira de maracujá é, em média, de apenas 10 toneladas por hectare. Com a enxertia, os pomares poderão produzir entre 40 e 50 toneladas por hectare. O processo também tem a vantagem de perpetuar os melhores materiais com as características desejáveis, alta produção e teores elevados de suco e açúcar.

Maior produtor
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, segundo o IBGE. Em 2003, o país teve uma produção de 479 mil toneladas, numa área de 33 mil hectares. A Bahia comanda a produção com 77 mil toneladas em 7,8 mil hectares. São Paulo é o segundo maior produtor, com 58 mil toneladas em 3,7 mil hectares. Típico do Nordeste, o maracujá é produzido durante todo o ano em temperaturas médias de 20º a 32º C. A fruta é fonte de carboidratos, além de conter vitaminas A, C e o complexo B. É rica em sais minerais como cálcio, fósforo e ferro.

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