“Eu que vacino 2004” acompanha vacinação de 911 vacinadores
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de frangos. Para manter-se nesse estágio, a avicultura nacional trabalha com mais avançada tecnologia em manejo, alimentação e sanidade. A Merial Saúde Animal, maior indústria de produtos para saúde animal do mundo, está ao lado da atividade para fornecer medicamentos de última geração e apoiar a contínua melhoria da produtividade. Uma das ações da empresa nesse sentido é a campanha “Eu que vacino com Merial”, que chega ao sexto ano. O objetivo é incentivar a adequada vacinação e obter melhores resultados de performance das aves, utilizando produtos e equipamentos fornecidos pela empresa.
A campanha “Eu que vacino com Merial” foi criada a partir da necessidade dos vacinadores receberem orientação adequada para aplicar corretamente as vacinas injetáveis contra as enfermidades de Marek, Bouba e Gumboro pela via subcutânea no primeiro dia de vida.
A primeira fase da campanha vai até o dia 15 de julho; e a segunda fase começa dia 16 de julho e termina em 15 de novembro. As equipes de vacinadores e profissionais dos incubatórios são acompanhadas e avaliadas pelos Coordenadores de Território da Merial, de acordo com os critérios: índice de eficiência, manipulação das vacinas, limpeza, desinfecção e conservação de equipamentos. “A realização do concurso tem como princípio incentivar os vacinadores e demais profissionais dos incubatórios a utilizar corretamente os produtos e os serviços oferecidos pela empresa”, comenta Jeovane Pereira, gerente de produtos e serviços de vacinação da Merial.
Neste ano, a campanha “Eu que vacino com Merial” terá a participação de 69 equipes de vacinação, sendo o grupo A formado por incubatórios de frango de corte e o grupo B composto por incubatórios de poedeiras comerciais e matrizes, totalizando 911 vacinadores sendo acompanhados mensalmente. Ao final de cada avaliação, os participantes serão premiados conforme a pontuação por categoria (Grupo A e B).
O ciclo de produção de um frango de corte é muito breve, pode chegar no máximo a 60 dias (no caso do chester). Por esse motivo, é imprescindível vacinar o pintinho nas primeiras horas de vida (um dia de vida do pinto representa cerca de 2,5% do seu tempo de vida). “Com a campanha “Eu que vacino, a Merial reconhece o vacinador, responsável pela adequada vacinação das aves no incubatório, tornando o processo de imunização cada vez mais eficiente, agregando aos clientes mais benefícios”, complementa Jeovane Pereira.
Informações sobre a campanha “Eu que vacino com a Merial” por ser obtidas no site www.merial.com.br ou pelo telefone 0800 160 909.
Texto Assessoria de Comunicações: Tel. (11) 3675-1818 Jornalista responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
Coordenação: Simone Rubim (simone@textoassessoria.com.br)
Atendimento: Vanessa Stecanella (vanessa@textoassessoria.com.br)
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sexta-feira, maio 07, 2004
Brasil inicia testes com feijão transgênico
Numa iniciativa inédita no Brasil – que possibilitará, pela primeira vez, mesurar o impacto dos alimentos geneticamente modificados sobre o meio ambiente – a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deu início nesta terça-feira (4) aos testes de biossegurança com uma variedade transgênica de feijão. O feijoeiro geneticamente modificado (Phaseolus vulgaris L) é resistente ao vírus conhecido como mosaico dourado, uma das principais pragas que afetam a cultura do feijão no país. Os testes – que foram aprovados previamente pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – estão sendo usados pelo governo como argumento contra alguns setores da comunidade cientifica que, após a polêmica envolvendo o Projeto de Lei da Biossegurança enviado ao Congresso, o acusam de ser contra o desenvolvimento de pesquisas nessa área.
A Licença de Operação para Áreas de Pesquisa (Loap) com o feijão transgênico foi concedida pelo Ibama no dia 12 de março, através de decreto do presidente do órgão, Marcus Barros. No dia seguinte, o cultivo experimental foi iniciado, sob a coordenação das unidades de Arroz e Feijão e de Recursos Genéticos da Embrapa, na cidade de Santo Antonio de Goiás (GO), a doze quilômetros de Goiânia. Foram plantados cerca de mil e quinhentos pés de feijão convencional e transgênico, que agora começam a ser coletados para a realização de análises comparativas nos laboratórios da empresa.
Os pesquisadores da Embrapa querem saber se o feijoeiro transgênico pode se tornar uma planta invasora e se é agressiva com o meio ambiente. A planta deve ser resistente somente ao mosaico dourado, não causando impacto sobre os demais microorganismos e animais do solo. Se houver prejuízo a essas populações, isso significará que houve erro na manipulação genética da planta. Outro fator a ser avaliado na pesquisa é a capacidade de fixação de nitrogênio do feijoeiro transgênico. Se a planta for deficiente nesse quesito, precisará de mais adubo nitrogenado no cultivo e se tornará menos atrativa economicamente.
Transmitido pela mosca branca, o vírus do mosaico dourado é atualmente a principal praga do feijão em diversas regiões de plantio no país e é capaz de acabar com 100% de uma plantação. Ao entrar na planta, o vírus a obriga a produzir uma enzima que possibilita sua reprodução e termina por matar o feijoeiro. Os pesquisadores conseguiram introduzir na planta um gene modificado da enzima que o vírus a obriga a produzir. Com isso, mesmo quando infectada pelo mosaico dourado, o feijoeiro considera que já tem um nível suficiente da enzima e não a produz mais, impedindo a reprodução do vírus. Atualmente, os agricultores só conseguem combater o mosaico dourado através da aplicação maciça de agrotóxicos, solução que é cara e agride o meio ambiente.
Testes nos próximos três anos
A licença concedida pelo Ibama tem validade de três anos, período em que a Embrapa vai finalizar estudos de segurança alimentar e de viabilidade comercial do feijão transgênico. A empresa desenvolveu três linhagens de feijão (preto, carioca e talo), e o objetivo é saber qual terá melhores resultados no campo. Quando o período de pesquisas terminar, seus resultados serão apresentados à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTN-Bio) e ao Conselho Nacional de Biossegurança, que decidirão se o produto oferece riscos e se pode ou não ser comercializado no Brasil. Além do feijão, o Ibama concedeu também à Embrapa licença para realizar pesquisas com uma variedade de mamão geneticamente modificada. Resistente ao vírus da praga conhecida como mancha anelar, o mamão transgênico está sendo cultivado numa área com menos de um hectare na cidade de Cruz das Almas (BA).
O anúncio da realização de pesquisas com alimentos geneticamente modificados serve à vontade do governo de flexibilizar as regras e reduzir as dificuldades para o desenvolvimento científico do setor. O decreto 4996/03, publicado no Diário Oficial em janeiro deste ano, estabeleceu as regras para o acesso ao patrimônio genético, tendo como objetivo tornar a legislação mais clara. O objetivo do governo é evitar que as instituições – sobretudo os órgãos ambientais – sejam prejudicadas e vejam seus programas atrasados por excesso de burocracia. Após o decreto, o Ibama anunciou novas regras, simplificadas, para a realização de pesquisas com organismos geneticamente modificados em laboratório: “O Ibama não é obstáculo ao desenvolvimento e a tecnologia. Nossa tarefa é cuidar do meio ambiente, mas não temos vocação para atrapalhar o avanço da ciência”, afirmou o presidente do órgão, Marcus Barros.
Embrapa é palco de disputa
Desde o começo do governo Lula, a Embrapa se tornou um dos principais palcos da batalha entre os partidários das distintas visões sobre a questão dos transgênicos defendidas respectivamente pelos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Alguns pesquisadores da empresa se rebelaram contra o que consideraram um desmonte dos antigos quadros pela nova administração petista e denunciaram estarem sendo coagidos a se dedicar exclusivamente a pesquisas sobre agricultura familiar, abandonando as pesquisas voltadas para o agronegócio. Um dos pivôs da crise foi o ex-chefe do Centro de Recursos Genéticos e Biotecnologia da empresa, Luiz Antonio Barreto Castro, exonerado pela nova administração após ter sido alvo de denúncias e da campanha “Fora Barreto” por parte do sindicato dos servidores da Embrapa.
Atualmente, além das unidades de Arroz e Feijão e de Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Embrapa conta com as unidades de pesquisa para Gado de Corte (Campo Grande - MS), Pecuária Sul (Bagé – RS), Algodão (Campina Grande – PB), Trigo (Passo Fundo – RS), Soja (Londrina – PR), Uva e Vinho (Bento Gonçalves – RS), Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas – BA), Cerrados (Planaltina – DF), Semi-árido (Petrolina – PE), Amazônia Ocidental (Manaus – AM), Amazônia Oriental (Belém – PA) e Agrobiologia (Seropedica - RJ).
Fonte: Agência Carta Maior
A Licença de Operação para Áreas de Pesquisa (Loap) com o feijão transgênico foi concedida pelo Ibama no dia 12 de março, através de decreto do presidente do órgão, Marcus Barros. No dia seguinte, o cultivo experimental foi iniciado, sob a coordenação das unidades de Arroz e Feijão e de Recursos Genéticos da Embrapa, na cidade de Santo Antonio de Goiás (GO), a doze quilômetros de Goiânia. Foram plantados cerca de mil e quinhentos pés de feijão convencional e transgênico, que agora começam a ser coletados para a realização de análises comparativas nos laboratórios da empresa.
Os pesquisadores da Embrapa querem saber se o feijoeiro transgênico pode se tornar uma planta invasora e se é agressiva com o meio ambiente. A planta deve ser resistente somente ao mosaico dourado, não causando impacto sobre os demais microorganismos e animais do solo. Se houver prejuízo a essas populações, isso significará que houve erro na manipulação genética da planta. Outro fator a ser avaliado na pesquisa é a capacidade de fixação de nitrogênio do feijoeiro transgênico. Se a planta for deficiente nesse quesito, precisará de mais adubo nitrogenado no cultivo e se tornará menos atrativa economicamente.
Transmitido pela mosca branca, o vírus do mosaico dourado é atualmente a principal praga do feijão em diversas regiões de plantio no país e é capaz de acabar com 100% de uma plantação. Ao entrar na planta, o vírus a obriga a produzir uma enzima que possibilita sua reprodução e termina por matar o feijoeiro. Os pesquisadores conseguiram introduzir na planta um gene modificado da enzima que o vírus a obriga a produzir. Com isso, mesmo quando infectada pelo mosaico dourado, o feijoeiro considera que já tem um nível suficiente da enzima e não a produz mais, impedindo a reprodução do vírus. Atualmente, os agricultores só conseguem combater o mosaico dourado através da aplicação maciça de agrotóxicos, solução que é cara e agride o meio ambiente.
Testes nos próximos três anos
A licença concedida pelo Ibama tem validade de três anos, período em que a Embrapa vai finalizar estudos de segurança alimentar e de viabilidade comercial do feijão transgênico. A empresa desenvolveu três linhagens de feijão (preto, carioca e talo), e o objetivo é saber qual terá melhores resultados no campo. Quando o período de pesquisas terminar, seus resultados serão apresentados à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTN-Bio) e ao Conselho Nacional de Biossegurança, que decidirão se o produto oferece riscos e se pode ou não ser comercializado no Brasil. Além do feijão, o Ibama concedeu também à Embrapa licença para realizar pesquisas com uma variedade de mamão geneticamente modificada. Resistente ao vírus da praga conhecida como mancha anelar, o mamão transgênico está sendo cultivado numa área com menos de um hectare na cidade de Cruz das Almas (BA).
O anúncio da realização de pesquisas com alimentos geneticamente modificados serve à vontade do governo de flexibilizar as regras e reduzir as dificuldades para o desenvolvimento científico do setor. O decreto 4996/03, publicado no Diário Oficial em janeiro deste ano, estabeleceu as regras para o acesso ao patrimônio genético, tendo como objetivo tornar a legislação mais clara. O objetivo do governo é evitar que as instituições – sobretudo os órgãos ambientais – sejam prejudicadas e vejam seus programas atrasados por excesso de burocracia. Após o decreto, o Ibama anunciou novas regras, simplificadas, para a realização de pesquisas com organismos geneticamente modificados em laboratório: “O Ibama não é obstáculo ao desenvolvimento e a tecnologia. Nossa tarefa é cuidar do meio ambiente, mas não temos vocação para atrapalhar o avanço da ciência”, afirmou o presidente do órgão, Marcus Barros.
Embrapa é palco de disputa
Desde o começo do governo Lula, a Embrapa se tornou um dos principais palcos da batalha entre os partidários das distintas visões sobre a questão dos transgênicos defendidas respectivamente pelos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Alguns pesquisadores da empresa se rebelaram contra o que consideraram um desmonte dos antigos quadros pela nova administração petista e denunciaram estarem sendo coagidos a se dedicar exclusivamente a pesquisas sobre agricultura familiar, abandonando as pesquisas voltadas para o agronegócio. Um dos pivôs da crise foi o ex-chefe do Centro de Recursos Genéticos e Biotecnologia da empresa, Luiz Antonio Barreto Castro, exonerado pela nova administração após ter sido alvo de denúncias e da campanha “Fora Barreto” por parte do sindicato dos servidores da Embrapa.
Atualmente, além das unidades de Arroz e Feijão e de Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Embrapa conta com as unidades de pesquisa para Gado de Corte (Campo Grande - MS), Pecuária Sul (Bagé – RS), Algodão (Campina Grande – PB), Trigo (Passo Fundo – RS), Soja (Londrina – PR), Uva e Vinho (Bento Gonçalves – RS), Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas – BA), Cerrados (Planaltina – DF), Semi-árido (Petrolina – PE), Amazônia Ocidental (Manaus – AM), Amazônia Oriental (Belém – PA) e Agrobiologia (Seropedica - RJ).
Fonte: Agência Carta Maior
Lei que liberou plantio de soja transgênica anistiou contrabandistas
Mesmo após o plantio da safra de soja, o procurador-geral da República, Claudio Fonteles, quer que o plenário do Supremo Tribunal Federal julgue ação direta de inconstitucionalidade (adin) protocolada em janeiro contra a lei que permitiu o uso de sementes transgênicas sem estudo ambiental prévio.
Fonteles apresentou a adin quando a medida provisória que liberou o plantio ainda não tinha sido convertida na Lei 10.814. Depois da sanção da lei, o STF indagou a ele se gostaria de manter a ação. Fonteles mandou novo parecer questionando dispositivos da lei, como o que isentou de punição produtores que usaram transgênicos nas safras passadas.
Fonteles argumenta que as normas que liberaram o plantio são inconstitucionais e não poderiam ter concedido anistia penal, paralisando inúmeros processos em tramitação na Justiça, até mesmo contra acusados de contrabandear sementes de outros países. "Só a lei, de atribuição exclusiva do Congresso Nacional, concede anistia", sustenta, na ação. No caso, a MP foi proposta pelo Executivo.
O prazo para comercialização das sementes também é questionado. Pela lei, as sementes podem ser vendidas até 31 de janeiro, prazo prorrogável por 60 dias. Anterior à lei, a MP estipulava o prazo de 31 de dezembro. Fonteles critica na ação a falta de regulamentação do uso das sementes. "Se houve, já em março de 2003, o reconhecimento da produção ilegal de soja geneticamente modificada, através do plantio de sementes não autorizadas, (...) não poderia haver nova invocação ao caráter de urgência para a safra futura de soja 2003-2004 em matéria conhecida pela atual administração (...) há pelo menos seis meses."
Fonteles afirma ainda que as medidas de fiscalização prometidas pela MP, convertida na lei, foram insuficientes para "coibir a prática dos agricultores infratores em guardar grãos geneticamente modificados" para a safra seguinte. Para dele, só esse fato já "merece pronta investigação por parte do Ministério Público Federal".
Fonteles apresentou a adin quando a medida provisória que liberou o plantio ainda não tinha sido convertida na Lei 10.814. Depois da sanção da lei, o STF indagou a ele se gostaria de manter a ação. Fonteles mandou novo parecer questionando dispositivos da lei, como o que isentou de punição produtores que usaram transgênicos nas safras passadas.
Fonteles argumenta que as normas que liberaram o plantio são inconstitucionais e não poderiam ter concedido anistia penal, paralisando inúmeros processos em tramitação na Justiça, até mesmo contra acusados de contrabandear sementes de outros países. "Só a lei, de atribuição exclusiva do Congresso Nacional, concede anistia", sustenta, na ação. No caso, a MP foi proposta pelo Executivo.
O prazo para comercialização das sementes também é questionado. Pela lei, as sementes podem ser vendidas até 31 de janeiro, prazo prorrogável por 60 dias. Anterior à lei, a MP estipulava o prazo de 31 de dezembro. Fonteles critica na ação a falta de regulamentação do uso das sementes. "Se houve, já em março de 2003, o reconhecimento da produção ilegal de soja geneticamente modificada, através do plantio de sementes não autorizadas, (...) não poderia haver nova invocação ao caráter de urgência para a safra futura de soja 2003-2004 em matéria conhecida pela atual administração (...) há pelo menos seis meses."
Fonteles afirma ainda que as medidas de fiscalização prometidas pela MP, convertida na lei, foram insuficientes para "coibir a prática dos agricultores infratores em guardar grãos geneticamente modificados" para a safra seguinte. Para dele, só esse fato já "merece pronta investigação por parte do Ministério Público Federal".
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