No próximo dia 26, Manhuaçu (MG) sediará curso sobre o mercado do café
Os cenários econômicos da cafeicultura e a utilização de ferramentas para a minimização de riscos são os temas do próximo curso da universidade illy do café (unilly), a ser realizado no próximo dia 26, em Manhuaçu (MG). O evento terá como palestrantes a professora Sylvia Saes, doutora em Economia, e Luis Moricochi, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo.
"O objetivo é incentivar os cafeicultores a atuar em variados canais de venda, evitando dessa forma prejuízos futuros por apostas unidirecionais", salienta Samuel Giordano, vice-coordenador da Universidade.
A taxa de inscrição para o curso será de R$ 30,00. Para membros da Associação de Cafés Especiais de Minas Gerais, o valor é R$ 20,00 e sócios do Clube illy do Café têm entrada franca. As inscrições devem ser feitas pelo telefone (11) 3731-5311 ou pelo e-mail: unilly@unilly.com.br.
AGENDA
"Cenários econômicos da cafeicultura: Ferramentas para a minimização de riscos"
Datas: 26 de outubro - Manhuaçu (MG)
Horário: das 8h às 12h30
Local: AABB (Associação Atlética Banco do Brasil)
Rua Drosa Pinheiro, s/n, Manhuaçu - MG
Inscrições: pelo telefone (11) 3731-5311
ADS Assessoria de Comunicações
Contatos com Rosana De Salvo, Marcio De Meo e Mariana Geraldine
Tel.: 11. 5090-3032/ 5090-3000 Fax.: 11. 5090.3010
Homepage: www.adsbrasil.com.br
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segunda-feira, outubro 18, 2004
Transgênicos: Plantio começa, e já há pressão para mudar MP
Menos de 24 horas após liberação de transgênico, RS começa a plantar, e governo é pressionado
Menos de 24 horas depois de o governo federal ter baixado a Medida Provisória 223 para autorizar o plantio de soja transgênica na safra 2004/05, a bancada ruralista na Câmara e os agricultores já começam a se articular para propor mudanças no texto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por outro lado, agricultores do Rio Grande do Sul deram início ao plantio das sementes geneticamente modificadas.
A área jurídica da Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados, em Brasília, está elaborando emenda para alterar o artigo 5.º da MP, que proíbe o plantio e a comercialização de sementes relativas à safra de soja geneticamente modificada de 2005.
‘Vamos incluir uma emenda autorizando a produção e multiplicação das sementes transgênicas’, disse o presidente da comissão, deputado Leonardo Vilela (PP-GO).
O parlamentar afirmou que a regra atual, que proíbe a multiplicação, ‘premia os contrabandistas de sementes e quem comercializa produto pirata’.
A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) enviou ontem um expediente a Lula e ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, pedindo alterações na MP. ‘Da forma como está não foi boa para o Paraná’, lamentou o assessor da presidência da Faep, Carlos Augusto Albuquerque.
A federação quer que todos os que tiverem semente, mesmo que não sejam próprias, possam plantar, assinando o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta.
Com isso, a Faep espera que a soja transgênica seja identificada e segregada, evitando-se a mistura com a convencional. A MP permite o plantio só para os agricultores que reservaram semente própria.
Segundo ele, com a expectativa da Lei de Biossegurança, agricultores compraram sementes transgênicas que, com a MP, tornaram-se clandestinas.
No Rio Grande do Sul, conforme já haviam programado, alguns agricultores da região central começaram a semear ontem.
O engenheiro agrônomo Thiago Schmitt Faccini passou a manhã no comércio e bancos de Cruz Alta, onde mora, e à tarde foi à área de 600 hectares que cultiva como arrendatário na vizinha Boa Vista do Incra.
Antes de iniciar o plantio, repetiu o ritual de todos os anos, revisou as duas plantadeiras que iam ao campo e fez uma breve reunião com os cinco funcionários. Depois coordenou a plantação.
Em Júlio de Castilhos, na mesma região, o agricultor Luiz Paulo Pigatto também trabalhou na lavoura. Plantou os primeiros 30 hectares. (Fabíola Salvador, Evandro Fadel e Elder Ogliari)
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), renovou seu apelo ontem para que os agricultores paranaenses não plantem soja transgênica.
‘Espero que os agricultores do Paraná, inteligentes, capazes de raciocinar no médio e longo prazos, não entrem nessa aventura’, disse. ‘Teremos uma soja diferenciada, pura, com mercado aberto no mundo inteiro e com preço muito melhor.’
A proibição de embarque de carga transgênica no Porto de Paranaguá segue em vigor.
De acordo com a avaliação do governo, a edição da Medida Provisória 223, que autoriza cultivo e plantio de soja transgênica na safra 2004/2005, não terá eficácia no Paraná, em razão de ela só permitir a utilização de semente própria.
Como lá foram poucos os agricultores que assinaram o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta no ano passado, teoricamente somente esses teriam condições de renovar o plantio.
O governador também culpou os meios de comunicação pelo barulho criado em torno da produção transgênica. ‘Qual é a canalhice maior disso tudo? Ligar o rádio e a TV, olhar a manchete dos jornais: Liberada a soja transgênica no Brasil. É mentira, é mentira’, atacou. (Evandro Fadel)
Fonte: O Estado de SP
Menos de 24 horas depois de o governo federal ter baixado a Medida Provisória 223 para autorizar o plantio de soja transgênica na safra 2004/05, a bancada ruralista na Câmara e os agricultores já começam a se articular para propor mudanças no texto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por outro lado, agricultores do Rio Grande do Sul deram início ao plantio das sementes geneticamente modificadas.
A área jurídica da Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados, em Brasília, está elaborando emenda para alterar o artigo 5.º da MP, que proíbe o plantio e a comercialização de sementes relativas à safra de soja geneticamente modificada de 2005.
‘Vamos incluir uma emenda autorizando a produção e multiplicação das sementes transgênicas’, disse o presidente da comissão, deputado Leonardo Vilela (PP-GO).
O parlamentar afirmou que a regra atual, que proíbe a multiplicação, ‘premia os contrabandistas de sementes e quem comercializa produto pirata’.
A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) enviou ontem um expediente a Lula e ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, pedindo alterações na MP. ‘Da forma como está não foi boa para o Paraná’, lamentou o assessor da presidência da Faep, Carlos Augusto Albuquerque.
A federação quer que todos os que tiverem semente, mesmo que não sejam próprias, possam plantar, assinando o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta.
Com isso, a Faep espera que a soja transgênica seja identificada e segregada, evitando-se a mistura com a convencional. A MP permite o plantio só para os agricultores que reservaram semente própria.
Segundo ele, com a expectativa da Lei de Biossegurança, agricultores compraram sementes transgênicas que, com a MP, tornaram-se clandestinas.
No Rio Grande do Sul, conforme já haviam programado, alguns agricultores da região central começaram a semear ontem.
O engenheiro agrônomo Thiago Schmitt Faccini passou a manhã no comércio e bancos de Cruz Alta, onde mora, e à tarde foi à área de 600 hectares que cultiva como arrendatário na vizinha Boa Vista do Incra.
Antes de iniciar o plantio, repetiu o ritual de todos os anos, revisou as duas plantadeiras que iam ao campo e fez uma breve reunião com os cinco funcionários. Depois coordenou a plantação.
Em Júlio de Castilhos, na mesma região, o agricultor Luiz Paulo Pigatto também trabalhou na lavoura. Plantou os primeiros 30 hectares. (Fabíola Salvador, Evandro Fadel e Elder Ogliari)
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), renovou seu apelo ontem para que os agricultores paranaenses não plantem soja transgênica.
‘Espero que os agricultores do Paraná, inteligentes, capazes de raciocinar no médio e longo prazos, não entrem nessa aventura’, disse. ‘Teremos uma soja diferenciada, pura, com mercado aberto no mundo inteiro e com preço muito melhor.’
A proibição de embarque de carga transgênica no Porto de Paranaguá segue em vigor.
De acordo com a avaliação do governo, a edição da Medida Provisória 223, que autoriza cultivo e plantio de soja transgênica na safra 2004/2005, não terá eficácia no Paraná, em razão de ela só permitir a utilização de semente própria.
Como lá foram poucos os agricultores que assinaram o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta no ano passado, teoricamente somente esses teriam condições de renovar o plantio.
O governador também culpou os meios de comunicação pelo barulho criado em torno da produção transgênica. ‘Qual é a canalhice maior disso tudo? Ligar o rádio e a TV, olhar a manchete dos jornais: Liberada a soja transgênica no Brasil. É mentira, é mentira’, atacou. (Evandro Fadel)
Fonte: O Estado de SP
Lula pode mudar Lei de Biossegurança
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai negociar um acordo na Câmara para alterar o projeto da Lei de Biossegurança aprovado pelo Senado, de forma a restringir os poderes da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) na questão dos transgênicos e proibir o uso de células-tronco para fins terapêuticos.
Marina afirmou que o teor da medida provisória liberando a produção e a venda da soja geneticamente modificada da safra 2004/2005 é um sinal claro de que o governo quer resgatar o texto da Câmara, ao qual ela é favorável, mas que foi modificado pelos senadores.
‘A MP foi uma decisão do presidente da República e o presidente fez uma ponte com o projeto da Câmara dos Deputados’, afirmou a ministra.
Marina era contrária à edição da MP dos transgênicos, mas disse ter se convencido de que era necessária uma medida ‘circunstancial’ para impedir que os produtores de soja transgênica ficassem na ilegalidade.
‘É uma decisão que o governo teve de tomar premido pelas circunstâncias, para não deixar o plantio novamente na ilegalidade.’ A informação da ministra de que Lula vai se empenhar na aprovação do projeto da Câmara, foi porém, contestada pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), que se reuniu com o presidente no Palácio do Planalto.
Segundo o governador, o presidente teria dito a ele que não vai interferir na decisão do Congresso.
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, indagado se teria saído vitorioso com a assinatura da MP, adotou postura diplomática.
Ele disse que a grande vitoriosa foi a ministra do Meio Ambiente, pelo fato de ter conseguido convencer o governo a manter na medida o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta, que os produtores que optarem pelo plantio de transgênicos terão de assinar.
‘Mas é uma vitória do governo brasileiro, e sobretudo dos produtores rurais, que ficam legalmente garantidos para o futuro.’ (Colaboraram Leonêncio Nossa e Gustavo Porto)
Fonte: O Estado de SP
Marina afirmou que o teor da medida provisória liberando a produção e a venda da soja geneticamente modificada da safra 2004/2005 é um sinal claro de que o governo quer resgatar o texto da Câmara, ao qual ela é favorável, mas que foi modificado pelos senadores.
‘A MP foi uma decisão do presidente da República e o presidente fez uma ponte com o projeto da Câmara dos Deputados’, afirmou a ministra.
Marina era contrária à edição da MP dos transgênicos, mas disse ter se convencido de que era necessária uma medida ‘circunstancial’ para impedir que os produtores de soja transgênica ficassem na ilegalidade.
‘É uma decisão que o governo teve de tomar premido pelas circunstâncias, para não deixar o plantio novamente na ilegalidade.’ A informação da ministra de que Lula vai se empenhar na aprovação do projeto da Câmara, foi porém, contestada pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), que se reuniu com o presidente no Palácio do Planalto.
Segundo o governador, o presidente teria dito a ele que não vai interferir na decisão do Congresso.
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, indagado se teria saído vitorioso com a assinatura da MP, adotou postura diplomática.
Ele disse que a grande vitoriosa foi a ministra do Meio Ambiente, pelo fato de ter conseguido convencer o governo a manter na medida o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta, que os produtores que optarem pelo plantio de transgênicos terão de assinar.
‘Mas é uma vitória do governo brasileiro, e sobretudo dos produtores rurais, que ficam legalmente garantidos para o futuro.’ (Colaboraram Leonêncio Nossa e Gustavo Porto)
Fonte: O Estado de SP
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