Visitantes do Pavilhão Ciência para a Vida estão tendo a oportunidade de degustarem alimentos preparados com quinoa e amaranto, além de sorvetes de frutas nativas do Cerrado. A promoção é da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que mantém em seu estande produtos derivados de mandioca, frutas nativas do Cerrado e resultados de pesquisa com micorriza e rizóbio.
No terceiro dia da exposição (26/04), os visitantes ficaram encantados com os pratos preparados com quinoa e amaranto. Eles experimentaram um pouco da sopa de amaranto, salada de quinoa, curry de quinoa e torta de amaranto. “Nunca tinha visto esses grãos e gostei muito dos pratos”, disse a funcionária pública Maria Luiza dos Santos.
Desconhecidos da maioria da população, a quinoa e o amaranto apresentam vantagens agronômicas e alimentares. Originários do continente americano destacam-se por sua tolerância à seca, elevada qualidade de proteína, redução de colesterol, ausência de glúten (adequado às pessoas celíacas) e uso na culinária.
Podem ser empregados como alimento desde a fase inicial do desenvolvimento botânico. As folhas de ambos são preparadas como as do espinafre. Quando se inicia a diferenciação floral, os botões podem ser preparados para consumo da mesma forma que o brócolos. O grão pode ser consumido de várias formas: cozido em água e depois temperado como salada, cozido da mesma forma que se faz arroz, em sopas e molhos. A farinha pode ser empregada na elaboração de mingaus, pão, pudins, panquecas, biscoitos e bebidas.
Todas as informações sobre o potencial da quinoa e do amaranto como alternativa para a diversificação alimentar foram repassadas aos inscritos no curso que ocorreu na noite da abertura da exposição (24/04) na cozinha experimental. Os alunos aprenderam as receitas da torta de amaranto, da salada de quinoa e do caril.
O aproveitamento alimentar das frutas nativas do Cerrado também tem chamado a atenção dos visitantes. No estande, eles observam as frutas “in natura” e os produtos, como por exemplo, pudins, doces, licores e óleos. Sem dúvida, o que gostam mais é do sorvete. Na noite de quarta-feira (26/04) foram servidos sorvetes de cajuzinho do cerrado (cajuí) e de araticum.
Mais de 25 pessoas participaram, no primeiro dia do evento, do curso de aproveitamento alimentar das nativas do Cerrado. Aprenderam a forma de extração da polpa de cagaita, mangaba e araticum, além de receitas. As frutas nativas do Cerrado sempre foram usadas de forma empírica pelas populações locais em receitas passadas de geração a geração.
Com base nas observações de utilização, a Embrapa Cerrados desenvolveu a tecnologia de aproveitamento e demonstrou cientificamente seu valor nutricional como alimento estrutural e funcional. Até o final da Ciência para a Vida, dia 30 de abril, a Embrapa Cerrados promoverá a degustação de bolo e pudim de araticum, doce de mangaba e maracujá, doce em barra de pequi, castanha de baru, cereal da castanha de pequi e da castanha de baru, como também de sorvetes, quinoa e amaranto.
A V Exposição de Tecnologia Agropecuária – Ciência para a Vida – encerra-se no próximo domingo (30/04), em Brasília – DF.
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quinta-feira, abril 27, 2006
QUAL O FUTURO DA AGRICULTURA MOLECULAR NO BRASIL?
Expressão oriunda do inglês “molecular farming”, a agricultura molecular consiste na aplicação de técnicas de engenharia genética em planta, para nela introduzir genes que codificam determinadas proteínas de interesse biomédico ou industrial, como anticorpos, vacinas, biofármacos, enzimas e polímeros, tornando possível à planta expressar substâncias que não expressava anteriormente ou que expressava em quantidade muito pequena. Diz respeito, portanto, às plantas biofábricas que caracterizam a terceira geração de vegetais geneticamente modificados - VGMs, sendo que a primeira geração é representada pelos VGMs que apresentam vantagens agronômicas, e a segunda por VGMs que apresentam vantagens nutricionais.
Trata-se de um novo segmento também para a agricultura, cuja produção e processamento em escala comercial, devido à grande utilização de seus produtos e ao elevado valor agregado, poderá em um futuro muito próximo movimentar um mercado de bilhões de dólares.
Cultivada, uma planta biofábrica, de acordo com o objetivo para o qual foi desenvolvida, após sua colheita poderá ser processada em uma fábrica ou destinada ao consumo humano ou animal diretamente.
Atualmente, alguns antígenos para produzir vacinas contra doenças que atacam os seres humanos já são expressos em plantas geneticamente modificadas, como são os casos, para a hepatite B, do antígeno de superfície expresso na batata, no fumo e na alface, e para o rotavírus, do antígeno VP7 expresso na batata. Também para expressar antígenos para elaborar vacinas contra doenças que atacam animais, as plantas biofábricas são utilizadas, por exemplo, na obtenção de vacina contra a febre aftosa, a proteína estrutural VP1 do vírus expressa na alfafa, na batata e em Arabidopsis sp. Outro exemplo é o vírus da raiva, que também é uma doença que ataca humanos, que tem o antígeno glicoproteína expresso no tomate.
Várias são as empresas e universidades que se dedicam a pesquisas nesta área, inclusive com pedidos de patentes solicitados. Por exemplo, a alemã Icon Genetics, a canadense SemBioSys Genetics Inc., a francesa Meristem Therapeutics, a americana University of Califórnia e a também canadense Medicago.
No momento, Estados Unidos e Canadá lideram este promissor segmento, seguidos de perto pela União Européia, que tem concentrado seus esforços no sentido de recuperar o atraso provocado, em grande parte, pela moratória que impedia o uso de organismos geneticamente modificados – OGMs.
Nesse universo de plantas biofábricas, alta tecnologia e patentes, a agricultura ocupa um espaço bastante relevante, o que certamente exigirá uma capacitação técnica e administrativa dos agricultores que pretenderem trilhar esse novo segmento.
Pelo fato de se tratar de uma cultivar com alto valor agregado, onde o detentor da tecnologia ou seu licenciado certamente será o detentor de toda a produção da lavoura, o relacionamento entre indústria e agricultura será muito estreito e o sistema de produtivo bastante peculiar. No caso de empresa de biotecnologia que não seja proprietária de terra, a relação com o produtor rural poderá ser baseada em contrato de produção onde o agricultor cultiva as plantas seguindo as normas definidas pela empresa, ou arrendamento, onde a empresa se encarrega de todo o processo de cultivo.
Porém, a exploração desse promissor segmento, que poderá até 2010 representar 35% do mercado de biofármacos e gerar benefícios de até 20 bilhões de dólares, parece estar um pouco distante das empresas e dos agricultores brasileiros. Pois, se depender do histórico das liberações de VGMs para uso comercial no Brasil, a previsão para o futuro não é animadora. Até o momento, apenas dois eventos de transformação genética foram aprovados para uso comercial no Brasil, todos eles ainda da primeira geração de plantas geneticamente modificadas, a soja geneticamente modificada tolerante ao herbicida a base de glifosato, aprovada em 1998, e o algodão geneticamente modificado resistente às principais pragas de insetos da Ordem Lepidóptera, em 2005.
Todavia, com a publicação da nova Lei de Biossegurança, Lei 11.105/05, o Brasil tem uma oportunidade de mudar para melhor seu desempenho nessa área, e se não for possível recuperar o tempo perdido pelo menos garantir que de agora em diante seja bem aproveitado.
Reginaldo Minaré
Advogado e Diretor Jurídico da ANBio
Trata-se de um novo segmento também para a agricultura, cuja produção e processamento em escala comercial, devido à grande utilização de seus produtos e ao elevado valor agregado, poderá em um futuro muito próximo movimentar um mercado de bilhões de dólares.
Cultivada, uma planta biofábrica, de acordo com o objetivo para o qual foi desenvolvida, após sua colheita poderá ser processada em uma fábrica ou destinada ao consumo humano ou animal diretamente.
Atualmente, alguns antígenos para produzir vacinas contra doenças que atacam os seres humanos já são expressos em plantas geneticamente modificadas, como são os casos, para a hepatite B, do antígeno de superfície expresso na batata, no fumo e na alface, e para o rotavírus, do antígeno VP7 expresso na batata. Também para expressar antígenos para elaborar vacinas contra doenças que atacam animais, as plantas biofábricas são utilizadas, por exemplo, na obtenção de vacina contra a febre aftosa, a proteína estrutural VP1 do vírus expressa na alfafa, na batata e em Arabidopsis sp. Outro exemplo é o vírus da raiva, que também é uma doença que ataca humanos, que tem o antígeno glicoproteína expresso no tomate.
Várias são as empresas e universidades que se dedicam a pesquisas nesta área, inclusive com pedidos de patentes solicitados. Por exemplo, a alemã Icon Genetics, a canadense SemBioSys Genetics Inc., a francesa Meristem Therapeutics, a americana University of Califórnia e a também canadense Medicago.
No momento, Estados Unidos e Canadá lideram este promissor segmento, seguidos de perto pela União Européia, que tem concentrado seus esforços no sentido de recuperar o atraso provocado, em grande parte, pela moratória que impedia o uso de organismos geneticamente modificados – OGMs.
Nesse universo de plantas biofábricas, alta tecnologia e patentes, a agricultura ocupa um espaço bastante relevante, o que certamente exigirá uma capacitação técnica e administrativa dos agricultores que pretenderem trilhar esse novo segmento.
Pelo fato de se tratar de uma cultivar com alto valor agregado, onde o detentor da tecnologia ou seu licenciado certamente será o detentor de toda a produção da lavoura, o relacionamento entre indústria e agricultura será muito estreito e o sistema de produtivo bastante peculiar. No caso de empresa de biotecnologia que não seja proprietária de terra, a relação com o produtor rural poderá ser baseada em contrato de produção onde o agricultor cultiva as plantas seguindo as normas definidas pela empresa, ou arrendamento, onde a empresa se encarrega de todo o processo de cultivo.
Porém, a exploração desse promissor segmento, que poderá até 2010 representar 35% do mercado de biofármacos e gerar benefícios de até 20 bilhões de dólares, parece estar um pouco distante das empresas e dos agricultores brasileiros. Pois, se depender do histórico das liberações de VGMs para uso comercial no Brasil, a previsão para o futuro não é animadora. Até o momento, apenas dois eventos de transformação genética foram aprovados para uso comercial no Brasil, todos eles ainda da primeira geração de plantas geneticamente modificadas, a soja geneticamente modificada tolerante ao herbicida a base de glifosato, aprovada em 1998, e o algodão geneticamente modificado resistente às principais pragas de insetos da Ordem Lepidóptera, em 2005.
Todavia, com a publicação da nova Lei de Biossegurança, Lei 11.105/05, o Brasil tem uma oportunidade de mudar para melhor seu desempenho nessa área, e se não for possível recuperar o tempo perdido pelo menos garantir que de agora em diante seja bem aproveitado.
Reginaldo Minaré
Advogado e Diretor Jurídico da ANBio
Embrapa completa 33 anos
Dia 26 de abril, data de comemoração do 33° aniversário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ficará marcado como uma página importante na história da Empresa. No Pavilhão de exposição, onde está sendo realizada a V Ciência para a Vida, em Brasília-DF, serão anunciadas decisões que criarão novas formas de captação de recursos e desenvolvimento do país.
O primeiro anúncio importante será feito pelo diretor-presidente Silvio Crestana: o orçamento da Embrapa baterá recorde histórico em 2006, ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão de reais - 10,1% maior que o do ano passado. E que a agroenergia ganhará um impulso estratégico, com o anúncio da criação de uma nova Unidade: a Embrapa Agroenergia, cuja coordenação ficará em Brasília.
"A coordenação-geral ficará na Sede, mas as ações serão implementadas a partir de duas bases. Uma será a rede de agroenergia, formada com profissionais das atuais Unidades Descentralizadas, incluindo os 20 novos pesquisadores que serão contratados nos próximos meses para atuar especificamente nesta área. E a outra serão as unidades de implementação, uma em cada região do país, o que vai envolver também uma negociação com estados e municípios", explica o diretor-presidente. "Será, portanto, um modelo bem diferente de Unidade", conclui Crestana.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues anunciará também a criação do Consórcio Nacional de Agroenergia, que será coordenado pelo seu ministério para incentivar e organizar - dentro de sua área de competência - a pesquisa e a produção de álcool combustível e biodiesel.
Outro anúncio a ser feito por Rodrigues será o do Programa de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que entra numa nova fase ao contar com suporte financeiro de R$ 4,5 milhões, a serem utilizados ao longo dos próximos três anos em ações de transferência de tecnologia e estudos complementares. Os recursos são provenientes de fundos setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Mais perto da África
O Presidente Lula fará o anúncio da criação de um escritório da Embrapa no continente africano. A iniciativa vem ao encontro da atual política externa do governo de estreitar laços de cooperação com a África.
A entrega do Prêmio Frederico de Meneses Veiga será mais um acontecimento durante o evento dos 33 anos da Embrapa. Os pesquisadores Cézar de Mello Mesquita da Embrapa Soja (Londrina-PR) e José Aires Ventura do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) são os ganhadores da edição da premiação em 2006. Os dois pesquisadores agraciados se revelaram como destaque pela realização de obras científica e tecnológica que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária nacional e estão relacionadas à Inovação Tecnológica, tema do prêmio nesta edição.
Novos negócios, novas parcerias
Um compromisso público será firmado, durante o evento, entre a Embrapa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Itaipú Binacional para alavancar investimentos e gerar negócios em inovação tecnológica em Agroenergia, em parceria com o setor privado.
Está prevista ainda a assinatura de um Termo de Cooperação entre a Embrapa e a Associação Brasileira de Agribusiness da Região de Ribeirão Preto (Abag) para ações do Programa Embrapa & Escola, no estado de São Paulo e a assinatura de um contrato de cooperação técnica e financeira com a Fundação Zerbini, que coordena a área de pesquisas e desenvolvimento junto ao Instituto do Coração (INCOR).
Dalízia Aguiar - DRT/MS 28/03/14
ACE - Embrapa Agropecuária Oeste - Dourados/MS
O primeiro anúncio importante será feito pelo diretor-presidente Silvio Crestana: o orçamento da Embrapa baterá recorde histórico em 2006, ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão de reais - 10,1% maior que o do ano passado. E que a agroenergia ganhará um impulso estratégico, com o anúncio da criação de uma nova Unidade: a Embrapa Agroenergia, cuja coordenação ficará em Brasília.
"A coordenação-geral ficará na Sede, mas as ações serão implementadas a partir de duas bases. Uma será a rede de agroenergia, formada com profissionais das atuais Unidades Descentralizadas, incluindo os 20 novos pesquisadores que serão contratados nos próximos meses para atuar especificamente nesta área. E a outra serão as unidades de implementação, uma em cada região do país, o que vai envolver também uma negociação com estados e municípios", explica o diretor-presidente. "Será, portanto, um modelo bem diferente de Unidade", conclui Crestana.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues anunciará também a criação do Consórcio Nacional de Agroenergia, que será coordenado pelo seu ministério para incentivar e organizar - dentro de sua área de competência - a pesquisa e a produção de álcool combustível e biodiesel.
Outro anúncio a ser feito por Rodrigues será o do Programa de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que entra numa nova fase ao contar com suporte financeiro de R$ 4,5 milhões, a serem utilizados ao longo dos próximos três anos em ações de transferência de tecnologia e estudos complementares. Os recursos são provenientes de fundos setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Mais perto da África
O Presidente Lula fará o anúncio da criação de um escritório da Embrapa no continente africano. A iniciativa vem ao encontro da atual política externa do governo de estreitar laços de cooperação com a África.
A entrega do Prêmio Frederico de Meneses Veiga será mais um acontecimento durante o evento dos 33 anos da Embrapa. Os pesquisadores Cézar de Mello Mesquita da Embrapa Soja (Londrina-PR) e José Aires Ventura do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) são os ganhadores da edição da premiação em 2006. Os dois pesquisadores agraciados se revelaram como destaque pela realização de obras científica e tecnológica que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária nacional e estão relacionadas à Inovação Tecnológica, tema do prêmio nesta edição.
Novos negócios, novas parcerias
Um compromisso público será firmado, durante o evento, entre a Embrapa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Itaipú Binacional para alavancar investimentos e gerar negócios em inovação tecnológica em Agroenergia, em parceria com o setor privado.
Está prevista ainda a assinatura de um Termo de Cooperação entre a Embrapa e a Associação Brasileira de Agribusiness da Região de Ribeirão Preto (Abag) para ações do Programa Embrapa & Escola, no estado de São Paulo e a assinatura de um contrato de cooperação técnica e financeira com a Fundação Zerbini, que coordena a área de pesquisas e desenvolvimento junto ao Instituto do Coração (INCOR).
Dalízia Aguiar - DRT/MS 28/03/14
ACE - Embrapa Agropecuária Oeste - Dourados/MS
Comissão de Agricultura aprova Fundo de Aval para agricultores familiares e outras categorias profissionais
A Comissão de Agricultura aprovou hoje o Projeto de Lei que cria o Fundo de Aval para a Agricultura Familiar (FAAF). De autoria do deputado João Grandão (PT/MS), o PL 6.143/05 tem a finalidade de oferecer garantias complementares nas operações de crédito rural de investimento firmadas por agricultores familiares junto ao Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR).
O relator do PL, deputado Waldemir Moka (PMDB/MS), defendeu a iniciativa e proferiu voto pela aprovação do Projeto com uma pequena emenda. “Esse fundo visa suprir a exigência de garantias, por parte do sistema financeiro, enquanto os pequenos agricultores, descapitalizados, não possuem bens a oferecer”, diz o parlamentar.
Para o autor do Projeto, os créditos de investimento são parte fundamental no processo de formação de capital fixo. “É por meio deles que os agricultores criam ou expandem a capacidade produtiva de suas propriedades. Com eles, implantam lavouras permanentes, constroem cercas, currais, estábulos, açudes e toda as benfeitorias produtivas, além de adquirir máquinas e equipamentos”, explicou João Grandão.
“Com esse projeto, conseguimos promover um grande avanço para consolidarmos uma política agrícola responsável e que permita ao pequeno produtor se manter na terra”, disse o presidente da Comissão, deputado Aberlardo Lupion (PFL/PR).
Emenda modifica parâmetro de renda
O Projeto, que já havia sido discutido anteriormente, recebeu complementação de voto, na qual o relator apresenta emenda, modificando o inciso IV, do art. 5º. No projeto inicial, o artigo 5º considera, para efeito do Fundo de Aval, agricultor familiar ou empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades econômicas no meio rural, atendendo, simultaneamente, algumas condições estabelecidas.
A emenda apresentada e aprovada pelos membros da comissão define que o candidato obtenha renda bruta familiar anual cujo valor esteja compreendido no limite definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMV) para o enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No texto inicial, o inciso IV definia para a renda bruta familiar um teto de até R$ 30 mil anuais, excluídos os proventos previdenciários decorrentes da atividade rural.
Diversas categorias profissionais serão atendidas pelo Fundo de Aval
O PL inclui como beneficiário do Fundo de Aval, silvicultores, exploradores de florestas nativas que promovam seu manejo sustentável, aquicultores que explorem corpo de água com superfície não superior a dois hectares, extrativistas que exerçam a atividade artesanalmente no meio rural, pescadores, carcinicultores e maricultores que exerçam a atividade artesanalmente, cooperativas ou associações de agricultores familiares ou das categorias profissionais citadas.
Os recursos para o Fundo de Aval serão obtidos por meio de recursos da poupança rural e recursos próprios do Fundo decorrentes de sua administração.
O PL define, no artigo 13, que o mutuário que tiver sua dívida paga pelo FAAF, ficará impedido de solicitar outro aval pelo período de dez anos, contados a partir da data de liqüidação da dívida.
O PL 6.143/05 será ainda apreciado nas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo.
Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados
O relator do PL, deputado Waldemir Moka (PMDB/MS), defendeu a iniciativa e proferiu voto pela aprovação do Projeto com uma pequena emenda. “Esse fundo visa suprir a exigência de garantias, por parte do sistema financeiro, enquanto os pequenos agricultores, descapitalizados, não possuem bens a oferecer”, diz o parlamentar.
Para o autor do Projeto, os créditos de investimento são parte fundamental no processo de formação de capital fixo. “É por meio deles que os agricultores criam ou expandem a capacidade produtiva de suas propriedades. Com eles, implantam lavouras permanentes, constroem cercas, currais, estábulos, açudes e toda as benfeitorias produtivas, além de adquirir máquinas e equipamentos”, explicou João Grandão.
“Com esse projeto, conseguimos promover um grande avanço para consolidarmos uma política agrícola responsável e que permita ao pequeno produtor se manter na terra”, disse o presidente da Comissão, deputado Aberlardo Lupion (PFL/PR).
Emenda modifica parâmetro de renda
O Projeto, que já havia sido discutido anteriormente, recebeu complementação de voto, na qual o relator apresenta emenda, modificando o inciso IV, do art. 5º. No projeto inicial, o artigo 5º considera, para efeito do Fundo de Aval, agricultor familiar ou empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades econômicas no meio rural, atendendo, simultaneamente, algumas condições estabelecidas.
A emenda apresentada e aprovada pelos membros da comissão define que o candidato obtenha renda bruta familiar anual cujo valor esteja compreendido no limite definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMV) para o enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No texto inicial, o inciso IV definia para a renda bruta familiar um teto de até R$ 30 mil anuais, excluídos os proventos previdenciários decorrentes da atividade rural.
Diversas categorias profissionais serão atendidas pelo Fundo de Aval
O PL inclui como beneficiário do Fundo de Aval, silvicultores, exploradores de florestas nativas que promovam seu manejo sustentável, aquicultores que explorem corpo de água com superfície não superior a dois hectares, extrativistas que exerçam a atividade artesanalmente no meio rural, pescadores, carcinicultores e maricultores que exerçam a atividade artesanalmente, cooperativas ou associações de agricultores familiares ou das categorias profissionais citadas.
Os recursos para o Fundo de Aval serão obtidos por meio de recursos da poupança rural e recursos próprios do Fundo decorrentes de sua administração.
O PL define, no artigo 13, que o mutuário que tiver sua dívida paga pelo FAAF, ficará impedido de solicitar outro aval pelo período de dez anos, contados a partir da data de liqüidação da dívida.
O PL 6.143/05 será ainda apreciado nas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo.
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