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terça-feira, julho 15, 2014

PLANO NACIONAL DE TRANSFORMAÇÃO: O GOLPE DE ESTADO COMUNISTA DO PT EM CÂMERA LENTA.

A verdadeira face da "transformação" anunciada pela Dilma

Dia desses a Dilma encheu a boca para anunciar um tal Plano de Transformação Nacional. Esse plano, conforme está delineado no site do PT, é nada mais nada menos do que uma arapuca para tentar dar o golpe final na democracia. Tudo exatamente como já aconteceu na Venezuela, Equador e Bolívia, a partir das diretrizes do Foro de São Paulo, a organização transnacional esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990.

Por trás de um apelo que parece normal, ou seja, a reforma política, o PT esconde o golpe de Estado comunista do “socialismo do século XXI’.
Não se trata, como aliás já afirmei diversas vezes aqui neste blog, de um golpe de Estado clássico. O dito socialismo do século XXI usa a estratégia de obter o consenso e o apelo é a “reforma política”. E isso é colado de forma sorrateira à população e utiliza um estratagema focado no desgaste do Poder Legislativo.

Como se pode notar, o Poder Legislativo é a Geni da política brasileira. Esse desgaste do parlamento faz parte do próprio plano do PT de por fim à democracia representativa. Quem conspurca o Poder Legislativo é o próprio PT por meio do incentivo à corrupção. É o próprio PT quem criou a dita “base aliada”, por meio da compra de apoio parlamentar via emendas, distribuição de cargos, principalmente relacionados aos Ministérios que, sob o governo petista já somam 39 Pastas, algo inaudito na história política do Brasil.

Com o malogro do escândalo do mensalão, que foi a tentativa de compra direta dos votos de parlamentares para aprovar todos os projetos do governo, o esquema do Foro de São Paulo foi alterado. Houve um recuo tático para deixar baixar a poeira.

De lá para cá o PT vem desenvolvendo vários projetos para tentar transformar o Brasil numa república socialista baseada no modelo cubano, como foi feito na Venezuela.

As diretrizes do Foro de São Paulo são aplicadas de acordo com a realidade regional. Na Venezuela e Equador, dada à conjuntura histórica e política desses países, o comunismo avançou mais rapidamente. O Brasil, entretanto, pelas suas dimensões territoriais e instituições democráticas mais estáveis, pela diversidade e tamanho de sua economia, compõe, ainda, um bastião de resistência importante. Esta é a razão dos sucessivos recuos táticos do PT.

Pelo que se nota, o fato desse plano comunista do PT vir a público no embalo da Copa do Mundo e não é por acaso. A vitória da seleção brasileira era tida como favas contadas pelo PT e influiria positivamente na construção de um estado de bom humor das massas. Tanto é que pouco antes do início da Copa a Dilma assinou o decreto 8.243, já conhecido como “decreto bolivariano”, que cria os “sovietes”, ou seja, conselhos populares formados pelos movimentos sociais criados e dirigidos pelo PT que ocupariam o lugar do Legislativo, na formulação da as leis. O decreto todavia sofre forte rejeição dos parlamentares (fora os petistas, é claro) e o presidente da Câmara, promete por em votação o decreto legislativo que anula o decreto 8.243 baixado pela Dilma.

O site vermelho do PT anuncia o Plano de Transformação

TRANSFORMAÇÃO COMUNISTA
O que não deixa de ser estranho é o fato da presidente da República anunciar um Plano de Transformação nacional. A primeira perguntar que sugere esse anúncio é que tipo de “transformação”. Essa pergunta não foi feita por nenhum veículo da grande mídia.

Até agora não se constatou na grande imprensa nacional qualquer matéria explique do que se trata essa “transformação”, ainda que os principais itens de mais este plano diabólico do PT para assassinar a democracia e a liberdade, estejam delineados no site do parttido, onde há, como não poderia deixar de ser, um vídeo com Lula desfiando aqueles discurso sorrateiro e mentiroso.

Diga-se de passagem, que há pelo menos um ano e meio Lula continua fugindo da imprensa como o diabo da cruz, depois que explodiu o escândalo envolvendo a sua amante Rosemary Noronha. Tanto é que Lula, que foi quem trouxe a Copa do Mundo para o Brasil, não teve coragem de aparecer em nenhum dos jogos do Brasil. 

Pois bem. O Plano de Transformação Nacional do PT, não passa de um esquema de golpe comunista de estilo bolivariano, como ocorreu na Venezuela. Na verdade é um pacote de medidas que busca alterar de forma profunda o regime político brasileiro. A começar pela convocação de uma Assembléia Constituinte Exclusiva que iria escrever uma nova Constituição, evidentemente dentro dos cânones petistas, de viés comunista, haja vista para o decreto 8243 que faz tábula rasa da democracia representativa.

O tal Plano Nacional de Transformação prevê a reestruturação política, urbana, federativa e dos serviços públicos. Notem-se que lá parece a questão “urbana” que coincide com a invasão de propriedades privadas nas grandes cidades brasileiras para criar um clima de debate sobre o tema. Aliás, esse esquema já se iniciou em São Paulo, principalmente, com o movimento sem-teto invadindo propriedades privadas, como terrenos e edifícios, enquanto o chefete dos invasores, Guilherme Boulos, foi convidado pela Folha de S. Paulo para escrever semanalmente no jornal. Incrível, não?

Portanto, em linhas gerais, o Plano Nacional de Transformação que está sendo deflagrado pelo PT e o Foro de São Paulo, é resumidamente o que acabei de expor. A dita “transformação”, é nada mais, nada menos, do que a transformação do Brasil numa República Comunista, embora aos incautos possa parecer um conjunto de medidas de avanço democrático.

É que o movimento comunista do século XXI, com já adverti, não opera mais como no passado na base da violência, da guerrilha, mas se utilizando das próprias instituições democráticas. A fase golpista ocorre quando já se verifica um estado avançado de lavagem cerebral coletiva que se opera principalmente no âmbito cultural, por meio da escolas, universidades e, particularmente, pelos grandes meios de comunicação.

Notem que o PT está há 12 anos no poder. Já existe uma geração que foi submetida a essa lavagem cerebral constante embalada pela ideologia do "pensamento politicamente correto". Quando o PT chegou ao poder um jovem hoje era uma criança de 10 anos de idade. Hoje está com 22 anos!

Em síntese é isto que está acontecendo. Uma espécie de golpe de Estado comunista em câmera lenta. 

Médicos Cubanos estão indignados com o calote do prefeito PeTista de Araçatuba



No início era uma festa. Agora o PT já dá calote nos médicos cubanos.


Vinte e dois médicos cubanos do Programa Mais Médicos ameaçam abandonar suas atividades em Araçatuba, no interior de São Paulo, porque a prefeitura da cidade - administrada pelo PT - não pagou os auxílios de moradia e alimentação devidos a eles. Além de não pagá-los, segundo eles, a prefeitura também os constrange ao cobrar notas fiscais e comprovantes dos gastos com os auxílios.

Os médicos também acusam a prefeitura de se negar a fazer os repasses individuais a eles - conforme determina a lei - quando o médico é casado com outro profissional do mesmo programa. Para piorar, a prefeitura anunciou que reduzirá em 32% o valor do auxílio-moradia aos profissionais cubanos.

Pela portaria interministerial 1.369, de 8 de julho de 2013, que regulamenta o Programa Mais Médicos, o pagamento dos auxílios é uma obrigação que cabe a cada município incluído no programa. Os municípios são obrigados a arcar com o fornecimento de moradia, alimentação, água e transporte dos profissionais, enquanto o salário é pago pelo governo federal.

Por causa da situação, os médicos dizem que querem deixar a cidade e procurar "outros municípios, onde seremos mais respeitados". Cada médico recebe R$ 2,5 mil de auxílio moradia e R$ 500,00 de auxílio alimentação. Esses benefícios deveriam ter sido pagos no dia 1° deste mês.

"Com o atraso não temos dinheiro para pagar o aluguel e as outras despesas com energia elétrica, gás, condomínio e água", contou um casal de médicos cubanos que pediu para não ser identificado. O casal disse que a Prefeitura também não quer pagar os auxílios individuais para cada um. "Eles querem que a gente receba somente um auxílio para cada casal, pensamos que isso não é legal", afirmou o casal.

Nesta terça-feira, 15, a prefeitura, além de não pagar os médicos, anunciou que reduzirá o valor do auxílio-moradia. Os auxílios foram instituídos por lei municipal, de 30 de dezembro de 2013, que estabeleceu o valor máximo de até R$ 2,5 mil para auxílio-moradia e R$ 500 para auxílio-alimentação.

A prefeitura alega que, como o valor foi definido como teto, pode legalmente reduzi-lo e, por isso, pagará somente R$ 1,7 mil como auxílio-moradia a cada médico. No entanto, como já iniciou o programa pagando o teto, advogados dizem que ela não poderia reduzir os valores. Sobre o pagamento atrasado, a prefeitura informou, por meio de nota, que vai colocá-lo em dia a partir de sexta-feira, 18.

O secretário de Saúde de Araçatuba, José Carlos Teixeira, disse em nota que a redução do valor do auxílio foi estabelecida em acordo com os médicos, que de agora em diante não precisarão mais prestar contas dos seus gastos. Segundo Teixeira, a Secretaria de Saúde de Araçatuba teve cuidado de verificar em outros sete municípios a maneira como os auxílios são pagos e chegou à conclusão de que o valor de R$ 1,7 mil é suficiente para cobrir os gastos dos médicos.

No entanto, o presidente do diretório do PT de Araçatuba, Fernando Zahr, disse que a cobrança de comprovantes de gastos pela prefeitura é uma atitude constrangedora para o município e para seu partido. Segundo ele, os médicos cubanos foram bem recebidos e estão prestando um excelente serviço, mudando a forma de atendimento nas unidades de saúde do município. Desde maio, quando iniciaram os trabalhos, os médicos cubanos fizeram 6.574 consultas nas unidades da cidade.

Mesmo assim, a prefeitura também insiste em cobrar gastos que os médicos tiveram com alimentação, quando, por força de adaptação do programa, tiveram de passar os primeiros dias em hotéis da cidade até que conseguissem alugar imóveis ou pensões. Cada médico gastou cerca de R$ 300,00 a R$ 400,00 de alimentação, que agora é cobrado pela prefeitura. "Nós procuramos imóveis baratos, simples, para que pudéssemos fazer uma economia, mas parece que o município não compreendeu isso", disse outro médico.

Decepcionados com a situação, alguns médicos disseram estão procurando o Ministério da Saúde para tentar se transferir de cidade. "A gente até gostou da cidade e temos de cumprir nossas tarefas, mas também precisamos ser respeitados", disse um dos médicos.(Estadão)

Mais uma ameaça para a Ciência Brasileira? Bem, vindo do PT não se pode esperar nada de bom!

"As plataformas do conhecimento vieram para resolver os problemas brasileiros", afirma ministro Clelio Campolina

Em entrevista, ministro explica como o programa irá funcionar, qual a função das entidades de CT&I e empresas dentro do projeto, e o que será preciso para ampliar o setor no País

Lançado no dia 25 de junho último, o Programa Nacional Plataformas do Conhecimento veio com a missão de alavancar o impacto da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil nos próximos dez anos. O objetivo é criar uma articulação entre instituições de ciência e tecnologia (C&T) - que podem ser institutos de pesquisa ou universidades - com as empresas ou sistemas empresariais, para facilitar o desenvolvimento de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em diferentes áreas tecnológicas.

Em entrevista exclusiva à Agência Gestão CT&I, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, explica como o programa irá funcionar, qual a função das entidades de CT&I e empresas dentro do projeto, e o que será preciso para ampliar o setor no País. "Resumindo, vamos juntar a ciência com a empresa, e a plataforma precisará fazer essa ligação entre os dois", apontou o ministro.

Quais serão os critérios para definir o Programa Nacional Plataformas do Conhecimento?
Cada plataforma será definida a partir de conversas e avaliações. Depois, terá um grupo de trabalho para estabelecer os editais de forma concreta, e então uma comissão de julgamento para cada plataforma, apesar dos conhecimentos serem diferentes, e as características empresariais produtivas de mercado também. Mas só a comissão cientifica vai ter capacidade de decidir se as instituições têm ou não capacidade científica constituída para sediar as plataformas.

Qual será a função dos institutos de pesquisa e das universidades dentro do programa?
Eles representam o lado científico. O programa é a junção entre ciência e produção. Supostamente, a empresa precisa de suporte científico e tecnológico. O papel dos institutos e universidades será esse, desenvolver pesquisa, ou não estará capacitada para entrar na plataforma. Tem que demostrar densidade de conhecimento e continuidade dele, porque as plataformas vieram para resolver os problemas brasileiros, usando a ciência como solução para os grandes desafios dos temas nacionais.


Sobre os recursos disponíveis, já foi estabelecido que serão mesmo R$ 20 bilhões?
Tudo são ideias gerais. O orçamento não está definido. Não tem dinheiro no orçamento para 2014, e os recursos vão ser avaliados em duas dimensões: parte é fomento, que vai fundamentalmente para a área científica e as instituições líderes, como CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], e parte será financiamento. As instituições líderes desse último são BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e Finep [Financiadora de Estudos e Projetos].

Há expectativa de quando poderá começar o programa?
Vamos preparar os projetos, submeter ao comitê científico e gestor, mas tudo tem que ser aprovado pela Presidência da República. Plataforma é um projeto de médio e longo prazo, não é nada de conjuntura. Para se ter uma ideia, a China demorou dois anos para definir as suas, tanto é que estamos com um cenário de dez anos. Pode ser que alguns projetos dêem resposta imediata, porque já estavam sendo feitos. Esperamos que as primeiras plataformas comecem a operar no ano que vem.

Para a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), há uma certa insegurança na continuidade dos projetos que já estão em andamento, como o submarino nuclear e o programa espacial, em detrimento deste atual programa, que poderá aportar todos os recursos disponíveis. Qual a sua análise a respeito?
Tenho conversado com a Helena Nader [presidente da SBPC] a respeito, e nós não estamos dando descontinuidade a nenhum programa em andamento. Ao contrário, lancei o edital dos INCTs [Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia], e vamos lançar o edital do Proinfra. Essas plataformas só vão funcionar se tiver aporte de dinheiro, por isso não vamos descontinuar nenhum programa em andamento.

Como será fiscalizado o andamento do programa pelo MCTI?
Tem um conselho gestor, presidido pela Casa Civil, e um comitê técnico, presidido pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação. Nós vamos compor quantos comitês forem necessários. Tem que ser lançado o edital, feita a avaliação para aprovar e um comitê de acompanhamento para ver o desempenho da plataforma. Cada uma delas será objeto de um contrato, que vai estabelecer as condições e a segurança jurídica necessária.

(Leandro Cipriano / Agência Gestão CT&I)
JC e-mail 4989, de 15 de julho de 2014

FHC para Lula: o Brasil se cansou de ataques infundados

Por Fernando Henrique Cardoso, em 15/07/2014

Lula insiste em dizer que houve corrupção “escondida” no meu governo. Cita comumente dois episódios em sua assertiva: o caso SIVAM e a compra de votos na aprovação da emenda da reeleição, assuntos ocorridos há quase duas décadas, e que foram esmiuçados e devidamente esclarecidos na época. 

Eis o resumo deles:

a)O Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) foi aprovado durante o governo Itamar Franco, em 1993, através do Conselho de Defesa Nacional. Desse Conselho, então Ministro da Fazenda, eu não participava. Em 1994, o governo contratou a empresa norte-americana Raytheon para executá-lo. Em 1995, já no meu governo, gravações de conversas telefônicas, previamente autorizadas pela Justiça, mostravam o suposto envolvimento de um assessor presidencial efetuando tráfico de influência na implantação do SIVAM. Trazido à tona pela Revista Isto É, o caso se tornou notório, causando crise política. Injuriado, o Ministro da Aeronáutica pediu demissão. A investigação do caso foi exaustiva no Executivo, através de Comissão de Sindicância interna da Presidência, Comissão de Inquérito do Itamaraty e Procuradoria Geral da República. Sindicância da Polícia Federal não comprovou a suspeita inicial. O TCU instaurou 16 procedimentos, incluindo 6 auditorias, tendo em dezembro de 1996 considerados “regulares os procedimentos adotados pelo Ministério da Aeronáutica”. No Senado, relatório de avaliação, finalizado em fevereiro de 1996, não apontou irregularidades. Na Câmara dos Deputados, uma CPI se completou sem comprovar nada ligado à corrupção. Os detalhes dessa história foram por mim relatados em meu livro “A Arte da Política (A história que vivi)”, nas páginas 270 a 276. (ver abaixo)

b)A Emenda Constitucional nº 16, que permite a reeleição dos chefes de Executivo no Brasil, foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1997. Na Câmara dos Deputados, o primeiro escrutínio se realizou em 28 de janeiro de 1997, mostrando 336 votos a favor, 17 contra, com 6 abstenções; no segundo turno, o resultado foi de 369 a favor, 111 contra, com 5 abstenções. O quorum mínimo para aprovação de PEC, de três quintos, exige 308 votos. Era larga, portanto, a margem de aprovação. Em 13 de maio, antes da votação no Senado, o jornal Folha de S Paulo publicou trechos de gravações indicando que cinco deputados federais do Acre – Ronivon Santiago, João Maia, Zila Bezerra, Osmir Lima e Chicão Brígido – teriam recebido R$ 200 mil cada um para votar a favor da reeleição. Nenhum era do PSDB. Um misterioso “Senhor X”, que mais tarde se soube ser o ex-deputado acreano Narciso Mendes, teria gravado as fitas. A matéria diz que um dos deputados se referiu ao Ministro das Comunicações, Sergio Motta e aos governadores do Acre e do Amazonas (pois a reeleição caberia também para governadores e prefeitos). O Congresso abriu sindicância para apurar os fatos. Em 21 de maio os deputados Ronivon Santiago e João Maia renunciaram aos seus mandatos. A CCJ abriu processo por quebra de decoro parlamentar contra os demais deputados, não encontrando, porém, provas para encaminhar a cassação. Nenhum outro deputado sofreu processo investigatório. Não houve acusação formal ao Ministro Sérgio Mota que, mesmo assim, espontaneamente foi depor na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Ninguém mais do governo precisou se manifestar. Em meu livro, já citado, esmiúço essa história entre as páginas 284 a 305. (ver abaixo)

Falando à imprensa no último dia 02 de julho, Lula avançou suas declarações habituais, arrolando outros dois casos para atingir minha honra. O primeiro deles é insignificante: trata-se da revogação, feita por mim, de um Decreto que instituíra uma inoperante comissão de fiscalização pública. Em seu lugar, criamos o Conselho de Ética, que até hoje funciona. Ou seja, meu governo aperfeiçoou o controle da conduta dos funcionários públicos.

O segundo, mais evidenciado, se referia à “pasta rosa”, uma lista de supostas doações de campanha efetuadas pelo Banco Econômico, referente às eleições ocorridas em 1990. O documento foi encontrado após a intervenção federal no Banco, em agosto de 1995, e continha o nome de 49 políticos, supostamente financiados de forma irregular. Entre eles se encontravam ACM, José Sarney, Renan Calheiros, Benito Gama. O presidente do Banco, Ângelo Calmon de Sá, acabou indiciado, por outros motivos, pela Polícia Federal. Em fevereiro de 1996, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pediu o arquivamento do inquérito sobre as doações irregulares por falta de provas.

Tem sido assim há anos, desde quando estourou o escândalo do mensalão. Aliás, em nenhum momento Lula explicou de forma detalhada os acontecimentos que levaram ao maior escândalo de corrupção da história republicana, caracterizando-o, na época, como um simples problema de caixa 2, ocorrido às suas costas. Noutro dia, no exterior, chegou até a dizer que os principais envolvidos nem eram pessoas de sua confiança. Omitiu-se por completo.

Para se defender, Lula ataca. Jamais se explica, sempre acusa. Acostumado a atirar pedras, Lula é incapaz da autocrítica. Quando deveria, de forma rigorosa, abominar a prática da corrupção, ele tenta distrair a opinião pública jogando culpa nos outros. Ora, a grandeza de um líder está em assumir a responsabilidade, por si e por sua equipe, dos possíveis erros cometidos, buscando corrigi-los e superá-los, não em levantar suspeitas sobre outrem com o claro objetivo de se esquivar de seus compromissos éticos e políticos.

Ainda recentemente, quando em viagem para Johanesburgo, ao conversarmos sobre o mensalão, disse-lhe que deveria virar esta página, já julgada pela Suprema Corte. Mas não, Lula insiste em continuar distorcendo fatos para dizer que todos fizeram algo parecido. Eu não caio nessa cilada.

Aproveito para renovar a proposta que lhe fiz naquela ocasião: por que não nos juntamos para corrigir o que de malfeito há na vida política brasileira, em vez de jogar pedras uns nos outros? O Brasil se cansou de ataques infundados. O país percebe que seu futuro depende de decisões honestas e corajosas, entre as quais a de evitar que o debate eleitoral se restrinja a baixarias e falsas acusações.

A COPA DO PT: Petralhas roubam até os ingressos que eram destinados às crianças das escolas públicas


Ingressos sociais abasteciam esquema ilegal no Mundial

O esquema milionário de venda ilegal de ingressos da Copa tinha como uma de suas fontes as 48 mil entradas destinadas a escolas públicas


O esquema milionário de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo tinha como uma de suas fontes as 48 mil entradas repassadas pela Fifa ao governo federal e destinadas a escolas públicas e beneficiados por programas sociais. O grupo também conseguia as entradas - grande parte de camarote - com a Match (sócia da Fifa), jogadores das seleções (incluindo a brasileira), compras avulsas de torcedores e até de operários que participaram das obras de construção das arenas e ganharam as entradas para o Mundial.

A reportagem teve acesso à denúncia encaminhada esta semana pelo Ministério Público, e aceita pela Justiça, e a detalhes do inquérito da operação Jules Rimet. Em uma das gravações interceptadas pela polícia, um cambista ainda não identificado diz a Sergio Antônio de Lima, integrante da quadrilha que está preso desde 1.º de julho: "As escolas aqui (em Fortaleza) ganharam 7.500 ingressos, que vieram para a ‘rua’. Mas vou fazer o maior esforço para vender no menor preço possível", disse.

Na denúncia, o promotor Marcos Kac afirma que os acusados da quadrilha conseguiam entradas "com o fundo governamental dos ingressos destinados a ONGs e escolas". Nas 12 cidades-sede do Mundial, 901 escolas públicas foram escolhidas por meio de sorteio. Dentro das escolas, cada estudante sorteado ganhava um par de ingressos. Para Fortaleza, foram enviados 7.282 ingressos para 146 escolas.

O debate sobre os ingressos sociais gerou uma verdadeira crise entre o governo e a Fifa por meses. Mas a pressão do Palácio do Planalto e principalmente a necessidade de se fazer passar a Lei Geral da Copa fizeram a Fifa ceder e aceitar que parte dos ingressos fosse destinada a projetos sociais. Procurado, o Ministério do Esporte informou que os ingressos não passaram pelo governo: os sorteados pegavam as entradas diretamente nos Centros de Distribuição da Fifa.

Em outra gravação, o franco-argelino Lamine Fofana, um dos líderes da quadrilha, conversa com uma pessoa também ainda não identificada. "Picareta", disse. "Fala aí", respondeu Fofana. "Preciso de camarote super VIP, super ultra, o que você melhor tiver para 12 pessoas em Brasília. Não adianta que não interessa o VIP", pediu, para o jogo entre Brasil e Camarões. "Tem de ser top. Você já sabe por que, né?".

O franco-argelino pergunta: "Isso é para quem?". "Você já sabe quem é", respondeu a outra pessoa. Fofana disse: "Amigo nosso", e nomes não são ditos. Para a polícia, a gravação mostra o nível de poder e influência de Fofana, que transitava nos mais altos meios do mundo do futebol.

SEGUNDA FASE - Nas gravações e trocas de mensagens entre os membros da quadrilha que vendia ingressos de forma irregular, há mais de 10 em que Fofana, um dos líderes do esquema, afirma estar presente ou chegando ao hotel Copacabana Palace, onde está reunida a cúpula da Fifa. Foi também nesse hotel que foi preso, na última segunda-feira, o diretor da empresa Match, Raymond Whelan, acusado de ser também um dos líderes da quadrilha, além de principal fornecedor.

Na quinta, após ser solto e ter sua prisão novamente decretada, Whelan fugiu do hotel pela porta de serviço, acompanhado de seu advogado. A Match é parceira oficial da Fifa que, em nota divulgada neste sábado, disse estar "certa" de que a "inocência" de todos na empresa será provada.

Em uma das gravações, Fofana diz que tem de "pagar o cara da Fifa". A gravação é de 13 de junho. No mesmo dia, mais tarde, Fofana conversou com Whelan. Eles combinam a venda de 24 pacotes, a US$ 25 mil cada. Fofana diz a Whelan que vai conversar com seu cliente e "tentar colocar um preço para ele comprar sua (do diretor da Match) final e tento vender o resto". A Match diz que os ingressos solicitados por Fofana foram oferecidos por Whelan por seu preço de tabela, de US$ 24,7 mil.

O grupo, que atuava há pelo menos quatro Copas, tinha braços em SP, ES, DF, RJ e CE. O delegado Fábio Barucke, responsável pela investigação, tem afirmado que há pelo menos sete integrantes da quadrilha já previamente identificados.

Fonte: Estadão / Exame.com

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