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segunda-feira, outubro 24, 2005

“A não liberação das indenizações aos pecuaristas será um desserviço ao país”, diz Caiado

“Estamos convencidos de que os pecuaristas do Mato Grosso do Sul não só vacinaram o gado que foi abatido, como também demonstraram grande preocupação e cuidado com seus rebanhos”, falou há pouco, o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, deputado Ronaldo Caiado (PFL/GO), depois de visitar as fazendas onde surgiram os primeiros focos de febre aftosa, no Mato Grosso do Sul. O parlamentar destacou também que os pecuaristas foram muito claros hoje pela manhã e destacaram que utilizam, na melhoria genética de seu rebanho, a técnica de transferência de embriões. “Eles jamais incorreriam num erro tão primário (referindo-se a não vacinação), que afetaria diretamente a sobrevivência da propriedade já que eles trabalham apenas com a pecuária de corte”.
A partir da visita ao Estado, os parlamentares deverão elaborar relatório sobre as condições encontradas e as prioridades que deverão ser adotadas. A principal, de acordo com os parlamentares, é a liberação das indenizações aos produtores que perderam seus animais. “Caso o governo federal não libere, imediatamente, recursos para o pagamentos das indenizações, isso poderá gerar uma grande desconfiança nos outros produtores, que, vendo a perda de seus vizinhos, poderão sonegar informações a respeito de focos em suas propriedades”, preocupa-se Caiado.
“A não liberação será um desserviço para o país”, alega Caiado. De acordo com o parlamentar, é preciso sensibilizar o governo federal, principalmente os ministros Antônio Palocci (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) sobre a gravidade do problema da aftosa. “Se eles não liberarem urgentemente os recursos será uma prova concreta da insensibilidade do governo quanto ao clamor do setor”.
Os congressistas insistem ainda na liberação dos recursos do convênio entre o Ministério da Agricultura e o governo do Mato Grosso do Sul, na ordem de R$ 3,5 milhões, que ainda não chegou ao estado.
Caiado ainda comentou sobre o desalento que abate o munípio de Eldorado (MS). “As pessoas estão desesperançadas. A gente passa pelas ruas e elas estão nas portas, sem ter o que fazer!”.
O município tem 12 mil habitantes e vive praticamente da produção primária (agricultura e pecuária). Os agricultores da região foram, indiretamente, afetados pela crise da febre aftosa porque não podem escoar sua produção para outras regiões, já que qualquer tipo de produto está proibido de sair do município.
Outro ponto importante que os parlamentares deverão reivindicar será a presença do Exército nas barreiras sanitárias nos estados afetados e nas fronteiras.
Em visita, os parlamentares (Zonta, Lupion, Moka, João Grandão), realizaram reuniões com os prefeitos de Eldorado, Mundo Novo, Iguatemi, Japorã Itaquirai. Também estiveram presentes, vereadores dos municípios atingidos, presidentes de sindicatos de produtores e de trabalhadores rurais.
A comitiva chegará a Brasília às 19 horas e deverá falar à imprensa na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

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