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sexta-feira, maio 14, 2021

Cecafé apresenta ‘case’ de sucesso da cafeicultura brasileira para Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU


Cecafé apresenta 'case' de sucesso da cafeicultura brasileira para Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU

Conselho participou de diálogos organizados pelo governo federal para definir propostas a serem submetidas à Organização das Nações Unidas



A Organização das Nações Unidas (ONU) realizará, em setembro, a Cúpula de Sistemas Alimentares (FSS, na sigla em inglês), durante a semana de Alto Nível de sua Assembleia Geral. Diante da agenda, o governo brasileiro, sob coordenação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), vem promovendo diálogos com órgãos da administração pública federal e do setor privado sobre os sistemas alimentares domésticos para definir propostas a serem submetidas ao organismo internacional.

Para auxiliar o país a formar sua posição para a cúpula, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) representou a cadeia produtiva cafeeira nacional na rodada de debates de hoje (14), que teve foco no tema "Construindo Sistemas Alimentares Resilientes", e de quarta-feira (12), quando foi abordada a temática "Incentivando a Produção e o Consumo Saudável e Sustentável de Alimentos".

O diretor geral da entidade, Marcos Matos, apresentou, hoje, o case de sucesso da resiliência dos cafés do Brasil, centrado em organização, sinergia e eficiência dos segmentos da cafeicultura nacional, o qual gera agregação de valor e maior transferência do preço Free On Board (FOB) da exportação ao cafeicultor.

Conforme ele, o que sustenta a resiliência da atividade cafeeira é a existência da sustentabilidade em seu tripé socioeconômico ambiental. Do lado econômico, há oferta do crédito oficial rural, crescente investimento de recursos próprios dos principais bancos, além do diferencial do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que dispõe R$ 6 bilhões anualmente para atender a todos os segmentos.

"Esse arcabouço financeiro apoia cafeicultores, industriais e exportadores, permitindo equilíbrio na cadeia, que faz com que o Brasil negocie rapidamente suas safras, aproveitando os picos de preço no mercado, por meio de travas futuras e barter. Além disso, no país, o Índice de Preço Externo ao Produtor (IPEP) oscila entre 80% e 91% há 15 anos, muito acima da média das demais nações cafeeiras, que repassam de 40% a 60% do preço FOB. Ou seja, quando agregamos valor ao produto, quem mais ganha é o cafeicultor brasileiro", explica.

A solidez financeira da cafeicultura nacional também permitiu que o país realizasse investimentos em pesquisa, inovação e tecnologia, resultando em importante preservação do meio ambiente. "O Brasil elevou sua produtividade de seis sacas por hectare, na década de 60, para 33 sacas na safra 2020/21, reduzindo, assim, a área destinada à cultura, a qual saiu de mais de 5 milhões de hectares para pouco mais de 2 milhões de ha, abrindo espaço a outros cultivos e, principalmente, preservando o meio ambiente", aponta o diretor do Cecafé.

Matos anota que o país também demonstra proatividade para ampliar sua sustentabilidade ambiental no agro, com trabalhos focados na otimização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), no Programa de Regularização Ambiental (PRA) e na consolidação do Código Florestal. 

"Especificamente sobre o café, ainda existem diversos trabalhos para manejo integrado de pragas, controle biológico, balanço de carbono, rastreabilidade e preservação de recursos naturais, como a água, e de matas nativas nas áreas rurais, que são diferenciais únicos do Brasil, devem ser atrativos para programas internacionais de pagamento e, principalmente, são muito positivos para a imagem externa do país", relata.

O diretor completa que o respeito ambiental é superior à realidade de outras nações cafeeiras e que a entidade vem intensificando ações para o otimizar ainda mais no processo produtivo. "Temos diversas ações que o Cecafé desenvolve para fomentar as boas práticas agrícolas e mitigar e evitar ilicitudes no campo. Refletindo esses esforços e pontuando a relevância social da cafeicultura, majoritariamente exercida por agricultores familiares, que respondem por 72% da atividade no Brasil, estudos da Embrapa comprovam que o Índice de Desenvolvimento Humano é mais elevado onde a cafeicultura está instalada", conclui.

Produção e consumo saudável e sustentável
Na quarta-feira, o gestor de Sustentabilidade do Cecafé, Thiago Masson, contribuiu com os debates a respeito de incentivos à produção e ao consumo saudável e sustentável de alimentos. Ele destaca a inserção global como certificado de qualidade e segurança da cafeicultura brasileira, com as exportações sendo realizadas a mais de 120 países, de todos os continentes, market share de 40% e geração de receita de US$ 5,6 bilhões. "Esses números revelam a capacidade de nossa atividade cafeeira em atender a consumidores que buscam diferentes características da bebida mundo afora", considera.

Em relação à importância socioeconômica e à responsabilidade socioambiental, Masson relata que a cultura está presente em mais de 250 mil propriedades rurais, com caráter estritamente de agricultura familiar, com cerca de 72% desses estabelecimentos tendo, no máximo, 20 hectares. Ele também salienta o crescimento das exportações nacionais de cafés diferenciados, que saltaram de 5,9 milhões de sacas, em 2016, para 7,9 milhões no ano passado, das quais 20% se referem a frutos com certificações socioambientais.

Para contribuir com esse desempenho, o gestor do Cecafé expõe que, além da legislação ambiental para sistemas agrícolas no país, o segmento agroindustrial do café também conta com referências e normativos específicos nos pilares sociais, ambientais e econômicos, como, por exemplo, o Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC) e a Produção Integrada de Café (PIC-Café).

Segundo ele, os avanços conquistados pelo Brasil em pesquisa, inovação, assistência técnica e extensão rural fizeram com que a produtividade média do setor crescesse 416% entre 1960 e 2020, a área destinada à cultura diminuísse 51% e também ajudaram o Brasil a se posicionar como maior produtor e exportador e segundo principal consumidor mundial.

"Quando pensamos em agricultura regenerativa, é notório que as propriedades cafeeiras no país avançam em sistemas agroflorestais e manejo integrado de pragas, existindo estudos científicos que comprovam a eficiência das práticas sustentáveis para o sequestro de carbono e ao aumento da produtividade, bem como na conservação de matas nativas, ativos que poderão atrair os chamados pagamentos por serviços ambientais", ressalta.

Ao citar que o mundo precisa avançar em marcos regulatórios que incentivem o mercado internacional de compensação de carbono, por exemplo, Masson conclui que a Cúpula dos Sistemas Alimentares pode ser a coordenação internacional que contribuirá para o combate à pobreza e à insegurança alimentar global no pós-pandemia.


Gestor de Comunicação – Cecafé
Paulo André Kawasaki
(61) 98114-6632 / pauloandre@cecafe.com.br

CNC: Mapa e Ministério da Economia atendem a pleito do CNC e encontram caminhos para o pagamento do Brasil à OIC


Balanço Semanal

Maio 2021

 

PAGAMENTO OIC

 

As gestões realizadas pelo CNC, junto ao Governo Federal, visando o pagamento integral da anuidade do ano cafeeiro 2020-2021, devida pelo Brasil à Organização Internacional do Café (OIC), foram atendidas ontem (13). Tal medida permitirá que o Brasil recupere seu direito à voto junto à Organização, ação fundamental neste momento em que está em vias de apresentar oficialmente a candidatura de Vanusia Nogueira ao cargo de diretora executiva da OIC.

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APOIO EMATER-MG 

 

Uma das responsabilidades do CNC é com relação à saúde, bem-estar e segurança dos trabalhadores rurais. A entidade, preocupada com a disseminação da Covid-19 durante a safra do café, tem buscado apoiar parceiros, associações e cooperativas com o objetivo de oferecer uma colheita segura e responsável, como a live "Operação safra segura e os cuidados na colheita do café", realizada pela Emater-MG e a PM mineira, na última terça.

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MERCADO

 

Os contratos futuros do café permanecem estáveis e encerram a semana praticamente inalterados, sem indicar direção. As atenções estão concentradas no clima nas regiões produtoras do mundo, em particular no Brasil, que inicia a colheita de café. 

 

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BSCA: Promoção de origens produtoras contribui para obtenção de Indicações Geográficas


Promoção de origens produtoras contribui para obtenção de Indicações Geográficas
 
BSCA celebra conquista da D.O. pelos Cafés das Montanhas do Espírito Santo, região onde incentivou a qualidade através de cursos e concursos
 
Realizar ações para divulgar o trabalho de excelência e a sustentabilidade visando à promoção das origens produtoras de café no Brasil sempre foi um dos nortes da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). A obtenção, no dia 4 de maio, da Indicação Geográfica (IG), na espécie Denominação de Origem (DO), pelos Cafés das Montanhas do Espírito Santo é mais um resultado que a entidade celebra como resultado desse foco.
 
As IGs são importantes ferramentas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinadas origens produtoras, com o objetivo de promover e proteger uma região. "A obtenção de Denominação de Origem pelos Cafés das Montanhas do Espírito Santo permite a promoção da sustentabilidade e fomenta a competitividade da atividade cafeeira, fortalecendo a imagem dos grãos produzidos no território e, por consequência, levando benefícios econômicos para produtores e moradores da região", destaca a diretora da BSCA, Vanusia Nogueira.
 
Ela comenta que a Associação teve papel importante para a qualificação de profissionais da cafeicultura local, realizando cursos e concursos de qualidade, que estimularam o investimento em excelência e, consequentemente, serviram de mola propulsora no processo da região para o reconhecimento como Indicação de Procedência e para a evolução à Denominação de Origem.
 
"Durante o desenrolar do processo para a obtenção da IG, levamos o principal concurso de qualidade do mundo para café, o Cup of Excellence, para a região, pois já sabíamos que alguns produtores locais investiam na produção de grãos especiais e também porque queríamos mostrar aos demais cafeicultores a importância de se investir em qualidade. Foi um sucesso essa aproximação, pois muitos visualizaram os benefícios de produzir cafés com excelência e fizeram sua imersão", recorda.
 
Vanusia informa, ainda, que as parcerias que a BSCA firmou com instituições de ensino e pesquisa locais contribuíram para a qualificação profissional de muitos jovens na região. "Através dessa aproximação, jovens de famílias cafeeiras das Montanhas do Espírito Santo se formaram Q-Graders, recebendo um certificado mundial de profissional de degustação e classificação de cafés, o que permitiu que fosse realizado um trabalho in loco para valorizar a produção e os frutos colhidos na região", explica.
 
Com base nos trabalhos realizados pelas entidades de classe e de ensino e pesquisa regionais, além do suporte da BSCA através de parcerias, atualmente, os membros da Associação e todos os cafeicultores e moradores das 16 cidades que compõem a Denominação de Origem dos Cafés das Montanhas do Espírito Santo tem motivo para celebrar.
 
"Em tempos nos quais os consumidores estão cada vez mais ávidos por conhecimento, procedência e história dos produtores e dos produtos que consomem, a D.O. dos Cafés das Montanhas do Espírito Santo chega para promover e disseminar os aspectos geográficos, que permitem que os cafezais absorvam substâncias importantes para a melhor expressão de aromas e sabores dos cafés específicos da região, e os fatores humanos locais, que, por meio de herança familiar e cultural diversa e as características de cultivo e pós-colheita, interferem positivamente nas características sensoriais do grão produzido nesse terroir", conclui.
 
A Denominação de Origem Cafés das Montanhas do Espírito Santo é a evolução da IG de Indicação de Procedência que a região detém. Os cafés cultivados estão situados entre 500 e 1.400 metros de altitude, a temperaturas médias anuais de 18ºC a 22ºC e pluviosidade de 1.000 a 1.600 milímetros ao ano. A região é composta por 16 municípios capixabas: Afonso Claudio, Alfredo Chaves, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Iconha, Itaguaçu, Itarana, Marechal Floriano, Rio Novo do Sul, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Santa Leopoldina, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante.


BSCA – Assessoria de Imprensa
Paulo André C. Kawasaki
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BSCA - Brazil Specialty Coffee Association
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CECAFÉ: Brasil exporta 3,3 milhões de sacas de café em abril


Brasil exporta 3,3 milhões de sacas de café em abril
 
Volume representa queda de 8,5% na comparação com o mesmo mês de 2020, mas indica avanço no ano civil e potencial recorde no acumulado da safra
 
As exportações totais brasileiras de café somaram 3,3 milhões de sacas de 60 kg em abril, apresentando queda de 8,5% na comparação com o desempenho registrado no mesmo período de 2020. No mês passado, a receita cambial recuou 7,4%, rendendo US$ 447,2 milhões ao país. Os dados são do relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
 
Diante dos desafios logísticos que o setor comercial enfrenta atualmente, o presidente da entidade, Nicolas Rueda, considera o desempenho positivo. "O resultado de abril foi bom, o segundo melhor nos últimos cinco anos, e evidenciou a eficiência logística dos exportadores brasileiros, que seguem honrando seus compromissos mesmo com a continuidade dos entraves logísticos gerados pela Covid-19 e pela concentração do fluxo do comércio na Ásia, que, entre outros fatores, reduz a disponibilidade de contêineres para exportação de café", analisa.
 
ANO SAFRA
No acumulado da safra 2020/21, as remessas do produto nacional evidenciam o comprometimento do setor em atender à demanda mundial e caminham para bater recorde. De julho de 2020 a abril deste ano, o Brasil exportou 39,5 milhões de sacas, apresentando crescimento de 16,6% frente às 33,9 milhões de sacas embarcadas nos primeiros 10 meses da temporada 2019/20. A receita acompanha o ritmo do volume e avança 14,1% no comparativo anual, aproximando-se de US$ 5 bilhões.
 
ANO CIVIL
De janeiro a abril deste ano, as remessas brasileiras de café atingiram 14,8 milhões de sacas, avançando 8,6% frente ao primeiro quadrimestre de 2020. Foram obtidos US$ 1,95 bilhão com os embarques, o que implica incremento de 6,1% em relação ao levantado em idêntico período anterior.
 
PRINCIPAIS PARCEIROS
No acumulado de 2021, o principal destino do café brasileiro são os Estados Unidos, que respondem por 19,3% do exportado no período. De janeiro a abril, os norte-americanos importaram 2,9 milhões de sacas, apresentando crescimento de 4,2%, ante primeiro quadrimestre de 2020.
 
Na sequência, vêm Alemanha, com a aquisição de 2,7 milhões de sacas (+8,6%); Itália, com 1,1 milhão (-11%); Bélgica, com aproximadamente 1,1 milhão (+39,2%); e Japão, com 792,5 mil sacas (+20%). Destaca-se, também, o crescimento de 40,5% das exportações brasileiras de café para as nações árabes, que adquiriram 678 mil sacas no primeiro quadrimestre de 2021, e de 62,7% para países produtores, que importaram 1,026 milhão de sacas no intervalo.
 
CAFÉS DIFERENCIADOS
O Brasil exportou 2,19 milhões de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) de janeiro a abril, volume que representa 14,8% dos embarques totais no período. A receita cambial gerada por essas remessas atingiu US$ 374,5 milhões, correspondendo a 19,2% do valor total gerado no quadrimestre.
 
PORTOS
Santos permanece como o principal canal de escoamento dos cafés do Brasil em 2021. De janeiro a abril, 11,6 milhões de sacas partiram do porto paulista, o que representa 78,2% dos embarques totais. Na sequência, vêm os portos do Rio de Janeiro, com a remessa de 2,3 milhões de sacas (15,4% do total), e de Vitória (ES), com 423,6 mil sacas (2,9%).
 
SAFRA 2021/22
O bom desempenho das exportações brasileiras no ciclo cafeeiro atual se justifica pela safra recorde colhida em 2020 e pelo trabalho de promoção da imagem sustentável dos cafés do Brasil que o Cecafé realiza. Entretanto, para a temporada 2021/22, o cenário é de alerta, conforme pondera o presidente do Cecafé.
 
"Sabidamente, a próxima safra é de baixa no ciclo bienal da produção brasileira. Além disso, o setor continua observando as condições climáticas, que já impactaram o volume a ser colhido devido ao menor nível de chuvas no último trimestre de 2020 e também em 2021. Atualmente, mesmo sendo um período de menos precipitações em comparação a outras épocas do ano, tem chovido bem menos do que a média histórica para a Região Sudeste, principal cinturão cafeeiro do Brasil, o que certamente afetará o tamanho da colheita e poderá ser refletido nas exportações", conclui Rueda.
 
Clique aqui e confira o relatório completo sobre as exportações de café do Brasil, em abril de 2021.

SOBRE O CECAFÉ
Fundado em 1999, o Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de café no âmbito nacional e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade social. Atualmente, possui 120 associados, entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 96% dos agentes desse mercado no país.


Foto: Divulgação Cecafé

Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.

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