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sexta-feira, março 31, 2017

EMBRAPA: Brasil agora tem o mais moderno laboratório de biossegurança para pecuária da América Latina




O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, inaugurou o Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec), nesta quinta-feira, 30, na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS). O Biopec é o mais moderno na área de pesquisa em segurança e qualidade da carne da América Latina, possibilitando estudos relacionados a agentes de alto risco como salmonelose, brucelose, tuberculose, vírus da febre aftosa, influenza aviária, influenza suína e raiva.

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, explica que o laboratório é do tipo multiusuário e que outras instituições públicas ou privadas voltadas para atividades de ciência e tecnologia, podem fazer uso de sua infraestrutura para realização de projetos de PD&I em conjunto com a Embrapa. “A pesquisa agropecuária passa a contar com um conjunto de instalações modernas que contribuirão para colocar o Brasil em posição diferenciada na segurança dos alimentos e das cadeias produtivas pecuárias”.

Ele destacou que o Biopec é fundamental para o Brasil se manter na fronteira do conhecimento e das boas práticas de proteção da pecuária. “O Brasil está dando um salto de qualidade na pesquisa e equiparando-se aos países mais desenvolvidos. Avançaremos em pesquisas de ponta que antes não eram feitas no País devido à ausência de estrutura de alto nível de biossegurança”.

Para o ministro Blairo Maggi, o Biopec proporciona segurança, conhecimento e tranquilidade para o Brasil mostrar ao mercado externo. “O que a Embrapa está oferecendo ao Brasil é uma nova oportunidade de multiplicar a nossa produção”.

“A entrega desse laboratório contribui muito para a melhor sanidade e maior segurança aos mercados que consomem os nossos produtos”, avalia o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Soares, acrescenta que o laboratório conta com um conjunto de instalações que aumenta a capacidade do Brasil de garantir a qualidade sanitária dos rebanhos. “O laboratório terá capacidade analítica para execução de pesquisas voltadas, principalmente, para prevenção, controle e erradicação das principais doenças de risco biológico para a cadeia produtiva da pecuária brasileira, tanto para bovinos quanto para ovinos, caprinos, suínos e aves”.

Também será possível estudar em um mesmo laboratório bactérias causadoras de botulismo, antrax e intoxicações alimentares. Também poderão ser desenvolvidos testes e vacinas para doenças como a brucelose e trabalhos de pesquisa com príons (proteínas) causadores de encefalopatias espongiformes (vaca-louca e scrapie), sempre de acordo com as mais avançadas normas de biossegurança.

Estrutura

A área total do laboratório é de aproximadamente 1.000 m2, das quais 500 m2 com infraestrutura contendo área de contenção em biossegurança, além de uma inédita estrutura para biotério de manutenção e experimentação animal Nível 3. O Laboratório conta com um complexo sistema de segurança automatizado e integrado.

A previsão é que comece a funcionar em abril, com início de operação pelas salas de apoio, onde há infraestrutura em biologia molecular e para operações de suporte. Logo depois começa o funcionamento dos laboratórios dos níveis mais avançados e o biotério de experimentação.

Para a construção do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para Pecuária (Biopec) foram investidos R$ 10 milhões. Os recursos têm como origem o orçamento da Embrapa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Qualidade da Carne” no Portal da Embrapa

Durante a inauguração do Biopec, o presidente da Embrapa anunciou o lançamento da página especial sobre “Qualidade da Carne” no Portal da Empresa. O objetivo é disponibilizar para a sociedade parte do conhecimento técnico-científico, gerado por diversas instituições de pesquisa nacionais e pela iniciativa privada. A página pode ser acessada no endereço eletrônico  https://www.embrapa.br/qualidade-da-carne/ e foi estruturada a partir das cadeias produtivas de carne bovina, suína e de aves, agregando tecnologias, publicações, vídeos e projetos de pesquisa voltados para as diversas fases do sistema de produção: genética, nutrição, boas práticas de criação, sanidade, reprodução, processamento, transporte, abate, rastreabilidade e segurança do alimento (com informações de Robinson Cipriano, Secretaria de Comunicação da Embrapa).


Acesse fotos e vídeo sobre o assunto em:

Texto: Kadijah Suleiman, jornalista Embrapa Gado de Corte (MTb RJ 22729JP)

quinta-feira, março 30, 2017

Projeto Temático estuda patógenos ambientais causadores da mastite bovina



Projeto reúne pesquisadores de FMVZ/Unesp, IB/Unesp, Apta e Unicamp



No dia 15 de março de 2017, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) divulgou o aceite do Projeto Temático “E. coli, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus spp.: Impacto dos fatores de virulência na mastite bovina e reflexos na saúde pública”, que reúne pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, Instituto de Biociências (IB) da Unesp, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e Unicamp.

O Projeto tem como objetivo investigar casos de mastite bovina causados por Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus spp., relacionando caracterização genotípica e fenotípica dos patógenos envolvidos na infecção intramamária, bem como os fatores de virulência, pesquisa dos genes codificadores, perfil de citocinas como marcadores de virulência e multirresistência dos microrganismos aos antimicrobianos.

A mastite é um processo inflamatório que atinge a glândula mamária das vacas, de caráter contagioso e ambiental, considerada a doença que mais onera a produção leiteira em todo mundo. É uma enfermidade complexa, de etiologia múltipla, cujo controle e profilaxia envolvem conhecimentos de manejo, saúde e bem-estar animal, produção, epidemiologia e microbiologia.

Os patógenos ambientais estão presentes em áreas onde o animal é manejado ou mantido, como salas de ordenha, ambientes da pré e pós-ordenha ou nos grandes estábulos onde o gado permanece confinado. São transmitidos para a glândula mamária a partir das fezes, solo, cama dos animais, água e equipamentos de ordenha. Pouco estudados no país, os principais aspectos de patogenia, virulência e impacto na saúde pública dos patógenos ambientais causadores da mastite constituem o objeto principal do Projeto Temático aprovado. 

“O controle da ocorrência da chamada mastite ambiental é mais difícil do que o da mastite contagiosa”, informa o professor Helio Langoni, coordenador do Projeto Temático. “Por isso, queremos conhecer detalhadamente todos os aspectos dos patógenos que são seus agentes. Além de pouco estudados, alguns desses microrganismoss, como Enterococcus spp. já estão mostrando resistência aos antimicrobianos que são utilizados para o tratamento de doenças em humanos”.

Segundo o professor Langoni, o Projeto Temático tem aspectos de vanguarda que foram muito bem avaliados do ponto de vista técnico pela Fapesp. “Os estudos devem nos trazer respostas sobre o comportamento desses microrganismos e permitir, num segundo momento, após a análise de todos os fatores de virulência desses agentes, a produção de vacinas para o controle da mastite ambiental, o que seria muito interessante para toda a cadeia produtiva”. Este será o primeiro Projeto Temático desenvolvido no âmbito do curso de Medicina Veterinária da FMVZ.

Os seis subprojetos que integram o Projeto Temático buscam alinhavar os mais diferentes aspectos da mastite ambiental. Estão entre os objetivos da equipe de pesquisadores: reconhecer os principais patótipos de E. coli; avaliar a ocorrência de Enterococcus spp. e K. pneumoniae na casuística de mastite; investigar a presença desses patógenos em tanques de expansão; caracterizar as espécies de Enterococcus spp. envolvidas na mastite clínica e em tanques de expansão utilizando métodos fenotípicos e proteômica; determinar o perfil de sensibilidade e a multirresistência fenotípica e genotípica dos isolados aos antimicrobianos inclusive frente à vancomicina; estabelecer o perfil genotípico de fatores de virulência de E. coli com diferentes níveis de gravidade clínica.

Duas bolsas de doutorado direto e uma de pós-doutorado estão diretamente vinculadas ao Projeto Temático. Para o professor Hélio Langoni, a aprovação da Fapesp indica a relevância do tema e atesta a competência da equipe envolvida. “A qualidade do leite é uma questão muito importante de saúde pública. É uma proteína de alto valor biológico e um alimento consumido em todas as faixas etárias. Fico muito satisfeito por aprovarmos esse projeto. Nosso grupo reúne pesquisadores jovens e muito produtivos. Confio no potencial, na força de trabalho e no comprometimento de todos”.

O diretor da FMVZ, professor Celso Antonio Rodrigues, faz questão de parabenizar a equipe envolvida com a iniciativa e destacar sua importância para a Faculdade. “A aprovação de Projetos Temáticos no âmbito da nossa unidade é algo extremamente positivo, pois são projetos que trazem recursos financeiros e desenvolvimento acadêmico e científico, por meio da ação interdisciplinar e interinstitucional, geram publicações e projetam a Faculdade e a Universidade, inclusive em nível internacional. Parabenizamos os envolvidos e ressaltamos que a Diretoria da FMVZ quer incentivar e dar suporte para que mais iniciativas desta natureza sejam bem-sucedidas”.

Além do professor Langoni, os professores Márcio Garcia Ribeiro e José Carlos de Figueiredo Pantoja, todos do Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública da FMVZ/Unesp também integram o Projeto Temático. Os demais pesquisadores vinculados são os professores Vera Lúcia Mores Rall (IB/Unesp); Rodrigo Tavanelli Hernandes (IB/Unesp); Simone Baldini Lucheis (Apta - Bauru/SP) e Domingos da Silva Leite (Unicamp).



FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - UNESP - CÂMPUS DE BOTUCATU/SP
Assessoria de Imprensa 

quarta-feira, março 29, 2017

EMBRAPA: Apicultura atinge profissionalização em MS



Apicultores do estado trabalham para atender à crescente demanda por produtos








"Temos uma atividade que, de fato, traz retorno para o apicultor”. A fala é de Gustavo Bijos, presidente da Federação de Apicultura e Meliponicultura de MS (FEAMS) sobre a apicultura em Mato Grosso do Sul – tema de sua palestra no II Seminário de Apicultura do Cerrado, realizado de 30 a 31 de março em Bonito (MS). Apoiada pelo trabalho de instituições como a Federação, a Embrapa Pantanal e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), a atividade ganha espaço no estado que registra a maior produção de mel por colmeia/ano do País: 34 kg a mais que a média nacional de 18 kg, segundo Bijos.

“A apicultura era tida como terceira ou quarta atividade nas propriedades rurais, trabalhada apenas nos finais de semana. Hoje, a nossa tendência é ampliar a produção. Conheço apicultores que passaram de 30 para 300 colmeias”, afirma. Para o presidente, os maiores gastos de quem pretende trabalhar na área acontecem no início (com a compra de máquinas e equipamentos) e durante o transporte dos produtos, mas a atividade compensa. “Vendendo o quilo do mel a um valor mínimo de R$ 8 e produzindo de 45 a 50 kg por colmeia/ano, os investimentos são pagos depois de dois a três anos. Se a produção for maior, esse tempo diminui”.

Com a grande procura por produtos apícolas, a previsão é que a demanda do mercado triplique até 2025, segundo o presidente. “A gente teria que quadruplicar a produção só para atender ao estado”. Ele ressalta que os produtores da região pantaneira têm, ainda, a possibilidade de trabalhar com a Indicação Geográfica (IG) do Mel do Pantanal, um selo que pode agregar valor aos produtos certificados no futuro. “A IG oferece uma alternativa às propriedades pantaneiras para que elas possam, através do trabalho com as abelhas, receber uma renda que incentive a ampliação a apicultura na região e, consequentemente, a proteção do Pantanal – já que, para produzir, precisamos das matas conservadas e água de boa qualidade”.

Formalização da atividade

Para Bijos, o uso de práticas de manejo de alta produtividade é sinal da profissionalização da apicultura no estado. Entre elas estão a troca anual de rainhas, o uso de alimentação artificial (quando necessário) e o controle de espaços internos. “A troca de rainhas tem que ser feita porque elas ficam desgastadas depois de um ano de trabalhos intensos. A alimentação artificial é usada quando as floradas terminam – precisamos manter o enxame vivo e fazê-lo crescer para entrar bem na safra. Já a adequação acontece quando o enxame está muito grande e precisa de espaço. A gente coloca mais equipamentos (as melgueiras) e, quando elas não são mais necessárias, nós as retiramos para manter o enxame do tamanho adequado para passar aqueles períodos sem florada”.

Além da profissionalização, outro fator que contribui para formalizar a atividade em MS é o estabelecimento da inscrição estadual para produtores rurais apicultores/meliponicultores, que deve ser finalizada ainda este ano. De acordo com o presidente da FEAMS, a inscrição deverá permitir a emissão de notas fiscais e facilitar financiamentos. “Os apiários que passam pelo controle sanitário do Iagro serão georreferenciados e nós já estamos com quase 100% dos apicultores cadastrados”, afirma. “É um passo a favor de quem quiser implantar a rastreabilidade da produção, por exemplo, e de podermos contribuir legalmente com o estado. A inscrição oferece grandes benefícios para o consumidor”.

Acompanhe esta e outras notícias sobre as inovações na área da apicultura no portal da Embrapa Pantanal (https://www.embrapa.br/pantanal). Para mais informações sobre o II Seminário de Apicultura do Cerrado, acesse https://www.sympla.com.br/ii-seminario-de-apicultura-do-cerrado__112750 .





Nicoli Dichoff (Mtb 3252/SC) 
Embrapa Pantanal 



Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Pantanal
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Corumbá/ MS

Docente da FMVZ/Unesp é premiado pela Associação Paulista de Avicultura como Pesquisador do Ano


 

O professor Edivaldo Antônio Garcia, do Departamento de Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, câmpus de Botucatu, recebeu o prêmio Destaques da Avicultura de Postura em 2016 como Pesquisador do Ano.

O prêmio foi entregue durante o Congresso de Produção e Comercialização de Ovos, que aconteceu de 21 a 23 de março, no Centro de Convenções de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Realizado pela Associação Paulista de Avicultura (APA) o Congresso chegou em 2017 à sua 15ª edição. Com o intuito de celebrar a data, a Comissão Organizadora do evento instituiu o Prêmio APA & OvoSite “Destaques da Avicultura de Postura em 2016”, conferido com o objetivo de realizar uma homenagem a alguns dos profissionais e produtores de ovos que se dedicam a Postura Comercial.

O portal OvoSite foi o responsável por organizar a votação e a divulgação do prêmio em cinco categorias: Marketing do Ovo (marca mais lembrada); Empresário do Ano (Gestão); Profissional de Sanidade; Profissional de Nutrição e Pesquisador do Ano, vencido pelo professor Garcia.


Trajetória
Edvaldo Antonio Garcia é graduado em Zootecnia pela Unesp, com mestrado em Ciências Biológicas (Genética) e doutorado em Zootecnia, também pela Unesp.

É Professor Titular da área de Avicultura do Departamento de Produção Animal da FMVZ desde 2010. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Criação de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: frangos de corte, desempenho, avaliação de carcaça, produção de poedeiras comerciais, produção de codornas avaliação da qualidade dos ovos.



FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - UNESP - CÂMPUS DE BOTUCATU/SP
Assessoria de Imprensa 

quinta-feira, março 23, 2017

EMBRAPA: Conheça projetos que promovem reflexão sobre o uso da água



Unidade pantaneira de pesquisa sedia seminário no Dia Mundial do Recurso



Os diversos usos da água e as possibilidades para sua recuperação foram alguns dos temas abordados por pesquisadores, professores, representantes do poder público e estudantes neste 22 de março. No Dia Mundial da Água, o auditório da Embrapa Pantanal recebeu o seminário “Águas Residuais”, realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Corumbá, para promover debates a respeito da importância e utilização de um dos bens naturais mais importantes para a sociedade. “O dia exige mais reflexão que comemoração. A água é essencial não só para a produção, mas para a vida como um todo. O tema do seminário este ano aborda um desafio muito grande: como podemos superar o problema dos resíduos na água, assim como as maneiras de tratar, conservar e utilizar melhor esse recurso tão importante e cada vez mais escasso no nosso planeta”, diz a pesquisadora Catia Urbanetz, chefe-geral em exercício da unidade pantaneira de pesquisa da Embrapa.

Com a questão dos resíduos como o fio condutor das discussões, o professor Willian da Silva, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), falou sobre o destino que damos à água depois que ela é utilizada no dia a dia das casas, comércios e indústrias. “A água residual, a grosso modo, é aquela que vai para o ralo e, consequentemente, para o esgoto, que é um grande complexo de substâncias orgânicas, inorgânicas e microrganismos”, afirma. “Usamos água de boa qualidade e a descartamos no sistema com uma qualidade ruim. Para que isso não impacte o ambiente de maneira tão profunda, precisamos tratá-la, tirar o máximo possível de contaminantes para devolvê-la a esse ambiente. Não existe ´água nova´: ela faz parte de um ciclo. Aquela água que você jogar fora vai ser bebida por alguém”.

Sabendo da importância de se dar um destino adequado aos resíduos decorrentes da ação humana, o pesquisador da Embrapa Pantanal Ivan Bergier desenvolveu um projeto que visa favorecer a sustentabilidade na produção animal – em particular, na suinocultura – atuando na reciclagem da água. “Um equipamento separa a fração sólida da água residual dessa atividade e aproveita essa fração para fertilizar a produção de grãos. Aí, realizamos a reciclagem real: voltamos os nutrientes produzidos para fazer o grão por meio de um sistema que passa pelo animal, por biodigestores, por uma lagoa de decantação”, diz. “O trabalho de economia circular reaproveita os resíduos e os transforma em matéria prima dentro da cadeia produtiva, buscando retornar esse material da forma mais eficiente possível ao ambiente”.

O técnico químico Marcel Marcondes discutiu, ainda, o tratamento da água na área da saúde: ele é responsável pelos processos que tratam a água usada em máquinas de hemodiálise na Santa Casa de Corumbá. De acordo com Marcondes, ela é desmineralizada e passa por um processo chamado de osmose reversa (pelo qual se obtém uma água muito pura, separada de agentes contaminantes nocivos à saúde humana) antes de ser utilizada para filtrar o sangue dos pacientes. “A clínica recebe água potável da empresa de saneamento da cidade e, a partir desse momento, começamos a retratar essa água, decantando o material em um tanque de espera de 10 mil litros, passando por um filtro de areia e, assim, sucessivamente, por um abrandador, um filtro de carvão, até chegar à osmose”.

O técnico ressalta que, para a hemodiálise, a qualidade da água é essencial. “Se tivermos alguma contaminação, não temos tempo de salvar o paciente. É um risco muito alto que não permite nenhuma porcentagem de erro”. Para o pesquisador Ivan Bergier, todo uso intensivo dos recursos naturais exige um planejamento acerca do destino e retorno dos resíduos, “sejam eles quais forem – sólidos, líquidos, gasosos”. O vereador Mohamed Abdalla, secretário especial de Agricultura Familiar, foi um dos representantes da Prefeitura Municipal de Corumbá a participar dos debates. “A gente sabe que cada real investido no tratamento de esgoto economiza três reais gastos com doenças no sistema de saúde. Por isso, é fundamental discutir a recuperação e, principalmente, o melhor uso da água pela sociedade”.





Nicoli Dichoff (Mtb 3253/SC) 
Embrapa Pantanal 


Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Pantanal
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Corumbá/ MS

BSCA: abertas as inscrições para campeonatos brasileiros de barismo



BSCA: estão abertas as inscrições para os campeonatos brasileiros de barismo

Disputa de Brewers Cup, Coffee In Good Spirits, Cup Tasters e Latte Art ocorrerão em Varginha (MG), de 28/04 a 1º/05. Vencedores vão para os campeonatos mundiais
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) informa que estão abertas as inscrições para as competições nacionais de barismo em 2017. Serão realizadas, este ano, as nonas edições dos Campeonatos Brasileiros de Latte Art, Cup Tasters e Coffee In Good Spirits e a sexta edição do Campeonato Brasileiro de Brewers Cup. Os profissionais interessados podem se inscrever diretamente no site da entidade, através do link http://bsca.com.br/worldcoffeeevents.php.

Todas as etapas serão realizadas de 28 de abril a 1º de maio deste ano, em Varginha (MG), no Via Café Garden Shopping, e integram as ações do projeto setorial "Brazil. The Coffee Nation", desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Estão disponibilizadas 16 vagas para os campeonatos brasileiros de Latte Art, Brewers Cup e Coffee In Good Spirits e 20 vagas para o de Cup Tasters. Os campeões de cada categoria garantem classificação para os campeonatos mundiais, que ocorrerão entre os dias 13 e 15 de junho, em Budapeste, na Hungria.

Desde setembro de 2016, a BSCA é a National Body no Brasil da World Coffee Events (WCE), entidade organizadora do World Barista Championship (WBC) e detentora dos direitos da competição em todo o mundo. Esse status confere à Associação o direito de realizar as etapas classificatórias das competições mundiais, as quais conduzem os campeões brasileiros para a fase final dos certames internacionais nas suas sete modalidades: (i) Barista; (ii) Latte Art; (iii) Brewers; (iv) Coffee in Good Spirits; (v) Cup Tasters; (vi) Roasters (torrefação); e (vii) Cezve Ibrik (café turco).

A diretora executiva da BSCA, Vanusia Nogueira, explica que a Associação realizará seis certames este ano – exceção à modalidade Cezve Ibrik –, com as competições nacionais de Baristas e Roasters previstas para o segundo semestre, já que seus campeonatos mundiais ocorrerão em novembro e dezembro.

Vanusia também enaltece a convergência em qualidade entre a entidade e os baristas. "O principal objetivo da BSCA e da WCE é promover a excelência em café e, nessa orientação, o barista é um profissional fundamental para a valorização do produto junto aos consumidores", conclui.
Sobre as competições
BREWERS CUP - Competição focada no preparo de café pelo método filtrado e manual, com os competidores devendo empregar suas técnica e habilidade para extrair o melhor do café coado. Confira o regulamento do campeonato brasileiro de 2017: http://bsca.com.br/pdf-folder/brewers___campeonato_nacional_2017.pdf.

COFFEE IN GOOD SPIRITS - Disputa em que se valoriza o preparo de bebidas alcoólicas à base de café, com os competidores demonstrando habilidades de barmen. Na competição, exige-se o preparo de Irish Coffees (feitos com café, uísque, açúcar e creme) e bebidas de assinatura quentes ou frias, com álcool e ingredientes livres. Veja o regulamento da competição nacional de 2017: http://bsca.com.br/pdf-folder/coffee_in_good_spirits___campeonato_nacional_2017.pdf.

CUP TASTERS - A competição visa a avaliar o conhecimento dos competidores na distinção de cafés. São realizados testes triangulares, com o preparo de duas xícaras idênticas e uma diferente, com o objetivo de que o competidor a distinga. Acesse o regulamento do campeonato 2017: http://bsca.com.br/pdf-folder/cup_tasters___campeonato_nacional_2017.pdf.

LATTE ART - O formato da disputa exige que os competidores preparem dois cappuccinos com latte art idênticos, usando café e leite e apenas espresso e leiteiras como ferramentas, dois macchiatos e duas bebidas de assinatura própria à base de leite e café, que podem ser "desenhadas" com a ajuda de acessórios para dar forma ao desenho. Confira o regulamento da competição brasileira deste ano: http://bsca.com.br/pdf-folder/latte_art___campeonato_nacional_2017.pdf.

SERVIÇO
Campeonatos Brasileiros de Barismo 2017
Data: 28/04 a 1º/05
Local: Via Café Garden Shopping, em Varginha (MG)
Mais informações: Juliana Roque - (35) 3212-4705 / 3212-6302 / juliana@bsca.com.br

Mais informações para a imprensa
BSCA – Assessoria de Comunicação
Paulo André Colucci Kawasaki
(61) 98114-6632 / ascom@bsca.com.br









quinta-feira, março 16, 2017

Deputado Afonso Hamm apresenta projeto sobre Cavalo Puro Sangue Inglês





Nesta quarta-feira, 15, o deputado federal Afonso Hamm apresentou na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 7126/2017, de sua autoria, que confere o título de Capital Nacional da Criação de Cavalos ao município de Bagé, no Rio Grande do Sul.



Na proposta, o deputado destacou que o mercado de cavalos é importante para o país e para o Estado, sobretudo para Bagé, que abriga aproximadamente 50% da criação brasileira de cavalos da raça Puro Sangue Inglês (PSI). Na fundamentação, que teve contribuição do criador Jones Salles, o parlamentar ressaltou que os municípios de Bagé e Aceguá são responsáveis pelo nascimento de aproximadamente 1.200 cavalos por ano.

Acompanhado do secretário de Cultura e Turismo de Bagé, Fabiano Marimon, Hamm argumentou que a aprovação do projeto garantirá que sejam gerados investimentos em infraestrutura e turismo no município, necessários os treinamentos para os milhares de potros da raça PSI, que deixam o município anualmente por falta de estrutura.

Ainda de acordo com o deputado, transformar Bagé em Capital Nacional de Criadores de Cavalos PSI será a oportunidade de atrair investimentos nas áreas de hotelaria e gastronomia, por exemplo, os quais devem gerar entre 300 e 500 empregos diretos. Outro ponto evidenciado na proposta é a possibilidade do município retomar as corridas de cavalos, já que cerca de 60% da estrutura já está pronta, além de reativar o Jockey Club.

Entusiasta do projeto, o prefeito Divaldo Lara parabenizou o deputado pela iniciativa e afirmou que ela contribuirá para o desenvolvimento da cidade.

Afonso Hamm ressaltou que a região Zona Sul do Estado é reconhecida pelo grande número de haras que produzem os melhores PSI do Brasil, os quais são referências internacionais, cujos diferenciais estão no solo, clima, pastagem e mão de obra qualificada. No mercado nacional, os cavalos de raça movimentam cerca de R$ 16 bilhões por ano.


Jornalista responsável – Gilkiane Cargnelutti MTB 15.929 - (51) 3392-4609

segunda-feira, março 13, 2017

Aprenda Interpretar Análise de Solo e Manejar Adubação em Cana-de-açúcar



O Infobibos Informações Tecnológicas para o Agronegócio apresenta  a 12ª EDIÇÃO do Curso Teórico Prático de Interpretação de Análise de Solo e Manejo de Adubação em Cana-de-açúcar.


Data: 28 e 29 de março de 2017
Local: Centro de Convenções da Cana-de-açúcar - IAC 
Ribeirão Preto - SP


Objetivo: proporcionar conhecimento detalhado dentro de um contexto teórico-prático sobre amostragem, análise de solo e interpretação, de forma com que os participantes aprendam recomendar corretivos e fertilizantes em cana-de-açúcar.

Público Alvo - Produtores, profissionais de usinas, pesquisa, ensino e extensão, cooperativas, associações e estudantes. É ideal também para profissionais que desejam assumir novos desafios, gerando novas idéias para agregar valor a empresa em que trabalha e ao seu currículo.

Facilitador: Dr. André de César Vitti

Inscrições com desconto até  10/02/2017

Descontos para grupo da mesma empresa



Programação
Aula das 8 as 17:30h


Tópicos a serem abordados:

1- Conceitos básicos sobre conversão de unidades, soma de bases, saturação entre outros tópicos como a CTC do solo que serão fundamentais ao conhecimento para a fertilização da cultura;
2- Conceitos e explicação sobre os principais fatores de produtividade que limitam o potencial produtivo das variedades de cana-de-açúcar: manejo varietal; ambientes de produção; época de plantio e de corte de acordo com os ambientes de produção; manejo da adubação entre outro como o clima;
3- Amostragem do solo tanto em áreas de reforma (cana-planta) como em cana-soca;
4- interpretação de análise de solo em função dos níveis dos elementos obtidos na análise;
5- Recomendação de corretivos e fertilizantes com exercícios em sala de aula;
6- Laudo de Recomendação;
7- Comentários e informações gerais.



*Programação sujeita a alterações

Contamos com sua presença.
Saiba mais e faça sua inscrição on-line através do site www.infobibos.com/adubcana
Contato:

Secretaria Executiva
Infobibos - Organização de Eventos


Elaine Abramides - eabramides@terra.com.br
(19) 9 8190-7711
(14) 9 9757-7711- Plantão e WhatsApp



Skype: Infobibos




Infobibos & Agroblue

Ministro da Agricultura recebe comitiva da ovinocultura




Na última quarta-feira, 8, o deputado federal Afonso Hamm esteve reunido com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Brasília, para tratar das demandas da cadeia produtiva da ovinocultura.



Acompanhado do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (ARCO), Paulo Schwab, e de representantes do setor, Afonso Hamm reforçou a importância do comprometimento do governo federal em realizar o projeto de fomento à ovinocultura. "Desenvolvemos o projeto e agora buscamos junto ao Ministério um programa de assistência técnica aos produtores, pois temos condições de atender um número expressivos de ovinocultores com esse projeto piloto. O ministro e sua equipe sinalizaram positivamente, demonstrando sensibilidade à proposta", afirmou.



Autor do PL que cria a Política Nacional de Incentivo à Ovinocultura, o deputado também destacou que o projeto será desenvolvido no Rio Grande do Sul, com investimentos que devem superar os R$ 2 milhões em três anos. Com um rebanho atualmente de cerca de 4,2 milhões de cabeças de ovelhas, o Estado já pode ser considerado um ponto atraente para investimentos nesse segmento.



O objetivo do projeto é capacitar os produtores e estimular a criação de raças produtivas, aumentando a rentabilidade dos rebanhos com a produção de carne, lã, couro e laticínios. Com uma política agrícola bem definida, extensão rural e suporte de crédito o mercado não precisará mais viver dependendo da demanda, pois terá condições de ser sustentável.


Jornalista responsável – Gilkiane Cargnelutti MTB 15.929 - (51) 3392-4609

EMBRAPA: Crianças conhecem tecnologias da Embrapa durante Dinapec Kids



Para aprender mais sobre sustentabilidade, quatrocentos alunos - de 4º e 5º anos do ensino fundamental de quatro escolas de Campo Grande (MS) - participaram da Dinapec Kids, nos dias 9 e 10 de março, durante a Dinâmica Agropecuária (Dinapec), na Embrapa Gado de Corte. Com o tema “Agricultura Sustentável: alimentando o presente para garantir o futuro”, os estudantes visitaram o campo onde assistiram apresentações sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) como alternativas para a redução da emissão dos gases de efeito estufa na agropecuária, forma correta de reciclagem do lixo, uso de forrageiras na alimentação dos bovinos e a importância do cultivo correto para a não degradação dos solos. Além disso, viram apresentações de cães no pastoreio de ovelhas e as diferenças entre raças bovinas.

A ação faz parte do “Programa Embrapa & Escola”, cuja principal finalidade é aproximar e ampliar o conhecimento e o interesse de crianças pela ciência e tecnologia. Segundo a coordenadora geral do projeto, a relações públicas da Embrapa Gado de Corte, Anelise Sulzbach, a ação com os estudantes, acompanhados por professores, visa mostrar como a ciência está presente no dia a dia e o quanto ela contribui para o desenvolvimento da agropecuária nacional. “Inserir as crianças na programação da Dinapec, com a versão da Dinapec Kids, foi uma experiência que deu muito certo e com certeza veio para ficar. Ressalto que, para o sucesso da iniciativa, a colaboração de colegas de todos os setores e áreas da Empresa foi fundamental”, diz.



O pesquisador Antonio Rosa, apresentou às crianças a diferença entre as duas principais raças de bovinos do Brasil: taurinos e zebuínos. Ele lembra que hoje em dia, ao contrário da época da criação da Embrapa, há mais de 40 anos, a população é em sua maioria urbana. “Então nós que trabalhamos na área de produção de alimentos, temos que informar às pessoas que vivem na cidade sobre a importância do trabalho do homem do campo. Eu acho a iniciativa de realizar a Dinapec Kids nota dez”, declara.

O pesquisador da Embrapa Florestas (PR), Vanderley Porfírio-da-Silva, atendeu um grupo de alunos na estação sobre ILPF. Ele destaca a importância de elas perceberem a diferença entre retirar árvores de uma floresta natural e plantar árvores para colher. “Na mesma área que antes só se produzia carne e leite, agora é possível produzir também madeira e, com isso, não precisamos entrar na floresta natural para colher madeira para qualquer finalidade”, ressalta.

Emanuelly Vasquez, 9 anos, gostou de saber sobre as utilidades da madeira do eucalipto e a importância da sombra para os animais. “Achei os cachorros bem espertos”, acrescentou o estudante Ismael Salomão de 11 anos.

A coordenadora pedagógica da Escola do Sesc, Joana Darc Migliorini, destaca que os temas abordados vêm de encontro com o que é trabalhado na escola, principalmente, no que se refere à sustentabilidade, como efeito estufa e reciclagem.

“A vinda à Embrapa é uma grande oportunidade para os alunos conhecerem parte do que é feito na Empresa”, diz a professora da Escola Estadual José Ferreira Barbosa, Beanir Santos, que pretende trabalhar os temas abordados na visita também em sala de aula.

Um dos coordenadores do projeto, o editor Rodrigo Alva, destaca a ação como um meio de aproximar a Embrapa do público infantil e este público da ciência. “Dessa maneira, contribuímos para uma geração futura que irá refletir sobre as informações que receber e passará a filtrá-las melhor, bem como despertamos a curiosidade sobre a ciência e, quem sabe, no meio de tudo isso conseguimos alguns novos pesquisadores para dar continuidade às pesquisas dos que hoje aqui estão", declara.

“Foi tudo bem planejado. Acredito que alcançamos o objetivo. Os representantes das escolas elogiaram a iniciativa”, conclui o outro coordenador da ação, o supervisor do Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Gado de Corte, Paulo Paes.

Para a realização da Dinapec Kids, a Embrapa Gado de Corte contou com o apoio de: Dallas Alimentos, Laticínios Imbaúba, Solurb, Novilho Precoce MS, APL Cozinha Industrial, Projeto Cão Pastor e Panificadora Válega.



40 anos

A iniciativa de realização da Dinapec Kids faz parte da programação dos 40 anos da Embrapa Gado de Corte, uma das Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Fundada em abril de 1977, a Unidade desenvolve tecnologias sustentáveis que aumentam a produtividade pecuária. 

Texto: Kadijah Suleiman, jornalista Embrapa Gado de Corte (MTb RJ 22729JP)
Embrapa Gado de Corte
Campo Grande/MS
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

sexta-feira, março 10, 2017

CNC - Balanço Semanal de 06 a 10/03/2017



BALANÇO SEMANAL — 06 a 10/03/2017

CNC integra comitiva brasileira durante 119ª Sessão do Conselho Internacional do Café e dos demais Comitês da OIC, em Londres

Presidente executivo Silas Brasileiro se reúne com representantes do USDA e do Consulado dos EUA para debater levantamentos de safra

No campo, Brasil recebe curso para obtenção do Certificado de Processamento de Café para operadores de benefício úmido e secagem do CQI

REUNIÕES EM LONDRES — Embarcamos, nesta sexta-feira, para Londres (ING), onde participaremos da 119ª Sessão do Conselho Internacional do Café e dos demais Comitês da OIC. Há grande expectativa em relação à eleição do novo diretor executivo da Organização, a respeito da qual fizemos, em conjunto com a cadeia café, a indicação do candidato brasileiro, José Dauster Sette, e obtivemos o apoio do ministro da Agricultura, senador Blairo Maggi, que referendou a indicação e encaminhou o nome ao Itamaraty e ao Palácio do Planalto, onde também recebemos irrestrito apoio.

Aproveitamos para agradecer todo o suporte recebido de nosso governo e destacamos o trabalho inteligente e dedicado de nosso Embaixador Hermano Telles Ribeiro, Representante Permanente do Brasil junto aos Organismos Internacionais sediados em Londres, e sua equipe. O diplomata dedicou toda a sua atenção a este trabalho, o qual tem conduzido com muito sucesso pela sua competência e conhecimento.

Entretanto, além de toda a pauta que sugerimos ao Embaixador para a rodada de reuniões da OIC, a qual será publicada no Balanço Semanal do CNC da próxima semana, também trataremos de dois outros importantes temas: pesquisa e preço do café.

Faremos encontros bilaterais com os países produtores e falaremos sobre o conhecimento científico do Brasil, através do qual nos tornamos mais produtivos e com menores custos. Preocupa-nos, porém, que, hoje, à semelhança do Brasil, existem vários centros nos quais se desenvolvem pesquisas, inclusive nos Estados Unidos, onde não se cultiva café, e, por isso, precisamos analisar os avanços científicos para nos situar em relação a nossos concorrentes.

Também trataremos de outro ponto crucial, que é a concorrência entre nações produtoras, a qual serve apenas para nosso empobrecimento, assim como reiteraremos a necessidade de se ter equilíbrio entre oferta e demanda. Isso se faz necessário porque assistimos, diariamente, o desafio e o incentivo para plantarmos mais café, que o mundo vai precisar de mais oferta, mas não se fala em remunerar o produtor, isto é, não se fala na valorização do café para quem o produz.

A esse respeito, temos trabalhado para o reajuste do preço mínimo no País, que permanece o mesmo e aquém da realidade dos custos no campo, e também tratado do "Custo Brasil". Nesse sentido, em parceria e com apoio do presidente da CNA, João Martins, realizaremos, no dia 23 de março, dentro do Conselho do Agro, um seminário sobre a reforma trabalhista e, no dia 28 de março, um "talk show" com a presença do Ministro do Trabalho, de vários parlamentares, entre outras lideranças, que será mediado pelo jornalista Alexandre Garcia.

Reiteramos que essas ações vêm ao encontro de buscarmos melhorias na modernização de nossa legislação para o campo. Em suma, pretendemos facilitar a contratação de mão de obra, atualizando nossa lei vigente, flexibilizando-a sem tirar direitos do trabalhador, mas também sem ônus ao produtor/contratante. Com essas iniciativas, vamos simplificar o vínculo trabalho-emprego, baixando o custo dentro de uma relação amistosa entre as partes.

O CNC, nessa linha, recorda que há muito o que fazer e adverte produtores e agentes da cadeia que precisamos receber sugestões de todos para o desenvolvimento de um trabalho de resultados, de forma que a nossa política seja a política cafeeira, com menos discursos e mais ação! E, o mais importante, com união geral para que seja possível construirmos, juntos, uma política de renda.

REUNIÃO COM USDA — Como encaminhamento da Assembleia Geral Ordinária do CNC, de 27 de janeiro, o presidente executivo do Conselho, deputado Silas Brasileiro, reuniu-se, em 13 de fevereiro, com a consulesa Chanda Berk, chefe da Seção de Agricultura do Consulado Geral dos EUA em São Paulo, e Sergio Barros, Especialista em Agricultura do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil, para discutir estratégias a fim de alcançar maior consenso nas estimativas da safra brasileira de café.

O presidente do CNC expôs as dificuldades geradas aos produtores brasileiros (planejamento prejudicado) e aos consumidores (falta de clareza quanto ao abastecimento) pela multiplicidade de estimativas de safra de café, que divergem significativamente entre si. Também consultou os representantes do USDA sobre a possibilidade e as condições de parceria para viabilizar um projeto conjunto de estimativa de safra, o qual garanta resultados confiáveis e aceitos pelo mercado.

Frente às colocações, Barros explicou que o processo de levantamento e divulgação de estimativas de safra do USDA, para diferentes culturas de diversos países, inclusive dos Estados Unidos, é feito por meio de duas agências distintas:

(1) Foreign Agriculture Service – FAS: levanta e divulga as estimativas de safra de diversas culturas de países estrangeiros, entre eles o Brasil. Esses levantamentos são realizados com base em dados oficiais (dos governos) e em entrevistas com agentes das cadeias produtivas, como cooperativas, além de associações de produtores, associações de processadores, traders, exportadores, importadores, consultores, pesquisadores, etc. Os relatórios de estimativas de safra do FAS têm calendário de divulgação preestabelecido, bem como orientações metodológicas que partem do escritório de Washington DC.

As estimativas de safra devem ser condizentes com o balanço de oferta e demanda do produto nos últimos três anos, ou seja, os números de produção tem que ser coerentes com estoques iniciais, exportações, consumo doméstico, importações e estoques finais. Segundo ele, esse é o motivo da estimativa do USDA divergir do número de safra da Conab, que geralmente não explica o balanço de oferta e demanda de café no Brasil, em um período de três anos.

(2) National Agricultural Statistics Service – NASS: realiza exclusivamente as estimativas das safras norte-americanas e conta com recursos tecnológicos avançados. O NASS executa projetos de cooperação internacional com vários países com o objetivo de trocar conhecimentos para aprimorar os métodos de projeção de safra e, conforme o especialista do USDA, certamente teria interesse em desenvolver esse tipo de projeto com o governo brasileiro, não só para o café, mas também para outras culturas.

Barros explicou que um projeto de café envolveria, basicamente, a ida de técnicos do Governo Federal aos Estados Unidos para conhecer as tecnologias disponíveis no NASS e a metodologia de estimativa de produtividade para alguma cultura perene, como amêndoas. Isso porque os EUA não produzem café e não têm metodologia desenvolvida especificamente para esta cultura. Em contrapartida, o Brasil receberia técnicos do NASS, que visitariam os cafezais, aprenderiam sobre as tecnologias disponíveis para a previsão de safra de café, bem como os modelos de estimativa de produtividade desenvolvidos.

O projeto visa, portanto, à troca de informações e ao ganho de conhecimento por parte dos dois países. No entanto, para ser levado adiante, há exigência do governo norte-americano de contrapartida financeira da nação interessada em firmar essa cooperação. Assim sendo, se tivermos interesse nesse tipo de parceria, o Governo Federal teria que arcar com o salário dos funcionários do NASS no período em que se dedicassem exclusivamente ao projeto de cooperação no Brasil e também com as diárias de viagens dentro e fora dos EUA (que são estipuladas em tabela oficial) e os custos administrativos da agência de cooperação que intermediará a realização do projeto entre os dois países.

Barros comentou sobre a parceria já existente entre o USDA e o Brasil no setor de citros. As estimativas de safra de laranja do País, assim como no caso do café, também eram múltiplas e divergentes. O NASS veio diversas vezes ao Brasil e, em 2014, após muita troca de informação com os técnicos do Governo de São Paulo, das indústrias, etc., identificaram que o modelo metodológico apresentado pelo Fundecitrus era muito similar ao empregado pela agência norte-americana na Flórida e, para o USDA, foi um caminho natural a utilização do número da entidade. Dessa maneira, desde 2015, o Fundecitrus, que engloba citricultores e indústria, assumiu a função de estimar a safra brasileira de laranja e esse é o número aceito pelos agentes da cadeia e reproduzido no relatório do USDA/FAS.

Após a explanação, o presidente Silas Brasileiro se prontificou a analisar a possibilidade de ser realizado um evento, no Brasil, reunindo representantes do NASS, das Secretarias de Agricultura dos Estados cafeicultores, da Conab, do Departamento de Café, Cana de Açúcar e Agroenergia do Mapa e das entidades da cadeia produtiva com assento no CDPC para trocar informações sobre as tecnologias existentes, discutir o aperfeiçoamento das estimativas de safra de café e avaliar o interesse em um projeto de cooperação entre o USDA e o Governo Federal.

Por outro lado e a pedido do CNC, os representantes do Departamento de Agricultura dos EUA no Brasil solicitarão que o analista do escritório de Washington DC verifique se há interesse da indústria de café norte-americana em firmar parceria com o Brasil para aprimorar as estimativas de safra.

CERTIFICADO DE PROCESSAMENTO DE CAFÉ CQI — O Instituto de Qualidade do Café (Coffee Quality Institute - CQI), conhecido por desenvolver o conceito e treinar Q-Graders ao redor do mundo, acaba de desenvolver um Certificado de Processamento de Café "da porteira para dentro", em três níveis: (i) básico, para importadores de café; (ii) intermediário, para operadores de benefício úmido e secagem; e (iii) avançado, para especialistas em benefício úmido e secagem.

E o Brasil será sede de um dos dois primeiros cursos que conduzem à emissão do Certificado Intermediário no próximo mês de maio, com vagas abertas a participação de até 18 profissionais interessados. Ministrado em português pelo Diretor Técnico do CQI, Dr. Mário Fernández, e o mestre em processamento de café, Joel Shuler, o curso ocorrerá de 22 a 27 de maio, em Espírito Santo do Pinhal (SP), na Fazenda Santana, onde os participantes ficarão hospedados.

O programa é dirigido a gerentes e operadores de benefício úmido e secagem, bem como aos interessados no assunto, e cobrirá os três processos: natural, cereja descascado (ou "honey") e lavado, com aulas teóricas e práticas no benefício da fazenda e provas de café em seu laboratório de qualidade. Os participantes aprovados na avaliação final do curso receberão o certificado que, ao longo do tempo, espera-se que adquira a mesma visibilidade e importância que hoje caracteriza o Certificado Q e os próprios Q-Graders.

Por se tratar de um dos dois cursos pioneiros no mundo, o CQI subsidiará parte dos custos e o investimento total por participante será de R$ 2.500,00, incluindo o programa acadêmico, hospedagem e alimentação na própria fazenda. O número de vagas será limitado a 18 participantes, com experiência prática em benefício úmido e secagem (controle visual de qualidade, ajuste de máquinas, manejo de terreiro e secadores, etc).

Os interessados em participar podem obter mais informações e mesmo realizar as inscrições com Larissa Menegatto, da P&A Marketing Internacional, através do e-mail peamarketing@peamarketing.com.br. Entre outras, ela fornecerá o programa detalhado do curso e informações sobre como chegar a Espírito Santo do Pinhal e à Fazenda Santana.

MERCADO — Seguindo a tendência predominante no mercado das commodities, os futuros do café registraram inclinação negativa nesta semana, principalmente devido ao fortalecimento do dólar e a indicadores técnicos negativos que motivam o desmonte de posições compradas dos fundos.

Em linha com o movimento internacional, que antecipa a elevação dos juros norte-americanos pelo Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês), o dólar comercial acumulou alta ante o real. No pregão de ontem, foi cotado a R$ 3,1947, com valorização de 2,5% no acumulado da semana.

Na ICE Futures US, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,4045 por libra-peso, perdendo 285 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento maio do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.182 por tonelada, acumulando desvalorização de US$ 12.

De acordo com a Climatempo, as condições climáticas seguirão favoráveis aos cafezais brasileiros nos próximos dias. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apurou que os produtores de arábica seguem realizando os tratos culturais e mantém expectativa de boa produtividade e qualidade na colheita que se aproxima, a qual será menor devido à bienalidade negativa da variedade.

No tocante ao comércio exterior, o Brasil exportou 2,31 milhões de sacas de café verde nos 18 dias úteis de fevereiro, volume 13,5% inferior ao apurado no mesmo mês de 2016.

O mercado doméstico segue lento, com poucos negócios em função dos preços estarem aquém das expectativas dos vendedores. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 491,02/saca e a R$ 441,52/saca, com variações de, respectivamente, -0,3% e 1,7% em relação ao fechamento da sexta-feira anterior.



Atenciosamente,
Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo


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