Os governos brasileiro e chinês fecharam acordo sobre as questões sanitárias que envolvem o comércio da soja e óleo de soja. Nesta semana, a missão de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (ABIOVE) discutiu com autoridades do Ministério da Quarentena da China alguns pontos que atrapalham o comércio entre os dois países.
Com relação ao teor de solvente utilizado no óleo de soja, a China não mudou a regra em vigor, mas mostrou disposição em aceitar o produto importado do Brasil. Os chineses estão exigindo um limite máximo de 100 miligramas de solvente por quilo do produto. O óleo exportado pelo Brasil tem um teor de cerca de 600 miligramas por quilo, por ser o produto bruto.
De acordo com relato dos técnicos do Ministério da Agricultura que participaram da missão, os chineses foram muito receptivos e disseram que os exportadores brasileiros não terão problema com a venda do óleo de soja.
A China decidiu ainda aceitar um pequeno nível de tolerância do fungicida Carboxin nos carregamentos de soja em grão brasileira. No ano passado, os chineses decidiram adotar uma política de tolerância zero em relação ao fungicida. Por causa disso, muitos carregamentos de soja foram barrados na China e tiveram que retornar ao Brasil.
Com o acordo firmado agora, os chineses estão dispostos a aceitar até 0,2 p.p.m (partes por milhão) de Carboxin nos carregamentos de soja.
Outro ponto abordado nas negociações foi o texto da circular 73, do governo chinês, que exige que os exportadores declarem conhecer toda a legislação chinesa sobre a soja. Segundo os técnicos brasileiros, ficou acertado que essa exigência não será mais considerada.
Fonte: MAPA
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sexta-feira, janeiro 21, 2005
NOVO PRESIDENTE DA EMBRAPA DARÁ PROSSEGUIMENTO ÀS AÇÕES ESTRATÉGICAS DA INSTITUIÇÃO
O novo presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Silvio Crestana, indicado hoje (20/01) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, para assumir o cargo em substituição a Clayton Campanhola, deve dar prosseguimento às ações estratégicas da instituição. Segundo ele, a Embrapa é uma instituição de pesquisa e tecnologia, por isso, deve "ser mantida a coerência".
A intenção com a mudança no comando da empresa é reforçar e retomar o papel histórico da Embrapa na área de planejamento de ações para a inclusão social do agronegócio. De acordo com Crestana, o principal ativo da Embrapa, que é o quadro de funcionários, deve ser mobilizado e estimulado. "Mobilizar competência e inteligência. O insumo principal da Embrapa é a questão intelectual, que precisa ser entusiasmada, mobilizada", afirmou.
Crestana nasceu em 1954, na Fazenda Santa Clara, em São Carlos (SP), e é o filho mais velho de uma família de nove irmãos. Neto de imigrantes italianos e filho de um agricultor familiar, Crestana aprendeu a gostar do mundo da agricultura. Ao se formar em Física, em 1976, pelo Instituto de Física e Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), procurou um caminho profissional que unisse a agricultura com a ciência.
Fez mestrado em Física Básica, na área de Óptica não-linear, pela USP, em 1983, e doutorado em Ciências em Física Aplicada a Solos, Física das Radiações e Teoria da Imagem, em 1985, com parte experimental da tese realizada nas universidades de Trieste e de Roma, na Itália.
Em 1989, fez pós-doutorado em Ciência do Solo e Ciências Ambientais, no Departamento dos Recursos da Terra, do Ar e da Água da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Desde 1984 na Embrapa de São Carlos (SP), Crestana foi um dos fundadores do Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária. Essa unidade da Embrapa em São Carlos foi criada pelo então presidente da Embrapa, Eliseu Alves, para otimizar o uso de equipamentos que estavam subutilizados e para dar manutenção a outras máquinas.
Em mais de 20 anos de existência, o Centro desenvolveu diversas tecnologias para ajudar a ciência agrária. Uma experiência inédita foi a utilização de tomógrafos para agricultura. O equipamento de tomografia computadorizada em Ciência do Solo foi desenvolvido por Crestana, em sua tese de doutorado, e permite a identificação de problemas no solo ou árvores.
Crestana foi também, no período de 1988 a 2001, o coordenador, pesquisador e responsável pela implantação pioneira do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex), em Maryland, nos Estados Unidos. A Embrapa possui outra unidade do Labex na França e tem planos de chegar à Ásia. Segundo Crestana, o Labex é uma "espécie de radar de alta tecnologia", porque permite à Embrapa sondar o que está acontecendo no mundo na área de tecnologia e é um canal para a cooperação internacional de experiências.
O novo presidente da Embrapa foi ainda membro associado do ICTP (International Center for Theoretical Physics), em Trieste, Itália, de 1984 a 1990, tendo sido selecionado e escolhido pelo Prêmio Nobel, Abdus Salam, diretor do ICTP.
Ele foi professor e pesquisador da Fundação Educacional de Barretos (SP), de 1977 a 1984 e, desde 1991, é professor convidado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental (EESC-USP).
Fonte: MAPA
A intenção com a mudança no comando da empresa é reforçar e retomar o papel histórico da Embrapa na área de planejamento de ações para a inclusão social do agronegócio. De acordo com Crestana, o principal ativo da Embrapa, que é o quadro de funcionários, deve ser mobilizado e estimulado. "Mobilizar competência e inteligência. O insumo principal da Embrapa é a questão intelectual, que precisa ser entusiasmada, mobilizada", afirmou.
Crestana nasceu em 1954, na Fazenda Santa Clara, em São Carlos (SP), e é o filho mais velho de uma família de nove irmãos. Neto de imigrantes italianos e filho de um agricultor familiar, Crestana aprendeu a gostar do mundo da agricultura. Ao se formar em Física, em 1976, pelo Instituto de Física e Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), procurou um caminho profissional que unisse a agricultura com a ciência.
Fez mestrado em Física Básica, na área de Óptica não-linear, pela USP, em 1983, e doutorado em Ciências em Física Aplicada a Solos, Física das Radiações e Teoria da Imagem, em 1985, com parte experimental da tese realizada nas universidades de Trieste e de Roma, na Itália.
Em 1989, fez pós-doutorado em Ciência do Solo e Ciências Ambientais, no Departamento dos Recursos da Terra, do Ar e da Água da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Desde 1984 na Embrapa de São Carlos (SP), Crestana foi um dos fundadores do Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária. Essa unidade da Embrapa em São Carlos foi criada pelo então presidente da Embrapa, Eliseu Alves, para otimizar o uso de equipamentos que estavam subutilizados e para dar manutenção a outras máquinas.
Em mais de 20 anos de existência, o Centro desenvolveu diversas tecnologias para ajudar a ciência agrária. Uma experiência inédita foi a utilização de tomógrafos para agricultura. O equipamento de tomografia computadorizada em Ciência do Solo foi desenvolvido por Crestana, em sua tese de doutorado, e permite a identificação de problemas no solo ou árvores.
Crestana foi também, no período de 1988 a 2001, o coordenador, pesquisador e responsável pela implantação pioneira do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex), em Maryland, nos Estados Unidos. A Embrapa possui outra unidade do Labex na França e tem planos de chegar à Ásia. Segundo Crestana, o Labex é uma "espécie de radar de alta tecnologia", porque permite à Embrapa sondar o que está acontecendo no mundo na área de tecnologia e é um canal para a cooperação internacional de experiências.
O novo presidente da Embrapa foi ainda membro associado do ICTP (International Center for Theoretical Physics), em Trieste, Itália, de 1984 a 1990, tendo sido selecionado e escolhido pelo Prêmio Nobel, Abdus Salam, diretor do ICTP.
Ele foi professor e pesquisador da Fundação Educacional de Barretos (SP), de 1977 a 1984 e, desde 1991, é professor convidado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental (EESC-USP).
Fonte: MAPA
EMBRAPA TEM NOVO PRESIDENTE
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, anunciou hoje (20/01) mudanças na diretoria da Embrapa. Silvio Crestana assume a presidência da instituição em substituição a Clayton Campanhola, atual presidente.
A troca no comando da Embrapa é parte da reestruturação administrativa do Ministério da Agricultura e não representa qualquer mudança estratégica na gestão dos projetos desenvolvidos pela instituição ou na sua linha de atuação. O que se pretende é reforçar e retomar o papel histórico da Embrapa na área de planejamento de ações para a inclusão social do agronegócio.
Silvio Crestana é físico, com doutorado em Ciências, pela USP (Universidade de São Paulo), e está na Embrapa desde 1984, onde foi fundador do Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária.
O ministro Roberto Rodrigues convidou Clayton Campanhola para dirigir o Pólo de Biocombustíveis de Piracicaba. Os nomes da nova diretoria da Embrapa ainda serão escolhidos e divulgados posteriormente.
Fonte: MAPA
A troca no comando da Embrapa é parte da reestruturação administrativa do Ministério da Agricultura e não representa qualquer mudança estratégica na gestão dos projetos desenvolvidos pela instituição ou na sua linha de atuação. O que se pretende é reforçar e retomar o papel histórico da Embrapa na área de planejamento de ações para a inclusão social do agronegócio.
Silvio Crestana é físico, com doutorado em Ciências, pela USP (Universidade de São Paulo), e está na Embrapa desde 1984, onde foi fundador do Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária.
O ministro Roberto Rodrigues convidou Clayton Campanhola para dirigir o Pólo de Biocombustíveis de Piracicaba. Os nomes da nova diretoria da Embrapa ainda serão escolhidos e divulgados posteriormente.
Fonte: MAPA
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