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segunda-feira, janeiro 24, 2005

TANQUE-REDE É SOLUÇÃO PARA GERAÇÃO DE RENDA NO CEARÁ E PARANÁ

Desenvolvido com tecnologia exclusiva da Belgo Bekaert, tanque-rede permite criação de peixes pelo sistema de confinamento
A Belgo Bekaert, empresa líder na América Latina na fabricação de arames, expande sua participação no segmento de piscicultura com a venda de 984 unidades de tanques-rede para o DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, em Fortaleza. Além disso, foram vendidos 468 tanques-rede para a Usina de Itaipu, de Foz do Iguaçu, no Paraná, que irão incrementar os projetos da usina para o incentivo ao emprego e geração de renda através da piscicultura, como o Projeto Pescador Aqüicultor, realizado em parceria com o Governo Federal. Sediada em Contagem (MG), com cinco unidades industriais no país, a Belgo Bekaert detém a tecnologia exclusiva para a fabricação de telas para uso na piscicultura.
A negociação com o DNOCS foi realizada pelo Projeto Pacu, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, parceiro da Belgo Bekaert, que venceu a licitação promovida pela instituição para fornecimento dos equipamentos.
O engenheiro de pesca do DNOCS, Francisco Jaime de Oliveira, conta que a compra vai atender ao projeto "Parque Aquícola do Açude Público Castanhão", localizado próximo aos municípios de Nova Jaguaribara, Alto Santo, Jaguaribe e Jaquaretama, no Estado do Ceará. Os tanques-rede serão distribuídos para quem adquirir uma área do projeto com o objetivo de incentivar a produção de peixes em confinamento e preservação de espécies.
Simão Brum, gerente de marketing do Projeto Pacu, destaca a agilidade com que foi possível atender ao DNOCS – 45 dias após o resultado da licitação o produto foi entregue em Fortaleza, dentro de rigorosos critérios de qualidade e padrão. Marcelo Stehling, agronônomo da Belgo Beakert, informa que a Belgo detém a tecnologia exclusiva para fabricação dos arames usados no tanques-rede. A característica do produto é ser um arame galvanizado com revestimento em PVC de alta aderência (Arame Galvanizado Alta Aderência), o que impede o contato do arame com a água, e conseqüentemente, reduz a velocidade de corrosão.
Segundo ele, os tanques-rede facilitam e tornam mais rentável a criação de peixes através de confinamento. Utilizado em lagoa, açude ou represa, a solução é ideal para áreas que, pelos métodos tradicionais, não seriam aproveitadas para criação de peixes, com a vantagem extra de selecionar espécies, controlar e proteger a criação contra predadores.

Usina de Itaipu amplia número de tanques-rede
A Usina de Itaipu adquiriu em janeiro 334 tanques-rede para a criação de peixes pelo sistema de confinamento, o que somado ao primeiro lote, entregue em 2003, totalizam 468 equipamentos. O equipamento é utilizado por pescadores com carteira profissional cadastrados nas colônias de pesca da costa oeste do lago de Itaipu.
A negociação foi realizada pela Sul Pesca, de Toledo, no Paraná, parceiro da Belgo Bekaert, que venceu o pregão eletrônico promovido pela usina para compra dos equipamentos. A empresa é um dos parceiros selecionados pela Belgo Bekaert para garantir o uso adequado da tecnologia, fazer a montagem dos tanques-rede com o Arame Galvanizado Plastificado Alta Aderência e vendê-lo para os criadores.
Sérgio Vilella, diretor técnico da Sul Pesca, afirma que atualmente existem nove entidades de classe de pescadores profissionais no trecho entre Foz do Iguaçu e Guaíra, entre colônias e associações. "O projeto Pescador Aqüicultor visa transformar pescadores artesanais em piscicultores, já que somente a pesca extrativista é insuficiente para a subsistência deles", explica. Segundo Sérgio, o peixe mais utilizado para cultivo em tanques-rede no Rio Paraná é o Pacu, por sua boa adaptação ao cultivo e aceitação no mercado.
Além da Sul Pesca, a Belgo Bekaert tem outro parceiro no Paraná, a Tanque Rede Iarema. São também parceiros a Telas RHV (MG), Projeto Pacu (MS), Gaiolas Almeida (GO) e Apolifibra (PA).

BRASIL É MERCADO EM EXPANSÃO PARA O TANQUE-REDE
Marcelo Stehling afirma que o mercado de tanques-rede está em expansão e tem um grande futuro no país, justificando os investimentos da Belgo Bekaert nesse segmento. Segundo o agrônomo, apesar de ser uma técnica ainda nova no Brasil, com as primeiras aplicações em 1996, hoje o país já tem domínio em tanque-rede, além de uma grande área a ser aproveitada e oferta de rações especiais para as espécies brasileiras. Salienta também que o hábito de consumo de peixe vem crescendo entre os brasileiros e houve uma melhoria no mercado de distribuição de pescados.
Segundo ele, o Brasil detém 12% da água doce do mundo, mas responde por apenas 0,4% produção mundial de pescado. "Se o governo utilizar 1% da área de cinco das grandes represas que estão ociosas, como está prometendo, terá capacidade para atingir um terço da produção mundial de peixes", afirma.
O uso do tanque-rede tem-se mostrado também uma alternativa de geração de emprego e renda em regiões carentes onde há represas que podem ser aproveitadas e já despertou a atenção do Governo Federal, que criou a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca. O agronônomo estima que, para cada 32 tanques-rede, sejam criados dois empregos diretos, e para cada emprego direto, outros sete indiretos. Se corretamente utilizados, os tanques-rede podem melhorar a vida de muita gente.



Fontes para entrevista:
Marcelo Stehling – Belgo Beakert – (31) 3329-2257 e (31) 9992-4016.
Simão Brum – Projeto Pacu – (67) 321-1220 – Campo Grande/MS.
Regina Perillo Comunicação – 31-3481-4888 – 24 de janeiro
Jornalistas Débora Farid – 031-9165-5999 e Regina Perillo – 031-9128-5616

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