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terça-feira, setembro 30, 2014

MERVAL PEREIRA: Quem é o antipetista?




Por Merval Pereira em O GLOBO - 30/09

A disputa pelo voto antipetista é o que opõe nesta reta final a candidatura de Aécio Neves, do PSDB, à de Marina Silva, do PSB. O raciocínio que prevalece hoje no PSDB é francamente contrário a um acordo formal com Marina num eventual segundo turno. À medida que cresce a percepção entre os assessores de Aécio Neves de que é possível ir ao segundo turno passando por cima de Marina, o que tem que necessariamente ser confirmado pelas pesquisas Ibope e Datafolha que serão divulgadas hoje, aumenta também a visão crítica sobre a relação entre os dois partidos.

Afinal, raciocinam, não é justo cobrar do PSDB uma frente de oposição no primeiro turno para apoiar uma candidata que não apoiou o PSDB no segundo turno na eleição passada. Além do mais, Marina não teria feito nenhum sinal até o momento para uma aproximação, e Walter Feldman, que supostamente será o articulador político de um futuro governo, diz que o PSDB tende a acabar.

Há uma espécie de orgulho na campanha tu-cana pelo "mérito", não "culpa", de terem feito um estrago na candidatura de Marina, revelando sua raiz petista - que, nessa visão da campanha de Aécio, não representaria uma mudança verdadeira de cenário.

O resultado prático na contabilidade dos tucanos foi inviabilizar o voto útil em Marina no primeiro turno. Por que votar útil por Marina se ela já está perdendo no segundo turno para Dil-ma e dá mostras de fraqueza? Marina já deixou de ser "uma causa", virou uma candidata, o que seria meio caminho para ser superada nesta reta final.

Boa parte do voto antipetista ainda está com Marina em São Paulo e Minas, e o esforço do primeiro turno é recuperá-lo para chegar nos últimos dias em empate técnico com a candidata do PSB. Nas simulações de segundo turno, já ganham de 70% a 80% dos votos de Marina, dizem os analistas da campanha tu cana.

A campanha em Minas tem um subproduto especial, a tentativa de reverter o quadro em que o petista Fernando Pimentel supera o tucano Pimenta da Veiga. O objetivo inicial é impedir que, lá, a eleição termine no primeiro turno. Se Aécio Neves conseguir reverter a questão nacional indo para o segundo turno contra Dilma, a disputa em Minas ganhará uma dimensão distinta.

Caso apenas em Minas seja possível evitar a derrota no primeiro turno, o grupo político de Aécio Neves se dedicará integralmente à campanha estadual, para garantir seu reduto eleitoral. Hoje, o candidato petista tem, segundo o Datafolha,

51% dos votos válidos, o que o coloca no limite da vitória no primeiro turno.

Há, porém, histórias famosas em Minas sobre reviravoltas em eleição, a mais recente delas com Hélio Costa em 1994, quando terminou o primeiro turno à frente, com 49% dos votos, e perdeu no segundo turno para Eduardo Azeredo. Na eleição anterior, Costa já havia perdido para Hélio Garcia por 1% dos votos no 2? turno.

Superar Dilma e Marina em São Paulo e em Minas seria o primeiro passo para uma recuperação nacional, que viria em conseqüência. Num segundo turno, a tentativa será fazer a maior diferença possível nos dois estados, conforme o planejamento inicial, para reduzir a diferença no Norte e no Nordeste. O problema é que, em ambos os estados, a presidente Dilma está tendo uma performance muito boa, e a recíproca não é verdadeira para Aécio no Norte e no Nordeste do país.

As pesquisas divulgadas ontem, da CNT/MDA e do Vox Populi, mostram a presidente Dilma com 40% dos votos, a mesma pontuação que a pesquisa anterior do Datafolha, mas diferem em relação a Marina. Na CNT/MDA, a candidata do PSB caiu 2 pontos, e Aécio subiu os mesmo dois, o que representaria as curvas ascendente do tucano e descendente de Marina. Já o Vox Populi mostra Marina subindo dois pontos e Aécio subindo um, o que demonstraria que dificilmente o tucano teria condições de superar Marina até o próximo domingo.

FERREIRA GULLAR: A mentira como método - Eles sabem que estão mentindo e, sem qualquer respeito próprio, repetem a mentira por décadas



Por Ferreira Gullar na FOLHA DE SP - 28/09

Tenho com frequência criticado o governo do PT, particularmente o que Lula fez, faz e o que afirma, bem como o desempenho da presidente Dilma, seja como governante, seja agora como candidata à reeleição.

Esclareço que não o faço movido por impulso emocional e, sim, na medida do possível, a partir de uma avaliação objetiva.

Por isso mesmo, não posso evitar de comentar a maneira como conduzem a campanha eleitoral à Presidência da República. Se é verdade que os candidatos petistas nunca se caracterizaram por um comportamento aceitável nas campanhas eleitorais, tenho de admitir que, na campanha atual, a falta de escrúpulos ultrapassou os limites.

Lembro-me, como tanta gente lembrará também, da falta de compromisso com a verdade que tem caracterizado as campanhas eleitorais do PT, particularmente para a Presidência da República.

Nesse particular, a Petrobras tem sido o trunfo de que o PT lança mão para apresentar-se como defensor dos interesses nacionais e seus adversários como traidores desses interesses. Como conseguir que esse truque dê resultado?

Mentindo, claro, inventando que o candidato adversário tem por objetivo privatizar a Petrobras. Por exemplo, Fernando Henrique, candidato em 1994, foi objeto dessa calúnia, sem que nunca tenha dito nada que justificasse tal acusação.

Em 2006, quem disputou com Lula foi Geraldo Alckmin e a mesma mentira foi usada contra ele. Na eleição seguinte, quando a candidata era Dilma Rousseff, essa farsa se repetiu: ela, se eleita, defenderia a Petrobras, enquanto José Serra, se ganhasse a eleição, acabaria com a empresa.

É realmente inacreditável. Eles sabem que estão mentindo e, sem qualquer respeito próprio, repetem a mesma mentira. Mas não só os dirigentes e o candidato sabem que estão caluniando o adversário, muitos eleitores também o sabem, mas se deixam enganar. Por isso, tendo a crer que a mentira é uma qualidade inerente ao lulopetismo.

Quando foi introduzido, pelo governo do PSDB, o remédio genérico --vendido por menos da metade do preço do mercado-- o PT espalhou a mentira de que aquilo não era remédio de verdade. E os eleitores petistas acreditaram: preferiram pagar o triplo pelo mesmo remédio para seguir fielmente a mentira petista.

Pois é, na atual campanha, não apenas a mesma falta de escrúpulo orienta a propaganda de Dilma, como, por incrível que pareça, conseguem superar a desfaçatez das campanhas anteriores.

Mas essa exacerbação da mentira tem uma explicação: é que, desta vez, a derrota do lulopetismo é uma possibilidade tangível.

Faltando pouco para o dia da votação, Marina tem menos rejeição que Dilma e está empatada com ela no segundo turno --e o segundo turno, ao que tudo indica, é inevitável.

Assim foi que, quando Aécio parecia ameaçar a vitória da Dilma, era ele quem ia privatizar a Petrobras e acabar com o Bolsa Família.

Agora, como quem a ameaça é Marina, esta passou a ser acusada da mesma coisa: quer privatizar a Petrobras, abandonar a exploração do pré-sal e acabar com os programas assistenciais. Logo Marina, que passou fome na infância.

E não é que o Lula veio para o Rio e aqui montou uma manifestação em defesa da Petrobras e do pré-sal? Não dá para acreditar: o cara inventa a mentira e promove uma manifestação contra a mentira que ele mesmo inventou! Mas desta vez ele exagerou na farsa e a tal manifestação pifou.

Confesso que não sei qual a farsa maior, se essa, do Lula, ou a de Dilma quando afirmou que, se ela perder a eleição, a corrupção voltará ao governo. Parece piada, não parece? De mensalão em mensalão os governos petistas tornaram-se exemplo de corrupção, a tal ponto que altos dirigentes do partido foram parar na cadeia, condenados por decisão do Supremo Tribunal Federal.

Agora são os escândalos da Petrobras, saqueada por eles e por seus sócios na falcatrua: a compra da refinaria de Pasadena por valor absurdo, a fortuna despendida na refinaria de Pernambuco, as propinas divididas entre o PT e os partidos aliados, conforme a denúncia feita por Paulo Roberto Costa, à Justiça do Paraná.

Foi o Lula que declarou que não se deve dizer o que pensa, mas o que o eleitor quer ouvir. Ou seja, o certo é mentir.

ARNALDO JABOR: A lista dos perigos - O que acontecerá com o Brasil se a Dilma for eleita?


Por Arnaldo Jabor em O ESTADÃO - 30/09


O que acontecerá com o Brasil se a Dilma for eleita?

Aqui vai a lista:

A catástrofe anunciada vai chegar pelo desejo teimoso de governar um país capitalista com métodos "socialistas". Os "meios" errados nos levarão a "fins" errados. Como não haverá outra "reeleição", o PT no governo vai adotar medidas bolivarianas tropicais, na "linha justa" da Venezuela, Argentina e outros.

Dilma já diz que vai controlar a mídia, economicamente, como faz a Cristina na Argentina. Quando o programa do PT diz: "Combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento", leia-se, como um velho petista deixou escapar: "Eliminar o esterco da cultura internacional e a 'irresponsabilidade' da mídia conservadora". Poderão, enfim, pôr em prática a velha frase de Stalin: "As ideias são mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, porque deveríamos permitir que tenham ideias?".

As agências reguladoras serão mais esvaziadas do que já foram, para o governo PT ter mais controle sobre a vida do País. Também para "controlar", serão criados os "conselhos" de consulta direta à população, disfarce de "sovietes" como na Rússia de Stalin.

O inútil Mercosul continuará dominado pela ideologia bolivariana e "cristiniana". Continuaremos a evitar acordos bilaterais, a não ser com países irrelevantes (do "terceiro mundo") como tarefa para o emasculado Itamaraty, hoje controlado pelo assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia. Ou seja, continuaremos a ser um "anão diplomático" irrelevante, como muito acertadamente nos apelidou o Ministério do Exterior de Israel.

Continuaremos a "defender" o Estado Islâmico e outros terroristas do "terceiro mundo", porque afinal eles são contra os Estados Unidos, "inimigo principal" dos bolcheviques que amavam o Bush e tratam o grande Obama como um "neguinho pernóstico".

Os governos estaduais de oposição serão boicotados sistematicamente, receberão poucas verbas, como aconteceu em S. Paulo.

Junto ao "patrimonialismo de Estado", os velhos caciques do "patrimonialismo privado" ficarão babando de felicidade, como Sarney, Renan "et caterva" voltarão de mãos dadas com Dilma e sua turminha de brizolistas e bolcheviques.

Os gastos públicos jamais serão cortados, e aumentarão muito, como já formulou a presidenta.

O Banco Central vai virar um tamborete usado pela Dilma, como ela também já declarou: "Como deixar independente o BC?".

A Inflação vai continuar crescendo, pois eles não ligam para a "inflação neoliberal".

Quanto aos crimes de corrupção e até a morte de Celso Daniel serão ignorados, pois, como afirma o PT, são "meias-verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação...".

Em vez de necessárias privatizações ou "concessões", a tendência é de reestatização do que puderem. A sociedade e os empresários que constroem o País continuarão a ser olhados como suspeitos.

Manipularão as contas públicas com o descaro de "revolucionários" - em 2015, as contas vão explodir. Mas ela vai nomear outro "pau-mandado" como o Mantega. Aguardem.

Nenhuma reforma será feita no Estado infestado de petistas, que criarão normas e macetes para continuar nas boquinhas para sempre.

A reforma da Previdência não existirá, pois, segundo o PT, "ela não é necessária, pois exageram muito sobre sua crise", não havendo nenhum "rombo" no orçamento. Só de 52 bilhões.

A Lei de Responsabilidade Fiscal será desmoralizada por medidas atenuantes - prefeitos e governadores têm direito de gastar mais do que arrecadam, porque a corrupção não pode ficar à mercê de regras da época "neoliberal". Da reforma política e tributária ninguém cogita.

Nossa maior doença - o Estado canceroso - será ignorada e terá uma recaída talvez fatal; mas, se voltar a inflação, tudo bem, pois, segundo eles, isso não é um grande problema na política de "desenvolvimento".

Certas leis "chatas" serão ignoradas, como a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, que já foi esquecida de propósito.

Aliás, a evidente tolerância com os ataques do MST (o Stedile já declarou que se Dilma não vencer, "vamos fazer uma guerra") mostra que, além de financiá-los, este governo quer mantê-los unidos e fiéis, como uma espécie de "guarda pretoriana", como a guarda revolucionária dos "aiatolás" do Irã.

A arrogância e cobiça do PT aumentarão. As 30 mil boquinhas de "militantes" dentro do Estado vão crescer, pois consideram a vitória uma "tomada de poder". Se Dilma for eleita, teremos um governo de vingança contra a oposição, que ousou contestá-la. Haverá o triunfo "existencial" dos comunas livres para agir e, como eles não sabem fazer nada, tudo farão para avacalhar o sistema capitalista no País, em nome de uma revolução imaginária. As bestas ficarão inteligentes, os incompetentes ficarão mais autoconfiantes na fabricação de desastres. Os corruptos da Petrobrás, do próprio TCU, das inúmeras ONGs falsas vão comemorar. Ninguém será punido - Joaquim Barbosa foi uma nuvem passageira.

Nesta eleição, não se trata apenas de substituir um nome por outro. Não é Fla x Flu. Não. O grave é que tramam uma mutação dentro do Estado democrático. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica.

E, claro, eles têm seus exércitos de eleitores: os homens e as mulheres pobres do País que não puderam estudar, que não leem jornais, que não sabem nada. Parafraseando alguém (Stalin ou Hitler?) - "que sorte para os ditadores (ou populistas) que os homens não pensem".

Toda sua propaganda até agora se acomodou à compreensão dos menos inteligentes: "Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada" - esta é do velho nazista.

O programa do PT é um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles odeiam a democracia e se consideram os "sujeitos", os agentes heroicos da História. Nós somos, como eles falam, a "massa atrasada".

É isso aí. Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma. Se ela for eleita.

RODRIGO CONSTANTINO: Um país à beira do precipício


Por Rodrigo Constantino em O GLOBO - 30/09

Já estamos em recessão, apesar de uma inflação bastante elevada. Não obstante, Dilma ainda é a líder nas pesquisas. Como?

Como ainda ter esperanças no eterno “país do futuro” quando vemos que a presidente Dilma, depois dos novos escândalos da Petrobras, continua como favorita na corrida eleitoral? Não só isso: a delação premiada do importante ex-diretor Paulo Roberto Costa, chamado de “Paulinho” por Lula, não fez um único arranhão na candidatura da presidente. É um espanto!

Quando estourou o escândalo do mensalão em 2005, muitos acharam que era o fim de Lula e do PT. Os tucanos julgaram melhor deixá-lo sangrando até as eleições em vez de partir para um pedido legítimo de impeachment. Lula foi reeleito. A economia ia bem, graças principalmente ao crescimento chinês.

Em 2010, Lula decidiu iluminar seu “poste”, e Dilma, sem jamais ter vencido uma eleição na vida, foi alçada diretamente ao posto máximo de nossa política. Havia vários escândalos de corrupção divulgados pela imprensa, mas nada disso adiantou. A economia estava “bombando”, no auge da euforia com o Brasil. E, como sabemos, é a economia que importa, certo?

Mas o que dizer de 2014, então? Os escândalos só aumentaram, a imagem de “faxineira ética” virou piada de mau gosto, e até a economia mudou o curso, derrubando o mito de “gerentona eficiente”. Já estamos em recessão, apesar de uma inflação bastante elevada. Não obstante, Dilma ainda é a líder nas pesquisas. Como?

É inevitável concluir que o povo brasileiro ou é extremamente alienado, ou não dá a mínima para a roubalheira. Quem aplaude o atual governo ou não sabe o que está acontecendo, ou está ganhando dinheiro com o que está acontecendo. O PT conseguiu banalizar a corrupção. Muitos repetem por aí que todos os partidos são corruptos mesmo, então tanto faz: ao menos o PT ajudou os mais pobres. Vivem em Marte?

Esses que adotam tal discurso são coniventes com o butim, são cúmplices dos infindáveis esquemas de desvio de recursos públicos. Querem apenas preservar sua parcela na pilhagem. E isso vai desde os mais pobres e ignorantes, que dependem de esmolas, até os funcionários públicos, os artistas engajados que mamam nas tetas estatais, os empresários que vivem de subsídios do governo.

Desde que a máfia respingue algum em suas contas bancárias, tudo bem: faz-se vista grossa aos “malfeitos”. Uma campanha sórdida, de baixo nível, mentirosa como nunca antes na história deste país se viu, difamando, apelando para um sensacionalismo grosseiro, nada disso parece incomodar uma grande parcela do eleitorado. Ao contrário: a tática pérfida surtiu efeito e Dilma subiu, enquanto Marina Silva caiu. A falsidade compensa.

Vários chegaram a apontar a vantagem de Argentina e Venezuela terem mergulhado no caos com o bolivarianismo, pois ao menos a desgraça alheia serviria de alerta aos brasileiros. Afinal, o PT vive elogiando tais regimes e os trata como companheiros próximos, aliados ideológicos. Ledo engano. Nem mesmo a tragédia de ambos os países despertou o povo brasileiro de sua sonolência profunda.

O brasileiro é como aquele urso polar que passa meses hibernando. A ignorância é uma bênção, dizem, mas só se for para os corruptos populistas. E pensar que uma turma chegou a se empolgar com as manifestações de junho de 2013, quando o gigante supostamente havia acordado. Só se for para pedir mais Estado, mais do veneno que assola nossa nação. O gigante é um bobalhão...

Não pensem que culpo apenas ou principalmente o “povão”, os mais pobres e ignorantes que, sem dúvida, compõem a maioria do eleitorado petista. Não! Nossa elite também é culpada. Nossos “formadores de opinião” ajudaram muito a trazer o Brasil até esse precipício, sempre enaltecendo o metalúrgico de origem humilde ou a primeira mulher “presidenta”.

Ou então delegando ao Estado a capacidade de solucionar todos os nossos males, muitos deles criados pelo próprio excesso de intervenção estatal. Temos uma elite culpada, que adora odiar o capitalismo enquanto usufrui de todas as benesses que só o capitalismo pode oferecer.

Com uma elite dessas, realmente não precisamos de inimigos externos ou de desgraças naturais. O que é a ameaça islâmica ou um simples furacão perto do estrago causado por uma mentalidade tão equivocada assim por parte daqueles que deveriam liderar a nação? Nossa elite idolatra o fracasso.

Roberto Campos foi certeiro ao constatar que, no Brasil, a burrice tem um passado glorioso e um futuro promissor. Quer maior prova disso do que todos esses anos de PT no poder? Mas parece que ainda não foi o suficiente. O brasileiro quer mais! Quer dar um passo adiante nesse precipício...

OSSAMI SAKAMORI: Aécio Neves vai para segundo turno!



Já disse várias vezes neste blog, que a eleição é como direção de vento. Tem ventos que são como brisa do mar, são intermitentes, sopram todo fim da tarde em direção ao continente. Tem outros que são como prenúncios de mudança de estação. Pois, as eleições como ventos não de muda de direção, salvo tempestades.




As pesquisas eleitorais, embora muitos sem muita credibilidade, vem demonstrando a tendência da curva nas últimas 3 pesquisas. A Dilma vem crescendo, Marina vem despencando e Aécio crescendo. Os ventos sopram a favor da Dilma e do Aécio. Os ventos mudaram de direção para Marina, após colheita da tempestade da morte do candidato Eduardo Campos.


A direção do vento não mudou ainda para a Dilma, sobre o efeito do petrolão que foi delatado pelo ex-diretor da Petrobras, "Paulinho". Porém, ainda está por vir a tempestade do doleiro Alberto Yousseff que está a revelar a participação das cúpulas do PT.


Aécio Neves, após tempestade da morte do Eduardo Campos que lhe custou a perda de votos para Marina Silva, vem colhendo os frutos da mudança de direção dos ventos da primavera. O vento do Aécio, como o vento da primavera, está vindo de mansinho, como que adaptado ao gosto de um bom mineiro.


Não prevejo no horizonte, nuvens negros para o candidato Aécio Neves, que continuará navegando nas ondas das brisas da primavera. Todos sabem, que pesquisas eleitorais não garante a eleição. Mas, com experiência vivida em eleições desde as eleições, que levou Jânio Quadros à presidência da República, posso garantir que as tendências de véspera confirmam. Sim, a direção do vento se mantém até o dia das eleições, acentuando na véspera do dia da votação. Os ventos sopram mais fortes na mesma direção, confirmando a tendência de direção da véspera.


Diante desta análise simplista, porém, com experiência acumulado nos últimos 50 anos em eleições, posso afirmar sem medo de errar, que o candidato Aécio Neves, vai ultrapassar a Marina Silva, até o dia das eleições. 




O Aécio Neves disputará o segundo turno com a Dilma Yousseff, sem dúvida!





Verde
Composição: Eduardo Gudin e J.C. Costa Neto


Quem pergunta por mim
Já deve saber
Do riso no fim
De tanto sofrer
Que eu não desisti
Das minhas bandeiras
Caminho, trincheiras, da noite

Eu, que sempre apostei
Na minha paixão
Guardei um país no meu coração
Um foco de luz, seduz a razão
De repente a visão da esperança
Quis esse sonhador
Aprendiz de tanto suor
Ser feliz num gesto de amor
Meu país acendeu a cor

Verde, as matas no olhar, ver de perto
Ver de novo um lugar, ver adiante
Sede de navegar, verdejantes tempos
Mudança dos ventos no meu coração
Verdejantes tempos
Mudança dos ventos no meu coração



LUCIANO AYAN: Dilma mentiu (para variar) - Paulo Roberto Costa não foi demitido por ela, mas renunciou







Dilma tem conseguido pontos importantes ao apontar Marina Silva como mentirosa. Curiosamente, seus adversários tem medo de apontá-la como mentirosa também. Se a campanha petista é a mais mentirosa da história da política nacional, por que usar luvas de pelica?

Uma tese que defendo é que o PT encontrou o tom mais conveniente para o partido: mentir em tal quantidade que seus adversários desistem de rebater, tamanha a quantidade de mentiras. Mas é justamente neste momento que os opositores deveriam aproveitar para demonstrar ao público o tamanho da falsidade. Isso independentemente de quem vá para o segundo turno.

Por exemplo, Dilma disse, cinicamente, que demitiu Paulo Roberto Costa. Mas veja essa ata abaixo, publicada por Helio Shiguenobu Fujikawa, Secretário-Geral da Petrobrás, com o que foi apresentado em uma reunião do Conselho envolvendo Guido Mantega, Graça Foster e outros, em 2 de maio de 2012:



Como diria o programa de João Kleber, pára, pára, pára…

Observe que os petistas estão fazendo a propaganda dizendo que “Dilma demitiu Paulo Roberto Costa” e que ela discordava da forma como ele dirigia sua organização. Porém, a ata mostra que Paulo Roberto Costa renunciou ao cargo, até por que estava se aposentando (aha: será que os petistas achavam que ninguém descobriria essa contradição?). E mais ainda: a ata mostra que os conselheiros o agradeciam pelos relevantes serviços prestados no desempenho de suas funções.

Nenhum conselho elogiaria alguém que acabou de demitir por suspeitas de corrupção, o que implode de vez a argumentação de Dilma dizendo que ela “não concordava” com a forma com a qual Paulo Roberto Costa dirigia a área de abastecimento da Petrobrás.

O mais importante é o fato: Dilma mentiu no debate da Record em 28/09 ao dizer que demitiu Paulo Roberto Costa. Ele renunciou. Isso é o que está escrito na ata da empresa, uma evidência que dificilmente se contesta. Até por que todos sabem que no mundo corporativo, o que está registrado na ata não pode ser negado.

Será que o PT quer brigar com essa ata agora? Aí teríamos mais um ponto a desconstruir: o quanto é capaz de descer uma presidente se quiser brigar até com as atas da Petrobrás? No momento em que as atas da Petrobrás não valerem mais nada, aí é que a empresa perde todo o resto de sua credibilidade, pois, como já disse, o que está em ata não pode ser negado.

E aí, Dona Dilma, quer lutar contra uma ata da maior empresa pública do Brasil?

segunda-feira, setembro 29, 2014

ALERTA: Brasil está a três passos de uma guerra civil!


Por Cel. Gelio Fregapani

Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina.

Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.

Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.

O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.

O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.

Pela primeira vez em muito tempo, está havendo alguma discussão sobre a segurança nacional. Isto é bom, mas sem identificarmos corretamente as ameaças, não há como nos preparar para enfrentá-las.

A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos:

— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;

— os conflitos potenciais entre produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;

— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.

Em certos momentos chega a ser evidente a demolição das estruturas políticas, sociais, psicológicas e religiosas, da nossa Pátria, construídas ao largo de cinco séculos de civilização cristã. Depois, sem tanto alvoroço, prossegue uma fase de consolidação antes de nova investida.

Isto ainda pode mudar, mas infelizmente os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina. Em havendo, nossa desunião nos prostrará inermes, sem forças para nos opormos eficazmente às pretensões estrangeiras.

A ameaça de conflitos étnicos, a mais perigosa pelo caráter separatista

A multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" indígena. Agora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do Sol, o anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi. Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes das mais preciosas jazidas.

O problema é mais profundo do que parece; não é apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição dos atuais Estado-nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala, idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar e ampliar seus domínios. O CIMI, organismo subordinado à CNBB, não cuida da evangelização dos povos indígenas segundo o espírito de Nóbrega, Anchieta e outros construtores de nossa nação. Como adeptos da Teologia da Libertação, estão em consonância com seus colegas que atuam no continente, todos empenhados na fermentação revolucionária do projeto comuno-missionário Abya Yala.

O processo não se restringe ao nosso País, mas além das ações do CIMI, a atuação estrangeira está clara:

— Identificação das jazidas: já feito;

— atração dos silvícolas e criação das reservas sobre as jazidas: já feito;

— conseguir a demarcação e homologação: já feito na maior parte;

— colocar na nossa Constituição que tratados e convenções internacionais assinados e homologados pelo congresso teriam força constitucional, portanto acima das leis comuns: já feito;

— assinatura pelo Itamarati de convenção que virtualmente dá autonomia à comunidades indígenas: já feito.

Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.

O perigo não é o único, mas é bastante real. Pode, por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de intervenções militares pelas potências carentes dos recursos naturais — petróleo e minérios, quando o Brasil reagir.

Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola

A UnB foi contratada pelo Governo para fazer o mapa dos quilombolas. Por milagre, em todos os lugares, apareceram "quilombolas". No Espírito Santo cidades inteiras, ameaçadas de despejo. Da mesma forma em Pernambuco. A fronteira no Pará virou um quilombo inteiro.

Qual o processo? Apareceram uns barbudos depiercings no nariz, perguntando aos afro-descendentes: "O senhor mora aqui?" "Moro." "Desde 1988?" (o quilombola que residisse no dia da promulgação da Constituição teria direito à escritura). "Sim". "Quem morava aqui?" "Meu avô." "Seu avô por acaso pescava e caçava por aqui?" "Sim" "Até onde?" "Ah, ele ia lá na cabeceira do rio, lá naquela montanha." "Tudo é seu." E escrituras centenárias perdem o valor baseado num direito que não existe. Não tenho certeza de que isto não seja proposital para criar conflitos.

Tem gente se armando, tem gente se preparando para uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.

Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.

Os Conflitos Rurais — talvez os primeiros a eclodir

O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais audaciosas.

É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."

Este conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é provável que o MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.

O ambientalismo distorcido, principal pretexto para uma futura intervenção estrangeira

Já é consenso que o ambientalismo está sendo usado para impedir o progresso, mesmo matando os empregos Caso se imponham os esquemas delirantes dos ambientalistas dentro do governo, com as restrições de uso da terra para produção de alimentos, um terço do território do País ficará interditado a atividades econômicas modernas.

Há reações, dos ruralistas no interior do País, nas elites produtivas e até mesmo em setores do governo, mas as pressões estrangeiras tendem a se intensificar. Se bem que raramente o meio ambiente serviu de motivo para guerra, hoje claramente está sendo pretexto para futuras intervenções, naturalmente encobrindo o verdadeiro motivo, a disputa pelos escassos recursos naturais.

No momento em que a fome ronda o mundo, o movimento ambientalista, a serviço do estrangeiro, mas com respaldo do governo e com apoio de uma massa urbana iludida, chama de "terra devastada" àqueles quadrados verdejantes de área cultivada, que apreciamos ver na Europa e nos Estados Unidos, e impede a construção de hidrelétricas para salvar os bagres. Com a entrada da Marina Silva na disputa eleitoral, nota-se, lamentavelmente, que todos os candidatos passarão a defender o ambientalismo, sem pensar se é útil para o País.

A três passos da guerra civil

O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.

Várias fontes de conflito estão para estourar, dependendo da radicalização das más medidas, particularmente do Ministério da Justiça:

— Roraima não está totalmente pacificada;

— o Mato Grosso do Sul anuncia revolta em função da decisão da Funai em criar lá novas reservas indígenas;

— no Rio Grande, os produtores rurais pretendem reagir às provocações do MST;

— Santa Catarina ameaça usar a PM para conter a fúria ambientalista do ministro Minc, que queria destruir toda a plantação de maçã.

Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais — petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá, mais ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.

Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?

Que Deus guarde a todos vocês.

O cel. Gelio Fregapani é escritor, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.

Manifesto à Nação Brasileira (Generais x Comissão da Verdade)




Documento no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por 27 Generais de Exército


Nós, Generais-de-Exército, antigos integrantes do Alto Comando do Exército e antigos Comandantes de Grandes Unidades situadas em todo o território nacional, abominamos peremptoriamente a recente declaração do Sr. Ministro da Defesa à Comissão Nacional da Verdade de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram direitos humanos no período militar. Nós, que vivemos integralmente este período, jamais aprovamos qualquer ofensa à dignidade humana, bem como quaisquer casos pontuais que, eventualmente surgiram. Vivíamos uma época de conflitos fratricidas, na qual erros foram cometidos pelos dois lados. Os embates não foram iniciados por nós, pois não os desejávamos. E, não devemos nos esquecer do atentado no aeroporto de Guararapes.

A credibilidade dessa comissão vai gradativamente se esgotando pelos inúmeros casos que não consegue solucionar, tornando-se não somente um verdadeiro órgão depreciativo das Forças Armadas, em particular do Exército, como um portal aberto para milhares de indenizações e "bolsas ditadura", que continuarão a ser pagas pelo erário público, ou seja, pelo povo brasileiro. Falsidades, meias verdades, ações coercitivas e pressões de toda ordem são observadas a miúdo, e agora, demodo surpreendente, acusam as Forças Armadas de não colaborarem nas investigações que, em sua maioria, surgem de testemunhas inidôneas e de alguns grupos, cuja ideologia é declaradamente contrária aos princípios que norteiam as nossas instituições militares.

A Lei da Anistia - ratificada em decisão do Supremo Tribunal Federal e em plena vigência - tem, desde a sua promulgação, amparado os dois lados conflitantes. A Comissão Nacional da Verdade, entretanto, insiste em não considerar esse amparo legal. O lado dos defensores do Estado brasileiro foi totalmente apagado. Só existem criminosos e torturadores. Por outro lado, a comissão criou uma grei constituída de guerrilheiros, assaltantes, sequestradores e assassinos, como se fossem heroicos defensores de uma "democracia" que, comprovadamente, não constava dos ideais da luta armada, e que, até o presente, eles mesmos não conseguiram bem definir. Seria uma democracia cubana, albanesa ou maoísta? Ou, talvez, uma mais moderna como as bolivarianas?

Sempre que pode a Comissão Nacional da Verdade açula as Forças Armadas, exigindo que elas peçam desculpas. Assim, militares inativos, por poderem se pronunciar a respeito de questões políticas, têm justos motivos para replicarem com denodada firmeza, e um deles é para que não vigore o famoso aforismo "Quem cala consente!". Hoje, muitos "verdadeiros democratas" atuam em vários níveis de governo, e colocam-se como arautos de um regime que, paulatinamente, vai ferindo Princípios Fundamentais de nossa Constituição. O que nós, militares fizemos foi defender o Estado brasileiro de organizações que desejavam implantar regimes espúrios em nosso país. Temos orgulho do passado e do presente de nossas Forças Armadas. Se houver pedido de desculpas será por parte do ministro.

Do Exército de Caxias não virão! Nós sempre externaremos a nossa convicção de que salvamos o Brasil!



GENERAIS-DE-EXÉRCITO SIGNATÁRIOS


Leônidas Pires Gonçalves; Zenildo de Lucena; Rubens Bayma Denys, José Enaldo Rodrigues de Siqueira; José Luiz Lopes da Silva; Valdésio Guilherme de Figueiredo; Raymundo Nonato Cerqueira Filho; Pedro Luis de Araújo Braga; Antônio de Araújo Medeiros; Frederico Faria Sodré de Castro; Luiz Gonzaga Schoroeder Lessa; Gilberto Barbosa de Figueiredo; Rômulo Bini Pereira; Claudio Barbosa de Figueiredo; Domingos Carlos de Campos Curado; Ivan de Mendonça Bastos; Paulo Cesar de Castro; Luiz Edmundo Maia de Carvalho; Luiz Cesário da Silveira Filho; Carlos Alberto Pinto e Silva; José Benedito de Barros Moreira; Maynard Marques Santa Rosa; Rui Alves Catão; Augusto Heleno Ribeiro Pereira; Rui Monarca da Silveira; Américo Salvador de oliveira; e Gilberto Barbosa Arantes.

quinta-feira, setembro 25, 2014

BLOG DO CORONEL: Extra! Tracking tucano aponta empate entre Aécio e Marina. Vai virar!


É oficial. Recebi informação agora. Pela primeira vez na campanha, depois do desastre de Campos, há empate técnico de Aécio com Marina no tracking tucano.
Vamos trabalhar duro que já estamos virando.


Fonte: Blog do Coronel

LUIZ FELIPE LAMPREIA: Política externa contra o nosso interesse



A presidente Dilma foi mais categórica na condenação às ações militares contra os facínoras islâmicos do que qualquer outro país


A presidente Dilma está levando seu pendor ideológico longe demais quando se trata de fazer política externa. Simpatizar com o populismo exacerbado de Cristina, que está levando a Argentina à ruína e ao isolamento internacional, é uma coisa. Acarinhar e proteger Nicolás Maduro, que já levou a Venezuela ao infeliz título de país mais mal gerido do mundo, é também um absurdo. Mas defender os bárbaros do Estado Islâmico (EI) ou do Khorasan contra os ataques americanos já é demais. Como ela consegue fazer isso?

Falando do pódio mais prestigioso do mundo, o da ONU, Dilma condenou os ataques aéreos às instalações militares do EI, do Khorasan e da al-Qaeda afirmando que lamenta os ataques. Alegou que o Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU, o que é verdade indiscutível. Porém, como dirá qualquer professor de direito internacional, nada disso se aplica a forças como o EI, a al-Qaeda, o Khorasan ou qualquer outro grupo não estatal que preconize a violência, a morte e a destruição dos que não lhe são afins. Pode-se ter um diálogo construtivo com uma milícia armada de um morro carioca, com a gangue Salvatrucha, na América Central, ou com a máfia siciliana?

A pergunta que não quer calar é: como dialogar com um bando de facínoras radicais, vestidos de negro e encapuzados, que postam vídeos cortando cabeças de jornalistas com um punhal e fazendo discursos ameaçadores? Os militantes islâmicos não constituem um Estado, um ator legítimo na cena internacional, são um bando de criminosos irregulares e altamente perigosos. Existe a menor chance de diálogo ou acordo com essa gente que não resulte da força? A ONU, que mal consegue se interpor entre estados em conflito, tem alguma vaguíssima possibilidade de atuar decisivamente no caso? As respostas são tão óbvias que nem requerem explicações maiores.

Os casos em que Dilma pretende encontrar paralelos são completamente diferentes. No Iraque, George Bush queria ingenuamente derrubar o presidente do país, Saddam Hussein, para implantar uma democracia. A intervenção foi um desastre, como se sabe. Na Líbia (onde não houve intervenção direta americana, e sim francesa e inglesa), a finalidade era derrubar Muamar Kadafi. O resultado foi também lamentável porque o país é hoje uma verdeira anarquia. A Faixa de Gaza, onde tampouco houve participação americana, foi um massacre, sem dúvida, mas também uma reação israelense contra uma organização terrorista, o Hamas, que ataca Israel e na prática mantém a infeliz população de Gaza refém de suas intenções belicistas e sujeita às represálias de Israel.

O fato é que a presidente do Brasil foi mais categórica na condenação às ações militares contra os facínoras islâmicos do que qualquer outro país, exceto Cuba e Venezuela. Com isto, certamente, a imagem internacional do Brasil foi afetada e as chances de entrada no Conselho de Segurança reduzidas definitivamente a zero. Ainda que a simpatia de Caracas, Havana e dos radicais islâmicos pelo Brasil tenha aumentado — uma vantagem altamente duvidosa — o tradicional capital de credibilidade, confiabilidade e equilíbrio nas ações diplomáticas de que o Brasil desfrutava e que vinham desde sendo nossa marca, desde o Barão do Rio Branco, está sendo dilapidado. A intervenção da ONU marcou mais um degrau na ideologização e na radicalização da política externa brasileira. É muito pouco provável que isto traga qualquer tipo de benefício para o Brasil, pelo contrário.

Luiz Felipe Lampreia foi ministro das Relações Exteriores

FLAVIO CORRÊA: A DEMOCRACIA A PERIGO




Meu amigo Leonel Brizola dizia que se pesquisa ganhasse eleição não precisava votar. Era só perguntar para a família Montenegro, dona do IBOPE, e preparar a cerimônia de posse. Muito mais fácil e mais barato. O país não precisaria encher o saco de milhões de eleitores que são obrigados por lei a comparecer às urnas nem gastar os tubos numa eleição desse porte, cujo resultado já teria sido antecipado.

Mas a verdade não é bem assim. Como diz o ex-governador Alberto Goldman em artigo de sexta na Folha de S. Paulo, “em eleição tudo pode acontecer”. E os exemplos abundam: em 1989, o desconhecido Fernando Collor embolsou a sucessão de Sarney; FHC perdeu a eleição para prefeito de São Paulo 48 horas antes da eleição, por causa de uma besteira que disse dois dias antes de confirmar as pesquisas; Luiza Erundina ganhou a Prefeitura de São Paulo na última semana, em 1988, atropelando o então poderoso Paulo Maluf, etc. etc. Portanto, temos que concordar com Brizola: só no dia 26 de outubro, data do segundo turno, saberemos quem vai ser o próximo presidente, ou presidenta.

Enquanto isso, a selvagem campanha de desconstrução de Marina vai surtindo seus efeitos, acendendo uma chama de esperança para Aécio. A rejeição a ela, que está sendo retratada em comerciais de TV como tirando a comida da boca das criancinhas ou como a Dilma com outra roupa, afogando a tese da renovação, está aumentando vertiginosamente (era 11% agora é 21%), enquanto o candidato do PSDB sobe uns pontinhos e o continuísmo já empata no segundo turno. Aliás, falando de continuísmo, se existe uma tal de “herança maldita” da era FHC é a da reeleição, que permite que o mandatário de plantão utilize ao seu bel prazer a imensa máquina estrutural e financeira que o governo proporciona, transformando o pleito numa disputa desigual. Menos na minha terra, o Rio Grande do Sul. Os gaúchos não reelegem ninguém para o Palácio Piratini. Se não foi bom governador em quatro anos certamente não o será nos próximos quatro, e renovam. Tanto é que a Ana Amélia vai ganhar fácil do Tarso Genro.

Quanto ao cenário nacional, paciência: vamos ter que esperar mais algumas semanas para saber se o PT vai continuar mandando e desmandando no País

Mas seja lá quem for eleito, a herança será pesada. Não só no âmbito social e econômico, cujos problemas crescentes estamos carecas de saber, mas principalmente na defesa da democracia.

Não fora o famigerado Decreto Lei Nº 8243/14 da Presidência da República, que institui a Nova Política Nacional de Participação Social, que na prática cria os sovietes, atentado despudorado contra o sistema representativo consagrado na Constituição de 1988, e sobre o qual não me canso de falar, estamos agora diante de outra punhalada de grandes proporções: impulsionada pelos “partidos da base”, está em julgamento no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de Inconstitucionalidade que proíbe doação de empresas privadas a partidos e candidatos que, por incrível que pareça, parece já contar com a maioria dos votos dos Ministros do STF…

Se esta insanidade for aprovada, é claro que vão crescer exponencialmente a doações ilegais, passando para os Alberto Youssefs e Paulo Robertos da vida o controle do caixa.

Como nos alerta o jornalista Reinaldo Azevedo na revista Veja, “será que não é emblemático que seja justamente o PT – um dos partidos que mais apelaram aos serviços de Yussef – a legenda especialmente empenhada em proibir as doações legais de empresas privadas e instituir o financiamento público de campanha?”.

Como eu venho dizendo constantemente, parece que o Brasil é mesmo o único país do mundo no qual a perspectiva é pior do que a realidade.

A não ser que possamos realmente reformar o processo, e mais do que isso, o pensamento político, sepultando de vez a filosofia dos Marx, Gramsi, Fidel Castro e Hugo Chaves da vida, cujos seguidores tupiniquins utilizam para intranquilizar nossas vidas e colocar em risco nossa liberdade.

Espero que não percamos esta oportunidade.


Faveco (Flávio Corrêa) é jornalista, publicitário e presidente da Brandmotion Consultoria de Fusões e Aquisições

LULA: Não chores por mim Marininha


LULA canta em homenagem à Marina Silva

Janaina Conceição Paschoal: A doença desta eleição



Quando alguém está acometido por uma doença grave, um câncer extremamente agressivo, por exemplo, em geral procura todos os tratamentos que o estado da arte da medicina disponibiliza. Muitas vezes, decisões difíceis se apresentam em bioética, fazendo-se necessário aplicar os princípios da beneficência e da autonomia, nem sempre nessa ordem.

Se não há alternativas seguras, na esperança de obter a cura ou, pelo menos, de contornar os sintomas mais problemáticos, o doente se submete aos riscos das pesquisas envolvendo seres humanos, seja com a finalidade de criar um novo remédio ou de desenvolver novas técnicas terapêuticas. Entre a morte certa e a possibilidade de melhora, ainda que remota, racionalmente o doente costuma escolher correr riscos.

O cenário eleitoral que se afigura não é muito diferente. Temos um diagnóstico certo. O Brasil padece de um câncer terminal.

O partido que está no poder há longos e penosos 12 anos é responsável pelo mensalão, pelo aparelhamento das agências reguladoras e das empresas públicas, pela quebra da Petrobras –e pelos mais recentes escândalos de corrupção na estatal–, pela volta da inflação, pelo esfacelamento do Itamaraty, por obras que nunca acabam, pelo financiamento da ditadura cubana, mediante a vergonhosa importação de médicos e investimento em obras de infraestrutura naquele país, que seriam muito necessárias por aqui.

O câncer que se instalou no país também se materializa no discurso, quase desrespeitoso, de negar o inegável e tratar os eleitores como se fossem seres incapazes.

É preciso mencionar também o autoritarismo de perseguir e de exigir punição daqueles que ousam divergir. A título de exemplo, é possível mencionar a lista de jornalistas supostamente inimigos do governo e a reação à análise técnica feita por funcionários de um banco privado sobre os rumos da economia brasileira em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Diante desse quadro, com todo respeito aos que vêm sustentando que é melhor ficar com o mal conhecido a arriscar, penso que não resta outro caminho além de apostar na alternativa que se apresenta, ou seja, Marina Silva.

O discurso da candidata é ensaiado? As promessas dela são falsas? Não sei. Quero crer que algo de bom será feito por ela na Presidência, pois penso que é possível conciliar supostos extremos, como o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.

Não voto enganada! Tal qual um doente que aceita os efeitos colaterais das pesquisas com novos fármacos, voto consciente de que corremos muitos perigos, inclusive o de quem se anuncia como representante do "novo" abrir os braços para o "velho".

Com o fortalecimento de Marina Silva, muitos petistas e simpatizantes do PT se apressaram em dizer que a possível derrota só pode ser atribuída à presidente. E se o problema é com Dilma, nada impede que, no governo de Marina, haja espaço para o PT. Sob todos os aspectos, esse raciocínio de que a culpa é somente de Dilma se revela bastante injusto.

Muitos dos eleitores de Marina Silva estão abraçando o único remédio que se mostra capaz de enfrentar o mal que nos asfixia. Não estamos apenas dizendo "sim" à candidata do PSB, estamos dizendo "não" ao PT.

A maior traição de Marina na Presidência não será uma eventual quebra de promessas, prática que se reitera na vida dos brasileiros, infelizmente. A grande traição será, sim, fingir que a doença era Dilma e permitir a metástase, ou seja, a volta do PT ao governo.

Autonomia é um dos princípios mais importantes em bioética. O doente tem o direito de preferir a morte às incertezas do tratamento. Seja na saúde, seja na eleição, entre o conformismo e o risco, prefiro morrer lutando.

JANAINA CONCEIÇÃO PASCHOAL, 40, advogada, é professora livre docente de Direito Penal da USP

EDITORIAL O ESTADÃO - 25/09: O mundo encantado de Dilma



Um turista francês de 55 anos, chamado Hervé Goudel, foi decapitado na Argélia por um grupo extremista que disse estar sob as ordens do Estado Islâmico (EI), a organização terrorista que controla atualmente parte da Síria e do Iraque e lá estabeleceu o que chama de "califado". Um vídeo que mostra a decapitação de Goudel foi divulgado ontem, para servir como peça de propaganda do EI - cujos militantes já decapitaram em frente às câmeras dois jornalistas americanos e um agente humanitário britânico e estarreceram o mundo ao fazer circular as imagens de sua desumanidade.

Pois é com essa gente que a presidente Dilma Rousseff disse que é preciso "dialogar".

A petista deu essa inacreditável declaração a propósito da ofensiva militar deflagrada pelos Estados Unidos contra o EI na Síria. Numa entrevista coletiva em Nova York, na véspera de seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, Dilma afirmou lamentar "enormemente" os ataques americanos contra os terroristas. "O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU", disse a presidente - partindo do princípio, absolutamente equivocado, de que o EI tem alguma legitimidade para que se lhe ofereça alguma forma de "acordo".

É urgente que algum dos assessores diplomáticos de Dilma a informe sobre o que é o EI, pois sua fala revela profunda ignorância a respeito do assunto, descredenciando-a como estadista capaz de portar a mensagem do Brasil sobre temas tão importantes quanto este.

O EI surgiu no Iraque em 2006 por iniciativa da Al-Qaeda, para defender a minoria sunita contra os xiitas que chegaram ao poder depois da invasão americana. Sua brutalidade inaudita fez com que até mesmo a Al-Qaeda renegasse o grupo, que acabou expulso do Iraque pelos sunitas. A partir de 2011, o EI passou a lutar na Síria contra o regime de Bashar al-Assad. Mas os jihadistas sírios que estão na órbita da Al-Qaeda também rejeitaram o grupo, dando início a um conflito que já matou mais de 6 mil pessoas.

Com grande velocidade, o EI ganhou territórios na Síria e, no início deste ano, ocupou parte do Iraque, ameaçando a própria integridade do país. No caminho dessas conquistas, o EI deixou um rastro de terror. Além de decapitar ocidentais para fins de propaganda, seus métodos incluem crucificações, estupros, flagelações e apedrejamento de mulheres.

"A brutalidade dos terroristas na Síria e no Iraque nos força a olhar para o coração das trevas", discursou o presidente americano, Barack Obama, na Assembleia-Geral da ONU, ao justificar a ação dos Estados Unidos contra o EI - tomada sem o aval do Conselho de Segurança da ONU. Em busca de apoio internacional mais amplo - na coalizão liderada por Washington se destacam cinco países árabes que se dispuseram a ajudar diretamente na operação -, Obama fez um apelo para que "o mundo se some a esse empenho", pois "a única linguagem que os assassinos entendem é a força".

Pode-se questionar se a estratégia de Obama vai ou não funcionar, ou então se a ação atual é uma forma de tentar remendar os erros do governo americano no Iraque e na Síria (ver o editorial A aventura de Obama, abaixo). Pode-se mesmo indagar se a operação militar, em si, carece de legitimidade. Mas o fato incontornável é que falar em "diálogo" com o EI, como sugeriu Dilma, é insultar a inteligência alheia - e, como tem sido habitual na gestão petista, fazer a diplomacia brasileira apequenar-se.

Em sua linguagem peculiar, Dilma caprichou nas platitudes ao declarar que "todos os grandes conflitos que se armaram (sic) tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados". E foi adiante, professoral: "Agressões sem sustentação, aparentemente, podem dar ganhos imediatos. Depois, causam enormes prejuízos e turbulências. É o caso, por exemplo, do Iraque. Tá lá, provadinho, no caso do Iraque". Por fim, Dilma disse que o Brasil "é contra todas as agressões" e, por essa razão, faz jus a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU - para, num passe de mágica, "impedir essa paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo".

Aécio: 'Dilma propõe negociar com um grupo que decapita pessoas'



Em agenda no RS, tucano se disse 'estarrecido' com discurso da presidente na ONU. E afirmou que ela deixará, também na política externa, um 'mau exemplo'


O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira ter ficado “estarrecido” diante das declarações da presidente Dilma Rousseff, que “lamentou” a ação dos Estados Unidos para combater o avanço dos terroristas do Estado Islâmico na Síria. Segundo Aécio, Dilma não apenas utilizou seu discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas na quarta-feira, em Nova York, para se comportar como candidata, como “propôs que se negocie com grupos extremistas que decapitam pessoas". As declarações foram dadas durante visita do tucano a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

“Fiquei estarrecido com as declarações da presidente da República na ONU. Ela utilizou um espaço do Estado brasileiro para fazer campanha política. A história se lembrará do discurso da presidente, quando ela esqueceu onde estava e para quem falava, para fazer propaganda para o horário eleitoral”, afirmou Aécio. O tucano criticou em especial a manifestação de Dilma em relação aos ataques ao EI. “A presidente propõe negociar com um grupo que está decapitando pessoas", disse.

Na quinta-feira, depois de “lamentar” o bombardeio dos Estados Unidos contra terroristas na Síria, a presidente reafirmou sua posição diante dos chefes de Estado reunidos na ONU, ao condenar o “uso da força” como forma de resolver conflitos mundiais. Dilma colocou no mesmo cesto Iraque, Síria, Líbia, Ucrânia e Palestina, ignorando o fato de que, nos dois primeiros, um dos grupos terroristas mais selvagens em atividade está avançando e espalhando o horror de forma brutal, por meio de decapitações, crucificações e execuções sumárias. "Essa não é a política externa digna do Brasil e consagrada pelo país ao longo de tempos. Em relação também à política externa, infelizmente a presidente da Republica deixa péssimos exemplos para seu sucessor", afirmou Aécio.

O tucano, que visitou Porto Alegre ao lado da candidata ao governo do Estado Ana Amélia Lemos, do PP, corre contra o tempo para tentar angariar votos e chegar ao segundo turno. Aliada de Aécio no Rio Grande do Sul, Ana Amélia está na dianteira das pesquisas de intenção de voto. No último levantamento realizado pelo instituto Datafolha, a senadora aparece dez pontos percentuais à frente do atual governador, Tarso Genro (PT). Apoiado em Ana Amélia, Aécio percorrerá ainda nesta quinta-feira mais duas cidades no Estado, Santa Maria e Caxias do Sul. "Continuo até o último dia andando pelo Brasil com a mesma pregação que tive lá atrás", disse ele. "Me preparei ao longo de toda minha vida para governar o Brasil", afirmou. "A única candidatura que cresce constantemente de dez dias para cá é a nossa e vai continuar a crescer", destacou, comparando sua performance com a da concorrente Marina Silva, do PSB.

O tucano criticou, novamente, a gestão da Petrobras, a qual classificou como "trágica e perversa", e citou o acordo de delação premiada assinado pelo doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, da Policia Federal. "O meu sentimento é que a coisa é muito mais grave do que está sendo noticiado. Tem muita gente que treme por aí só de saber da delação (do Youssef). Essa coisa funcionou de forma orgânica dentro da Petrobras durante todo o governo Dilma. Será que dá para dizer que não sabia?", questionou Aécio. "Do ponto de vista política, a presidente tem responsabilidade, sim", acrescentou.

CIÊNCIA SEM PLANEJAMENTO: Grupo Samba Rousseff, formado por bolsistas do Ciência Sem Fronteiras, fez ‘turnê’ na Europa Dos sete membros, cinco eram estudantes com bolsas do programa do MEC!




POR LEONARDO VIEIRA em O Globo


No embalo dos pandeiros e cavaquinhos, sete universitários brasileiros que se conheceram durante intercâmbio em Portugal em 2012 prometem agora reeditar a banda que criaram na Europa. Tudo leva a crer que, para a festa de réveillon deste ano, a Samba Rousseff estará de volta à ativa, desta vez em Fortaleza (CE).

O grupo surgiu no final de 2012, da união de dois intercambistas e cinco bolsistas do programa Ciência Sem Fronteiras (CsF) que chegaram à “terrinha” para estudar na Universidade do Porto. Não por acaso, o lema do conjunto, estampado nas camisas oficiais que a banda vendeu a nove euros, era “O nosso samba é sem fronteiras”.

Com um repertório que ia de Revelação, passando por Parangolé e Thiaguinho, e terminando no já consagrado sertanejo universitário, a banda Samba Rousseff embalou estudantes brasileiros, portugueses e outros europeus até meados de 2013. No começo, quase não havia ensaio para as performances. O improviso é que dava a cadência do samba.

- A gente sempre tratou a banda como uma brincadeira. A ideia era mais integrar a galera lá do Porto, já que todo mundo tinha acabado de chegar e ninguém se conhecia - explicou o estudante de Ciência da Computação, Lucas Soares, um dos vocalistas da banda.

Mas o grupo foi ganhando fãs, o que atraiu olhares de empresários portugueses. O negócio cresceu, e o Samba Rousseff já fazia shows em clubes e boates das principais cidades de Portugal, como Porto, Coimbra e Lisboa. Nesse meio tempo, parte do grupo caiu na estrada Europa afora, passando por países como a França e República Tcheca, no que ficou conhecida, em tom jocoso, como a “pequena turnê” do conjunto. Houve até uma tentativa de gravação de DVD oficial:

- Isso foi uma casa de show que quis gravar um DVD nosso. A gente chegou a fazer o show lá, mas o cara responsável pelo som cometeu uns erros, e ficou muito ruim o produto final. Ficou só a história pra contar mesmo - disse o estudante de engenharia da PUC-Minas, Filipe Batista, responsável pelo banjo.

Em junho de 2013, enquanto brasileiros por aqui tomavam as ruas nos maiores protestos do país nos últimos 20 anos, o Samba Rousseff de pagode fazia sua despedida dos palcos, com direito a vídeo em que a trilha sonora era “O show tem que continuar”, de Arlindo Cruz. O motivo era o fim do período de intercâmbio de parte dos integrantes da banda.

Meses depois, com todos no Brasil, os pagodeiros fizeram uma reedição especial do Samba Rousseff no carnaval de Diamantina (MG). Mas como um deles mora em Santa Catarina, outro na Bahia, e um no Ceará, a banda não pode fazer mais shows ao longo de 2014. Esse período de jejum pode ser quebrado, no entanto, no réveillon de Fortaleza.

- Seria só algo pontual mesmo, porque um de nós mora lá. Mas como cada um mora em um lugar, não deu para manter - lamentou Lucas.

DILMA CRITICA FALTA DE EMPENHO NO CsF

Apesar da agenda cheia, os membros do Samba Rousseff garantem que conseguiram conciliar a parte artística com o lado acadêmico. Todos afirmaram que os shows aconteciam nas férias do Hemisfério Norte, apesar de na página do Facebook da banda constar que o grupo teve apresentações ao longo de todo o primeiro semestre de 2013.

- A galera achava que a gente só fazia pagode e tal, mas o povo da banda era bem dedicado à universidade, era mais em fins de semana mesmo, tanto que apareceram uns empresários querendo gerenciar a banda, mas a gente deixava claro que esse não era nosso foco. Mesmo porque quatro membros da banda, além de estudar, conseguiram estágio. Durante a semana a gente nem se encontrava direito - afirmou Filipe.

O mesmo relato é dado por Lucas. Segundo ele, apesar de não se aplicar aos integrantes do Samba Rousseff, houve casos de bolsistas do CsF que desviavam a finalidade das bolsas de estudo. Para ele, o controle ainda era relaxado no início do programa.

- O que faltou por parte do CNPq, na minha opinião, foi notificar de alguma forma aqueles alunos que saíam da curva. Pensando no tanto bolsista do CSF, isso obviamente aconteceria. Mas o programa estava no início, e o processo ainda não era muito bem definido. Pelo que conversei com as pessoas que foram depois de mim, essa cobrança já é feita com muito mais rigor.

Confira o vídeo de despedida do Samba Rousseff.



- Nosso foco era a faculdade e o samba aparecia como uma forma de alívio da rotina de estudos. Consegui conciliar firmemente com as cadeiras cursadas e com estágio que desenvolvia na faculdade do Porto. Realmente o samba foi um dos pontos marcantes do meu intercâmbio - garante o estudante de engenharia, Henrique Coimbra.

Em coletiva de imprensa no Palácio do Alvorada na noite desta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que casos de estudantes que não se dedicam ao Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) são minoria. “Os que fizerem isso são pessoas que estão desmerecendo o país, lamentavelmente”, disse Dilma, que acrescentou, “isso não é significativo em relação aos que estão lá, não é”.

Dilma referia-se à matéria publicada pela Agência Brasil sobre reclamação feita pela Universidade de Southampton, no Reino Unido. Um e-mail enviado aos alunos pela Science without Borders UK, parceira internacional do programa no Reino Unido, dizia que a instituição cogitou “deixar de oferecer estágios para estudantes no futuro” pela falta de dedicação dos estudantes brasileiros. O estágio é um componente central da bolsa e também um elemento obrigatório.

Dias depois, em novo e-mail ao qual O GLOBO teve acesso, a SWB pediu desculpas aos estudantes. Na mensagem, assinada pela diretora-assistente de Programas e Operações da empresa, Tania Lima, é dito que o alerta era para “poucos alunos”. E continua: “Por favor, aceite meu sincero pedido de desculpas por isso. Nós não queríamos inferir que você pessoalmente não está se esforçando”. Leia a mensagem na íntegra, em inglês.

No entanto, ao GLOBO, a SWB informou que o e-mail não era para ser enviado a ninguém, e que o episódio ocorrera apenas por um “erro administrativo”. A instituição parceira do CsF ressaltou que os estudantes brasileiros têm um “impacto positivo” nos campi e que, frequentemente, as universidades britânicas os elogiam.

Nesta sexta-feira, a SWB enviou novo e-mail aos estudantes, muitos dos quais já teriam até regressado ao Brasil, reiterando o pedido de desculpas devido à repercussão do episódio na imprensa brasileira. Assinada pela gerente para América Latina, Sara Higgins, a mensagem informa que, quando as reclamações foram enviadas aos alunos, a direção da empresa pediu para que novo e-mail fosse mandado, com pedido de desculpas. No entanto, este só teria sido direcionado a oito dos 38 bolsistas.

O CsF foi lançado em 2011, com o objetivo de promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores e incentivar a visita de jovens pesquisadores altamente qualificados e professores seniores ao Brasil. Oferece bolsas, prioritariamente nas áreas de ciências exatas, matemática, química, biologia, das engenharias, das áreas tecnológicas e da saúde. A meta é oferecer 101 mil bolsas até o final deste ano.



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