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segunda-feira, novembro 14, 2016

EMBRAPA: Pantanal alia perspectivas produtivas a demandas de pesquisa


Chefe geral da unidade pantaneira da Embrapa fala sobre desafios e oportunidades para a região


"No Pantanal, tudo se entremeia. Há muitos Pantanais formando o ambiente que conhecemos", diz Jorge Lara. O pesquisador, que assumiu no último mês a chefia geral da unidade pantaneira de pesquisa da Embrapa em Corumbá (MS), discute a realidade do bioma diverso, plural e mutável no qual a instituição se encontra – antecipando transformações significativas, favoráveis a atividades produtivas que associem eficiência e sustentabilidade na região. "Muitas mudanças, em termos de mentalidade e produção, serão exigidas pelo mercado. Há uma tendência que prevê o relacionamento de tarifas não alfandegárias ao bem estar animal, por exemplo. Há aí uma oportunidade para o Pantanal".

Há muitas oportunidades, de acordo com o pesquisador. No caso da pecuária, ele afirma que o trabalho com os animais criados exclusivamente a pasto e a produção da carne "orgânica" são diferenciais nesse contexto. Porém, é necessário alavancar o desenvolvimento com o uso de tecnologias e voltá-las à sustentabilidade. "A nossa pecuária tradicional vai ter sempre o seu lugar. Enxergar o espaço rural de outra forma é o grande desafio. O que acrescentar na propriedade rural para torná-la mais produtiva?", diz.

Para Jorge, a diversificação das atividades representa uma alternativa real de negócios para as propriedades rurais, atualmente. "A ocupação do Pantanal ocorreu há 300 anos e as fazendas vão sendo paulatinamente divididas pelo próprio processo natural de heranças. Entra aí a questão do uso multifuncional das propriedades, em que novas produções podem ser associadas às tradicionais. Mas para que isso aconteça não basta só usar novas tecnologias. Tem que haver muito convencimento e ações em políticas públicas para essa adaptação acontecer".

Participação de todos

Técnicas de conservação dos recursos naturais devem considerar questões econômicas em seu desenvolvimento, afirma o pesquisador. Porém, tecnologias voltadas à produção intensiva também devem ser analisadas sob a perspectiva ambiental. "Em ambos os casos, precisamos nos perguntar: há a inclusão social das pessoas que vão ficar ou estão à margem desse processo?", ressalta. "Além da pecuária, o Pantanal tem aquicultura, pesca, apicultura, possui uma fauna muito diversa, inúmeros recursos vegetais e um ilustre (e desconhecido) universo de microrganismos. Com tudo isso, temos uma grande chance de mostrar exemplos de produção sustentável ao mundo. Todos os elementos importantes de inclusão social, manutenção do meio ambiente e desenvolvimento econômico estão reunidos aqui".

Nesse contexto, de acordo com Jorge, a Embrapa Pantanal deverá atuar como um fórum de discussões, utilizando a experiência em pesquisa e inovação para investigar alternativas nas diversas frentes e promover o diálogo entre elas por meio do trabalho científico. "O trabalho da pesquisa é democrático. Na apicultura, por exemplo, temos um grande potencial a estimular. Já na pesca, avaliamos sua importância para o turismo, para a esfera social e para a economia da região. Também estudamos índices de sustentabilidade nas fazendas, impactos sobre mudanças climáticas, sistemas de produção intensiva (como o novilho e a desmama precoce) e participamos de projetos que incentivam a inserção de espécies arbóreas nativas nas propriedades rurais".

Jorge destaca a importância da diversificação das pesquisas para apoiar o desenvolvimento do Pantanal. "Realizamos o monitoramento de animais selvagens, cooperando na elaboração de ações de manejo. Já nossos estudos sobre raças naturalizadas – porco monteiro e cavalo, bovino e ovino Pantaneiros – mostram características únicas de adaptabilidade. Além disso, o trabalho com sistemas de produção agroecológicos nas lavouras dos assentamentos estimula a geração de renda e promove a segurança alimentar. Há também investigações em aquicultura (que devem analisar questões como a biologia muscular e o crescimento dos peixes nativos) e uma atuação tradicional em geoprocessamento, que coleta dados via satélite para contribuir com processos de gestão territorial", diz.

Alternativas como essas são apenas algumas das possibilidades desenvolvidas para atender às demandas da sociedade e todas estão disponíveis ao público em geral, segundo o pesquisador. "A Embrapa tem a obrigação de contribuir para que as pessoas conheçam o Pantanal não apenas como ponto turístico, mas como um fator de produção que possa contribuir com o equilíbrio do ambiente global, fornecendo alimentos para o mundo e aproveitando sua biodiversidade para a cura de doenças, produção de fibras e energia. Nós propomos o uso multifuncional sustentável desse ambiente para que possamos coexistir com a realidade vivida pela humanidade hoje. Para atingir esse objetivo, temos vários caminhos. Todos levam ao trabalho", finaliza.



Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC) 
Embrapa Pantanal 
pantanal.imprensa@embrapa.br 
Telefone: +55 (67) 3234-5957

Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Pantanal/ Corumbá - MS 
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa

pantanal.imprensa@embrapa.br
Telefones: +55 (67) 3234-5957 / +55 (67) 3234-5882

CNC - Balanço Semanal de 07 a 11/11/2016



BALANÇO SEMANAL — 07 a 11/11/2016

CNC se reúne com ministro Geddel Vieira Lima para garantir celeridade nas medidas voltadas à cafeicultura
 

CELERIDADE NAS AÇÕES — Nesta semana, reunimo-nos com o Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para tratarmos de assuntos inerentes à cafeicultura que necessitam de celeridade nas definições que cabem ao Governo Federal.

Em um primeiro momento, comunicamos que é equivocada a percepção de que os elos da cadeia produtiva estão em dissonância, conforme leviandade cometida nos bastidores por um parlamentar, haja vista que todas as propostas conduzidas até a esfera governamental foram consensuais e assinadas por todas as entidades de representação da produção, do setor industrial de torrado e moído e de solúvel e da exportação.

No encontro, solicitamos ao ministro, conforme acertado com todo o segmento privado, que não se pense em alterações na legislação vigente e na estrutura hoje existente para a cafeicultura, em especial no que tange ao Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e ao Departamento de Café, Cana de Açúcar e Agroenergia, pois são fundamentais para a tomada de decisões democráticas e proativas a favor do setor.

Em relação ao cenário mercadológico, apresentamos ao ministro Geddel que o atual patamar de preço está nos limites do livre comércio, sendo, portanto, necessária a manutenção da realização dos estoques públicos de café para o abastecimento das indústrias do setor, haja vista que essas se veem em cenário de restrição de oferta devido à quebra de safra motivada pela continuidade da seca, em especial no Espírito Santo, o que as obriga a alterarem seus blends, adquirindo maior volume de arábica, preferencialmente dos estoques públicos, em substituição aos escassos robustas.

Por fim, também demandamos uma definição a respeito da nomeação oficial de um diretor para o Departamento de Café, Cana de Açúcar e Agroenergia, recordando que toda a cadeia produtiva cafeeira, assim como as entidades de classe do setor canavieiro e de agroenergia assinaram ofício conjunto com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o deputado federal Evair de Melo e o senador Ricardo Ferraço, membros da Frente Parlamentar Mista do Café, indicando nossa sugestão para o cargo.

MERCADO — Os contratos futuros do café nos mercados internacionais registraram forte movimento de correção nesta semana, apesar de terem alcançado novas máximas na segunda-feira, 7, com os arábicas atingindo seu maior nível desde janeiro de 2015. Entretanto, de lá em diante, observou-se um intenso movimento de realizações de lucro, que se alinhou à força do dólar ante o real e aos indicadores técnicos sobrecomprados na pressão sobre as cotações.

A divisa norte-americana apurou ganhos de 4,03% sobre a moeda brasileira no acumulado da semana até ontem, quando foi cotada a R$ 3,3614, sendo impulsionada pela vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos. A percepção de investidores, de que os juros americanos poderão subir de forma mais agressiva devido à possibilidade de aumento dos gastos públicos e do corte de impostos no país para acelerar a economia, serviu de mola para esse avanço mundial do dólar.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro do contrato C despencou 950 pontos na semana, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,6185 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento novembro registrou declínio semanal de US$ 112, para o nível de US$ 2.133 por tonelada na sessão de quinta-feira. Do lado otimista, analistas entendem que o precário equilíbrio entre oferta e demanda pode ajudar a dar sustentação aos mercados cafeeiros internacionais.

No Brasil, os preços do café percorreram caminho próprio nesta semana, permanecendo praticamente estáveis e oscilando em proporção menos intensa em relação ao andamento dos mercados globais. Em função das incertezas relacionadas à safra 2017/18, os agentes continuam retraídos, com poucos negócios sendo efetuados.

Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 562,61/saca e a R$ 547,63/saca, respectivamente, com variações de -0,80% e 0,23% na comparação com o desempenho da semana antecedente.
 

Atenciosamente,
Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo

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