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quarta-feira, abril 27, 2005

CINCO ANOS DE PRISÃO POR PROTEGER O MEIO AMBIENTE

Anistia Internacional, entidades que defendem os direitos humanos, agricultores e consumidores se uniram hoje para apoiar dois funcionários do Greenpeace que correm o risco de pegar cinco anos de prisão por terem denunciado, no ano passado, a contaminação ilegal de plantações de mamão papaia por variedades transgênicas.
O governo tailandês acusou de invasão e roubo o Dr. Jiragorn Gajaseni e a jornalista Patwajee Srisuwan, do Greenpeace, depois de terem revelado a localização de uma área ilegal de cultivo de papaia transgênico.
"Nós exigimos que o governo retire imediatamente essas acusações. A lei não pode ser usada como uma arma para silenciar e ameaçar ativistas que trabalham pela proteção dos direitos humanos, ambientais e sociais e que beneficiam diretamente o público", disse Metha Matkhao, coordenador da Coalizão Tailandesa pela Proteção dos Defensores dos Direitos Humanos.
"O governo escondeu a verdade sobre seus experimentos com transgênicos e sobre sua participação no processo de disseminação do papaia transgênico. Essa é uma séria ofensa contra a vida dos agricultores, consumidores e o do público em geral, e em última análise irá afetar a credibilidade da Tailândia em todo o mundo", disse Boontan Tansuthepveeravong, diretor da Anistia Internacional da Tailândia.
Estudos científicos nunca provaram a segurança do papaia transgênico para consumo humano e nem para liberação no meio ambiente, e os agricultores que cultivam mamão transgênico na Tailândia estão possivelmente violando o Ato de Quarentena e a moratória aos transgênicos. Exportadores tailandeses de papaia também correm o risco de perder grandes mercados, como o Japão e a Europa, que não permitem a entrada de mamão transgênico.
"O Ministério da Agricultura falhou em confirmar que até 90 amostras de papaia estavam contaminadas. Isso significa que o Greenpeace fez a coisa certa ao denunciar essas atividades ilegais", disse Witoon Lianchamroon, representante da BioThai.
Os grupos também exigiram que o governo assegure a segurança dos consumidores tailandeses. O mamão papaia é parte essencial da alimentação diária na Tailândia e aparece em diversos pratos populares, como o somtam – uma salada apimentada à base de papaia.
"A atitude do Greenpeace em expor esse escândalo do mamão transgênico não apenas protege o meio ambiente da Tailândia, como também, e mais importante, protege e alerta os consumidores sobre esses experimentos ilegais com sua comida e sua saúde", disse Sairung Thongploon, diretora da Confederação das Organizações de Consumidores da Tailândia.
O Greenpeace Brasil lançou em seu website um protesto virtual, exigindo que o governo tailandês vá atrás dos verdadeiros responsáveis por esse crime ambiental e dê liberdade aos nossos ativistas. O protesto está disponível em:

www.greenpeace.org.br/ciberativismo/tailandia



MAIS INFORMAÇÕES – GREENPEACE
Ventura Barbeiro, campanha de transgênicos, (11) 3035-1168 ou (11)8245-2248
Marília Ávila, assessoria de imprensa (11) 3035-1192, (11) 3035-1196
Cris Bodas, assessoria de imprensa (11) 3035-1180, (11) 3035-1167

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