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segunda-feira, janeiro 19, 2004

GOVERNO ESTUDA O LANÇAMENTO DE FUNDOS PRIVADOS DE INVESTIMENTOS PARA O AGRONEGÓCIO

O Plano Agrícola e Pecuário 2004/05, a ser lançado no primeiro semestre deste ano, deverá conter dois novos instrumentos para capitalizar a agropecuária brasileira: os fundos privados de investimentos no agronegócio e as letras de comércio agrícola, emitidas por empresas particulares no mercado internacional. “Estamos discutindo essas duas propostas com a área econômica do governo”, informou hoje (19/01) o secretário da Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ivan Wedekin, ao comentar a necessidade de atrair recursos privados para o financiamento da produção primária.
Wedekin explicou que os fundos privados de investimentos no agronegócio devem ser registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Técnicos do Mapa e do Ministério da Fazenda já tiveram na CVM, no Rio de Janeiro, tratando do assunto. Segundo o secretário, os fundos permitiriam que fossem criadas empresas agropecuárias que venderiam cotas no mercado para investidores brasileiros e estrangeiros. “O agronegócio brasileiro precisa ter maior integração com o mercado de capitais.”
As letras de títulos privados do agronegócio, revelou Wedekin, devem ter como lastro os produtos agropecuários. “Esses títulos serão emitidos no exterior por empresas e cooperativas”, disse o secretário de Política Agrícola, ao defender a adoção de novos instrumentos de crédito para injetar um maior volume de recursos no setor, no qual o Brasil é um dos mais competitivos do mundo.
De acordo com Wedekin, o governo trabalha com um cenário de queda de juros. Isso, enfatizou o secretário, permitirá a lançamento no mercado de capitais de fundos de investimentos e letras de títulos privados do agronegócio brasileiro.


ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
FONES (61) 218-2203/2204/2205 - FAX: 322-2880

Embrapa e Fundação Vegetal iniciam dia 22/01 Dias de Campo sobre cultura da soja

Destaque será o lançamento das cultivares BRS 239, BRS 240 e BRS 241

A Embrapa Agropecuária Oeste, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, juntamente com a Fundação Vegetal, inicia, no próximo dia 22 (quinta-feira), os dias de campo de 2004 sobre cultura da soja, em diversos municípios de Mato Grosso do Sul, que se estendem até o dia 05/03/2004. A principal tecnologia a ser apresentada aos participantes será as cultivares de soja desenvolvidas pelas duas instituições que estão sendo colocados no mercado para a próxima safra: a BRS 239, BRS 240 e BRS 241.
Esses dias de campo fazem parte das constantes ações da Embrapa para transferência de tecnologia a todo o público envolvido com a produção agropecuária, o que inclui o produtor rural, agrônomos, técnicos, pesquisadores, assistência técnica, extensionistas, etc. Nesses eventos os produtores rurais terão a oportunidade de conhecer as características das novas cultivares, informações sobre doenças da soja, controle de pragas, controle de plantas invasoras e fertilidade do solo, no sentido de discutir tecnologias que auxiliam o agricultor a conduzir sua lavoura com o melhor sistema possível.
Estão incluídas na programação, propriedades localizadas nos municípios de Dourados, Itaporã, Amambai, Ponta Porã, Eldorado, Maracaju, Aral Moreira, Bataiporã, Rio Brilhante, Itaquiraí, Laguna Carapã e Sidrolândia. Em algumas dessas cidades estão localizados os experimentos onde foram realizados todos os testes para o desenvolvimento das novas cultivares de soja. Além do desempenho desses, ainda serão demonstradas as características das cultivares de soja BRS 181, BRS 182 e BRS 206, desenvolvidos através do convênio Embrapa/Fundação Vegetal. Outras instituições de pesquisa agropecuária também farão parte dos dias de campo, com demonstrações de suas tecnologias.
Não existe qualquer custo para participar dos dias de campo e as inscrições são realizadas no local. Informações pelo telefone 67 425-5122 ou pelo e-mail sac@cpao.embrapa.br.

22 e 23/01 – Iniciando a programação dos dias de campo, a empresa de sementes Semen Barra realiza das 7h30min às 11h30min, o seu 6º Encontro Tecnológico. Serão apresentadas novas cultivares de soja e de milho e serão discutidos temas sobre proteção de plantas e manejo de doenças da soja.
A Semen Barra está localizada na BR 376, Km 9 (Rod. Dourados/Fátima do Sul).

Programa – Todos os dias de campo se realizam pela manhã, com inscrições a partir das 7h30min. A seguir, uma agenda resumida dos eventos previstos, com dia e local:

24/01 – Agro Jangada, Itaporã
27/01 – Fazenda Bom Destino, Amambai
28/01 – Estação Experimental da Copacentro, Dourados
29 e 30/01 – Sementes Jotabasso, Ponta Porã
03/02 - Fazenda Rancho Alegre, Eldorado
04 a 06/02 - Fundação MS, Maracaju
10/02 – Fazenda Sandra Dóris, Aral Moreira
11/02 – Fazenda Zelândia, Maracaju
13/02 – Sementes Guerra, Dourados
14/02 – Fazenda Primavera, Bataiporã
17/02 – Fazenda Remanso – Rio Brilhante
18/02 – Fazenda Don Francisco, Itaquiraí
19/02 – Sítio Progresso – Montese, Itaporã
20/02 - Fazenda Panorama, Laguna Carapã
26/02 – Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados
27/02 – Fazenda Recanto, Sidrolândia
05/03 – Uniderp, Campo Grande



Isabela Schwengber – DRT/MS: 167

Suelma Bonatto
Área de Comunicação Empresarial
Embrapa Agropecuária Oeste

Embrapa e Fundação Vegetal lançam três cultivares de soja

Cultivares se destacam pela tolerância aos nematóides de galhas e alto potencial de rendimento de grãos
A partir do dia 22/01/2004, produtores do sul de Mato Grosso do Sul poderão conhecer, diretamente no campo, as características das novas cultivares de soja BRS 239, BRS 240, BRS 241, da Embrapa Agropecuária Oeste, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. O lançamento das novas cultivares será feito em dias de campo que começam em Dourados, na quinta-feira (22), na empresa Semen Barra – Sementes Barreirão, a partir das 8h e se estendem até o início de março.
As novas cultivares foram desenvolvidos através de uma parceria entre a Embrapa e a Fundação Vegetal. Segundo a pesquisadora da Embrapa Maria do Rosário de Oliveira Teixeira, da área de Melhoramento de Soja, as cultivares são indicadas para a região sul do Estado e as características comuns entre as três são o alto potencial de rendimento de grãos e tolerância aos nematóides de galhas. A semeadura antecipada e a precocidade são características comuns aos dois primeiros. A BRS 239, do grupo de maturação precoce, é indicada para semeadura entre 20 de outubro e 15 de dezembro, apresenta estabilidade de produção e é indicada para solos de média à alta fertilidade. A cultivar precoce BRS 240, foi desenvolvida para plantio no período de 25 de outubro a 15 de dezembro em solos de alta fertilidade. A BRS 241, semiprecoce, é indicada para plantio entre 1º de novembro a 5 de dezembro, em solos de média a alta fertilidade, também apresentando estabilidade de produção.
Pesquisa e comercialização - Uma pesquisa de melhoramento que resulta em novas cultivares é desenvolvida num período de 10 a 12 anos. Paulo César Cardoso, pesquisador da Fundação Vegetal, explica que nesse período são realizados diversos testes: avaliação do rendimento de grãos, reação às doenças e caracterização das cultivares, além do estudo em diferentes populações de plantas e épocas de semeadura. De forma a verificar o comportamento em diferentes regiões, os experimentos são conduzidos nos municípios de Dourados, Maracaju, Sidrolândia, Itaquiraí, Ponta Porã, Laguna Carapã e Aral Moreira, locais que sediarão os dias de campo.
As novas cultivares estarão disponíveis aos agricultores nas empresas instituidoras da Fundação Vegetal nas seguintes cidades: Dourados (Cooagri, Coopasol, Fazenda Paquetá, Sementes Guerra, Sementes Stella e Semen Barra), Laguna Carapã (Sementes Taquá), Amambai (Cerealista Bom Fim), Ponta Porã (Sementes Norton e Sementes Jotabasso) e Aral Moreira (Agrícola Sperafico).


Isabela Schwengber – DRT/MS: 167

Suelma Bonato
Área de Comunicação Empresarial
Embrapa Agropecuária Oeste

Novartis conta com reforço na área de Saúde Animal

Modesto Moreira é o novo integrante do time da Novartis Saúde Animal. Ele será o responsável pelo Desenvolvimento de Negócios e Licenciamento da empresa. Com experiências anteriores na estruturação do Grupo Pharmacia Saúde Animal do Brasil, Rhodia Merieux e Upjohn Produtos Veterinários, Modesto deverá desenvolver alternativas de novos produtos, criação e exploração de novas oportunidades de mercado.
Modesto formou-se Médico-Veterinário pela USP e Master of Agriculture pela University of Florida, possuindo mais de 25 anos de trabalho na indústria de Saúde Animal, incluindo experiências na Pharmacia, Rhodia e Upjohn , quando introduziu o Lutalyse em 1982 ficando até 1986. Na Rhodia, introduziu diversos produtos, entre eles o Excenel SP, Clinacox e Clinafarm até 1995. Já pela Pharmacia, introduziu Excenel RTU, Pirsue, Hylartil e Antirobe.
"Temos grandes expectativas para o mercado de proteína animal brasileira. Queremos continuar contribuindo para o Brasil manter a liderança em fornecimento de proteínas animais com total Segurança Alimentar", revelou Modesto Moreira. Moreira revelou ainda que pretende estabelecer parcerias com empresas, trazer tecnologias e produtos inovadores para contribuir para o sucesso contínuo de seus clientes, sejam eles veterinários, produtores ,proprietários de Animais de companhia ou distribuidores. "Desejamos dar à Novartis uma sólida liderança nos segmentos de Saúde Animal que participamos", concluiu.

Sobre a Novartis Saúde Animal
A Novartis, integrada à estratégia mundial da empresa, iniciou suas atividades no Brasil em 02 de janeiro de 1997 com a união das empresas Sandoz e Ciba-Geigy que já estavam no país há mais de sessenta anos.
Com o objetivo de melhorar a saúde e o bem-estar dos animais, a Novartis Saúde Animal conta com uma linha de mais de 50 produtos entre antibióticos, inseticidas, inibidores do clico de insetos e ácaros e promotores de crescimento e raticidas. O trabalho é feito em estreita parceria com os veterinários e criadores brasileiros.
A distribuição é feita através de uma extensa rede de revendedores, cooperativas e pet shops e apoiada por uma equipe de técnicos altamente treinados.

Outras informações através do site www.novartis.com.br

XCLUSIVE PRESS
Gualberto Vita / Bianca Proença
Tel.: (15) 9711-7966 / (15) 262-4142
e-mail: press@xclusive.com.br
site: www.xclusive.com.br
Jornalista Responsável: O.P.Gessulli (Mtb 32517)

Mercado de alimentação animal prevê crescimento de 5% em 2004

Parcerias internacionais e com o Governo devem fortalecer o setor, que tem como meta produzir 42,6 milhões de toneladas neste ano

O Sindirações – Sindicato Nacional da Indústria da Alimentação Animal – anuncia que, em 2003, a produção global de ração balanceada para animais atingiu a marca de 40,8 milhões de toneladas, uma queda de cerca de 2,5% em relação ao ano anterior. Apesar da retração do mercado, o faturamento global do setor manteve-se na casa dos US$ 7 bilhões, representando quase 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2004, as metas são ambiciosas: as indústrias projetam um crescimento de até 5%, retomando a série de resultados positivos dos últimos anos.
Para atingir este objetivo, a entidade está levando adiante uma série de providências. O Sindirações é o novo filiado da IFIF – International Feed Industry Federation, órgão oficialmente consultado pela FAO, fundo de alimentação e agricultura da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos de alimentação animal. O presidente do Sindirações, Mario Sergio Cutait, será um dos membros do board da instituição internacional.
Outra medida é a assinatura, com o Ministério da Agricultura, do acordo de aperfeiçoamento do programa SIPE2000. A última versão do software, que estará disponível ainda no primeiro semestre deste ano, possibilitará o registro de produtos e empresas do setor -- que atualmente demora semanas -- em minutos. O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal também acompanhará a reforma tributária, de maneira a minimizar o impacto dos impostos incidentes sobre os produtos, considerados insumos essenciais à produção de proteínas e alimentos para animais de estimação. “Estamos colocando nossa entidade a serviço do desenvolvimento do nosso setor, agindo de modo integrado e com visão de futuro”, diz Cutait.

Balanço de 2003
A retração na produção em 2003 interrompe um ciclo de crescimento continuado que se registrava há anos, particularmente desde 2000 (naquele ano a produção fora de 34,4 milhões toneladas, passando para 38,8 milhões em 2001 e 41,6 milhões em 2002). De acordo com o Sindirações, os fatores que mais contribuíram para a queda na produção foram a redução do poder aquisitivo do brasileiro e o desemprego. Mesmo o recorde nas exportações de carnes bovina, suína e de frango (cujas indústrias são grandes compradoras de ração) não compensou a baixa no consumo nacional.
Para 2004, a entidade prevê, ainda, que uma possível alta dos preços da soja e do milho (que compõem 80% da ração animal) possa refletir-se nos preços para o consumidor final das carnes de frango e porco (já que a ração representa 70% do preço final da carne). “Os custos serão repassados ao consumidor final. Assim, dependemos do aumento do poder aquisitivo do brasileiro para atingirmos nossas metas”, alerta Mario Sergio Cutait.

Sobre o Sindirações
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações – é o principal fórum de discussão de todos os temas relacionados à alimentação animal, além de ser o porta-voz do setor. Sua missão é organizar, defender e desenvolver a Indústria Brasileira de Alimentação Animal. Entre os 125 associados, encontram-se fábricas de rações comerciais e pet food, indústrias de premix, produtores de suplementos minerais, fabricantes nacionais e multinacionais de ingredientes e matérias primas, traders, agroindústrias, granjas, etc.
O Sindirações, portanto, é um importante agente institucional de uma parte da economia que movimenta em torno de US$ 7 bilhões anuais, ou cerca de 1,5% do PIB. O segmento ainda gera 62 mil empregos no País, diretos e indiretos. Sob o guarda-chuva do Sindirações estão a ANFAL-PET (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação, presidida por Antônio Miranda), a ASBRAM (Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais, presidida por Mário Real) e a ANDIF (Associação Nacional para Difusão de Fontes de Fósforo na Alimentação Animal, presidida por Guido Gatta).


Entre os principais serviços prestados aos associados, em 2003, estiveram:
- Perfil estatístico do setor.
- Representação junto ao governo.
- Boas Práticas de Fabricação
- Participação nas reuniões do Codex Alimentarius, na Dinamarca
- Lançamento da primeira versão do SIPE2000
- Pesquisa de salários
- Negociação trabalhista
- Posicionamento técnico
- Proposta de regulamentação do setor junto ao MAPA
- Informações de crédito
- Padronização dos métodos analíticos
- Representação junto às Federações das Indústrias Estaduais
- Assessoria de imprensa e comunicação via Linhas e Laudas Comunicação
- Informativo eletrônico “SindiEmAção”
- Apoio a eventos
- Banco de currículos
- Serviços de apoio para importação e exportação


Para mais informações:

Linhas&Laudas Comunicação
11 3801.1277
Ederaldo Kosa – ekosa@linhaselaudas.com.br
21 2552.5674
Rogério Jordão – rogeriojordao@linhaselaudas.com.br

Sindirações
11 3031.3933
Bernardo Ramos – imprensa@sindiracoes.com.br
- bernardo@linhaselaudas.com.br

Palestra orienta produtor de soja

Inoculação em sementes de soja, é o tema da palestra que será apresentada nesta segunda-feira, dia 19, a partir das 19:30 horas, no auditório da Embrapa Roraima, por Marcelo de Oliveira Codoi, técnico da BIAGRO – Microbiologia Industrial. Participam do evento como debatedores o produtor rural Dorlei Henchen e os pesquisadores Oscar José Smiderle e Vicente Gianluppi.
A palestra é destinada a produtores, extensionistas e pesquisadores. Com esse evento, a Embrapa Roraima quer dotar os produtores e técnicos de informações que possam permitir, de forma adequada, a utilização da tecnologia com sucesso na nodulação da soja.
A inoculação, segundo Oscar José Smiderle, consiste no tratamento de sementes, através de uma solução preparada com bactérias e adesivos naturais, com o açúcar, por exemplo; e artificiais, como o Labseed 10890. “ Com a inoculação – diz o pesquisador – se obtém o nitrogênio necessário para o desenvolvimento da planta”.
Smiderle faz um resumo da importância econômica da tecnologia: “O nitrogênio é requerido em grandes quantidades, especialmente quando se deseja obter alta produtividade. Um hectare de soja, produzindo 3 toneladas, por exemplo, necessita aproximadamente de 300 quilos de nitrogênio. Agora, se todo esse nitrogênio tivesse que ser ofertado através de adubação química, teríamos que utilizar cerca de 650 quilos de uréia por hectare, o que tornaria o cultivo de soja praticamente inviável”.


Newsletter da Embrapa Roraima
Fernando Sinimbu - Jornalista responsável

RODRIGUES VAI NEGOCIAR COM A RÚSSIA REVISÃO DAS COTAS DE EXPORTAÇÃO DE CARNES

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, integra a missão brasileira que fará uma nova ofensiva para ampliar a participação dos produtos agropecuários do país no mercado internacional. Acompanhado do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e de representantes de cadeias produtivas do agronegócio, Rodrigues viaja para a Rússia no sábado (17/01) à noite. Na terça-feira (20/01), ele manterá audiências com autoridades russas. Em pauta, a revisão das cotas de exportação de carnes bovina, suína e de frango do Brasil para a Rússia, o sistema russo de tarifas para importação de açúcar e a agenda da próxima reunião do grupo de trabalho criado pelos dois países para negociar temas agropecuários.
Nos encontros que manterá na tarde de terça-feira com os ministros russos da Agricultura, Alexei V. Gordeev, e de Negócios Estrangeiros, Igor Ivanov, Rodrigues reafirmará a preocupação do governo brasileiro com as cotas de importação de carnes adotadas por aquele país. Pelos critérios estabelecidos pela Rússia, o Brasil terá que disputar com outros fornecedores cotas de exportação de 179,5 mil toneladas para suíno, de 68 mil toneladas para frango e de 68 mil toneladas para bovino. “A decisão russa de fixar cotas é prejudicial ao agronegócio brasileiro e não condiz com o nosso potencial exportador”, afirma o ministro. Por isso, ele vai insistir na necessidade de que a Rússia reveja o seu sistema de cotas de importação para o complexo carnes.
Em 2003, as exportações de suínos do Brasil para a Rússia totalizaram 313,9 mil toneladas, o equivalente a US$ 351,6 milhões, segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) e da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef). “Em abril do ano passado, os russos estabeleceram uma cota total de importação de 450 mil toneladas, sem definição de origem. Ou seja, os fornecedores mais competitivos deveriam ser os maiores exportadores”, lembra. “Neste ano, porém, a Rússia definiu cotas para os Estados Unidos, Europa, Paraguai e para um bloco de outros países (179,5 mil t), no qual o Brasil foi incluído.” Com isso, o Brasil poderá ter grandes prejuízos no mercado russo.
O governo brasileiro quer que a Rússia revise o sistema de cotas por origem para importação de suínos. “Se isso não for possível, então que a Rússia leve em conta que o Brasil é um grande fornecedor de suínos para aquele mercado e estabeleça um volume condizente com a nossa capacidade de exportação.”
De acordo com Martins, aquele país já adotava cotas por origem para importar frango. “Mas no ano passado, os russos decidiram fixar limites para as cotas de cada país, tendo como base de cálculo apenas os anos de 1999, 2000 e 2001”, recorda. Isso também representará uma grande perda para o Brasil, que exportou 201,5 mil toneladas (US$ 126,2 milhões) de frango para a Rússia em 2003.” Para ele, também é preciso rever essa cota. “Até mesmo porque as exportações de 2003, quando o Brasil teve forte presença no mercado russo, não foram incluídas nesse cálculo.”
Durante as audiências com as autoridades russas, Rodrigues também falará sobre a troca do sistema de cotas pelo de tarifas para importação de açúcar por aquele mercado. O Brasil quer se certificar que o novo modelo de negociação não trará prejuízos ao comércio de açúcar. A Rússia importa entre 4 e 6 milhões de toneladas/ano do produto. Além disso, o ministro tentará definir a pauta do primeiro encontro do grupo de trabalho agrícola Brasil-Rússia, criado no ano passado.
O ministro negociará ainda a definição de critérios para habilitação de frigoríficos e requisitos sanitários para os certificados que acompanham a exportação. “Também trataremos da abertura do mercado russo para mel, sucos e especiarias”, acrescentou. “Nossa intenção é criar condições para promover uma maior aproximação entre os exportadores brasileiros de diferentes setores e os importadores russos, para intensificar os negócios entre eles”, disse Rodrigues, ao explicar o objetivo geral da missão à Rússia.
Os russos também têm interesses comerciais em relação ao Brasil. Entre eles, o estabelecimento de parcerias e transferência de tecnologia para a produção e utilização do álcool como aditivo para a gasolina.


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