AgroBrasil - @gricultura Brasileira Online

+ LIDAS NA SEMANA

quinta-feira, junho 26, 2014

DANILO GENTILI: O PT destruiu o BRASIL e se tornou um monstro que precisa ser retirado do poder!

Danilo Gentili explica porque LULA e DILMA merecem ser xingados. Veja o vídeo:



Danilo Gentili explica porque o POVO BRASILEIRO deve votar no PSDB e tirar o PT do poder. Veja o vídeo:




PT arma o GOLPE para transformar o BRASIL numa República Bolivariana Brasileira





Atenção, leitores!

Seus direitos, neste exato momento, estão sendo roubados, solapados, diminuídos. A menos que você seja um membro do MTST, do MST, de uma dessas siglas que optaram pela truculência como forma de expressão política.



De mansinho, o PT e a presidente Dilma Rousseff resolveram instalar no país a ditadura petista por decreto. Leiam o conteúdo do decreto 8.243, de 23 de maio deste ano, que cria uma tal “Política Nacional de Participação Social” e um certo “Sistema Nacional de Participação Social”. O Estadão escreve nesta quinta um excelente editorial a respeito. Trata-se de um texto escandalosamente inconstitucional, que afronta o fundamento da igualdade perante a lei, que fere o princípio da representação democrática e cria uma categoria de aristocratas com poderes acima dos outros cidadãos: a dos membros de “movimentos sociais”.

O que faz o decreto da digníssima presidente? Em primeiro lugar, define o que é “sociedade civil” em vários incisos do Artigo 2º. Logo o inciso I é uma graça, a saber: “I – sociedade civil – o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”.

Pronto! Cabe qualquer coisa aí. Afinal, convenham: tudo aquilo que não é institucional é, por natureza, não institucional. Em seguida, o texto da Soberana estabelece que “todos os órgãos da administração pública direta ou indireta” contarão, em seus conselhos, com representantes dessa tal sociedade civil — que, como já vimos, será tudo aquilo que o governo de turno decidir que é… sociedade civil

Todos os órgãos da gestão pública, incluindo agências reguladoras, por exemplo, estariam submetidos aos tais movimentos sociais — que, de resto, sabemos, são controlados pelo PT. Ao estabelecer em lei a sua participação na administração pública, os petistas querem se eternizar no poder, ganhem ou percam as eleições.

Isso que a presidente está chamando de “sistema de participação” é, na verdade, um sistema de tutela. Parte do princípio antidemocrático de que aqueles que participam dos ditos movimentos sociais são mais cidadãos do que os que não participam. Criam-se, com esse texto, duas categorias de brasileiros: os que têm direito de participar da vida púbica e os que não têm. Alguém dirá: “Ora, basta integrar um movimento social”. Mas isso implicará, necessariamente, ter de se vincular a um partido político.

A Constituição brasileira assegura o direito à livre manifestação e consagra a forma da democracia representativa: por meio de eleições livres, que escolhem o Parlamento. O que Dilma está fazendo, por decreto, é criar uma outra categoria de representação, que não passa pelo processo eletivo. Trata-se de uma iniciativa que busca corroer por dentro o regime democrático.

O PT está tentando consolidar um comissariado à moda soviética. Trata-se de um golpe institucional. Será um escândalo se a Ordem dos Advogados do Brasil não recorrer ao Supremo contra essa excrescência. Com esse decreto, os petistas querem, finalmente, tornar obsoletas as eleições. O texto segue o melhor padrão da ditadura venezuelana e das protoditaduras de Bolívia, Equador e Nicarágua. Afinal, na América Latina, hoje em dia, os golpes são dados pelas esquerdas, pela via aparentemente legal.

Inconformado com a democracia, o PT quer agora extingui-la por decreto.






EDITORIAL ESTADÃO: Mudança de regime por decreto


A presidente Dilma Rousseff quer modificar o sistema brasileiro de governo. Desistiu da Assembleia Constituinte para a reforma política - ideia nascida de supetão ante as manifestações de junho passado e que felizmente nem chegou a sair do casulo - e agora tenta por decreto mudar a ordem constitucional. O Decreto 8.243, de 23 de maio de 2014, que cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), é um conjunto de barbaridades jurídicas, ainda que possa soar, numa leitura desatenta, como uma resposta aos difusos anseios das ruas. Na realidade é o mais puro oportunismo, aproveitando os ventos do momento para impor velhas pretensões do PT, sempre rejeitadas pela Nação, a respeito do que membros desse partido entendem que deva ser uma democracia.



A fórmula não é muito original. O decreto cria um sistema para que a "sociedade civil" participe diretamente em "todos os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta", e também nas agências reguladoras, através de conselhos, comissões, conferências, ouvidorias, mesas de diálogo, etc. Tudo isso tem, segundo o decreto, o objetivo de "consolidar a participação social como método de governo". Ora, a participação social numa democracia representativa se dá através dos seus representantes no Congresso, legitimamente eleitos. O que se vê é que a companheira Dilma não concorda com o sistema representativo brasileiro, definido pela Assembleia Constituinte de 1988, e quer, por decreto, instituir outra fonte de poder: a "participação direta".



Não se trata de um ato ingênuo, como se a Presidência da República tivesse descoberto uma nova forma de fazer democracia, mais aberta e menos "burocrática". O Decreto 8.243, apesar das suas palavras de efeito, tem - isso sim - um efeito profundamente antidemocrático. Ele fere o princípio básico da igualdade democrática ("uma pessoa, um voto") ao propiciar que alguns determinados cidadãos, aqueles que são politicamente alinhados a uma ideia, sejam mais ouvidos.



A participação em movimentos sociais, em si legítima, não pode significar um aumento do poder político institucional, que é o que em outras palavras estabelece o tal decreto. Institucionaliza-se assim a desigualdade, especialmente quando o Partido (leia-se, o Governo) subvenciona e controla esses "movimentos sociais".

O grande desafio da democracia - e, ao mesmo tempo, o grande mérito da democracia representativa - é dar voz a todos os cidadãos, com independência da sua atuação e do seu grau de conscientização. Não há cidadãos de primeira e de segunda categoria, discriminação que por decreto a presidente Dilma Rousseff pretende instituir, ao criar canais específicos para que uns sejam mais ouvidos do que outros. Ou ela acha que a maioria dos brasileiros, que trabalha a semana inteira, terá tempo para participar de todas essas audiências, comissões, conselhos e mesas de diálogo?

Ao longo do decreto fica explícito o sofisma que o sustenta: a ideia de que os "movimentos sociais" são a mais pura manifestação da democracia. A História mostra o contrário. Onde não há a institucionalização do poder, há a institucionalização da lei do mais forte. Por isso, o Estado Democrático de Direito significou um enorme passo civilizatório, ao institucionalizar no voto individual e secreto a origem do poder estatal. Quando se criam canais paralelos de poder, não legitimados pelas urnas, inverte-se a lógica do sistema. No mínimo, a companheira Dilma e os seus amigos precisariam para esse novo arranjo de uma nova Constituição, que já não seria democrática. No entanto, tiveram o descaramento de fazê-lo por decreto.


Querem reprisar o engodo totalitário, vendendo um mundo romântico, mas entregando o mais frio e cinzento dos mundos, onde uns poucos pretendem dominar muitos. Em resumo: é mais um ato inconstitucional da presidente Dilma. Que o Congresso esteja atento - não apenas o STF, para declarar a inconstitucionalidade do decreto -, já que a mensagem subliminar em toda essa história é a de que o Poder Legislativo é dispensável.



Para juristas, decreto de Dilma coloca o país na rota do bolivarianismo
Por Laryssa Borges, na Veja.com


Presidente editou decreto à surdina para aparelhar conselhos de órgãos e entidades do governo federal com integrantes de movimentos sociais – leia-se: a massa de manobra do PT


“É uma democracia pior que a Venezuela, uma balbúrdia, mais grave do que os governos bolivarianos da América do Sul", Miguel Reale, ex-ministro


Na semana passada, sem alarde, a presidente Dilma Rousseff editou um decreto cujo objetivo declarado é "consolidar a participação social como método de governo”. O Decreto 8.243/2014 determina a implantação da Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), prevendo a criação de “conselhos populares” formados por integrantes de movimentos sociais que poderão opinar sobre os rumos de órgãos e entidades do governo federal. Que uma mudança tão profunda no sistema administrativo e político do Brasil tenha sido implantada pelo Executivo com uma canetada é motivo de alarme — e o alarme de fato tocou no Congresso nos últimos dias. Para juristas ouvidos pelo site de VEJA, contudo, o texto presidencial não apenas usurpa atribuições do Congresso Nacional, como ainda ataca um dos pilares da democracia representativa, a igualdade ("um homem, um voto"), ao criar um acesso privilegiado ao governo para integrantes de movimentos sociais


“Esse decreto diz respeito à participação popular no processo legislativo e administrativo, mas a Constituição, quando fala de participação popular, é expressa ao prever como método de soberania o voto direto e secreto. É o princípio do ‘um homem, um voto’. Mesmo os casos de referendo, plebiscito e projeto de iniciativa popular têm de passar pelo Congresso, que é, sem dúvida, a representação máxima da população na nossa ordem constitucional”, diz o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso.

"Sem dúvida isso é coisa bolivariana, com aparência de legalidade, mas inconstitucional. Hugo Chávez sempre lutou para governar por decreto. Nicolás Maduro, a mesma coisa. Isso está ocorrendo também na Bolívia e no Equador. É um movimento sul-americano esse tal constitucionalismo bolivariano, mas é algo que pugna pelo fortalecimento do Executivo, por uma ditadura e que prega a vontade dos detentores do poder. O problema desse constitucionalismo é que ele é um constitucionalismo que não é. Constitucionalismo pressupõe liberdade, Estado constitucional e vontade da lei, e não dos homens”, afirma Velloso.

Para o ex-ministro da Justiça Miguel Reale, o decreto é eleitoreiro: "Dilma ganha diálogo com os movimentos sociais e pode dizer ‘eu dei poder para vocês’”. 

“É uma democracia pior que a Venezuela, uma balbúrdia, um caldeirão. É mais grave do que os governos bolivarianos da América do Sul, porque esse decreto reconhece que movimentos não institucionalizados têm o poder de estabelecer metas e interferências na administração pública. Qualquer um pode criar um organismo para ter interferência”, completa Reale. O jurista se refere ao fato de que o decreto, no inciso I do artigo 2o., traz uma definição de sociedade civil que compreende "os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados". 

Na avaliação do ministro Gilmar Mendes, do STF, a criação dos conselhos populares também abre espaço para dúvidas sobre a representatividade daqueles que serão responsáveis por discutir políticas públicas. “À medida em que essas pessoas vão ter acesso a órgãos de deliberação, surge a dúvida de como vão ser cooptados, como vão ser selecionados. Se falamos de movimentos sociais, o que é isso? Como a sociedade civil vai se organizar? O grande afetado em termos de legitimidade de imediato é o Congresso”, afirma. “Tudo que vem desse eixo de inspiração bolivariano não faz bem para a democracia."

OAB – A Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) analisa a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar a medida. Ao site de VEJA, o jurista Valmir Pontes Filho, que preside a comissão, afirmou que o decreto é “realmente preocupante” porque “há várias indicações de conflito com a Constituição”.

“As discussões no Congresso de derrubada do decreto são utilíssimas porque o decreto não é tão aprimorado do ponto de vista redacional. Ele é muito confuso e há várias indicações de conflito com a Constituição. Esse exame preocupa todos nós. É um decreto polêmico e realmente preocupante”, disse Pontes.

No Congresso, dez partidos pressionam para que seja colocada em votação a urgência de um decreto legislativo para anular o texto presidencial. A frente esbarra, entretanto, na resistência do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que teme desagradar Dilma. Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte, Alves não quer comprar briga com o Palácio do Planalto às vésperas de inaugurar o novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante na segunda-feira – ao lado da presidente.

MAIS MÉDICOS, MAIS GUERRILHEIROS

Guerrilheiro médico

Por GILMAR SANTOS TORRES 

Prezado amigo.

Tive a oportunidade de conhecer um desses médicos cubanos, em uma consulta relativamente simples no posto de saúde localizado no bairro Sapé, em Itaboraí-RJ.

Depois de uma longa espera neste posto fui atendido pelo médico Guilherme Matos King RMS 3300 120/RJ em 14/01/2014.

Depois da consulta, após ter recebido o receituário, fiz um pequeno elogio do trabalho deles no Brasil, que foi respondido com um largo sorriso. Bem descontraído, comecei a falar bem da politica castrista, e que conhecia bem a historia de Cuba e sua revolução pelo mundo.

Pronto, o cara ficou muito contente e falou de sua participação nesta revolução, como um "soldado" (um guerrilheiro jamais pode ser comparado com soldado, pela falta de caráter) na guerra de Angola onde ficou seis meses enterrado em um abrigo subterrâneo, ou seja um Centro de Comando Estratégico igual aos usados no Vietnã.

É ! O "medico" fazia parte de um grupo de Comando Estratégico nas operações de Angola.

Aí, fiz a pergunta: O senhor é um médico militar?

Resposta:
- Não, fiz medicina após ter voltado da guerra, por merecimento !!!

É isso ai, amigo! Temos um médico herói de guerra! Será apenas esse? E que conhece e viveu a história da infiltração cubana em Angola! Ou melhor, a Guerra Colonial.

Afirmo que estamos sendo lentamente invadidos por forças cubanas de reconhecimento.

E agora, fico esperando?…

Peço ao ‘Bom Deus’ que proteja o nosso Brasil dos desastres políticos de Cuba, Venezuela e Angola.

Como disse o Papa João Paulo II e o Papa Francisco “DEUS É BRASILEIRO” ... Ele há de nos proteger!!!


quarta-feira, junho 25, 2014

RESISTÊNCIA: Jornalistas e humoristas respondem ao ataque do PT e à sua LISTA NEGRA

RESPOSTA DE REINALDO AZEVEDO









Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, divulga no site do partido lista negra de jornalistas. Um assunto para a Justiça e para a Polícia Federal


Os petistas, saibam os senhores, pedem a cabeça de jornalistas para seus respectivos patrões. O partido tem nas mãos instrumentos para fazê-lo: anúncios da administração direta e propaganda de estatais. Alguns cedem, outros não! Denunciei aqui a fala de um certo José Trajano na ESPN e AFIRMEI QUE ELE NÃO ESTAVA PENSANDO APENAS POR SUA CABEÇA. DEIXEI CLARO QUE ELE VOCALIZAVA PALAVRAS DE ORDEM DO PT. Muitos não acreditaram. Pois é…

A opinião do sr. Trajano sobre mim e sobre os demais que ele atacou (Augusto Nunes, Diogo Mainardi e Demétrio Magnoli) pode ser moralmente criminosa, mas não vai além disto: dolo moral. Ele tem o direito de achar a respeito dos meus textos o que bem entender. E eu tenho o direito de responder. Se ele se sente bem com o seu oficialismo de contestação, aí é problema dele.

É diferente, no entanto, quando um político acusa jornalistas de cometer um crime. Aí a coisa pega. O sr. Alberto Cantalice, vice-presidente do PT e “coordenador das Redes Sociais do partido” escreveu um artigo no site do PT em que se pode ler esta pérola.


Personificados em Reinaldo AzevedoArnaldo JaborDemétrio Magnoli,Guilherme FiúzaAugusto NunesDiogo MainardiLobãoGentiliMarcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior, nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.



Observem que os quatro da lista de Trajano estão também na de Cantalice, que vem ampliada. Não sei o que farão os outros. Sei o que eu farei. Estou anunciando aqui que vou processá-lo. E a razão é claríssima. Ele está me acusando se estimular a que outros “maldigam os pobres” e os discriminem em ambientes públicos. Se eu faço isso, então eu sou um criminoso. Violo um artigo da Constituição e da Lei 7.716, alterada pela Lei 9.459. Vale dizer: transgrido a Carta Magna do meu país e cometo um crime previsto em lei. ENTÃO O SR. CANTALICE VAI TER DE PROVAR O QUE DIZ. ELE VAI TER DE DIZER EM QUE ARTIGO E EM QUE MOMENTO EU PREGUEI A DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS POBRES.

Para esclarecer a questão constitucional e legal. Estabelece o Inciso XLI da Constituição:
“XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”.

Define a Lei 7.716, depois de alterada pela 9.459:
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

Como sabem os advogados, a discriminação por condição econômica tem sido considerada pelos juízes da mesma natureza das categorias acima previstas. Assim, o sr. Cantalice acusa esse grupo de jornalistas de cometer crimes que rendem até três anos de prisão. Vai ter de provar. Se não provar, incorre no crime de calúnia e difamação.

Atenção! Este senhor é o “coordenador da redes sociais DO partido”, entenderam? Não é que ele seja o coordenador do partido para as redes sociais. Não!!! Levadas as palavras ao pé da letra, os petistas julgam já ter privatizado as redes sociais. Não deixa de ser verdade.

O sr. Cantalice vai mais longe, Ele descobriu que esse grupo de jornalistas — e vejam quanto poder ele nos confere — é responsável pela vaia que Dilma levou nos estádios. Também ele recorre à metáfora canina para nos designar. Leiam:


O subproduto dos pitbulls do conservadorismo teve seu ápice nos xingamentos torpes e vergonhosos à presidenta Dilma na abertura da copa, na Arena Corinthians. Verdadeiro gol contra, o repúdio imediato de amplas parcelas dos brasileiros e brasileiras ao deprimente espetáculo dos vips, demonstram que a imensa maioria da população abominam essa prática.
Desnudam-se os propagadores do ódio. A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil!

Muito bem! Vocês sabem o que isso significa: quando o maior partido político do país, que tem, de fato, milhares de seguidores — alguns deles podem estar dispostos ao tudo ou nada — nomeia um grupo restrito de jornalistas como propagador do ódio, acusando-o, adicionalmente, de responsável por vaiais e xingamentos de que foi alvo a presidente Dilma, isso corresponde, me parece, a um convite a uma ação direta.

Não é segredo para ninguém que certo tipo de militância não precisa de palavras explícitas para agir. O sr. Cantalice está pondo em risco a segurança de profissionais da imprensa. Talvez queira isto mesmo: calar a divergência por intermédio da intimidação e do terror. Que este post sirva de alerta à Polícia Federal e ao Ministério Público. Evidentemente, nenhum de nós deve esperar a solidariedade e o protesto de entidades de defesa da categoria. Sabem por quê? Porque os respectivos comandos da maioria delas pensam a mesma coisa. Também elas acham que deveríamos ser proibidos de escrever o que escrevemos, de falar o que falamos, de pensar o que pensamos. IMAGINEM O QUE ACONTECERIA SE UM GRUPO OU UMA ENTIDADE CONSIDERADOS DE DIREITA TORNASSE PÚBLICA UMA LISTA DE DESAFETOS. O MUNDO VIRIA ABAIXO. O PT repete a tática da ditadura militar e resolveu espalhar no mural da rede os nomes e as fotografias dos “Procurados”. 

Bando de fascistas!
O petismo é a mais perfeita definição do que muitos chamam nos EUA de “fascismo de esquerda”. Qualquer pessoa que tenha lido o que escrevemos ou ouvido o que falamos sabe que pensamos coisas distintas sobre um monte de assuntos. Nunca nem mesmo conversei com Guilherme Fiúza, por exemplo. Duvido que Arnaldo Jabor queira papo comigo.

Com isso, estou deixando claro que não formamos um grupo. Pode ser que os petistas estejam acostumados a conversar com quadrilheiros disfarçados de jornalistas. Não é o caso.

Eu, sim, acuso o governo do seu partido, sr. Cantalice, de financiar com dinheiro público páginas na Internet e blogs cujo propósito é difamar a imprensa independente, as lideranças da oposição e membros do Poder Judiciário que não fazem as vontades do PT. E o senhor certamente não vai contestar porque é autodemonstrável.

O PT começou a sua trajetória no poder hostilizando a imprensa que não se limitava a prestar assessoria ao partido. Depois, passou a financiar o subjornalismo “livre como um táxi”. Aí tentou (e tenta ainda) criar mecanismos de censura. Agora, já chega ao ponto de estimular, ainda que de modo oblíquo, a agressão aos profissionais que não rezam segundo a sua cartilha. A esmagadora maioria da categoria vai silenciar — até porque alguns fazem esse mesmo trabalho em suas respectivas colunas, não é mesmo? Ok. Hoje, somos nós. Amanhã, chegará a vez de vocês. É simples assim. E é sempre assim.

Vaias
Eu sou responsável pelas vaias? Eu não! Quem estimulou as manifestações de rua em junho foi o PT. Eu sempre as critiquei. Ademais, sabem o que motiva vaia em estádio, meu senhor? Eu conto: roubalheira, safadeza, associação com o PCC.

Sem contar que quero encontrar cara a cara com esse sujeito num tribunal. Quero perguntar quais são as suas credenciais e sua origem para falar em nome do povo. Quero opor as minhas às suas. Quero lhe dizer que o governo que ele representa financiou, por exemplo, a ação de sem-terra e índios que resultou em policiais feridos em Brasília. Quero lhe dizer que seus aliados deram suporte a coisas como a “Mídia Ninja” na esperança de que os alvos seriam os adversários. O tiro saiu pela culatra, a despeito das intenções da turma.

O sr. Cantalice quer saber onde estão os responsáveis pela hostilidade a Dilma nos estádios? Comece por se olhar no espelho. O PT estimula a desordem. O PT estimula o desrespeito às leis. O PT estimula o desrespeito a qualquer hierarquia. O PT estimula o desrespeito até mesmo à organização familiar. O partido esperava escapar do clima que ele próprio criou?

De resto, se as hostilidades a Dilma foram um “gol contra” dos que não gostam dela e se a maioria “abominam” (sic) aquele comportamento, o sr. Cantalice deveria estar contente, não é mesmo? O PT está empenhado em fazer do limão uma limonada. Ao isolar o grupo dos “jornalistas do mal”, ameaça, na prática, todos os outros. É como se dissesse: “Comportem-se, ou vocês vão entrar na lista negra”. E, claro!, muita gente vai se comportar e ainda achar pouco!

É claro que fico preocupado quando lembro que o sr. Cantalice pertence ao partido de Celso Daniel. Terei, é certo, de tomar as devidas providências para a minha segurança. E acho que os outros devem fazer a mesma coisa.



RESPOSTA DE MARCELO MADUREIRA







Muito me orgulho de estar na lista dos “condenados”do PT. Além de estar em boa companhia, é sinal de que estou no caminho certo!




Gostaria de agradecer, comovido, as milhares, é isso aí, milhares de mensagens enviadas de todos os cantos do Brasil (e algumas partes do Mundo também) prestando solidariedade a minha humílima pessoa, e aos meus companheiros da “Lista Negra do PT”. A minha mensagem em vídeo bate recordes de views no Youtube. Tudo isso me deixa confortado e mais forte. Não estamos sós, definitivamente não estamos sós. Muito menos tremendo acoelhados.

Mais uma coisa pessoal, muito importante: não vamos entrar nesse discurso lulo-petista que quer dividir o país. Dividir entre “nós contra eles”, “quem não está conosco é contra o Brasil”, “ricos contra pobres”, “pobres contra ricos”, “negros contra brancos”, “brancos contra negros”, “esquerda contra direita” (Meu Deus, esse confronto em pleno século 21!!!!) ,”educados contra iletrados”… todas as suas milhares de variantes .

Os lulo-petistas e seus aliados acreditam que com as suas políticas sociais, demagógicas e eleitoreiras viraram proprietários de todos os pobres e desamparados do Brasil. A sua tática irresponsável é, através da mentira e da difamação, atirar esta parcela de brasileiros, infelizmente ainda imensa, contra um outro conjunto de cidadãos cujo único “crime” é não concordar com um governo que aí está, já faz mais de 12 anos, e que só finge mudar para tudo ficar como sempre esteve.

Queremos o livre e democrático confronto de ideias. Que da saudável discussão possamos criar, juntos, todos nós, a Nação Brasileira, um projeto, não de poder, mas de Estado, e, assim, construirmos uma sociedade mais justa, mais solidária, com valores éticos, enraizada na Educação, com respeito às diferenças, com respeito à divisão de poder, inerente a toda democracia. Um país sem ódio e sem rancores. Uma Nação que possa olhar com confiança para o seu futuro e que enfrente com coragem e generosidade os enormes desafios que teremos que enfrentar.

Nós não temos medo. E também não temos ódio. Àqueles que querem nos amedrontar com ameaças e intimidações, continuaremos respondendo a cada dia, a cada hora, a cada minuto, com as nossas únicas e legítimas armas: as palavras, as ideias e os princípios. E se o Terror, por acaso, vier a nos derrotar, seguiremos em frente, pois a História demonstra que o Terror pode até ganhar momentaneamente, mas a Justiça espera, de tocaia, na próxima esquina da vida.

E tenho dito.


RESPOSTA DE AUGUSTO NUNES







Indigente na forma e imprestável no conteúdo, o artigo assinado pelo deputado Alberto Cantalice e publicado no site de PT só serve para informar que uma besta quadrada é vice-presidente nacional do PT e coordena as redes sociais do partido. Entre um pontapé na gramática e um soco no queixo da ortografia, o coroinha de missa negra culpa “setores elitistas albergados na grande mídia” pelo fiasco do governo lulopetista, pelas manifestações de protesto contra Dilma Rousseff e por mais, muito mais.



Confira o trecho que vai custar ao torturador do idioma e da verdade um processo por calúnia e difamação:


“Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo”.


A réplica corajosa e contundente de Reinaldo Azevedo, que subscrevo, nocauteou mais um farsante. Mas não custa acrescentar que, para mim, é uma honra aparecer em companhia de jornalistas independentes no retrato desenhado pelo vigarista cujos amigos posam de frente e de perfil para o fotógrafo da Papuda. A exemplo do que fazia José Dirceu fora da cadeia, Cantalice anda ameaçando mobilizar contra a imprensa inimiga “movimentos sociais e forças progressistas”. Com a transferência do guerrilheiro de festim para uma gaiola em Brasília, um sargentão de chanchada assumiu o comando da tropa que só consegue matar de rir.




RESPOSTA DE DANILO GENTILI


'É oficial. O PT quer a minha cabeça', diz Danilo Gentili


O apresentador e comediante Danilo Gentili publicou, em seu Facebook, sua posição a respeito da inclusão de seu nome em uma "lista negra" de jornalistas e comunicadores que se opõem ao PT



Leia abaixo: 


É OFICIAL: PT QUER A MINHA CABEÇA

Agora é oficial. A caça às bruxas começou. Não, ninguém vai atirar na Marta Suplicy. É o Partido dela que está querendo atirar nos outros.

O PT colocou em seu site que quer a minha cabeça - e também a de outros jornalistas e artistas que cometeram o terrível crime de discordar deles. Portanto se você tem um cérebro e é alfabetizado cuidado, você pode ser o próximo.

Eles dizem no site deles que eu devo ser perseguido porque odeio pobres. Se fosse verdade que eu só gosto de ricos eu seria amigo do Filho do Lula.

Mas a real é que o PT está oficialmente encorajando seus eleitores a me agredirem e hostilizarem pelas ruas. E dá até medo. Se os eleitores do PT conseguiram fuder um Pais inteiro imagina o que não podem fazer comigo.

Mas mesmo assim preciso dizer que acho demais estar na lista negra do PT. Estar na lista negra do PT é como ser algo que está no meio da podridão sofrendo ataques constantes e ainda assim resiste. É como se eu fosse o fígado do Lula.

Enfim, PT, vocês querem minha cabeça? Podem vir pegar (..)







RESPOSTA DE DEMÉTRIO MAGNOLI

A lista do PT

A personificação dos ‘inimigos da pátria’ é um truque circunstancial: os nomes podem sempre variar, ao sabor das conveniências

POR DEMÉTRIO MAGNOLI
19/06/2014



Lula só pensa naquilo. Diante das vaias (normais no ambiente dos estádios) e dos xingamentos (deploráveis em qualquer ambiente) a Dilma Rousseff na abertura da Copa, o presidente de facto construiu uma narrativa política balizada pela disputa eleitoral. A “elite branca” e a “mídia”, explicou, difundem “o ódio” contra a presidente-candidata. Os conteúdos dessa narrativa têm o potencial de provocar ferimentos profundos numa convivência democrática que se esgarça desde a campanha de ataques sistemáticos ao STF deflagrada pelo PT.

O partido que ocupa o governo decidiu, oficialmente, produzir uma lista de “inimigos da pátria”. É um passo típico de tiranos — e uma confissão de aversão pelo debate público inerente às democracias. Está lá, no site do PT, com a data de 16 de junho (http://www.pt.org.br/alberto-cantalice-a-desmoralizacao-dos-pitbulls-da-grande-midia/). O artigo assinado por Alberto Cantalice, vice-presidente do partido, acusa “os setores elitistas albergados na grande mídia” de “desgastar o governo federal e a imagem do Brasil no exterior” e enumera nove “inimigos da pátria” — entre os quais, este colunista. Nas escassas 335 palavras da acusação, o representante do PT não cita frase alguma dos acusados: a intenção não é provar um argumento, mas difundir uma palavra-de-ordem. Cortem-lhes as cabeças!, conclama o texto hidrófobo. O que fariam os Cantalices sem as limitações impostas pelas instituições da democracia?

O artigo do PT é uma peça digna de caluniadores que se querem inimputáveis. Ali, entre outras mentiras, está escrito que os nove malditos “estimulam setores reacionários e exclusivistas a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes”. Não há, claro, uma única prova textual do crime de incitação ao ódio social. Sem qualquer sutileza, Cantalice convida seus seguidores a caçar os “inimigos da pátria” nas ruas. Comporta-se como um miliciano (ainda) sem milícia.

Os nove malditos quase nada têm em comum. Politicamente, mais discordam que concordam entre si. A lista do PT orienta-se apenas por um critério: a identificação de vozes públicas (mais ou menos) notórias de críticos do governo federal. O alvo óbvio é a imprensa independente, na moldura de uma campanha de reeleição comandada pelo ex-ministro Franklin Martins, o arauto-mor do “controle social da mídia”. A personificação dos “inimigos da pátria” é um truque circunstancial: os nomes podem sempre variar, ao sabor das conveniências. O truque já foi testado uma vez, na campanha contra o STF, que personificou na figura de Joaquim Barbosa o ataque à independência do Poder Judiciário. Eles gostariam de governar um outro país — sem leis, sem juízes e sem o direito à divergência.

Cortem-lhes a cabeça! A palavra-de-ordem emana do partido que forma o núcleo do governo. Ela está dirigida, imediatamente, aos veículos de comunicação que publicam artigos ou difundem comentários dos “inimigos da pátria”. A mensagem direta é esta: “Nós temos as chaves da publicidade da administração direta e das empresas estatais; cassem a palavra dos nove malditos”. A mensagem indireta tem maior amplitude: no cenário de uma campanha eleitoral tingida de perigos, trata-se de intimidar os jornais, os jornalistas e os analistas políticos: “Vocês podem ser os próximos”, sussurra o persuasivo porta-voz do presidente de facto.

No auge de sua popularidade, Lula foi apupado nos Jogos Panamericanos de 2007. Dilma foi vaiada na Copa das Confederações. As vaias na abertura da Copa do Mundo estavam escritas nas estrelas, mesmo se o governo não experimentasse elevados índices de rejeição. O governo sabia que viriam, tanto que operou (desastrosamente) para esconder a presidente-candidata dos olhos do público. Mas, na acusação desvairada de Cantalice, os nove malditos figuram como causa original da hostilidade da plateia do Itaquerão contra Dilma! O ditador egípcio Hosni Mubarack atribuiu a revolução popular que o destronou a “potências estrangeiras”. Vladimir Putin disse que o dedo de Washington mobilizou um milhão de ucranianos para derrubar o governo cleptocrático de Viktor Yanukovich. O PT bate o recorde universal do ridículo quando culpa nove comentaristas pela recepção hostil a Dilma.

Quanto aos xingamentos, o exemplo nasce em casa. Lula qualificou o então presidente José Sarney como “ladrão” e, dias atrás, disse que FHC “comprou” a reeleição (uma acusação que, nos oito anos do Planalto, jamais levou à Justiça). O que gritaria o presidente de facto no anonimato da multidão de um estádio?

Na TV Estadão, critiquei o candidato presidencial José Serra por pregar, na hora da proclamação do triunfo eleitoral de Dilma Rousseff, a “resistência” na “trincheira democrática”. A presidente eleita, disse na ocasião, é a presidente de todos os brasileiros — inclusive dos que nela não votaram. Dois anos mais tarde, escrevi uma coluna intitulada “O PT não é uma quadrilha”, publicada nos jornais O GLOBO e “O Estado de S. Paulo” (25/10/2012), para enfatizar que “o PT é a representação partidária de uma parcela significativa dos cidadãos brasileiros” e fazer o seguinte alerta às oposições: “Na democracia, não se acusa um dos principais partidos políticos do país de ser uma quadrilha”. A diferença crucial que me separa dos Cantalices do PT não se encontra em nossas opiniões sobre cotas raciais, “conselhos participativos” ou Copa do Mundo. Nós divergimos, essencialmente, sobre o valor da liberdade política e da convivência democracia.

Se, de fato, como sugere o texto acusatório do PT, o que mais importa é a “imagem do país no exterior”, o “inimigo da pátria” chama-se Cantalice. Nem mesmo os black blocs, as violências policiais ou a corrupção sistemática são piores para a imagem de uma democracia que uma “lista negra” semi-oficial de críticos do governo.

Demétrio Magnoli é sociólogo


Fonte: O Globo


RESPOSTA DE ARNALDO JABOR


Entrevista exclusiva com Stalin

'O camarada está sendo relembrado em tantos países, inclusive na Rússia'


“Entrevista? Eu?”

— Sim, camarada Stalin... Estamos em um momento histórico importante... O camarada está sendo relembrado em tantos países, inclusive na Rússia. O camarada está na moda...

— Você é do Brasil, não é? Saudades do Prestes... Ele está onde?

— Morreu e deve estar por aqui.

— Aqui neste limbo onde estou não tem ninguém. É o purgatório dos ditadores; não há ninguém para nos ouvir. Imenso céu branco e vazio. Esta é a nossa punição.

— Você está feliz aqui, “tovarich”?

— Eu virei uma sombra do que fui; sou até usado como xingamento, confundido com os fascistas e nazistas que eram uma imitação barata do bolchevismo. Esses merdas deviam me agradecer porque não existiriam se eu não tivesse mandado aqueles comunas alemães não votar na social-democracia, nossa principal inimiga. Aí, o nazismo ganhou. Se não fosse eu, o Hitler não tinha subido...

— Você tem orgulho do comunismo?

— O comunismo, camarada, é o substituto do sonho de “imortalidade” dos cristãos. Comunista não morre; vira um conceito. O homem é um ser social, não é? Pois é: o ser social nunca morre. O indivíduo é uma ilusão que criou essa dor melodramática. Quem morre é pequeno-burguês.

— Mas, na boa, camarada, você matou muita gente...

— Me acusam muito de crueldade, mas fazíamos uma mutação na vida humana e é impossível fazer uma revolução sem crueldade, sem tirania… O próprio Hitler, que me plagiava, disse: “Temos de ser cruéis. Temos de manter a consciência tranquila de sermos cruéis”. E eu digo que se não fôssemos cruéis não teríamos o socialismo. Como é que eu ia coletivizar a agricultura sem matar uns 800 mil “kulaks”, aqueles camponeses alienados, chupa-sangues, vampiros?

— Mas, camarada, você não exagerou?

— Ora, tanto faz. A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística. Temos de combater essas inibições pequeno-burguesas. Tivemos que dar muito conhaque para meus militares baterem um recorde: 28 mil traidores fuzilados em quatro semanas. Sete mil por semana. Os soldados, ainda calouros no bolchevismo, tinham de beber muito para cumprir minhas ordens... Vomitavam, choravam, mas deram conta. Foi um dos meus recordes. Sem contar os 40 mil oficiais do Exército que fuzilei. A única frase do canalha do Trotsky que presta é: “Quem foi que inventou que a vida humana é sagrada?”.

— Mas o camarada não sentia culpa?

— Nada. A compaixão é um sentimento de enfermeiras, assim como a gratidão é uma doença de cachorros... Cá entre nós, não tenho mais de esconder nada, a euforia que me tomava com a morte de milhares de homens por minhas ordens era uma deliciosa vertigem. Muita gente que justicei não tinha noção da maravilha que era construir o Homem Novo. Eu comecei a construção do soviético essencial: frio, fiel escravo do Partido que está sempre certo. Vocês têm na terra um bom exemplo: a Coreia do Norte. Mas aquele garoto é um estúpido feito o pai. São um exército de imbecis. Você viu o ridículo: todo mundo fingindo chorar quando morreu o papai do garoto? Eu fazia uma história nova; não esta historinha burguesa não, mas a História! Já pensou: milhões de homens iguais a mim? Eu, eu, eu, milhões de Stalins? O Homem Novo não sente falta da individualidade perdida. Ele ganha o encanto infinito da servidão, a religião, a alegria de pertencer a um partido infalível. Dá um alívio não ter que pensar, só obedecer. Ainda bem que os camponeses russos eram analfabetos e não podiam ler jornais e livros do país. Aliás, Hitler escreveu: “Que sorte para os ditadores que os homens não pensem.” A construção do Homem Novo custou muito sangue, eu sei, mas não tinha outro jeito. Difícil foi na Ucrânia, quando proibi comida naquele buraco de traidores e de “kulaks” reacionários. Morreram mais de 4 milhões de fome, teve até canibalismo, dizem, mas a Ideia justifica tudo.

— Mas, camarada, você sempre falou que almejava a democracia…

— Eu falei foi sobre o centralismo democrático do Partido; não essa besteira de democracia burguesa sem controle, sem comando. Eu comandei a democracia interna sempre. Quando tive de expurgar agentes trotskistas, foi também uma festa poder limpar as estrebarias do Comitê Central. Dos 139 membros, fuzilei 98... Ah... Saudades do Zinoviev, Kamenev, Rykov, Bukharin…

— Eles tiveram liberdade de defesa?

— “Liberdade para quê?”, como respondeu Lenin quando vencemos. Com liberdade não teríamos fuzilado a família do czar Nicolau II; só um bolchevique profundo teria sangue frio para ver as criancinhas morrendo sob balas. Esse é o preço da liberdade: a vigilância absoluta. Mas, o Brasil está seguro contra os perigosos agentes de direita, neoliberais e espiões do imperialismo. Vocês sabem que nós criamos os “sovietes” na Rússia, os conselhos, como chamam vocês... Parabéns. Os conselhos são um primeiro passo para controlar essa besteira de democracia representativa, que vocês tiveram a sabedoria de usar, mas agora atrapalha a construção do bolivarianismo (ah, esse meu filhote bastardo...). Ao menos minhas ideias ainda repercutem… Veja a Venezuela, Argentina, tantos seguidores. A única coisa que importa é o controle da sociedade. Temos de tutelá-la. Eu já disse uma vez: o povo deve ser educado com o mesmo cuidado com que um jardineiro cultiva uma árvore de estimação. As ideias são muito mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, por que deveríamos permitir que tenham ideias? Acho que seu país está no bom caminho: controlar a mídia, como vocês chamam hoje. A imprensa é a arma mais poderosa de nosso partido e vocês vão seguir nosso exemplo. Toda propaganda tem que ser popular e acomodar-se à compreensão dos menos inteligentes. Como você vê, estou repetindo as frases da besta do Hitler. Mas ele nos deu um bom conselho, que serve muito para seu país, caro jornalista: “Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada”. O povão não sabe nada. É isso aí, cumpanheiros: vão em frente que a luta continua...

Fonte: O Globo




VIVA A ALBÂNIA E VIVA CUBA

No período efervescente da subversão era impressionante a propaganda do regime comunista em nosso País.

As violentas atividades subversivas, os assaltos a bancos, os sequestros, os atentados terroristas, o roubo de armas e a intensa propaganda que seria proibida ou coibida pelos governos militares.

O Pasquim corria à solta, as “ações vitoriosas” dos terroristas tanto na área urbana como na rural eram divulgadas aos quatro ventos. Como sempre, os idiotas repressores eram trucidados e desmoralizados pelos “heróis da revolução comunista” no Brasil.

As ameaças de sequestrar algumas autoridades estrangeiras eram propaladas como algo que aconteceria com êxito, a qualquer momento.

No meio estudantil proliferava a determinação de que o Brasil precisava comunizar - se, e os jovens estudantes, devidamente cooptados por “estudantes profissionais”, de todos os níveis, viviam desfraldando a bandeira da foice e do martelo.

Foram momentos difíceis, duros de aguentar.

Recordo que durante um longo período, os militares foram proibidos de transitarem nas ruas fardados. Poderiam sofrer alguma represália.

Para os que não estavam diretamente envolvidos na repressão, e nem um por cento do efetivo estava, a vida na caserna prosseguia, volta e meia açodada com sobreavisos, prontidões, e com serviços nos quartéis cada vez mais exigentes.

O Oficial - de - Dia em serviço passava a noite acordado, e no dia seguinte prosseguia normalmente a sua atividade junto à tropa.

Citamos de leve coisas bem simples e elementares, entre tantas que vivemos e convivemos, antes de destacar algumas considerações sobre a trotskista Albânia.

Lembro de que os comunas com sofreguidão apegavam - se, principalmente à noite, para escutar e desfrutar da rádio de Albânia.

Ajustar a frequência da “Rádio Tirana” era a glória para a subversão, que com certa dificuldade sintonizava a estação subversiva na busca de notícias alvissareiras.

Nós ficávamos imaginando o que ocorria na Albânia, um ícone na cuca dos comunistas do Partido Comunista do Brasil (PC do B), que renegara a “linha chinesa”, antes adotada pela “linha albanesa”. A impressão que se tinha era de que a Albânia era um monumento, um baluarte, uma potência ideológica.

Bom, até que pesquisando aquele país, verificamos que era uma miserável nação dominada pelos mais radicais comunistas.

Posteriormente, com a queda do Muro de Berlim, com o esfacelamento da União Soviética, surgiu aos olhos do povaréu, o que era de fato a grande Albânia, idolatrada pelos crédulos e fieis profitentes do PC do B, partido responsável pela “guerrilha do Araguaia”, cujos guerrilheiros, na selva amazônica, recebiam diariamente, da capital albanesa, por meio da rádio de Tirana, as diretrizes expedidas pelos comunistas trotskistas da pequenina e insignificante Albânia.

A Albânia era, e ainda é, o menos desenvolvido dos países da Europa, na época uma das desvalidas nações que compunham a poderosa União Soviética.

A Albânia era secularmente atrasada, com carroças nas ruas, com uma população paupérrima, o que deveria causar surpresa até para os seus admiradores que colavam os ouvidos para escutar a poderosa e libertaria voz da Albânia.

Hoje, impossível não mirar para Cuba, um carente país que para os nossos comunistas parece irradiar uma luz de raro esplendor, que nem a Albânia.

Cuba soa para os nossos terríveis comunas como um eldorado, como um exemplo que esperam incutir no Brasil.

Pelo andor da carruagem, pela intensidade e admiração que tinham pela Albânia, breve teremos como paradigma da civilização brasileira o modelo da “poderosa e maravilhosa ilha cubana”.

Quem votar na presidANTA, o “poste sem luz”, verá.

Brasília, DF, 20 de junho de 2014.

Recebido de: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Importante passo rumo ao modelo venezuelano

COMUNICADO

O País atravessa momentos de turbulência político-social, inéditos e perplexitantes. Tensões, boa parte delas induzidas, marcam o dia a dia do noticiário. A atmosfera psicológica do Brasil está saturada e nem sequer o clima, habitualmente distendido que cerca uma Copa do Mundo, ainda mais realizada em território nacional, escapou a tais deletérias influências.

A população tem assistido, estupefata, à realização de greves em serviços essenciais, muitas delas declaradas abusivas pela própria Justiça, que impõem graves inconvenientes e perturbações aos brasileiros ordeiros, que labutam e produzem nos grandes centros urbanos; tais greves têm gerado insegurança, que se traduz em depredações de bens públicos e privados e até em saques.

Grupos de chamados “sem-teto”, altamente treinados e organizados, inclusive com a presença de estrangeiros, invadem terrenos e prédios urbanos, sendo recebidos, após seus atos criminosos, por autoridades – até mesmo pela Presidente da República – tornando assim o poder público e a sociedade refém de seus desígnios ideológicos.

Marchas do MST e de reais ou fictícios indígenas, manipulados por ONGs ou instituições como o Conselho Indigenista Missionário-CIMI ou similares, fazem encenações de enfrentamentos com policiais, registradas em fotografias que percorrem o mundo, transmitindo a falsa idéia de um Brasil que se contorce em estertores sociais e raciais.

Por outro lado, grupos extremistas anti-sistema, estilo “Black Bloc”, promovem atos de protesto – por causas poucos definidas – espalhando a violência urbana, planejada e calculada, de modo a lançar o caos e atacar símbolos do capitalismo, no exercício do que qualificam como “ilegalidade democrática”.

Por fim, diante do alastrar-se de fatores de incompreensão e de indignação, nas camadas profundas da população, em relação ao governo da Presidente Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores, vozes como a do ex-Presidente Lula tentam disseminar um clima de luta e de ódio de classes, tão avesso ao sentir do brasileiro comum.

* * *

É neste contexto tumultuado que surge um gravíssimo ataque às instituições e à ordem constitucional vigente, perpetrado através do Decreto presidencial nº 8.243, cuja efetivação poderia ser qualificada com uma tentativa de golpe de Estado incruento.

Editado pela Presidência da República no dia 23 de maio p.p., e publicado no Diário Oficial três dias depois, estabelece ele a “Política Nacional de Participação Social” e o “Sistema Nacional de Participação Social”.

Sob o disfarce de tratar da organização e funcionamento da administração pública – invocando para tal até dispositivos constitucionais – e alegando que o sistema representativo contém falhas, o governo do Partido dos Trabalhadores, via decreto, tenta implementar um novo regime de organização do Estado, o qual visa “consolidar a participação social como método de governo”.

Manejando habilmente sofismas e falácias sobre a “democracia direta”, valendo-se de definições e disposições vagas, o Decreto submete a Administração Pública, em seus diversos níveis, aos “mecanismos de participação social”.

Os “conflitos sociais”, como, por exemplo, invasões de terras, de imóveis urbanos, de demarcação de terras indígenas, – tantos deles gerados artificialmente – serão mediados por elementos do governo e setores da sociedade civil, controlados por “coletivos, movimentos sociais, suas redes e suas organizações”.

E a Secretaria-Geral da Presidência da República dirigirá uma burocrática e coletivista estrutura de conselhos, conferências, comissões, ouvidorias, mesas de diálogo, etc.

O Decreto 8.243 – que já chegou a ser comparado a um decreto bolivariano ou bolchevique – torna obsoletas as instituições do Estado de Direito, criando organismos informais (ou quase tanto) que condicionarão o Judiciário, o Legislativo ou o próprio Executivo.

Como é de conhecimento público, em grande medida tais “movimentos sociais”, “coletivos” ou grupos da dita sociedade civil são influenciados, orientados e financiados pelo Partido dos Trabalhadores, pela “esquerda católica”, bem como pelo próprio governo.

Fica assim instituído um sistema paralelo de poder, que consagra na prática uma ditadura do Executivo, na pessoa do Secretário-Geral da Presidência da República, atualmente o ex-seminarista Gilberto Carvalho, quem habitualmente faz a ponte entre o governo e a CNBB.

* * *

A Presidente da República tenta desta forma impor ao País metas político-ideológicas do PT – alimentadas nos Fóruns Sociais Mundiais – e sempre repudiadas pela maioria dos brasileiros.

Desde há muito, certo tipo de esquerda – e sobremaneira a esquerda petista no poder, influenciada em maior ou menor grau pelo progressismo católico – tenta subverter o exercício do regime “democrático”. Fiel a suas velhas convicções socialo-comunistas, eriça-se contra as instituições do que qualifica de “democracia burguesa”, tentando vender a idéia de uma democracia direta e participativa, como mais autêntica e popular.

Já no primeiro mandato do Presidente Lula, enquanto o País estava embalado pela pseudo-moderação do projeto político de mudança do Brasil, expresso na Carta ao Povo brasileiro, o programa “Fome Zero” fazia uma primeira tentativa de instaurar no Brasil “conselhos populares” que, como alertaram certas vozes na época, mais não eram de que uma reedição dos conselhos da revolução cubanos ou dos coletivos chavistas.

Mais à frente veio a tentativa de controlar a imprensa pelo mesmo mecanismo de conselhos, manipulados por “movimentos sociais”.

O PNDH3, baseado numa vaga e abrangente política de Direitos Humanos, constituiu nova tentativa de impor ao País um controle da sociedade e das instituições do Estado, por conselhos.

Por ocasião das manifestações de junho de 2013, a Presidente Dilma Rousseff em discurso televisionado a todo o País, voltou a acenar com o tema da democracia direta e a “voz das ruas”. Veio, logo em seguida, a tentativa de impor ao País uma Constituinte específica para a reforma política.

* * *

De todos os quadrantes da sociedade se têm erguido vozes que apontam o grave perigo criado ao futuro político do Brasil pelo Decreto presidencial nº 8.243. No Congresso Nacional há movimentos pronunciados para inviabilizar ou derrubar o referido Decreto. Outros setores ensaiam movimentos para recorrer ao Supremo Tribunal Federal, reclamando da inconstitucionalidade de tal Decreto.

O governo veio a público defender a medida, sempre baseado em subterfúgios e, segundo informa a imprensa, não está disposto a recuar. Aproveitando-se do período em que as atenções de muitas pessoas estão voltadas para a Copa do Mundo, contando ainda com já tão próxima campanha eleitoral, Dilma Rousseff e seus assessores no Planalto e no PT, parecem decididos a apostar no golpe institucional.

* * *

Quando dos trabalhos da Constituinte de 1988, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira publicou a obra “Projeto de Constituição angustia o País”. Nele alertava para o fato de que elementos de nossa classe política, divorciados dos verdadeiros anseios do Brasil profundo, iriam arrastando inexoravelmente o Brasil para o esquerdismo radical.

E admoestava ainda que cada vez mais raros seriam os partícipes da farândola reformista da esquerda, “ganhos gradualmente pelo sentimento de inconformidade e apreensão nascido, a justo título, das camadas mais profundas da população”.

O Decreto nº 8243 é, por certo, um grave exemplo dessa obstinação ideológica. A inconformidade, ainda que silenciosa, é também uma realidade que cresce, apesar das máquinas de propaganda tentarem menosprezá-la ou distorcer-lhe o sentido.

O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira faz um apelo às forças vivas da Nação para que, num concerto geral dos espíritos clarividentes, alertem para o perigoso rumo ao qual nos encaminha o Decreto 8.243, obstruindo-lhe legalmente o caminho.

Caso não seja derrubado, o Decreto nº 8.243 terá operado uma transformação radical nas instituições do Estado de Direito, esvaziando o regime de democracia representativa, deixando o País refém de minorias radicais de esquerda e de ativistas, abrindo as portas para a tão almejada fórmula do atropelo e do arbítrio, típica dos regimes bolivarianos.

São Paulo, 20 de junho de 2014.

Adolpho Lindenberg

Presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

A “Esquerda Caviar” desconhece os pobres!

Dia 1° de abril de 2014 (popularmente conhecido como dia da mentira), fiquei sabendo do lançamento do primeiro livro de Flávio Quintela “Mentiram (e muito) para mim” o evento seria naquele mesmo dia, por volta das 18:30h na Livraria da Vila, no Shopping Higienópolis. Não conhecia o autor mas achei interessante a proposta do livro. “Soltei os pés” como dizemos nos Correios e entreguei as cartas o mais rápido que consegui pois estava na região do terminal Sapopemba e o evento seria do outro lado da cidade.

Fui vestido de carteiro mesmo, sabia que o ambiente é diferente do que encontro aqui na periferia, mas não carrego o tão ultimamente dito “complexo de vira-latas”. Na Livraria da Vila adquiri o meu livro e fui ao local reservado, onde o autor autografava. Na fila, conheci um rapaz que saia do trabalho como eu e fora direto para o evento, educadamente me pediu que o fotografasse com Flavio Quintela e gentilmente o fiz, o rapaz se chama Wilson, jovem, reacionário, aluno de Olavo de Carvalho e a simpatia em pessoa (nos tornamos amigos).
Flavio Quintela me recebeu como se fosse um amigo antigo, aquele que há muito tempo não via (fiquei surpreso). Fui lhe dizendo de onde vim e da satisfação de estar naquela noite o prestigiando no lançamento de seu primeiro livro e claro, disse-lhe que sou um dos tantos reacionários: pobre, favelado e reaça! Me perguntou por qual motivo não escrevia essa história (minha história), parou a fila de autógrafos, chamou sua esposa Alê Quintela que gentilmente me recebeu. A sensação que tive no momento foi de estar entre amigos. Fui prestigiar o autor em sua noite de glória e sai de lá me sentindo prestigiado. Posteriormente Quintela, em seu blog, escreveu sobre mim. Confesso que me emocionei com suas tão verdadeiras palavras dedicadas a mim (https://maldadedestilada.wordpress.com/2014/04/10/reacionarios-da-favela/).

Um pouco menos de dois meses se passaram daquela noite de autógrafos com Flavio Quintela, fiquei sabendo que a adolescente Isadora Faber, criadora da página no Facebook “Diário de Classe”, estaria em São Paulo para o lançamento do seu primeiro livro que leva como título o nome de sua página. Dessa vez o lançamento seria na Livraria Cultura do Conjunto Nacional na Avenida Paulista. Convidei o Wilson jovem reacionário que conheci dois meses atrás, combinamos de nos encontrar lá. Vi na descrição do evento que haveria uma conversa da autora com Gilberto Dimenstein e outros dois professores que até então desconhecia quem eram e onde trabalhavam.

A conversa foi no teatro Eva Herz, fiquei um tanto incomodado com os adultos naquele palco, fomos lá conhecer e escutar Isadora Faber, o evento era dela, no entanto, quem menos falou foi a menina. Alguns podem dizer que é tímida e de poucas palavras, lhes digo que “quiseram ter mais realeza do que o próprio rei” e silenciaram com seus egos inflamados a autora. Perguntas sem sentido, embasamento, parecia mais “o que é o que é” do que um diálogo com o autor (a), alguns naquele teatro estavam perdidos a começar pelo palco.

Poucos minutos ao final foram reservados às perguntas do público. Um dos questionamentos me surpreendeu bastante, Marcelo Centenaro (que até então não conhecia), perguntou a Isadora sobre um livro de Ayn Rand – “A Revolta de Atlas”, pois, a adolescente tinha postado na rede social uma foto com esse livro em mãos. Posteriormente conheci o Marcelo aqui pelo Facebook e descobri que ele é colunista do Reaçonaria e que inclusive tinha postado suas impressões sobre o evento, citando minha participação. (http://reaconaria.org/colunas/marcelocentenaro/lancamento-do-diario-de-classe/ ).

Levantei a mão pedindo a palavra, queria questionar Isadora. Dimenstein havia pedido que “quem fosse perguntar, falasse nome, profissão e de onde era”. Me apresentei: “Sou o Gil, carteiro, e moro em São Mateus.” Nesse momento Dimenstein me interrompeu: “Carteiro, como assim carteiro, o que um carteiro faz?” (Sic). Guardo mentalmente a fisionomia dele e complemento a pergunta que ele me fez: “Carteiro, como assim carteiro, o que um carteiro fazAQUI?” (o destaque é meu). Respondi o óbvio: “Carteiros entregam cartas!”. Entendo a reação, há pessoas que só ouvem falar de pobres, trabalhadores e afins nas rádios, tevê e jornais.

Perguntei a Isadora Faber sobre a presença da sua família em sua vida escolar, citei meu exemplo, pois, aqui em São Paulo nas escolas da rede municipal onde meus filhos estão matriculados foi retirado do calendário escolar o “Dia das Mães” e “Dia dos Pais”, substituídos pelo “Dia de quem cuida de mim” – travo até hoje uma “guerra” particular com a postura que essas escolas adotaram, inclusive, Reinaldo Azevedo publicou em seu blog o meu relato sobre o caso e noticiou na rádio Jovem Pan. (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/escolas-de-sp-acabam-com-o-dia-das-maes-e-institui-o-dia-dos-cuidadores-viva-o-fim-da-familia-prefeito-fernando-haddad/ ).

Mais uma vez fui interrompido por Dimenstein, ele queria saber mais sobre ”O Dia de Quem Cuida De Mim”, notei que ficou incomodado quando citei a revista Veja e Reinaldo Azevedo, Dimenstein já fora duramente criticado por Reinaldo. Isadora respondeu brevemente e Dimenstein com uma indireta para mim, chamou a “cuidadora” de Isadora (Mel Faber) para responder meu questionamento. Dona Mel disse ser participativa e me revelou que em Santa Catarina não celebram mais o “Dia das Mães e dos Pais” (a revolução cultural chegou lá primeiro). Fiquei triste pela notícia, porém satisfeito com a resposta. Acabaram ali as perguntas e fomos aos autógrafos e as fotos com Isadora.

Não consigo deixar de comparar os dois eventos que participei. De um lado Flavio Quintela me recebendo como um amigo em seu evento. Do outro lado Gilberto Dimenstein, espantado com a presença de um carteiro naquele ambiente. Refletindo um pouco mais, fica visível tal diferença de atitude. Quintela segue uma determinada linha política, Dimenstein segue outra. Quintela poderia ser rotulado como de direita, reacionário, conservador,” inimigo dos pobres”, etc. Já Dimenstein segue a linha da “Esquerda caviar” tão bem detalhada por Rodrigo Constantino. O esquerdista não sabe nem o que um carteiro faz…Carteiro entrega correspondência Sr. Gilberto. Aliás, carteiros, pobres, estudantes como eu consomem cultura, lêem, debatem, estudam, se esforçam para ser o melhor que puderem para si e para os seus!

Sou o Gil Diniz, retirante nordestino, carteiro, pobre, favelado, casado e pai de dois filhos, sou um dos milhões de reacionários que não vendem sua dignidade para partido algum!

Fonte: Reaçonaria

+ LIDAS NOS ÚLTIMOS 30 DIAS

Arquivo do blog