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quinta-feira, dezembro 10, 2020

BSCA - Café especial: conheça a história de empreendedorismo, capacitação e sucessão no campo do jovem campeão do Cup of Excellence 2020


Conheça a história de empreendedorismo, capacitação e sucessão no campo do jovem campeão do Cup of Excellence 2020
 
Lote de Luiz Ricardo e dos demais campeões do principal concurso de qualidade do mundo serão leiloados amanhã, 10 de dezembro

 
O maior valor pago por uma saca de café no Brasil foi registrado há dois anos, equivalente a R$ 73 mil por cada unidade de 60 kg do produto cultivado na Fazenda Primavera, em Angelândia, região da Chapada de Minas Gerais, que foi o vencedor do Cup of Excellence – Brazil 2018, principal concurso de qualidade para grãos especiais do mundo, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).
 
A busca pela quebra desse recorde se renova a cada edição anual da competição. Em 2020, os 30 vencedores do concurso serão ofertados na quinta-feira, 10 de dezembro, a partir das 11h, através de plataforma on-line (acesse aqui), e um dos candidatos a comercializar seu café por preços bem superiores ao mercado convencional é o atual e mais jovem campeão do Cup of Excellence no Brasil, Luiz Ricardo Bozzi Pimenta de Sousa, aos 20 anos.
 
Apesar de a cafeicultura vir desde o berço em sua vida, esse café campeão poderia nunca ter surgido, já que o pai, José Luiz Pimenta, desejava outros caminhos a seus filhos, sugerindo que outra profissão poderia ser melhor para Luiz Ricardo e seu irmão Luiz Henrique Bozzi Pimenta de Sousa, quatro anos mais velho.
 
"Nosso pai realmente não queria que a gente permanecesse na propriedade, porque ele não desejava para nós o enfrentamento de todas as dificuldades e desafios quando se trabalha com a cafeicultura, quando se é agricultor. Ele entendia que poderíamos buscar carreira como médico, advogado ou veterinário", conta Luiz Ricardo.
 
Mas o ingresso do irmão, em 2010, no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus de Venda Nova do Imigrante (ES), terra natal dos Pimenta, mudou completamente o futuro da família.
 
"No Ifes, Luiz Henrique teve contato com o professor Lucas Louzada, que começou a transmitir muitos conhecimentos sobre cafeicultura, provas de degustação, a questão da qualidade e dos cafés especiais. Isso fez com que ele começasse a se apaixonar pelo ramo e despertasse um interesse muito grande pela atividade", conta o irmão.
 
Já Luiz Ricardo fez curso técnico em agropecuária, o que despertou sua paixão por plantas, cultivares e solo. "Na escola, seguimos um princípio agricultura orgânica, sustentabilidade, agroecologia. Isso fez com que eu me apaixonasse pelo setor e quisesse trazer algo diferente e melhor para dentro da propriedade. Foi através desse entusiasmo que começamos o desenvolvimento dos nossos cafés", explica.
 
VISÃO EMPREENDEDORA
O professor do Ifes, Aldemar Polonini Moreli, destaca o papel motivador da academia voltado para que esses estudantes sejam empreendedores e não empregados, o que os fez entender que constituir seu próprio negócio, investir nele, no avanço tecnológico, na lacuna aberta da produção de cafés especiais é um fator preponderante.
 
"Todos esses jovens são filhos de produtores daquele formato antigo. À medida que tiveram oportunidades, enxergaram que conseguiriam, empregando tecnologias, com mão de obra familiar e patrimônio que a família já possui, alavancar o negócio estando no campo. E o desenvolvimento do café na propriedade tornou-se sensível à medida que viram que, se levar tecnologia, obtêm excelentes resultados, porque o fator produção já existe", aponta.
 
Alinhado a esse ingresso dos irmãos, soma-se o histórico cafeeiro do pai e de seus tios, que, em 1998, após um trabalho desenvolvido pela então Cooperativa Pronova, com monitoramento do hoje deputado federal Evair de Melo, entusiasmaram-se com a questão da qualidade e passaram a conseguir melhores preços por seus cafés.
 
"Esse foi um passo importante em nossa história, porque, até então, na região, nossos cafés eram dados como 'simplesmente rio', não existia o conceito de que conseguiríamos fazer cafés estritamente moles, especiais. Eles introduziram o descascador na propriedade, em 2003, fizeram um grande trabalho, mas, infelizmente, não tiveram tanto êxito na questão da qualidade. Chegaram a cafés considerados duros e dependiam muito de como o comércio local classificava o produto; desafios e dificuldades que justifica meu pai ter pensado em outro futuro a nós", recorda Luiz Ricardo.
 
De volta ao presente, a chama dos cafés especiais reacendeu com o desenvolvimento de Luiz Henrique, que se qualificou com os conhecimentos absorvidos no Ifes. "Ele teve acesso a inovações tecnológicas, abriu novos horizontes e voltamos a despertar para a cafeicultura com maior valorização. Como tínhamos conhecimento e passamos a nos deparar com a chegada de novas tecnologias, com o suporte dos professores do Ifes conseguimos um desenvolvimento muito rápido nesse sentido", comenta o irmão.
 
Luiz Henrique revela que passaram a fazer investimentos na qualidade do solo, tratando-o como um canteiro vivo. "Buscamos avançar mais na lavoura, na nutrição, na questão da qualidade do solo", conta. "Investimos desde o plantio, o manejo do solo, porque não é possível produzir um café especial se não tem um cuidado especial com seu solo, com sua planta", completa o irmão.
 
Ambos destacam que também aprimoraram o processo de pós-colheita, fazendo descascamento dos cafés e investindo em infraestrutura para secagem e armazenamento. "Adquirimos conhecimento e confiança no processo que realizamos, desde coisas básicas, que começaram a dar muito resultado", fala Luiz Ricardo.
 
CAPACITAÇÃO
Toda a evolução no processo produtivo também contou com a ajuda da Associação Brasileira de Cafés Especiais, onde Luiz Henrique se formou como Q-Grader, provador de café qualificado, controlado e profissionalmente treinado pelo Coffee Quality Institute (CQI).
 
"O curso de Q-Grader da BSCA foi muito importante porque a gente saiu do achismo. Antes, levávamos a amostra aos corretores e eles davam sua opinião, sem que pudéssemos contestar. A partir do momento que fiz o curso, consegui entender o que a gente estava produzindo, aonde poderíamos chegar, quais mercados a gente poderia buscar, isso teve um impacto muito grande, porque sabendo o que se está produzindo, também se sabe onde investir para otimizar a qualidade, melhorar os processos, ver qual se adapta melhor à nossa região, qual empregar em cada safra e qual o melhor resultado. Todo começo de safra fazemos uma triagem e foi assim que chegamos ao café campeão do Cup of Excellence", explica o mais velho.
 
A história de qualificação dele no café também cruza o caminho da BSCA em outras ocasiões. "Tive a oportunidade de ser juiz do Cup of Excellence por duas vezes. Em uma delas, em 2017, tive o orgulho de fazer parte da equipe de apoio em Venda Nova (do Imigrante), na nossa cidade, e foi assim que vi cafés de elevado padrão e passei a almejar esse know how que muitos produtores têm e lutam para manter na produção de cafés de excelência", recorda.
 
Lucas Louzada, professor do Ifes e responsável pelo direcionamento de Luiz Henrique ao nicho de cafés especiais, celebra o resultado alcançado pelo aluno e seu irmão. "Para nós, é uma alegria imensa ver o que foi aplicado na sala de aula e nos laboratórios refletir na vida destes egressos, jovens que receberam formação acadêmica e estão conseguindo empreender, ousar e realizar coisas grandes com a produção de cafés especiais", comemora.
 
Para ele, o campus de Venda Nova do Imigrante do Ifes se transformou em um grande celeiro de formação de provadores de cafés especiais e capacitador de jovens produtores. "Acredito que o conceito de laboratório 'portas abertas' é o diferencial. Todos são bem-vindos, os produtores são atendidos por nossos alunos, que são treinados e ficam sob supervisão dos professores, caso seja necessária alguma intervenção técnica. Os alunos possuem um ambiente inovador, empreendedor e que possibilita a integração com a comunidade", revela.
 
O professor Moreli também salienta o fato de esses jovens se constituírem exemplos de sucessão familiar bem sucedida. "Através dos treinamentos dados com cursos de cafés especiais, temos conseguido levar para o campo, à unidade produtiva, aquilo que é o maior paradigma da geração de tecnologia. A academia a gera, mas a extensão tem dificuldade em empregar. Porém, através desses treinamentos que desenvolvemos, conseguimos trazer pai e filho e a melhor absorção por parte dos jovens tem alavancado o campo", pontua.
 
O CAFÉ CAMPEÃO
Dotados do conhecimento adquirido, os irmãos, a cada safra, realizam a classificação de seus cafés, sendo especiais ou não. Para o Cup of Excellence, eles contavam com 60 lotes provados, a partir dos quais, selecionaram os 10 principais e afunilaram até chegar aos melhores cinco, que "blendaram" para preparar a amostra inscrita no concurso.
 
"Esse café que 'blendamos' contem notas com alto teor de melaço, leve direcionamento de sabor para capim-limão, cítrico e também notas de mel. Quando agrupamos isso, essas nuances ficaram muito nítidas, o café ficou muito balanceado e não existia adstringência, ficou um café com um potencial muito alto, o que fez com que a gente acreditasse em uma conquista futura com esse lote, preparado especificamente para o Cup of Excellence, que acabou campeão", descreve Luiz Ricardo.
 
EXEMPLO TANGÍVEL
Com a conquista, os jovens irmãos querem servir de exemplo e inspiração a juventude e aos agricultores familiares locais. "A gente espera entusiasmar de forma geral os jovens e os pequenos cafeicultores da nossa região, pois nosso resultado prova que é possível, sim, produzir pouco e com grande qualidade; que é possível, sim, superar os desafios, pois quebramos o tabu de que, em nossa cidade, não conseguiríamos produzir cafés especiais", salienta o irmão mais novo.
 
Luiz Henrique espera que a conquista inspire jovens e agricultores familiares a seguirem o caminho da qualificação. "Café especial é um caminho sem volta, com rentabilidade muito grande. E não é só questão de preço, mas também de qualidade de vida, pois quando se trata o solo com mais carinho, quando há mais respeito com a natureza, nos tornamos seres humanos melhores e passamos a ter melhores produções. Tudo isso foi o que aprendi no Ifes e na BSCA, que foi um divisor de águas para a gente sempre estar motivado a investir mais em qualidade e no bem estar das lavouras e no nosso bem estar, o que é refletido na qualidade final", completa.
 
CONTRIBUIÇÃO COM SEU ENTORNO
O professor Moreli diz que os irmãos e uma turma de jovens qualificados pela instituição possuem uma ímpar vocação para contribuir com as pessoas de seu entorno. "Eles focam o desenvolvimento da comunidade como um todo, irradiam esse espírito à sociedade local e estimulam que se capacitem e avancem na produção de cafés especiais, irradiando aos produtores os caminhos a percorrer e a quem procurar", elogia.


Jovens pesquisadores e produtores de cafés especiais: Luiz Henrique, João Paulo Marcate, Luiz Ricardo, Dério e Philippe Brunelli.
 
IMPORTÂNCIA ACADÊMICA
Com foco em capacitar os produtores da região de Venda Nova do Imigrante, o Ifes iniciou o projeto de criação de seu Laboratório de Análise e Pesquisa em Café (LAPC) em 2014, com o professor Lucas Louzada, que, recém chegado ao campus local, deu sequência à profissão que exercia no setor privado como provador, buscando atender a comunidade e treinar alunos para a prática de análise sensorial e produção de cafés especiais.
 
"Tudo nasceu de forma muito simples, fruto de parcerias para aquisição dos equipamentos para a montagem do Laboratório. Com o passar dos anos, o projeto ganhou força e robustez em relação à comunidade científica, dada a notoriedade junto ao território e ao lastro de produção científica dos pesquisadores que hoje atuam junto ao LAPC", conta o docente.
 
Segundo ele, a parceria com a BSCA foi essencial, uma vez que era necessário formar Q-Graders para executar as análises sensoriais com certificação. Nesses seis anos de parceria com a Associação, foram graduados seis alunos como bolsistas, que hoje atuam no setor privado como empreendedores ou estão concluindo sua formação acadêmica.
 
Além disso, o estreitamento da parceria permitiu que vários dos alunos passassem a integrar concursos da BSCA como equipe de apoio, como o exemplo de Dério Brioschi Júnior, que, em 2017, foi o mais jovem juiz da Fase Internacional do Cup of Excellence. "Essa experiência nos permitiu aproximar muitos produtores da BSCA, dando suporte aos concursos de qualidade e ações de promoção dos cafés especiais no Brasil e no mundo", conta.
 
SUCESSÃO NO CAMPO
A sucessão familiar no campo, em especial na cafeicultura, é um assunto que preocupa em todos os países produtores, que ainda observam certa resistência dos jovens ou mesmo de seus pais para que permaneçam no meio rural. Contudo, exemplos como o dos irmãos Pimenta vêm de encontro a esse cenário e demonstram que, bem orientados, com aplicação de inovações e tecnologias, a tendência é que se desperte o desejo pela continuidade e, ainda, que estimulem outros jovens a investirem no agronegócio e seguirem no campo.
 
"No passado, era comum o jovem sair do campo e ir para a cidade para fugir da lida da roça. Hoje, com o trabalho que instituições como o Ifes e a BSCA desenvolvem, é comum o jovem vir para a cidade, estudar e retornar ao campo para aplicar o conhecimento", comenta Louzada.
 
Ele explica que esse é o diferencial dos Institutos Federais, que usam ciência e tecnologia em prol do progresso e da atuação técnica, ou seja, desenvolvem, validam e aplicam. "Com isso, os jovens que saem de nossa instituição estão preparados para os desafios do cotidiano e, acima de tudo, com o senso de possibilidade de ação técnica, municiados de base para realização de ações inovadoras", relata.
 
Para o professor Moreli, é fundamental o processo de transferência de tecnologia que a academia realiza a partir dos jovens, que assumem um papel preponderante nas propriedades. "É uma oportunidade grande, porque os pais, toda a família, passam a ter um entendimento de negócio a partir de uma visão empreendedora desses jovens. Essa conquista coroa todo um trabalho que nós, servidores, assumimos para cumprir o papel governamental que temos. É o Governo entregando à população, que é afoita por oportunidades como essa", analisa.
 
PESQUISA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Hoje, o LAPC do Ifes é reconhecido como Coffee Designer Group, um movimento que congrega 45 doutores, 26 alunos bolsistas e diversas universidades, institutos e empresas do setor privado focados na cooperação em prol da produção de cafés especiais.
 
"Temos como base três pilares fundamentais: ensino, pesquisa e extensão. Nesta lógica, nosso espectro de ensino advém daquilo que produzimos de conhecimento científico através da pesquisa e nossa ação de extensão materializa a prática de ensinar, através do envolvimento que temos com a comunidade. Para o futuro, certamente iremos continuar atuando na formação de jovens alunos, no atendimento à comunidade e na produção de conhecimento científico com qualidade internacional, trabalho que, sem dúvidas, é uma das grandes marcas do Coffee Designer", diz Louzada.
 
Professor Moreli acrescenta que a transferência de conhecimento proporcionada pelos jovens também é vital em todo o processo. "A chegada do resultado de investimentos ao público do campo incentiva e abre oportunidade a outras famílias. Além do pilar constituído por pesquisa, tecnologia e inovação, o fator primordial é estarmos no campo, mostrando que é possível, e só conseguimos fazer isso quando uma entidade como a BSCA nos permite, nos ajuda a realizar", informa.
 
A citação do docente remete ao ano de 2017, quando a BSCA realizou uma série de atividades e o Cup of Excellence em Venda Nova do Imigrante. "À medida que a Associação expandiu a atuação para o Espírito Santo, a um nicho de produtores de pequeno porte, fez os ver que é possível, sim, fazer cafés especiais. Trazer a esses cafeicultores explicações sobre a importância de se investir em sustentabilidade, rastreabilidade, monitoramento e controle do processo produtivo desencadeou um movimento de mudança, pois as informações passaram a ser tangíveis, palpáveis a eles, que aprenderam qual caminho percorrer", revela.
 
Dentro desse contexto, o professor Louzada completa que a produção de café especial com sustentabilidade e qualidade total é outro grande desafio ao futuro, mas que é um conceito que vem sendo trabalhado de forma lenta e gradual nos últimos seis anos e que já rende grandes resultados, como a conquista da família Pimenta, o quarto lugar da família Tozzi e o oitavo lugar da família Braga no Cup of Excellence deste ano.
 
"Esses produtores fazem parte de um programa de rede do Ifes, que trabalha os pilares de ensino, pesquisa e extensão, focando a qualidade total e a sustentabilidade do negócio. Queremos que mais casos como esses se tornem exitosos e vencedores de concursos, expositores em feiras e mostras de qualidade e, acima de tudo, de garantia de renda para a agricultura de base familiar", almeja.
 
COOPERATIVISMO COMO APOIO
Entre os princípios do cooperativismo, constam educação, formação e informação, intercooperação e interesse pela comunidade. E foi embasado neles que o Sicoob Sul Serrano firmou parceria com o Ifes, em 2017, visando investimentos no Cup of Excellence e a promoção dos cafés da região de Venda Nova do Imigrante.
 
O apoio veio após visitas do professor Lucas Louzada, do diretor Geral Aloísio Carnielli e da diretora de Pesquisa do Ifes do campus de Venda Nova do Imigrante, Adriane Moreira, aos polos de excelência do café de Muzambinho e Lavras, em Minas Gerais, e, principalmente, à BSCA, que tiveram como objetivo levar o Cup of Excellence para o Espírito Santo, especificamente para dentro da instituição.
 
"Fomos recebidos pela diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, que comentou os desafios, o rigor do evento e a necessidade de financiamento para execução das ações com êxito. Ali nasceu a parceria que perdura até hoje com a Associação, baseada em confiança, sinceridade e muita dedicação ao café brasileiro, além de ter sido a mola propulsora para outra parceria fundamental, a que firmamos com o Sicoob", revela Louzada.
 
O presidente do Conselho de Administração da cooperativa de crédito, Cleto Venturim, explica que o investimento da instituição teve dois objetivos claros: dar celeridade às ações de ajuda na formação técnica/acadêmica dos alunos do Instituto e promover o café conilon do Espírito Santo, tendo em vista o espectro do cenário global de cafés e por saber que o conilon é um produto genuíno do Estado.
 
"Nós, do Sicoob, temos feito investimentos de ordem de fomento para ações de ensino, pesquisa e extensão no Ifes, dando oportunidade para formação técnica, para que os jovens egressos possam ter uma visão empreendedora no território, com uma base bem estruturada, no sentido de preparo para atuarem junto à agricultura, integrando, assim, boas práticas de mercado, ética, empreendedorismo e inovação", explica.
 
Venturim diz que, nos últimos três anos, a parceria se tornou validada via convênio de cooperação interinstitucional, o que permitiu a preparação de ações visando formação de novos profissionais, capacitação de agricultores, desenvolvimento e transferência de tecnologia. "Estamos focando nossos esforços e recursos para formação técnica de qualidade e com alta capacidade empreendedora no território capixaba", conclui.
 
OLHAR PARA O FUTURO
Ensino, pesquisa e extensão fazem parte do DNA dos professores do Ifes, que olham para o futuro tendo como foco o desenvolvimento do território, algo que consideram primordial para a sustentabilidade das ações institucionais.
 
"O grande desafio é dar oportunidade para mais alunos, produtores e também integrar outras áreas na temática da qualidade. Trabalhar com promoção de novos mercados, ações empreendedoras e segurança alimentar será sempre um desafio para a agricultura moderna. No caso do café, acredito que o futuro está em reduzir o gap entre consumidor e xícara, proporcionando meios de consumo de cafés especiais de forma simplificada, com foco no terroir brasileiro e na diversidade sensorial que nossos cafés possuem", conclui o professor Louzada.
 
E O QUE ESPERAM OS JOVENS CAMPEÕES?
Os irmãos esperam, após a conquista, continuar alcançando a excelência na produção de cafés especiais. "Isso é algo estimulante, importante e que valoriza muito o ser, valoriza muito o nosso saber, como pessoas, e, principalmente, por sermos jovens, é uma ajuda para lidarmos com uma visão diferente da vida, de forma empreendedora, valorizando o nosso trabalho, porque conseguimos fazer cafés excelentes, cafés campeões", conta Luiz Ricardo.
 
Luiz Henrique completa que o título do Cup of Excellence traz uma grande responsabilidade, pois os estimula a trabalhar dando continuidade à excelência na produção, no manejo, na formação dos lotes. "Em cada questão que trabalhamos em nossas lavouras, agora, temos esse bom peso de sermos campeões de algo grandioso, o que faz com que tenhamos uma responsabilidade sadia para seguirmos como exemplos a outros jovens e agricultores familiares", finaliza.
 
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sexta-feira, julho 10, 2020

Campeonatos de Barismo voltarão quando for retomada a segurança sanitária


Campeonatos de Barismo voltarão quando for retomada a segurança sanitária

Campeões Brasileiros de 2020 representarão o país nas competições mundiais de 2021

Em meio ao cenário de incertezas e da impossibilidade de prever como e quando ocorrerá a retomada de todos os setores diante dos reflexos da pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) informa que, até que seja retomado um cenário de segurança sanitária no país, estão suspensos os Campeonatos de Barismo, competições que integram as atividades do projeto setorial "Brazil. The Coffee Nation", desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

A diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, explica que o segmento dos cafés especiais tem um convívio de muita pessoalidade, o que estreita os laços e faz com que todos se preocupem entre si. "Temos como prioridade a saúde e a segurança dos competidores, por isso, de maneira conjunta, suspendemos a realização dos Campeonatos Brasileiros de Barismo de 2021 em todas as categorias, definindo que os baristas campeões de 2020 serão os competidores do país nos Campeonatos Mundiais do ano que vem", explica.

A entidade informa que, com exceção à competição nacional de torra, todos os demais campeões brasileiros de 2020 já são conhecidos. Boram Julio Um é o vencedor do Campeonato de Baristas; Tiago Gonçalves da Rocha, do "Latte Art"; Julia Fortini Souza, do "Brewers Cup"; Emerson do Nascimento Bezerra, do "Coffee in Good Spirits"; e Phelippe Nascimento, da competição de Cup Tasters.

"A definição do campeão brasileiro de torra ocorrerá tão logo o cenário sanitário indique segurança a todos os envolvidos para a realização da competição. No momento, voltamos nossas orações às pessoas impactadas pelo novo coronavírus, direta ou indiretamente, e nossos pensamentos seguem direcionados especialmente àqueles que estão doentes, a quem estendemos nosso desejo de uma rápida e completa recuperação. Externamos, ainda, nossos agradecimentos a toda comunidade cafeeira, que, simbolicamente unida, enfrenta esse momento tão difícil e delicado que vivemos", completa Vanusia.

Desde setembro de 2016, a BSCA é a Competition Body no Brasil da World Coffee Events (WCE), entidade organizadora dos Campeonatos Mundiais de Barismo e detentora dos direitos da competição em todo o mundo. Esse status confere à Associação o direito de realizar as etapas classificatórias das competições mundiais, as quais conduzem os campeões brasileiros para a fase final dos certames internacionais nas suas sete modalidades: (i) Barista; (ii) Latte Art; (iii) Brewers Cup; (iv) Coffee in Good Spirits; (v) Cup Tasters; (vi) Roasting (torrefação); e (vii) Cezve Ibrik (café turco - não realizada no Brasil).

BRAZIL. THE COFFEE NATION
Os Campeonatos Brasileiros de Barismo são ações integrantes do projeto setorial "Brazil. The Coffee Nation", desenvolvido pela BSCA e pela Apex-Brasil com foco na promoção comercial dos cafés especiais brasileiros no mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos produtos nacionais em todo o mundo e posicionar o Brasil como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta decorrente de pesquisas realizadas no país.

O projeto visa, ainda, a expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção nacional de cafés especiais, evidenciando sua responsabilidade socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos brasileiros. As empresas que ainda não fazem parte do projeto podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através do telefone (35) 3212-4705 ou do e-mail exec@bsca.com.br.

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sexta-feira, junho 19, 2020

Mantiqueira de Minas é reconhecida como Denominação de Origem

Mantiqueira de Minas é reconhecida como Denominação de Origem

D.O. determina que cafés produzidos na região possuem características específicas vinculadas a fatores naturais e humanos


 
Membros da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) têm motivo para celebrar desde o dia 9 de junho. Mais de 20 associados da Mantiqueira de Minas agora podem se intitular como representantes da Denominação de Origem Mantiqueira de Minas, evolução de status de Indicação Geográfica (IG) concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para o café verde em grão e ao café industrializado torrado em grão ou moído da região.

As IGs são importantes ferramentas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinadas origens produtoras e, entre suas funções, está a de promover e proteger uma região. Assim, a obtenção de Denominação de Origem pela Mantiqueira de Minas indica que os cafés produzidos na região possuem características específicas vinculadas à geografia local, levando-se em conta fatores naturais, como clima, solo, vegetação e altitude, e humanos, com a tradição e a história dos produtores.

Segundo a diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, essa conquista reforça que a Denominação de Origem Mantiqueira de Minas produz cafés excepcionais e que os cafeicultores da região sempre voltaram sua atenção ao cultivo desses grãos diferenciados. "Tudo começou no final do século XX, quando os produtores investiram na produção por via úmida, os cerejas descascados e despolpados, o que, logo nos primeiros anos do século XXI, fez com que conquistassem, pela primeira vez, o título do Cup of Excellence, o principal concurso de qualidade do mundo", recorda.

Ela comenta que a obtenção da Denominação de Origem é fundamental para a cafeicultura da Mantiqueira de Minas em termos de qualidade e no aspecto social. "A D.O. é fantástica para o reconhecimento da qualidade e do diferencial dos cafés produzidos na região e pela geração dos milhares de empregos, pois é uma atividade de montanha, onde o trabalho é 100% manual, com uma responsabilidade social enorme", analisa.

Localizada no lado de Minas Gerais da Serra da Mantiqueira, no sul do Estado, a região possui tradição secular na produção de cafés de qualidade, sendo uma das mais premiadas do Brasil. Seus cafés são raros e surpreendentes, refletindo a combinação de um terroir único e do saber fazer local que busca continuamente a excelência.

A Denominação de Origem Mantiqueira de Minas compreende 25 municípios, dedicando 56 mil hectares ao cultivo de café, divididos entre 8,2 mil produtores, dos quais 82% são da agricultura familiar. A região se destaca por possuir características únicas de topografia e pelo zeloso trabalho realizado pelos cafeicultores, sempre em busca dos frutos mais maduros e uniformes, que correspondem a uma produção de aproximadamente 1,2 milhão de sacas ao ano.

Em tempos em que os consumidores cada vez mais buscam conhecer a procedência e a história dos produtos e produtores, a Denominação de Origem Mantiqueira de Minas vem para promover e disseminar a cultura, o jeito de ser e o entusiasmo dos cafeicultores locais.

"A D.O. é um verdadeiro passaporte para a beleza natural das montanhas e fazendas centenárias da região, apresentando aos consumidores os detalhes dos processos produtivos desses cafés diferenciados, cultivados sob o respeito ambiental e social. É uma ferramenta que permite que o consumidor tenha uma experiência prazerosa de conexão com a origem, estimula a produção regional e fomenta o turismo ao local", conclui Vanusia.

A Denominação de Origem Mantiqueira de Minas é a evolução da IG de Indicação de Procedência que a região detinha até o dia 9 de junho. Os cafés cultivados no local estão acima de 1.040 metros de altitude e possuem características especiais, como acidez cítrica e elevada, corpo denso e sedoso e finalização longa e prazerosa. Dos 25 municípios que compõem a origem, a BSCA possui associados em 10: Baependi, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Dom Viçoso, Heliodora, Pedralva, Santa Rita do Sapucaí, São Lourenço e Soledade de Minas.

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segunda-feira, junho 08, 2020

Lucca: a maioridade de uma vida dedicada aos cafés especiais

A maioridade de uma vida dedicada aos cafés especiais


Em 7 de junho de 2002, nasceu, no bairro Batel, em Curitiba (PR), a marca Lucca Cafés Especiais. Fruto do amor pelo café do casal Georgia Franco e Luiz Otávio Franco Souza, o nome é uma homenagem ao sobrenome do avô materno do marido, João Pedro Lucca, que foi produtor de café no Norte do Paraná.

Desde o primórdio voltada ao nicho de especialidade, a loja abriu com uma máquina de torra dentro do estabelecimento, oferecendo cinco cafés provenientes das regiões mais conhecidas, à época, como produtoras de cafés especiais. A aceitação da ideia foi tão fantástica por parte dos clientes que, atualmente, a Lucca ampliou seu portfólio para 40 rótulos disponíveis na cafeteria e em seu e-commerce.

O começo
Essa história, contudo, teve início mais para trás, na infância de Georgia, quando descobriu sua paixão pelo café nas terras de seu avô. "Já conhecia a rotina de uma fazenda e o cheiro de café", lembra.

Seu primeiro caminho profissional, no entanto, conduziu-a para uma área bem diferente: engenharia e informática. Após anos na frente das telas de computadores, Georgia resolveu mudar de profissão. No ano 2000, entrou em um curso de gastronomia em uma escola de culinária em Nimes, na França.

Ao concluir o curso, retornou ao Brasil, quando foi convidada pelo grupo Ferroni, uma grande fazenda paranaense produtora de café especial, para desenvolver os blends dos grãos para exportação. Aceitou de prontidão.

Frutificava, assim, a primeira semente de café plantada em sua infância. "Essa foi uma chance que vi para levar o meu talento gourmet a uma área que estava se apresentando para mim. É claro que, para chegar até à Lucca, muitas etapas foram superadas, mas a ideia surgiu naquele momento", recorda.

Durante três anos, Georgia se dedicou ao universo cafeeiro, frequentando as principais feiras do setor em todo o mundo. Tornou-se membro da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA) e da Associação Europeia de Cafés Especiais (SCAE) – as entidades fizeram a fusão e, hoje, formam a Specialty Coffee Association (SCA) – e, de lá, trouxe conhecimento e material sobre o que havia de melhor em tecnologia relacionada a café em grãos, torra e preparo.

Outro fator que incentivou a abertura da Lucca foi a participação de Georgia, no início de 2002, no Primeiro Campeonato Brasileiro de Baristas, quando foi finalista em um concurso com mais de 60 participantes. "Isso demonstrou que meu conhecimento, que achava ser apenas teórico, já tinha chegado à prática o suficiente para trabalhar em meu próprio negócio", comenta.

A evolução
Georgia é uma mulher que não abre mão de seus sonhos, foi assim que ela e Luiz Otávio fundaram a Lucca Cafés Especiais. E, também seguindo sua paixão pela gastronomia, em 2006 a loja ganhou uma nova sede, com 350 metros quadrados, que dispõe, além da máquina de torra, de cozinha e confeitaria próprias, onde coloca em prática todas as habilidades com aromas e sabores.

Desde o início, um dos princípios da Lucca e seus criadores é cultivar o relacionamento com os produtores. Para garimpar cafés de excelência, Georgia visita propriedades, experimentando amostras e escolhendo os grãos que serão torrados na loja. Reforçando esse conceito, ela convida os parceiros para fazer degustações de seus cafés com clientes finais, proporcionando um rico intercâmbio.

A empresária também não perde a oportunidade de participar como provadora em concursos nacionais de qualidade, em quase todas as regiões produtoras. Em 2006, foi a melhor provadora do grupo de juízes do “Cup of Excellence – Brasil”, o que lhe rendeu uma vaga na fase internacional. Com sua capacitação, em 2009 e 2010, foi juíza na fase internacional da mesma competição, mas na Guatemala e na Colômbia, respectivamente.

Laboratório Escola
Com todo o desenvolvimento e o conhecimento adquiridos, foi natural Georgia iniciar cursos e treinamentos para baristas, primeiramente aos profissionais da loja e, com o tempo, também para formação de baristas das cafeterias parceiras.

Atualmente, quase 15 anos depois, o laboratório oferece mais de uma dezena de cursos de formação, nas diversas áreas do barismo, degustação e torra de café, tendo formado centenas de profissionais. Além disso, o estabelecimento também disponibiliza degustações e workshops para apreciadores.

Em 2014, Georgia obteve a certificação no primeiro grupo de Authorized SCA Trainers (AST) no Brasil. Como membro da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), a quem se filiou em 2011, a Lucca Cafés Especiais teve a oportunidade de certificar o laboratório dentro das exigências da SCA, além de seus instrutores também possuírem certificados, o que concede o direito de ministrar os cursos da associação internacional. Como resultado, até 2018 já havia formado 6 AST’s em diversas áreas.

A torrefação
Com o reconhecimento do trabalho e da excelência de seus cafés, houve aumento da demanda dos clientes de cafeterias para a torrefação da Lucca, o que, em 2010, fez surgir uma sede própria para essa finalidade, em Pinhais (PR), com a compra de mais um torrador, o Probatone 12.

Café com pão
Recordam-se da mulher antenada às novidades e que não abre mão de seus sonhos? Pois bem, com a chegada da onda do pão artesanal, de fermentação natural, chamado "sourdough" ou "levain", Georgia conduziu uma perfeita aproximação do produto com o café. “Um complementa o outro de forma natural”, diz.

A família Feliz, tradicional moageira de trigo em Curitiba, sempre foi próxima à família de Luiz Otávio, desde o tempo dos avós. Eduardo Feliz, da segunda geração, mantém a atividade familiar em uma indústria de insumos para panificação. Foi nesse contexto que Eduardo Freire Feliz, terceira geração, despertou a paixão pela panificação de fermentação natural, com farinhas de origem.

Assim nasceu a parceria entre café e trigo, que, hoje, na loja no coração do Batel, proporciona uma cena aromática fantástica, pois é comum ver os cafés serem torrados e os pães assados junto aos clientes.

Currículo de gente grande
A Lucca Cafés Especiais possui um leque de profissionais gabaritado. A empresária Georgia foi uma das primeiras juízas brasileiras certificadas no World Barista Championship (WBC). Ao longo de seus 18 anos, a loja realmente atingiu a maioridade, com seus baristas sendo 15 vezes campeões brasileiros, tendo Georgia como coach em diversas categorias.

E a performance vai além-fronteiras. Isso porque os melhores desempenhos alcançados por baristas brasileiros nos campeonatos mundiais foram obtidos por profissionais qualificados pela Lucca.

Foi assim com Graciele Rodrigues, vice-campeã do Mundial de Latte Art, em 2012, na Coreia do Sul; com Carolina Franco de Souza, filha de Georgia e Luiz, quarta colocada no Mundial de Cup Tasters na Holanda, em 2011, e quinto lugar no Mundial de Brewers Cup na Austrália, em 2013; e Eduardo Scorsin, quarto colocado no Mundial de Coffee in Good Spirits na Suécia, em 2015.

O sucesso em todos os segmentos de atuação, desde a infância e o cafezal, até os 18 anos de loja e a continuidade da vivência no cafezal, cravam, nesse dia 7 de junho de 2020, que a Lucca Cafés Especiais alcançou, literalmente, sua maioridade na dedicação e amor aos cafés especiais.

Mais informações para a imprensa
BSCA - Assessoria de Imprensa
Paulo André C. Kawasaki
(61) 98114-6632 / ascom@bsca.com.br

Consumo de hortaliças é altamente recomendado durante a pandemia da Covid-19



Entidade brasileira alerta sobre a importância da ingestão de folhosas e vegetais pela população para o reforço da imunidade do organismo


 
Assim como o uso da máscara respiratória, do álcool em gel 70% e da lavagem das mãos constantemente, outro hábito fundamental em tempo de pandemia é cuidar diariamente da qualidade da alimentação, para o reforço da imunidade do organismo. Já é de conhecimento público, divulgado pelas principais organizações mundiais e pelos médicos da linha de frente do combate à doença, que a Covid-19 acomete mais e se torna ainda mais severa em pessoas com comorbidades, tais como: cardíacos, diabéticos, hipertensos, asmáticos, obesos, pacientes renais, anêmicos, dentre outros. Problemas diferentes, mas que geralmente são desencadeados ou agravados por um histórico alimentar e estilo de vida pouco saudáveis. De acordo com o Ministério da Saúde, 8 em cada 10 dos pacientes mortos pelo coronavírus apresentavam pelo menos um fator de risco associado, como os citados acima.

Vale destacar ainda que, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca 5,2% das pessoas sofrem de subnutrição no país, 55,7% pessoas estão com sobrepeso e 19,8% estão obesas. Ou seja, mais de 80% da população brasileira não se alimenta adequadamente, em termos nutricionais. “Este é um cenário extremamente alarmante, no qual fica evidente e urgente, a necessidade da população estabelecer uma rotina alimentar mais saudável diariamente, que seja rica em vitaminas, fibras e sais minerais, a fim de manter o corpo imunologicamente fortalecido e preparado para o enfrentamento às doenças, inclusive para a Covid-19”,  alerta o presidente da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), Paulo Koch.

A entidade, que representa as indústrias sementeiras de hortaliças no país, está bastante preocupada, já que mesmo com a existência prévia de todo este panorama ruim acerca da alimentação dos brasileiros, tem observado os números do consumo de hortaliças diminuírem ainda mais, devido à queda da demanda no mercado por conta das medidas de isolamento social e das novas regras de funcionamento dos estabelecimentos comerciais de alimentação. “Isto é um reflexo da diminuição das compras no período e de uma mudança de hábito trazida pela pandemia, já que muitos têm priorizado alimentos menos perecíveis, uma vez que folhosas e vegetais são produtos frescos e, por isso, possuem menor durabilidade”, explica Koch.

Ele esclarece ainda que o que muitos consumidores desconhecem é que, “atualmente, grande parte das variedades de hortaliças vendidas no mercado possui um tempo maior de durabilidade pós-colheita, graças às técnicas de melhoramento genético desenvolvidas pela indústria sementeira, além de aceitarem a aplicação de metodologias simples de congelamento caseiro e a possibilidade do uso em receitas, que podem aumentar a durabilidade destes alimentos até o momento do consumo, sem perder os seus nutrientes”.
 
Ação em prol do consumo

Para tentar reverter esta situação de queda no consumo de hortaliças, a ABCSEM tem se organizado junto aos seus associados para manter a normalidade no fornecimento de sementes de hortaliças para todo o território nacional, apoiando os produtores rurais e os distribuidores, respeitando as novas normas e os procedimentos de higiene e segurança frente à pandemia, além de difundir sua ação nacional para o incentivo à alimentação saudável no país – a Campanha “AlimentAção +Salada”. “O nosso objetivo, enquanto representantes da cadeia produtiva de sementes, é nos unirmos à sociedade neste momento difícil, orientando sobre a importância da qualidade da alimentação frente à doença, resguardando também todos os elos da cadeia produtiva de hortaliças, cujos profissionais dependem das vendas destes produtos para a geração de renda e a garantia de milhares de empregos no campo”, enfatiza o presidente.

Com a chegada do coronavírus ao país, a Campanha Nacional “AlimentAção +Salada”  ganhou reforços na divulgação e movimenta o setor (empresas e entidades) para divulgar a necessidade do aumento do consumo de hortaliças no país, já que mais da metade da população brasileira não consome a quantidade mínima de frutas, legumes e vegetais (FLV), indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400 gramas por dia. Apenas 24,1% dos brasileiros ingere a quantidade mínima recomendada. Entre os homens, o percentual verificado pela pesquisa é ainda menor: apenas 19,3% atendem às recomendações. Entre as mulheres, o consumo atinge 28,3% do total. “Esperamos que com mais hortaliças diariamente na mesa dos brasileiros, seguindo todos os cuidados e recomendações dos órgãos nacionais e internacionais, possamos sair o mais rápido possível dessa crise, vencendo juntos o combate ao coronavírus no país”, finaliza Koch.
 
MyPress & Co. 
imprensa@mypress.com.br

Jornalistas Responsáveis: 
Isabella Monteiro

Daniela Mattiaso

quinta-feira, abril 23, 2020

Fundação Agrisus completa 19 anos de apoio à pesquisa agronômica no país

Fundada pela família do engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso, hoje com 105 anos de idade, a Agrisus (www.agrisus.org.br) chega aos 19 anos em 24/04. Desde seu início, seu foco foi sempre educativo, sendo a única entidade privada de financiamento da pesquisa agronômica no país. Apoia ainda a realização de congressos, simpósios e dias de campo, bem como viagens de estudos e formação de bibliotecas.

A Agrisus foi constituída após Cardoso, fundador do Grupo Manah (fertilizantes e gado de corte) e seu diretor e presidente de 1947 a 2000, vender a empresa e destinar parte dos recursos para essa finalidade. Asim ela permanece até agora, privada e sem fins lucrativos. Hoje tem como presidnte Antonio Roque Dechen, sendo Ondino Cleante Batglia seu secretário executivo. Nesse período, foram submetidos para avaliação 2970 projetos, com aprovação de 1108. O investimento direto nos projetos mais os valores necessários para gestão dos recursos chegam a uma estimativa de 23 milhões de reais no período. A Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), desxde o início, é responsável pela gestão administrativa e financeira dos projetos, sendo uma parceira estrutural da Agrisus, uma vez que o próprio Conselho Curador é responsável pelas duas fundações.

Até agora, já foram concluídos 321 projetos de pesquisa agronômica, incluindo bolsas de estudos para estudantes nas diversas universidades e instituições. Essas pesquisas tiveram grande impacto no aperfeiçoamento do sistema de plantio direto no país. Resultados expressivos foram obtidos com projetos de integração lavoura/pecuária, destacando-se projetos de longa duração no Rio Grande do Sul, onde se firmou a integração de soja e pastagens de avezém no inverno, especialmente na criação de ovelhas. Nos solos arenosos do Paraná, os progressos foram marcantes quando se integrou soja e braquiárias, permitindo o cultivo da soja e produção de 2000 litros de leite ou 300 kg de carne bovina no mesmo hectare durante o ano.

Nos últimos 14 anos já foram apoiados 393 eventos, envolvendo manejos para melhoria e conservação da fertilidade dos solos brasileiros. O treinamento coletivo de agricultores e de pessoal técnico envolvido no desenvolvimen to da agricultura conservacionista tem sido uma atividade muito valorizada desde o início dos trabalhos. Alguns eventos de destaque são os congressos e reuniões promovidos pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, os Encontros Nacionais de Plantio Direto promovidos pela Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP) e uma grande quantidade de outros encontros de abrangência nacional ou regional, sempre envolvendo manejos conservacionistas para melhoria e conservação da fertilidade dos solos brasileiros.

Embrapa promove lives com pesquisadores



A Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE) está promovendo desde o início deste mês lives semanais em seu perfil no Instagram (http://www.instagram.com/embrapaagroindustriatropical) sobre temas relacionados à pesquisa agropecuária. As conversas virtuais com os pesquisadores ocorrem sempre às quintas. O tema desta semana são as tecnologias de processamento da água de coco. Vamos conhecer mais sobre o tema com o engenheiro de alimentos Fernando Abreu nesta quinta-feira, dia 23 de abril, a partir das 15 horas.  
Saborosa e nutritiva, a água de coco deixou de ser uma bebida consumida apenas in natura e passou a se fazer presente em gôndolas de supermercado de todo o país sob as mais diversas formas. Para que isso fosse possível, as tecnologias da Embrapa tiveram um papel muito relevante. A live abordará os principais problemas e possíveis soluções enfrentados principalmente por pequenos e médios processadores, bem como os grandes empreendimentos industriais que lidam com a transformação em escala comercial desse produto.

Serviço - Lives Embrapa Agroindústria Tropical

23/04, às 15h - Tecnologias de Processamento da Água de Coco
30/04, às 15h - Hambúrguer Vegetal de Fibra de Caju
07/05, às 15h - Inovação na Agroindústria Tropical

--
Ricardo Moura, Assessor de Comunicação
Núcleo de Comunicação Organizacional – NCO
Embrapa Agroindústria Tropical
Fortaleza/CE

ricardo.moura@embrapa.br
Telefone: (85) 3391.7117 I Skype: ricardoxmoura I Twitter: @ricardoxmoura
www.embrapa.br/agroindustria-tropical Twitter: @embrapacnpat
Confira também: www.facebook.com/embrapaagroindustriatropical


quarta-feira, março 11, 2020

Embrapa: Tecnofam 2020 Tecnologias e Conhecimentos para Agricultura Familiar_Programação







O Censo Agropecuário do IBGE, demonstrou que 61% das propriedades rurais economicamente ativas no Mato Grosso do Sul, ou seja, 43.223 propriedades rurais pertencem a agricultura familiar. O estado conta com um total de 71.164 mil propriedades entre grandes e pequenos produtores.
Diante da relevância da agricultura familiar para o cenário agropecuário estadual, a Embrapa, em parceria com o governo de Mato Grosso do Sul, através da Semagro e Agraer, realiza a 4ª edição da Tecnofam – Tecnologias e Conhecimento para a Agricultura Familiar. O evento acontece de 7 a 9 de abril, na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, destaca que essa parceria com a Embrapa Agropecuária Oeste, em favor da realização da Tecnofam já acontece há alguns anos. 
“O que é o Showtec para a soja e o milho, é a Tecnofam, para os agricultores familiares. Esse evento possibilita acesso à tecnologia, ao crédito e ao conhecimento, em favor de aumento de produtividade e aumento de renda do agricultor familiar”, acrescentou o secretário.
O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Unidade, Auro Akio Otsubo, participou de reunião em Campo Grande, na sexta-feira, 31 de janeiro, com a equipe do governo do estado para conversar sobre a organização do evento e definir as estratégias finais que vão garantir o sucesso do mesmo.
“Foi uma reunião importante e ficamos satisfeitos com a parceria do governo do estado em mais uma edição do evento. Além disso, em breve teremos o lançamento do evento em Campo Grande, com a presença de autoridades e liderança do setor”, destaca Otsubo.
Ele explica ainda que “a Tecnofam oportuniza aos participantes o contato com soluções tecnológicas, com enfoque na sustentabilidade da produção agropecuária, possibilitando aumento da eficiência produtiva, gerencial e financeira de sua propriedade”.
Expositores – Ainda estão disponíveis alguns estandes para empresas privadas, que oferecem produtos, serviços, tecnologias e/ou sistemas voltados para a agricultura familiar. Os interessados podem entrar em contato, enviando e-mail para: cpao.chtt@embrapa.br
Serviço:
Tecnofam – Data: 7 a 9 de abril de 2020 – Das 7h30 às 16h30
Local: Embrapa Agropecuária Oeste – Rodovia BR 163, Km 253,6/ Dourados (MS)
Christiane Congro Comas (Mtb-SC 00825/9 JP)
Embrapa Agropecuária Oeste

Contatos para a imprensa
Telefone: (67) 3416-6884
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)






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