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terça-feira, julho 29, 2014

REINALDO AZEVEDO: FMI incluiu o Brasil no grupo das cinco economias mais frágeis entre os emergentes. Daqui a pouco, os propagandistas palacianos começam a atacar o FMI e, talvez, Lula venha a público com um palavrão novo!




Ai, ai, ai…

“Quos volunt di perdere, dementant prius”. Eis um velho adágio latino. Podemos traduzi-lo assim: “Quando os deuses querem destruir alguém, começam por lhes tirar o juízo”. É o que me ocorreu ao saber que a presidente Dilma Rousseff afirmou, na sabatina a que se submeteu ontem, que as perspectivas negativas da economia são equiparáveis ao pessimismo pré-Copa. Ou por outra: seria tudo espuma sem fundamento. A presidente finge que os números não estão aí: juros de 11% ao ano, crescimento abaixo de 1% e inflação, hoje, acima do teto da meta, que é de 6,5%. No fim do ano, deve ficar pouco abaixo desse limite. Vale dizer: não estamos lidando com meras expectativas ou subjetivismos, mas com fatos realizados.

Nesta terça, veio o balde de água fria da realidade na cálida ilusão do palavrório. O FMI incluiu o Brasil no grupo das cinco economias mais frágeis entre os chamados países emergentes, na companhia de Índia, Turquia, Indonésia e África do Sul.

Segundo o Fundo, o Brasil pode ser afetado duramente pela retirada de estímulos à economia dos países ricos, com a consequente elevação da taxa de juros, e pelo crescimento abaixo do esperado dos emergentes. O Brasil pode ficar numa situação difícil, com queda do preço das commodities — o que seria péssimo para uma balança comercial já combalida —; dificuldades para contrair financiamento externo; redução de investimentos; queda no preço dos ativos em Bolsa e desvalorização cambial. O conjunto seria danoso para a expansão do Produto Interno Bruto.

Em agosto do ano passado, o banco americano Morgan Stanley já havia feito um alerta sobre as fragilidades desses cinco países. Por aqui, o governo deu de ombros, com a arrogância costumeira. Naquele caso, falava-se especificamente do fim do ciclo de estímulos à economia americana, que voltava a crescer. Foi batata! Nos meses seguintes, esses cinco países viram fuga de capitais e desvalorização de suas respectivas moedas. Ninguém, como o Brasil, sofreu tanto nesse processo.

É claro que não cabe a Dilma Rousseff, numa sabatina, admitir que a situação é muito difícil. Mas também é preciso tomar cuidado com a parvoíce e com o simplismo, que assustam ainda mais os agentes econômicos. Quando a presidente da República compara dificuldades reais da economia — para as quais o governo, até agora, não aponta respostas — com mero pessimismo sobre Copa do Mundo, dá evidentes sinais de alheamento da realidade.

Segundo o FMI, as principais dificuldades do país hoje são a baixa taxa de investimento e de poupança doméstica. O caminho seria atacar os gargalos de infraestrutura — especialmente no setor elétrico e de transportes —, adotar medidas que elevem a produtividade e a competitividade e mudar o rumo da prosa, não ancorando o crescimento apenas no consumo, como de fez nos últimos anos. Esse ciclo já se esgotou.

Ocorre, meus caros, que isso é tudo o que o governo tem demonstrado que não sabe fazer. Certo! Daqui a pouco, os propagandistas palacianos começam a atacar o FMI e, talvez, Lula venha a público com um palavrão novo — a exemplo do que fez ao contestar a avaliação negativa de um banco sobre a economia —, achando que resolve tudo no berro. Não resolve.

Há uma hora em que é preciso ter mais do que sorte e garganta; é preciso ter também competência. 

"AGENDA", O DOCUMENTÁRIO-BOMBA, AGORA COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS REVELA COMO AGE O COMUNISMO DO SEC. XXI. QUEM VÊ ESTE VÍDEO JAMAIS VOTARÁ EM CANDIDATOS DO PT!



O famoso filme-documentário intitulado Agenda, agora está disponível com legendas em português e vale muito a pena ser visto. Mostra como o comunismo, como já afirmei em artigos aqui no blog, não desapareceu com o esfacelamento da ex-URSS e a queda do Muro de Berlim, apenas mudou radicalmente sua forma de ação. A guerra contra a democracia e a liberdade é travada de forma sutil e silenciosa, sem armas e sem bombas, por meio de uma doutrinação sistemática que se utiliza das próprias instituições democráticas para subvertê-las. É denominado "marxismo cultural".

O filme mostra como isso ocorreu e continua ocorrendo nos Estados Unidos. Entretanto, ao ver este documentário se constata que a mesma coisa acontece no Brasil aqui e agora, bem como em toda a América Latina e na Europa.

A ver este documentário vocês constatarão de forma absolutamente clara e evidente como tudo que é relatado coincide com o discurso e a prática dos governos do PT.

Por tudo isso, esse filme é imperdível. Não deixe de ver e compartilhar com todos os seus amigos e familiares.




MERVAL PEREIRA: É inaceitável um governo interferir em uma empresa privada impedindo que ela expresse sua opinião sobre a situação econômica do país





Artigo de Merval Pereira


Concordo com a presidente Dilma que classificou ontem o que está acontecendo no mercado financeiro de “inadmissível” e “lamentável”, mas tenho a visão oposta à dela: o que é inaceitável é um governo, qualquer governo, interferir em uma empresa privada impedindo que ela expresse sua opinião sobre a situação econômica do país. Sobretudo uma instituição financeira que tem a obrigação de orientar clientes para que invistam seu dinheiro da maneira mais rentável ou segura possível.

Numa democracia capitalista como a nossa, que ainda não é um "capitalismo de Estado" como o chinês, embora muitos dos que estão no governo sonhem com esse dia, acusar um banco ou uma financeira de “terrorismo eleitoral” por fazerem uma ligação óbvia entre a reeleição da presidente Dilma e dificuldades na economia é, isso sim, exercer uma pressão indevida sobre instituições privadas. 

Daqui a pouco vão impedir o Banco Central de divulgar a pesquisa Focus, que reúne os grandes bancos na previsão de crescimento da economia, pois a cada dia a média das análises indica sua redução, agora abaixo de 1% este ano.

Outro dia escrevi uma coluna sobre a influência da economia nos resultados eleitorais, e o incômodo que a alta cúpula petista sentia ao ver análises sobre a correspondência entre os resultados das pesquisas eleitorais e os movimentos da Bolsa de Valores: quando Dilma cai, a Bolsa sobe.

Essa constatação, fácil de fazer e presente em todo o noticiário político do país nos últimos dias, ganhou ares de conspiração contra a candidatura governista e gerou intervenções de maneiras variadas do setor público no privado. O Banco Santander foi forçado a pedir desculpas pela análise enviada a investidores sugerindo que prestassem atenção às pesquisas eleitorais, pois se a presidente Dilma estancasse a queda de sua popularidade ou a recuperasse, os efeitos imediatos seriam a queda da bolsa e a desvalorização cambial. E vice-versa

O presidente do PT, Rui Falcão, já havia demonstrado que o partido governista não se contenta com um pedido de desculpas formal, como classificou a presidente Dilma: “A informação que deram é que estão demitindo todo o setor que foi responsável pela produção do texto. Inclusive gente de cima. E estão procurando uma maneira resgatar o que fizeram”. Ontem, na sabatina do UOL, a presidente Dilma disse, em tom ameaçador, que terá “uma conversa” com o CEO do Banco Santander.

Mas não foi apenas o Banco Santander que sofreu esse assédio moral por parte do governo. Também a consultoria de investimentos Empiricus Research foi acusada pelo PT de campanha eleitoral em favor do candidato oposicionista Aécio Neves, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatado o pedido para que fossem retirados do Google Ads anúncios bem-humorados do tipo “Como se proteger de Dilma” e “E se Aécio ganhar”.

Justamente é este o ponto. A cada demonstração de autoritarismo e intervencionismo governamental, mais o mercado financeiro rejeita uma reeleição da presidente Dilma, se prepara para enfrentá-la ou comemora a possibilidade de que não se realize. Isso acontece simplesmente por que o mercado é essencialmente um instrumento da democracia, como transmissor de informações e expressão da opinião pública.

Atitudes como as que vêm se sucedendo, na tentativa de controlar o pensamento e a ação de investidores, só reforçam a ideia de que este é um governo que não tem a cultura da iniciativa privada, e não lida bem com pensamentos divergentes, vendo em qualquer crítica ou mesmo análise uma conspiração de inimigos que devem ser derrotados.

Um dos sócios da consultoria Empiricus Research, Felipe Miranda, afirmou em entrevistas que não se intimidará, e fez uma constatação óbvia. “O que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento”.

JOÃO BOSCO RABELLO: Solidifica a desconfiança de que um eventual segundo mandato de DILMA será mais do mesmo





Por João Bosco Rabello no Estadão


Em que pese à indevida formalização aos clientes de um ponto de vista eleitoral, a mensagem do Banco Santander aos clientes especiais sobre a conjuntura econômica reflete a visão do mercado. Associá-la a uma sugestão, implícita na análise, para que não votem na candidata governista, é ultrapassar o limite ético e legal.

A repercussão do episódio, já objeto de desculpas públicas do banco, materializou o que já indicara, mais de uma vez, o sobe e desce da bolsa a cada pesquisa – em alta nas quedas da aprovação da presidente e de seu governo e versa.

Os agentes econômicos que formam o chamado mercado não se restringem aos especuladores, que costumam ganhar em qualquer circunstância. Não é algo abstrato, mas um segmento empresarial e financeiro que representa a força produtiva do país e que conviveu bem com os oito anos de governo Lula.

Tolice, portanto, ou mera retórica defensiva do PT, atribuir as críticas do setor, e mesmo sua oposição à política econômica do governo, um sentimento antipetista que, por si só, explicaria o distanciamento dos investidores, empenhados em uma ação conspiratória.

SEM EFEITOS ELEITORAIS
Em outros tempos essa retórica poderia até surtir algum efeito eleitoral, mas nos dias de hoje, com a população exibindo um comportamento pragmático por melhores serviços, permanece tolo insistir nesse tipo de reação, fora da realidade.

O fosso que separa a presidente Dilma das aspirações da sociedade por gestão competente é reflexo da ausência de investimentos e de parceria entre governo e setor privado, modelo rejeitado pelo PT historicamente, mas decisivo para atender à demanda das ruas.

Por descuido, ato falho, ou algo pior que as desculpas públicas do banco não avalizam, a instituição financeira expôs o que as análises internas do setor já fazem circular pelas vias legais há muito tempo, sem que suas críticas valessem uma reavaliação do modelo econômico.

O mercado, que o PT trata como uma abstração, se guia pelos negócios e pelo lucro, como é inerente ao capitalismo. Não joga dinheiro fora e não aposta em gestões duvidosas do ponto de vista dos resultados, não importando qual partido esteja no poder – a menos que seja um que pretenda reverter o sistema capitalista.

SEM RESPOSTA
À parte a reação de indignação motivada pelo potencial dano eleitoral da análise do Santander, o governo e seu partido não têm resposta para o conteúdo do documento enviado aos clientes, que essencialmente revela dúvidas quanto à capacidade de reversão dos resultados da economia em 2015, em caso da continuidade do modelo em curso.

É uma dúvida generalizada, permeada aqui e ali de certezas negativas. A presidente Dilma não disse ainda o que fará para reverter o quadro econômico próximo da recessão, limitando sua autocrítica a um genérico mea culpafeito de forma indireta por interlocutores não nominados.

Esse caminho, pouco claro, indireto e genérico, dá apenas aparência de boas intenções a uma gestão que ainda não se mostrou revisionista, optando até aqui por uma administração de varejo, de erro e ensaio, à base do a cada dia sua agonia.

Não há confiança que se restabeleça nesse contexto, o que não só aumenta a distância entre governo e empreendedores, como solidifica a desconfiança de que um eventual segundo mandato será mais do mesmo.

GOLPE: Agentes cubanos atuaram nas campanhas presidenciais de Lula



DEU NA VEJA (9/7/2014)

“De 1977 a 1994, Juan Reinaldo Sánchez foi membro da elite do serviço de inteligência cubano e guarda costas do ditador cubano Fidel Castro. Nas viagens internacionais, era ele quem fazia o trabalho de contra espionagem da comitiva de Fidel.

Do exílio em Miami, Sánchez falou ao editor Leonardo Coutinho sobre um tema não incluído em seu recém lançado livro A Vida secreta de Fidel: as relações do PT com o regime cubano: 

VEJA - Quando o senhor conheceu Luiz Inácio Lula da Silva? 

Sánchez - Foi em 1989, no Palácio da Revolução, na ante-sala do despacho de Fidel. Manuel Piñeiro, então chefe da Direção Geral de Inteligência, apresentou Lula para mim e para os demais guardas. Piñeiro disse: “Lula da Silva será o futuro presidente do Brasil.” 

VEJA - O senhor acompanhou todo o encontro entre Fidel e Lula? O que foi discutido? 

Sánchez - Sim eu estava presente. A conversa era sobre o apoio de Cuba, por meio do Departamento América do Comitê Central do partido Comunista, daria à campanha de Lula à presidência do Brasil. Não sei se foi enviado dinheiro. O que foi acertado, e disso eu tenho certeza, foi o envio ao Brasil de agentes cubanos capazes de garantir a segurança das comunicações da campanha e também, de espionar as dos adversários. Esses agentes faziam espionagem e contraespionagem para conseguir informações com objetivo de influenciar a eleição. É evidente que isso custou dinheiro à Cuba. Não sei se eles atuaram nas outras disputas eleitorais brasileiras. 

VEJA - Em 2005, VEJA revelou que a campanha de Lula, em 2002, recebeu 3 milhões de dólares vindos de Cuba. 

Sánchez - Eu não trabalhava mais na guarda pessoal de Fidel nesse ano. Mas conhecendo a maneira de atuar do governo, o mais plausível é que o regime tenha servido apenas de ponte, angariando recursos junto a outros países da região.Nessa fase,Cuba j[á não tinha condições financeiras de ajudar na campanha de Lula. 

VEJA - Os médicos que Cuba enviou ao Brasil atuam como espiões do regime? 

SANCHÉZ - Sim. Sempre foi assim. Segundo o conceito da inteligência cubana, todo o cidadão que sai em missão fora do país, seja diplomata, seja de cooperação, tem como tarefa a busca de informações sensíveis ao governo cubano. Antes de partir, os médicos recebem treinamento de dois oficiais, um da inteligência e outro da contra-inteligência. Quando chegam ao país de destino, há um coordenador a quem eles devem se reportar. Na Venezuela, por exemplo, os médicos cubanos que visitam as casas dos pacientes devem atentar para a orientação política da família. Como fazem isso? Observam se há fotos de Hugo Chávez na parede ou se os moradores reclamam do governo. Esses detalhes são incluídos em relatórios enviados ao coordenador. Posteriormente, essas informações permitem à inteligência cubana determinar as características ideológicas de determinadas áreas ou bairros. Os médicos também são orientados a delatar os colegas que ameaçam fugir.”



Comentário: E nas campanhas de Dilma Rousseff, é diferente? Claro que não! Os fajutos "médicos" cubanos estão aí para provar isso, pois não passam de espiões fantasiados de branco - cfr. em http://www.epochtimes.com.br/medicos-cubanos-brasil-espioes-comunistas-afirma-escritor/#.U7_S8yczr7M

Leia mais:

O FIM DO BRASIL? Veja como o PT está destruindo o Brasil, a situação é dramática e esclarecedora!




ALERTA: O que você vai ler nas próximas linhas é polêmico e revelador. O texto pode ser ofensivo a determinadas audiências. Recomenda-se discrição na leitura.



Olá. Meu nome é Felipe Miranda.

Há quase cinco anos, eu fundei, junto ao Caio Mesquita e ao Rodolfo Amstalden, a Empiricus Research, a primeira casa de pesquisa independente voltada a investimentos do Brasil.

Hoje, a Empiricus é referência em recomendações de investimento, contando com 200 mil leitores diariamente. Chegamos a um tamanho que nem nós mesmos aventávamos quando da criação da Companhia. Agradeço todos os dias por isso. Aos leitores e a nossos profissionais – seria impossível chegar aqui sem tamanhas competência e paixão. É a nossa vocação, de fato.

Talvez a esta altura você já conheça a Empiricus por conta de nossos serviços prestados nos últimos anos. Temos ajudado milhares de investidores a ganhar dinheiro com o cenário de queda da Bolsa brasileira desde nossa fundação, alta dos imóveis e comportamento volátil da taxa de câmbio.

Nós alertamos nossos leitores, por exemplo, a evitar as ações da Petrobras, pouco antes do início de seu derretimento. Também recomendamos vender ações de construtoras às vésperas de problemas emblemáticos de estouro de orçamento, parcerias mal feitas e de práticas que desrespeitavam os acionistas minoritários. Evitamos com isso prejuízos da ordem de até 90%.

Alguns de nossos leitores ficaram ricos apostando na queda das ações de Petrobras ou de grandes incorporadoras. Outros ganharam bom dinheiro seguindo a recomendação de comprar dólar a R$ 1,90.

Em outras palavras, nossos assinantes puderam lucrar mesmo num ambiente extremamente desafiador para o mercado de capitais. Que seja de meu conhecimento, não há uma única empresa de pesquisa e/ou consultoria no Brasil com histórico tão consistente de acerto em suas recomendações de investimento aos clientes.

Aqui cito apenas exemplos mais contundentes. Poderia perder um tempo enorme na lista de acertos. Mas eu não escrevo este texto para isso.

Faço referência à capacidade de fazer nossos assinantes ganharem dinheiro num ambiente difícil tão somente por uma questão: há tempos muito mais difíceis por vir. Projetamos a mais importante crise para o Brasil desde 1994. Ela está aí, batendo à nossa porta.

Só por isso eu tenho dedicado uma enormidade de tempo e dinheiro nos últimos meses preparando este material.

Em resumo, quero falar de um evento específico cuja ocorrência deve se dar num futuro bastante próximo, com implicações pronunciadas sobre as finanças de cada brasileiro e, até mesmo, sobre nosso modo de vida.

Esta esperada crise encontra suas raízes no colapso do sistema financeiro de 2008, cujo ápice é marcado pela quebra do centenário banco norte-americano Lehman Brothers e pelo consequente caos em Wall Street. Para tentar neutralizar impactos do tsunami externo por aqui, o Brasil abandonou os pilares tradicionais de política econômica e seguiu uma série de medidas heterodoxas, com implicações trágicas, conforme será visto um pouco à frente.

Para nosso caso, os problemas a ser vistos nos próximos meses serão muito piores do que os vivenciados em 2008. Se houve quem classificasse a crise de seis anos atrás como uma marolinha para o Brasil, desta vez não existirá espaço para qualquer metáfora parecida. Isso ficará claro em alguns minutos.

Adiantando um pouco, tão logo haja catálise do que eu projeto, teremos disparada da inflação, aumento destacado do desemprego, interrupção do crédito, maior endividamento da população e grande salto do dólar.

Acredite: o argumento aqui, conforme ficará evidente, é estritamente técnico. Não faço uma projeção sequer sem o devido embasamento, tampouco tenho a pretensão de assustar o leitor.

Tenho uma vida dedicada a investimentos e às recomendações financeiras. Comecei a investir em ações ainda aos 14 anos, por influência de meu pai – e também meu herói -, que era um grande investidor de Bolsa. Solidifiquei a prática com a teoria. Cursei Economia na USP e um mestrado em Finanças na FGV, de onde me tornei professor aos 26 anos. Criado em educação jesuíta, eu aceitei ao chamado da minha vocação e tenho me dedicado às finanças integralmente.

Fiz toda minha carreira profissional como analista de investimentos, para, então, fundar a Empiricus. Jamais colocaria uma vida construída sob os pilares da ética, do amor ao trabalho e da dedicação por conta de uma simples tese catastrofista.

Tudo que faço aqui é levar meu esforço de pesquisa dos últimos meses a uma conclusão lógica.

Eu fiz o mesmo quando alertei que as ações da incorporadora PDG, na época a R$ 9,00, atingiriam R$ 1,50. Rigorosamente o mesmo com Gafisa, Brookfield, Hering e Marisa. De novo, apenas alguns exemplos. Quando dos primeiros anúncios, ninguém levou a sério. A princípio, fui taxado de louco. O tempo provou de que lado estava a sanidade.

Já expus em oportunidades anteriores o grosso de meu racional, tanto a nossos leitores quanto em conferências de economia. Alguns ouvintes ficaram furiosos. Mas, veja: nenhum deles conseguiu refutar minha pesquisa, embora sejam incapazes, ao menos por enquanto, de aceitar a intensidade das conclusões previstas.

Por conta disso, antes de prosseguir com a leitura, faço um alerta a você:

As palavras a serem ditas aqui gerarão polêmica. Elas podem ofender bastante gente. Esquerdistas, direitas, petistas, tucanos e qualquer outra classificação semelhante. Com efeito, eu já recebi uma enxurrada de emails de ódio sobre minha tese.

Reconheço que, a princípio, as ideias e soluções a serem apresentadas podem parecer radicais. Talvez até mesmo antipatrióticas.

Minha sensação é de que, ao ler o começo desta carta, você dirá: “Não há espaço para isso acontecer. Não aqui. Não agora.”

Tenha um pouco mais de paciência. Respondo com o pedido de que prossiga até o final da argumentação. E lembre-se:

Ninguém acreditou em mim inicialmente quando eu alertei para os problemas das construtoras, a fragilidade do modelo de negócios das varejistas de moda, a dívida da Petrobras.

Ninguém também supunha que o dólar poderia ultrapassar R$ 2,10 quando ele estava a R$ 1,90 – em poucos meses, a taxa de câmbio voou a R$ 2,45.

Foi exatamente o que aconteceu. E é o que nos traz à data presente.

Os exatos mesmos problemas antes identificados para as empresas acima ou para nossa taxa de câmbio agora ameaçam a economia brasileira como um todo. Vou explicar exatamente como chegamos até aqui. Ficará claro como falamos de algo importante e crítico para você e para cada brasileiro.

A próxima fase desta crise vai afetar cada ponto de nosso modo de vida.

A poupança de milhões de pessoas será dizimada. A mudança vai afetar seus negócios e seu emprego. Veremos impactos dramáticos sobre as poupanças, os investimentos e as aposentadorias.

Além de outras implicações menores, mas também importantes. Os destinos de viagem serão alterados, a escola dos filhos pode ser revista, local e forma sua família faz compras talvez mude.

Mais especificamente, faço referência à volta de condições anteriores ao Plano Real. Os mais antigos sabem do tamanho do problema. Os mais jovens podem perguntar a seus pais.

Falo de inflação alta, perda da metade do poder de compra do salário ao longo do mês, congelamento de preços, problemas de desabastecimento, falta de produtos nas prateleiras, impossibilidade de planejamento por consumidores e empresários.

Vou explicar como cada um desses eventos vai ocorrer. Então você poderá decidir por você mesmo se há ou não embasamento em minha argumentação. De minha parte, eu nunca estive tão convicto a respeito dessa crise quanto de qualquer outra situação em minha vida.

Economia não admite experiências de laboratório. Erros cobram seu preço e as consequências são grandes. Obviamente, o mais importante aqui não é exatamente o que está acontecendo, mas sim o que você pode fazer a respeito.

Dito de outra forma, você estará preparado quando esta crise se materializar?

O que eu proponho neste material é mostrar a você exatamente aquilo que eu mesmo estou fazendo, para proteger e até mesmo aumentar meu próprio patrimônio, da mesma maneira que você poderá fazer.

Note que eu poderia, com quase 100% de certeza, afirmar que a maior parte dos brasileiros não estará preparada quando os preços de produtos básicos dispararem, seu acesso a crédito secar, bancos fecharem e seus cartões de crédito pararem de funcionar.

A forma de viver de cada brasileiro está prestes a mudar – isso eu lhes prometo. Nesta carta, vou mostrar exatamente o que está acontecendo.

Você pode questionar cada um de meus apontamentos. Ao final, vai perceber que estou certo em todas as alegações, uma por uma.

Então, você poderá julgar e decidir por você mesmo.

Daí, pergunta-se: você vai agir agora para proteger a si mesmo e a sua família da catástrofe econômica que está sendo formada?

Eu espero que sim. E é por isso que escrevo esta carta.

Vou levá-lo exatamente pelo caminho que eu mesmo estou seguindo pessoalmente, para que você, caso queira, possa segui-lo também. Infelizmente, não posso garantir que você sairá desta crise sem nenhum ferimento. Mas posso lhe assegurar que você estará muito à frente daqueles que não seguirem os passos propostos.

Peço desculpas. Estou apressando um pouco as coisas.

Deixe-me dar um passo atrás e mostrar, nos termos mais simples possíveis, o que está acontecendo, o porquê de tamanha preocupação e qual é meu prognóstico para os próximos 12 meses…


Continue lendo o relatório que está abalando a campanha de Dilma e fazendo o PT revelar sua verdadeira face terrorista, clique aqui para ir ao Site da Empiricus Research!

DORA KRAMER: Desculpas por nada

Francamente, não deu para entender a razão da polêmica em torno da análise do Banco Santander, enviada a um grupo seleto de clientes, apontando risco de piora da situação econômica caso a presidente Dilma Rousseff venha a ser reeleita.

O incompreensível nesse episódio não foi a reação do PT. Ofendido, o partido falou em entrar na Justiça (contra o quê?) e aludiu logo ao já batido "terrorismo eleitoral". Isso sempre acontece: qualquer coisa diferente de elogios é vista sob o prisma da ilegalidade e da conspiração.

Esquisito mesmo foi o banco considerar que devia "esclarecimentos" e desculpas às autoridades em geral, à presidente Dilma em particular, por uma análise de conjuntura que nem novidade é. Faz constatações que estão todos os dias nos jornais e estão no radar de praticamente todos os agentes políticos e econômicos.

Se essas previsões são acertadas ou não, são outros quinhentos. Fato é que o desenho de cenários é algo absolutamente normal. O traçado sempre será mais favorável ou desfavorável a alguém.

Se formos ver as coisas por essa ótica, ficam em princípio interditadas quaisquer formas de manifestações porque todas significariam pernicioso engajamento, interferência na decisão do voto. O presidente do Santander houve por bem se manifestar isentando a instituição pela elaboração do informe, acrescentando que os responsáveis serão todos demitidos. Acrescentou que considera o Brasil um "país importantíssimo".

E o que um cenário de risco com base em dados sobre a condução que esse ou aquele governo dá à política econômica tem a ver com a percepção sobre as potencialidades do País e a capacidade de outras forças que não aquelas momentaneamente no poder têm de geri-lo?

Os analistas do banco traçaram um cenário - trabalho para o qual se imagina que devam ter sido contratados - e serão demitidos por isso. Por quê? Porque o governo não gostou.

E se a situação fosse oposta: se o informe dissesse aos clientes que o risco de deterioração na economia estivesse justamente na possibilidade de vitória de algum dos candidatos da oposição?

Dificilmente essa ou qualquer outra instituição ver-se-ia obrigada a pedir desculpas aos oposicionistas que, porventura, se sentissem prejudicados. O gesto de retratação decorre da força de intimidação do governo.

Isso, sim, é uma vantagem e não o contrário, como quis fazer crer o presidente do PT, Rui Falcão. Para ele o que houve é proibido. "Não se pode fazer manifestação em uma empresa que por qualquer razão interfira na decisão do voto", disse. Por essa lógica as consultorias não poderiam se manifestar, as pesquisas de opinião não deveriam ser publicadas, muito menos interpretadas pelos especialistas, veículos de comunicação estariam proibidos de explicitar suas posições e o governo estaria impedido de usar suas prerrogativas para se dedicar em tempo integral a procurar interferir na decisão do voto.

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