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segunda-feira, março 17, 2014

AÉCIO NEVES: A Longa Noite

Os jovens precisam saber mais sobre aqueles anos, para que esse conhecimento se reverta numa profissão de fé inabalável: o de que a liberdade é um bem insubstituível
 
Artigo de Aécio Neves — publicado 17/03/2014 em Carta Capital
 
 
Em 1964, data do golpe militar que tirou do país duas décadas de liberdades, tinha apenas 4 anos. Somente bem mais tarde, já na adolescência, pude compreender a real dimensão da longa noite do regime de exceção que se abateu sobre a vida nacional. Mesmo ainda sem ter militância política, era impossível não respirar o clima de terror em vigência nos anos de chumbo. Para mim, particularmente, a ele acrescentavam-se as aflições do meu avô, Tancredo, na sua longa, paciente e determinada jornada em direção à redemocratização do País.

Foram anos em tudo penosos e angustiantes. Não era apenas a construção política que demandava reuniões varando as noites intermináveis. Lembro-me, ainda muito jovem, do telefone insistente e os pedidos de ajuda que se acumulavam.

Tancredo trabalhava diuturnamente cerzindo sua teia incomparável de contatos e, ao lado de outros muitos nomes prestigiados da intelectualidade, do clero e da própria política, tentava fazer valer apelos e argumentos em defesa de estudantes, artistas, ativistas de correntes diversas, quando não de seus familiares, atingidos em sua integridade pela fúria do totalitarismo militar.

Comecei minha atuação política na luta pela redemocratização do Brasil, no começo dos anos 80, quando as oposições viviam um grande impasse sobre o futuro imediato.

De um lado, já havia alguma abertura, a anistia e as eleições diretas para governadores de estado. Metalúrgicos, bancários, professores e outras categorias haviam reconquistado o direito de greve e se organizavam em centrais sindicais de expressão nacional. Os estudantes tinham reerguido a UNE. Exilados e banidos estavam de volta ao convívio de suas famílias e retomavam a militância. Uma profunda reorganização partidária começava a brotar da aglutinação de diferentes correntes de opinião.

De outro lado, o conflito de interesses demonstrava que os militares não deixariam facilmente o poder. Para quem não acreditava na determinação desse continuísmo, atentados como o da OAB e do Riocentro se incumbiram de dissipar a dúvida. A batalha pela democracia estava pela metade, inconclusa. Sem eleições diretas para presidente da República, o fim da ditadura militar, que assombrava o país desde 1964, seria uma miragem.

O caminho a seguir era o do fortalecimento crescente da unidade entre as oposições. E o de uma condução madura, para que a reconquista plena da democracia não desaguasse num banho de sangue, como ocorreu em tantos episódios na história das transições políticas – direção apontada, não sem polêmicas e dissensões, por brasileiros da grandeza de Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, para citar apenas dois nomes, por meio dos quais rendo homenagem a inúmeros combatentes daquelas jornadas.

Ao final, o golpe militar de 1964 impactou minha vida definitivamente. Foi na luta para sua superação – iniciada ainda na campanha de Tancredo ao Governo de Minas; depois na memorável campanha das "Diretas Já" e na vitória de Tancredo à Presidência –, que iniciei minha vida política, incorporando as grandes lições e aprendizados que me acompanham até hoje. Entre eles, a compreensão da política sem sectarismo, respeitando as diferenças e a contribuição que cada um pode dar ao país.

Acredito que o “Diretas Já” foi um movimento que deveria estar mais presente na nossa memória, pelo que ainda é capaz de nos ensinar. Lideranças como Tancredo, Ulysses, Fernando Henrique Cardoso, Leonel Brizola, Miguel Arraes ou Luiz Inácio Lula da Silva reuniram suas melhores energias em torno de uma grande causa nacional. Tudo muito diferente do que acontece no Brasil de hoje, com o estimulo à intolerância política e as reiteradas tentativas de dividir o país entre “nós” e “eles”, como se o fato de ser oposição nos tornasse menos patrióticos.

Recuperar a história é sempre importante. Os jovens, sobretudo, precisam saber mais sobre  aqueles anos, para que esse conhecimento se reverta numa profissão de fé inabalável – o de que a liberdade, em todas as suas dimensões, é um bem insubstituível e que a Pátria, como dizia Tancredo, é tarefa de todos os dias.


*Aécio Neves é senador eleito pelo PSDB. Seu relato faz parte da série de 50 depoimentos coletados para o especial Ecos da Ditadura, sobre os 50 anos do golpe civil-militar de 1964

A QUEM INTERESSA?

Maria Lucia Victor Barbosa
14/02/2014
Apesar do marketing ufanista para convencer eleitores incautos o governo Rousseff tem sido um retumbante fracasso. Na economia a herança maldita de Lula da Silva aparece claramente na fragilidade que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) detectou, apontando o Brasil como a segunda economia emergente mais vulnerável.
 
Bem antes, porém, a economia já cambaleava e tal situação não se deveu apenas a crise mundial, mas a incompetência do governo petista, sobretudo, às mágicas ineficientes do Mr. M ou Senhor Mantega, referendadas pela governanta. E para resumir a fragilidade econômica do gigante Brasil vale a pena citar O Estado de S. Paulo (13/02/2014):
 
“O crescimento econômico é baixo e o nível de atividade da indústria preocupante; os investimentos não fluem; a inflação está bem acima da meta há mais de três anos; a dívida bruta está alta demais; o rombo externo (déficit em conta corrente) está crescendo; as regras do jogo são frouxas e sujeitas a interferências; a reação do governo não é criar soluções definitivas.”
 
Diante deste quadro cresce o pessimismo dos empresários, as queixas e cobranças ligadas ao agronegócio, o afastamento dos investidores externos. Todos imaginam que em breve o Brasil será rebaixado pelas agências de classificação de risco o que vai piorar ainda mais a situação.
 
Acrescente-se o colapso do setor elétrico que ocasiona sérios transtornos e atinge a produção no campo, o que redundará no aumento dos preços de grãos, verduras, café, laranja. O povo vai pagar mais caro pelos alimentos e também na conta da energia que tem faltado, e que Rousseff havia prometido baixar. Contudo, nem o calor excessivo, raios, ou São Pedro castigariam assim o povo caso a ex-ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, tivesse iniciado as obras necessárias no setor e mantivesse a continuidade ou as finalizasse no seu governo.
 
Outros fatos desmoralizam o governo petista como a ajuda dada ao companheiro e déspota, Fidel Castro. Não me refiro só ao Porto Mariel, mas a importação de médicos cubanos reeditando o sistema de escravidão em pleno século 21. Como ocorreu na Venezuela os médicos começam a se evadir turvando a vitrine política de Rousseff e do ex-ministro da Saúde, Padilha, denominados na gíria de postes do Lula.
 
Não me deterei aqui em outros aspectos como promessas não cumpridas, péssima situação da Saúde e da Educação, falta de infraestrutura e muito mais. Prefiro me reportar à violência reinante que culminou com o assassinato do cinegrafista Santiago Andrade. Fosse um policial a vítima nada aconteceria, nem uma lágrima cairia dos olhos da ministra Maria do Rosário. Porém, o ato facinoroso atingiu uma classe forte e unida, a dos jornalistas e rapidamente os culpados foram presos.
 
O advogado dos black blocs, Jonas Tadeu Nunes, disse que “o garoto”, coisa que Caio Silva não é, não passa de um pobrezinho aliciado para promover baderna e o que mais se precisar por R$ 150,00, sendo que os aliciadores seriam partidos, vereadores, deputados, senadores, autoridades.
 
O advogado não declinou nomes, o que coube ao Caio. Dubiamente ele disse acreditar que partidos que levam bandeiras nos atos de incitamento as badernas são os mesmo que pagam aos vândalos, mas foi incisivo ao declinar o nome dos partidos, linhas auxiliares do PT: PSOL, PSTU, Frente Independente Popular (FIP), além de Elisa Quadros, codinome Sininho, a que apelou para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) para que seu assessor e advogado libertasse Fábio Raposo, comparsa de Caio no assassinato do cinegrafista.
 
Então, a pergunta que não quer calar é: a quem interessa acobertar os aliciadores? Por que o governo, responsável pela segurança da nação e que deve estar minimamente informado sobre o que se passa, ainda não coibiu os chefões da baderna, da destruição, do assassinato?
 
Quanto aos sem-terra, que nas invasões a propriedades produtivas costumam matar animais, impedir funcionários de ir e vir, destruir máquinas e sedes, são uma espécie de red blocs, tentáculos do PT no campo.
 
Dia 12 deste, incitados por petistas, um exército vermelho tentou invadir o STJ, gritou palavras de ordem em frente da embaixada norte-americana e derrubou as grades do Palácio do Planalto diante de policiais que, mesmo com 30 dos seus feridos, cumpriram sua responsabilidade de proteção.
 
Então, me lembrei de Eldorado dos Carajás. Em 17 de abril de 1997, um pequeno grupo de policiais viu mais de mil sem-terra correndo em sua direção com pedras, paus e facões. Os policiais atiraram em legítima defesa e mataram 19 dos sem-terra. Dia 12, ao investir contra pequeno grupo de policiais postados diante de milhares de participantes, parece que os líderes petistas ansiavam por uma vítima dos chamados movimentos sociais, já que outra vítima dera errado.
 
A quem interessa tudo isso num ambiente de degradação econômica e social? Será que se pensa em estado de sítio, para lembrar outros tempos? É outra pergunta que não quer calar.
 

FOLHA: Grupo organiza nova edição de passeata anticomunista de 64

Ativistas usam redes sociais da internet para convocar 'Marcha da Família com Deus' em mais de 200 cidades

Eles acreditam que há uma revolução comunista em curso no país, são contra a corrupção e o aparelhamento do Estado, utilizam as redes sociais para fazer oposição ao governo do PT e aliados e enxergam a intervenção militar como única solução. 

Esse é o perfil, ainda que genérico, dos ativistas que pretendem, no próximo sábado, realizar a 'Marcha da Família com Deus' em São Paulo, no Rio e em outras cerca de 200 cidades.
 
Até a conclusão desta edição, mais de 3.000 pessoas haviam confirmado presença em um dos eventos convocados pelo grupo no Facebook.

 O ato será uma reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade que, em 19 de março de 1964, reuniu cerca de 200 mil pessoas em São Paulo. Sob o argumento da "ameaça comunista", eles pediam a deposição do presidente João Goulart.

As ideias para a próxima marcha misturam antigos temores ("um golpe comunista marcado para esse ano") com novos atores ("o PT, com o apoio de partidos de esquerda, da Mídia Ninja").

A principal reivindicação é uma intervenção militar, cujos objetivos seriam acabar com a corrupção, retirar do poder políticos considerados corruptos, promover a moralização dos três Poderes e, posteriormente, convocar novas eleições para a criação de um governo constituído apenas por "fichas limpas".
 




Bruno Toscano Franco, um dos organizadores da nova 'Marcha da Família', que será realizada no dia 22 de março

O que aconteceria após a tomada do poder e quem seria a nova classe política a comandar o país, porém, não parece claro para a organização, que se diz apartidária.

"Seria constituído um governo provisório, de três meses, e eles convocariam novas eleições, mas em urnas que não sejam fraudadas", explica o organizador Bruno Toscano, 40, que diz não confiar nos atuais equipamentos eletrônicos e, por isso, anula seu voto há quatro eleições.

Questionado sobre quem poderia compor esse novo governo, Toscano diz achar difícil citar nomes. Para ele, "nenhum político que está aí serve para alguma coisa", embora admita que a mudança passaria pela estrutura clássica dos partidos.

Outra organizadora da marcha, Cristina Peviani, 51, partilha da opinião de "que tudo o que está aí é ruim". Embora tivesse apenas dois anos quando o regime foi instaurado, Peviani fala com indisfarçável saudosismo do período militar, que não considera ditadura.

"Eu não vi nenhum general morrer milionário. As escolas públicas eram de ótima qualidade e havia respeito à família e à ordem."

Questionada sobre práticas como tortura e perseguição a opositores do regime militar, Peviani afirma não concordar com os métodos, mas deixa claro acreditar que o país vivia em guerra.

"Eu nem sei se eles adotaram isso [a tortura]. Porque o pessoal que diz que foi torturado está tão gordo, tão forte, tão bonito, né? Eu vi lá na comissão [da Verdade de São Paulo], que eles não tinham uma marquinha sequer. Mas, o seguinte: era uma guerra entre o bem e o mal. Os dois mataram. Eu tenho uma lista imensa de soldados mortos pelo comunistas."

Um dos apoiadores da marcha no Rio, o técnico em segurança do trabalho Maycon Freitas, 31, diz não não ser totalmente favorável à intervenção militar por não saber exatamente quais intenções estariam por trás disso.

Ele também é a favor do fim da corrupção e diz acreditar que maus políticos estão presentes em todos os partidos.

Freitas aproveita a marcha para lançar um apelo aos partidos identificados com a direita, como PSDB e DEM, que, em sua avaliação, estão descolados da juventude. "A esquerda faz muito bem esse trabalho de recrutar jovens para a ideologia enquanto a direita está com freio de mão puxado e não dá nenhum suporte à juventude", diz. 

Fonte: Folha de São Paulo 16/03/2014

DIÁRIO DO PODER: Lula tem plano “B” para derrota da Dilma

Artigo de Jorge Oliveira no Diário do Poder

O brasileiro precisa está atento para o que vai acontecer a partir de janeiro de 2015 caso o PT seja derrotado nas eleições deste ano. Com o estado aparelhado, os petistas em represália vão tentar desestabilizar o país porque ainda são o partido mais organizado. Comanda as centrais de trabalhadores e milhares de sindicatos, portanto, têm como liderar greves e incentivar à massa a ir às ruas contra o novo governo. Os petistas não vão dar trégua porque, ressentidos com a derrota, tentarão de todas as formas inviabilizar o sucessor. Além disso, resistirão a abandonar os cargos para não perder os salários milionários sem antes boicotar o serviço público e  paralisar as atividades afins do estado.

É assim que opera o PT. E foi assim que a cúpula do partido agiu nos primeiros anos do governo Collor, quando estimulou a paralisação da máquina estatal,  criou CPIs, quebrou o sigilo fiscal de autoridades do governo, fabricou escândalos e levou às ruas milhares de jovens (os caras pintadas) para derrubar  o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura.  O PT  não se contentou com a derrota do Lula e organizou suas bases (sindicatos e centrais) para confrontar o novo governo. Criou núcleos de espionagem dentro dos órgãos federais infestados de seus militantes e simpatizantes e em pouco tempo derrubou o Collor, que já estava na corda bamba pelo governo medíocre que fazia com denúncias de corrupção pipocando por todos os lados.

Na oposição a partir de janeiro, caso a Dilma não se reeleja, os petistas vão infernizar a vida de quem assumir o governo. Quatorze anos administrando a máquina pública, eles aparelharam o estado e agora conhecem como funciona a estrutura por dentro. Para desalojá-los do poder, o presidente eleito certamente gastará boa parte do mandato na assepsia das estatais onde os petistas estão infiltrados independente da qualificação profissional.

Lula está acompanhando com lupa a campanha da Dilma. Anunciou inclusive que estará na linha de frente dos trabalhos da reeleição da sua presidente. Acontece, porém, que ele hoje já tem dúvidas quanto ao êxito do sucesso dela e analisa prognósticos desfavoráveis a sua candidata. Por isso começou a trabalhar com outro cenário político: aumentar as bancadas petistas na Câmara e no Senado Federal.

A estratégia consiste em dominar o Congresso Nacional no caso do PT não conseguir reeleger a Dilma. Perde-se, portanto, o governo, mas em compensação ganha-se o  parlamento submetendo o novo presidente às ordens petistas, leia-se lulista. Nos estados onde o PT não desponta como favorito ao governo, Lula tem estimulado uma aliança independente de ideologia para aumentar o número de parlamentares, o que permitiria o partido ter maioria no Senado e na Câmara e indicar os presidentes.

É assim que o ex-presidente quer permanecer soberano na política. Lula sabe que a Dilma estaria definitivamente fora da política se perder a reeleição porque não teria condição de se eleger nem a síndico de prédio.  A dificuldade dela de se manter na política deve-se a sua falta de base eleitoral em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul os dois estados que abraçou para viver. Lula sabe também por experiência própria que num regime presidencialista como o nosso, manter a presidência das duas Casas é dominar o destino político do país como fazem alguns partidos, a exemplo do PMDB de Sarney, de  Renan e Michel que mantêm o Executivo sob seu jugo.

Não à toa, Lula não demonstra nenhum apetite para ocupar o lugar da Dilma. Conhece como  ninguém a incompetência da sua presidente para administrar o país e do fracasso que ronda o setor econômico em 2014. Assim, previne-se ao entregar os anéis para preservar os dedos: quer a Câmara e o Senado  para transformar o Executivo refém do seu partido, no caso de uma reeleição frustrada da Dilma.

MCTI: Novo Ministro nega insatisfação de Dilma com seu antecessor

Para ministro da C&T. antecessor não foi demitido; queria voltar à academia

O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz, disse não considerar que a presidente Dilma Rousseff tenha demitido seu antecessor, Marco Antonio Raupp, por insatisfação. “Não há nenhum conflito, sou amigo pessoal do Raupp e foi uma decisão que eles (Dilma e Raupp) tomaram. Ele quer voltar à sua vida acadêmica e científica e portanto não há de nenhum conflito ou descontinuidade”, justificou Campolina, que deixa o posto de reitor da Universidade Federal de Minas Gerais para assumir o Ministério.

Nesta segunda-feira (17) o Estado de S.Paulo revelou que, ao contrário dos outros cinco ministros trocados nesta manhã, que precisavam de desincompatibilizar para disputar cargos eletivos em 2014, Raupp foi substituído porque seu desempenho foi considerado insatisfatório pelo Palácio do Planalto. Campolina disse que Raupp vai voltar às suas atividades científicas. “Não (considero que tenha sido uma demissão por insatisfação). Houve uma mudança política, a presidente precisava fazer composições. Foi esta a decisão dela (Dilma)”, concluiu.

Campolina disse que vai dar continuidade ao trabalho que estava sendo feito por Raupp e que a presidente Dilma o incumbiu de desenvolver um plano de longo prazo para a ciência e tecnologia brasileiras. O objetivo, segundo o novo ministro, é colocar o País nos padrões internacionais na área.

Fonte: AE / Diário do Poder

FOLHA: Organizadores da nova "Marcha da Família" pedem retorno dos militares


No próximo sábado, São Paulo, Rio e outras cerca de 200 cidades realizarão a 'Marcha da Família com Deus'. 

O ato será uma reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade que, em 19 de março de 1964, reuniu cerca de 200 mil pessoas em São Paulo. Sob o argumento da "ameaça comunista", eles pediam a deposição do presidente João Goulart.

A principal reivindicação é uma intervenção militar, cujos objetivos seriam acabar com a corrupção, retirar do poder políticos considerados corruptos, promover a moralização dos três Poderes e, posteriormente, convocar novas eleições para a criação de um governo constituído apenas por "fichas limpas".


Agronegócio tem superávit de US$ 5 bilhões em fevereiro

A balança comercial do agronegócio encerrou fevereiro com superávit de US$ 5 bilhões. O volume resulta de US$ 6,39 bilhões em vendas externas e US$ 1,37 bilhão em compras do Brasil no exterior. No primeiro bimestre, a balança acumula saldo positivo de US$ 9,42 bilhões Os números foram divulgados hoje (13) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Apesar do superávit acumulado, houve queda de 4,8% das exportações nos dois primeiros meses do ano. Em fevereiro, as vendas cresceram em ritmo menor do que as compras. As vendas externas subiram 1,4%, enquanto as compras no exterior cresceram 6,3% na comparação com igual período do ano passado. O movimento pode estar relacionado à queda nos preços das commodities, fenômeno esperado para 2014. No caso de alguns produtos, a quantidade embarcada tem compensado a redução nos valores.

Um exemplo é a soja em grão, principal responsável pelo crescimento do valor arrecadado com as exportações em fevereiro. O volume embarcado do produto saltou de 960 mil toneladas em fevereiro de 2013 para 2,79 milhões de toneladas no mesmo mês deste ano, incremento de 190,7%. O aumento compensou a queda de preço de 35% na comparação com 2013. Graças ao volume vendido, houve alta de 168,3% no valor exportado, de US$ 517 milhões para US$ 1,38 bilhão. Os outros dois produtos do complexo soja, o farelo e o óleo, registraram redução das exportações.

No segundo principal setor exportador em fevereiro, o de carnes, houve fenômeno semelhante. As vendas externas somaram US$ 1,31 bilhão, 4,8% superiores às de fevereiro de 2013. O destaque foi a carne bovina, com elevação de 36,2% no valor exportado, que ficou em US$ 612 milhões no mês. Novamente, o aumento deveu-se à maior quantidade embarcada, que teve crescimento de 40,1% ante fevereiro de 2013, passando de 100 mil a 140 mil toneladas. O preço médio de exportação da carne bovina caiu 3,1% no período. As carnes de frango e suína tiveram queda no valor vendido ao exterior.


Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil

AÉCIO NEVES: Dilma se distancia cada vez mais da pulsação intensa da vida diária

O lugar da política


O isolamento nunca fez bem aos governantes. Quem se afasta do contato popular e confia apenas num séquito de aduladores, tende a desenvolver, na clausura da poder, uma aversão crescente à realidade. 



Temo que estejamos vivendo algo semelhante no Brasil. Isolada em seu palácio, se alimentando de estatísticas e informações oficiais, não raro, distorcidas, a presidente da República se distancia cada vez mais da pulsação intensa da vida diária. A palavra empenhada de aproximação com os movimentos sociais e um maior diálogo com a sociedade não conseguiu vencer as portas sempre fechadas, o acesso restrito, a redução dos canais de escuta e diálogo.

O governo se mostra acuado, temeroso de se expor. A figura da presidente tem sido poupada nos eventos mais populares, como o Carnaval. Até mesmo os discursos de abertura e encerramento da Copa do Mundo foram providencialmente suspensos, por medo das vaias que poderiam constranger as autoridades presentes.

É forçoso reconhecer que algo saiu errado no script minuciosamente montado para apresentar ao país uma versão edulcorada de sucesso, otimismo e crescimento. Não há enredo fantasioso que se sustente diante de uma realidade que teima em driblar as maquinações mais criativas. A economia cresce pouco. A inflação caminha célere. A inadimplência das famílias bate no teto. A indústria patina e produz o equivalente a 2008. A carga tributária é das mais altas do mundo e a conta dos erros no setor elétrico começa a ser cobrada de empresários e consumidores.

Nas áreas essenciais, os números são vergonhosamente ruins. Na saúde e na segurança, as crises se acumulam, denunciando diariamente a crônica precariedade dos serviços públicos. A anunciada austeridade fiscal não convence nem o próprio governo, que a atropela sistematicamente.

Há visível descompasso entre o Brasil real e o da propaganda. Em algum momento, eles deverão se encontrar frente a frente. Até lá, seria prudente distender a estratégia de confronto e isolamento em vigor.

Em tempos de crise, é preciso baixar a guarda, ouvir e conversar mais. A intolerância com os adversários, a ojeriza ao debate transparente e a arrogância no trato com interlocutores de vários segmentos chegou ao cúmulo de atingir agora os próprios aliados.

O debate democrático foi substituído por um discurso ufanista e autoritário, retrato de uma gestão encastelada em suas quimeras.

O Brasil merece mais. Acima da agenda eleitoral, os brasileiros clamam por boa governança. Para tanto, é preciso abrir as portas e sair às ruas para ver a realidade em movimento e ouvir as vozes que, hoje, não conseguem ultrapassar as antessalas do poder. 


Há algo no ar… Dilma proibiu, mas os 50 anos da Revolução de 64 serão comemorados com grandes festas nos clubes militares

Carlos Newton na Tribuna da Internet

A decisão de proibir a comemoração dos 50 anos da Revolução de 1964, transmitida ao ministro da Defesa Celso Amorim pela presidente Dilma Rousseff, está causando grande insatisfação nas Forças Armadas. O assunto já vinha dominando os bastidores desde 19 de fevereiro, quando o Estadão publicou um explosivo artigo do general (de Exército, quatro estrelas) da reserva Rômulo Bini Pereira, intitulado “Árvore Boa”, defendendo o direito de os militares celebrarem a “Revolução Democrática de 31 de março de 1964”.

Desde o início do governo Lula, a passagem do 31 de março é lembrada discretamente, com menção na ordem do dia dos comandos militares. Desta vez, porém, a data marca os 50 anos do golpe, que não foi somente militar, pois teve o entusiástico apoio de importantes figuras da política e do empresariado, que desde sempre participaram da trama. Este ano, os militares esperavam que a presidente Dilma tivesse uma maior compreensão, mas ela se apressou em determinar a proibição.

Como se vê, Dilma não demonstra jogo de cintura e é revanchista. Não tem o menor prestígio entre os militares, muito pelo contrário. Sua decisão de criar a Comissão da Verdade evidentemente desagradou as Forças Armadas, especialmente porque diversos integrantes do primeiro escalão do governo depois passaram a defender a revogação da Lei da Anistia. E começaram a ser criadas outras Comissões da Verdade nos Estados…

CORTE NO ORÇAMENTO
Em dezembro, na hora de a equipe econômica fazer cortes no Orçamento deste ano, o Ministério da Defesa foi o maior prejudicado. A presidente da República não teve contemplação e mandou reduzir R$ 3,5 bilhões das verbas militares, inviabilizando importantes programas de defesa e obrigando a diminuição do horário de funcionamento dos quartéis, por falta de recursos para alimentar a tropa e custear as atividades.

Depois, em fevereiro, mandou que o ministro Amorim determinasse a punição dos oficiais da reserva (mais de 200) que assinaram manifesto com críticas ao governo, à criação da Comissão da Verdade e à defesa da revogação da anistia. Mas até agora os três comandantes militares não o fizeram, porque existe uma lei em vigor que preserva o direito de os militares da reserva se manifestarem politicamente. E o número de assinaturas no manifesto só está aumentando…

Esta é a situação atual, e no texto publicado no Estadão o general Bini deixa as coisas bem claras: Na área militar nota-se ainda repulsa aos atos das citadas comissões (da Verdade). Ela é flagrante, crescente e de silenciosa revolta. Pensam que os integrantes das Forças Armadas – quietos, calados e parecendo subservientes – assistem passivamente aos acontecimentos atuais com sua consciência adormecida. Não é bem isso que está acontecendo!

Por ser presidente da República, Dilma Rousseff consequentemente é comandante-em-chefe das Forças Armadas. Pode impedir as comemorações do 31 de março, mas os militares da reserva estão se organizando para lhe dar uma bela resposta, através de suas entidades de classe – o Clube Militar, o Clube Naval e o Clube da Aeronáutica – que vão celebrar os 50 anos da revolução com pronunciamentos duríssimos contra o governo.

E la nave va, fellinianamente.

REINALDO AZEVEDO: A Venezuela, Dilma, Mujica, o “Porco Fedorento” e um fundamento moral dos esquerdistas: pode matar pessoas nas ruas, desde que sejam as pessoas certas…

A artista gráfica venezuelana Calavera teve um ideia simples, objetiva, clara e eficiente: confeccionou cartazes que lembram o que diziam ontem alguns líderes latino-americanos e o que dizem hoje; o que chamavam, no passado, de “ditadura” e o que chamam, no presente, de democracia. Ainda que haja alguma imperfeição na análise (já explico por quê), as peças são poderosas. Expõem, de maneira desconcertante, a duplicidade moral das esquerdas. As estrelas dos cartazes são os presidentes Dilma Rousseff (Brasil), José “Pepe” Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina). Vejam as imagens. Volto em seguida.




Dilma e Mujica são ex-presos políticos. Na sua biografia oficial, consta que combateram a ditadura militar de seus respectivos países. É o passado que aparece em preto e branco, na metade à esquerda da montagem. Vemos ali forças de segurança reprimindo manifestações de rua. O tempo passou, os dois abandonaram a luta armada e se tornaram presidentes da República por intermédio do voto direto. E, ora vejam, são apoiadores incondicionais de uma ditadura, não exatamente militar, mas militaresca.

Que se note: mesmo os regimes militasres mais discricionários da América Latina não contaram com milícias civis armadas em larga escala, como as que atuam hoje na Venezuela. Havia, sim, grupos paramilitares assassinos — e isso é lixo político e moral, como sabe qualquer pessoa razoável. Mas tinham um alcance menor do que o esquema montado pelo chavismo na Venezuela. Em 21 anos, a ditadura militar brasileira fez, em números superestimados, 424 vítimas — incluindo os guerrilheiros do Araguaia. Por razões comprovadamente políticas, são 293 as vítimas. Houve tortura, assassinatos, desaparecimentos. Não se trata de dizer se é muito ou pouco. É só absurdo! Quem, já rendido, morreu nas mãos do estado foi vítima de um crime. Mas sigamos. Em pouco mais de um mês — os protestos na Venezuela começaram no dia 4 de fevereiro —, o próprio governo admite que já morreram 28 pessoas.

Não me surpreende: a esquerda sempre soube ser mais letal. Ora, como ignorar que os grupelhos extremistas no Brasil, meia dúzia de gatos pingados, mataram pelo menos 120 pessoas — nessa lista, não estão mortos em combate, não! Essas 120 pereceram em ataques terroristas. E aqui lembro a única imperfeição da arte de Calavera, embora isso não diminua a pertinência do seu trabalho: os que hoje protestam na Venezuela estão, de fato, pedindo democracia. Não era o caso de Dilma. Não era o caso de Mujica. Eles eram terroristas e pretendiam implementar em seus respectivos países uma ditadura comunista.

Assim, a luta do povo venezuelano, hoje, é muito mais moral do que eram a de Dilma e a de Mujica. Eles queriam ditaduras com sinal trocado. A população da Venezuela quer um regime democrático. No passado, era possível repudiar a “luta” da dupla também por bons motivos, Tratava-se do confronto de forças opostas em si, mas combinadas na malignidade. No caso venezuelano, no entanto, não: opor-se às reivindicações da população corresponde a renegar o regime de liberdades públicas. Ou por outra: Dilma e Mujica continuam a se alinhar com a ditadura.

A VEJA desta semana traz uma excelente reportagem sobre a Venezuela. Um dos textos, sobre Che Guevara, o “Porco Fedorento”, vai ao ponto. Ilustra de modo inequívoco, a farsa moral esquerdista. Observem como a linha de, vá lá, raciocínio de Che é a que orienta hoje a escolha de Dilma, Mujica, Cristina e outros “líderes” latino-americanos. Reproduzo o texto, publico um vídeo e volto para encerrar.

*
Imagine qual seria a reação se, em 1974, o general presidente do Brasil Emílio Garrastazu Médici ocupasse a tribuna diante da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e afirmasse: “Temos que dizer aqui o que é uma verdade conhecida. Torturas, sim! Temos torturado: torturamos e vamos continuar torturando enquanto for necessário”.
Médici seria, justamente, execrado como um ditador. Em dezembro de 1964, porém, o argentino Ernesto Guevara, que, com o apelido de “Che”, ajudou Fidel Castro no triunfo do golpe comunista em Cuba, foi à ONU e confessou: “Nosotros tenemos que decir aquí lo que es una verdad conocida: fusilamientos, sí, hemos fusilado; fusilamos y seguiremos fusilando mientras sea necesario”.

Já se passavam seis anos da tomada do poder pelos comunistas em Cuba, e Guevara confessava que continuava em plena operação e sem data para arrefecer sua máquina de assassinatos políticos na prisão de La Cabaña. Seis anos de execuções sumárias de vítimas que chegavam ao paredão exauridas, pois delas se tirava até parte do sangue para transfusões.

Seis anos, e dissidentes continuavam a ser fuzilados. Guevara foi o único guerrilheiro a matar muito mais gente de mãos atadas e olhos vendados do que em combate — que, ao contrário da lenda, ele evitava ainda mais do que o banho. Qual foi a reação naquele instante em que permaneciam na audiência uma maioria de representantes de países “não-alinhados”, eufemismo para “pró-soviético”? Guevara foi aplaudido por 36 segundos.
No New York Times do dia seguinte, o redator, mesmerizado, fingiu que não ouviu a confissão de assassinato de Guevara, descrito como “versátil”, “economista autodidata” e “revolucionário completo”. A duplicidade ética não é uma exclusividade das esquerdas. Apenas elas são inexcedíveis nesse truque que, apesar de velho, ainda funciona. O ensurdecedor silêncio enquanto jovens mártires venezuelanos são torturados e mortos nas ruas é prova disso.




Para encerrar Vejam esta foto.





Este que está pondo a venda nos olhos do rapaz que vai ser executado é Raúl Castro quando jovem. O tarado moral é hoje presidente de Cuba. Era um dos mais eloquentes na solenidade que marcava um ano da morte de Chávez, há alguns dias. Foi nesse evento que Nicolás Maduro convocou as milícias armadas a sair às ruas.

Com o apoio de Dilma. Com o apoio de Mujica. Com o apoio de Cristina, entre outros.
Não é que esses gênios morais sejam contra matar gente. Eles se opõem a que se matem apenas as pessoas erradas, entenderam?
 
Por Reinaldo Azevedo



SOCIEDADE MILITAR: “Intervenção militar” viraliza na internet, facebook e google respondem com centenas de milhares de resultados

Hashtag #marchadafamilia22 sobe rapidamente em menções no twitter


O milagre nas redes faz com que cidadãos normais, antes sem expressividade política alguma, se tornem os novos formadores de opinião da grande rede. Cristina Peviane, Isabela Trevisani, Maria Araujo e outros tantos conseguiram o que há poucos anos seria impossível, eles mobilizaram todo o Brasil em torno das comemorações do Cinquentenário da Intervenção militar de 31 de março de 1964. No Google de hoje, 15/03/2014, a busca “marcha da família” e “2014” surpreendeu a todos, ela retorna mais de 500 mil resultados. O número supera, em pleno ano de eleição, a busca para “Partido dos trabalhadores”.

Durante a semana tivemos informação que várias dessas pessoas foram procuradas por grandes veículos de comunicação como Globo e Jornal Estado de São Paulo, sinal concreto de que a imprensa se prepara para uma grande movimentação.

A análise das redes sociais é hoje um indicativo indispensável para o conhecimento da movimentação e interação entre os atores sociais. A crise na Ucrânia, por exemplo, primeiro cresceu nas redes, e quando foi para as ruas já era gigantesca. Dois dias antes da queda do presidente ucraniano a movimentação alcançou seu ápice, as hashTags tiveram papel essencial na divulgação do evento e aferição da mobilização. O acompanhamento das redes hoje é essencial, e é feito tanto pelos organizadores quanto pelos órgão de imprensa.

Nas últimas semanas a Revista Sociedade Militar também acompanhou a hashtag #marchadafamília22 no twitter. Percebemos que a mesma está num crescente rápido.

No google (15/03/2014) a busca “marcha da família” junto com o termo “2014” responde com 513.000 resultados, um número extremamente surpreendente. É impossível prever com precisão, mas o acompanhamento das redes indica que há possibilidade de uma grande mobilização, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, exaltando o contragolpe perpetrado em 31 de março de 1064.
 

A esquerda brasileira padece por conta dos próprios erros, seu revanchismo exacerbado trouxe a tona a discussão sobre o passado. A sociedade hoje vive uma polarização jamais vista no país. Se houvesse realmente no Brasil um governo que busca a conciliação, a discussão democrática, mirando no futuro, ao invés de tentar desconstruir o passado, o Brasil já estaria caminhando a passos largos para a verdadeira Ordem e Progresso. Não podemos mais perder tempo com o passado, ele já foi.


Analisamos também os resultados para a “marcha anti-fascista” proposta pela esquerda, ela retornou apenas 11 mil resultados.

MERVAL PEREIRA: Dilma leva o Brasil para o CAOS

É a economia

Merval Pereira 15.3.2014 10h04m

Como é sabido, a situação da economia não apenas influencia o resultado das eleições como também a situação política interfere na economia, especialmente em anos eleitorais como o que vivemos. Já tivemos no mercado internacional o lulômetro, que o banco de investimentos americano Goldman Sachs criou na eleição de 2002 para medir a influência na cotação do dólar do risco de Lula vir a ser eleito presidente da República.
 
O modelo matemático previa que o dólar chegaria a 3 reais em outubro, e ele chegou a 4 diante da realidade de Lula subindo a rampa do Palácio do Planalto. Depois de duas eleições em que reeleger Lula ou eleger Dilma não parecia perigoso para a economia do país, chegamos este ano a uma eleição diferente.
 
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, um dos mais contundentes críticos da política econômica do governo, já previu que a possibilidade de Dilma se reeleger no primeiro turno, como apontam as pesquisas até o momento, pode ter o mesmo efeito que a vitória de Lula em 2002, uma disparada do dólar, diante do que o mercado já sabe que Dilma é capaz de desfazer na economia.
 
Na contramão, a possibilidade de haver segundo turno, com boa chance de derrota do PT, pode fazer a Bolsa de Valores retomar o crescimento, depois de ter caído quase 40% dos anos Dilma.
 
Circula agora no mercado financeiro uma análise do Gerente da Área de Macroeconomia da LCA Consultores, Francisco Carlos Pessoa Faria Junior, que coloca na mesa não apenas a possibilidade de Dilma ser derrotada em outubro, como também joga suas fichas em que a disputa no segundo turno será com o governador de Pernambuco Eduardo Campos.
 
“Eu não compartilho da ideia de que a Presidente Dilma já está com a reeleição garantida. Pelo contrário: em minha opinião a atual incumbente não é nem a favorita á eleição presidencial”, começa o economista sua análise, baseado em três premissas: a situação socioeconômica não irá melhorar até o final do ano; haverá segundo turno; e ele será disputado entre Dilma e Campos, o que para ele parece ser uma vantagem para o pernambucano dissidente.
 
Lembrando que a presidente Dilma teve uma queda abrupta de popularidade após as manifestações de junho, só recuperando em parte seus índices positivos, Francisco Carlos Pessoa diz que esse fato “sugere que, curiosamente, as pesquisas de popularidade talvez carreguem um componente inercial, ou de retroalimentação, maior que costumamos supor. E também indica que as manifestações que sugiram não devem ser o único motivo por trás da queda de popularidade da presidente”.
 
Daqui até outubro as coisas não vão ficar melhores para Dilma, esta é a primeira premissa do analista. Mesmo que não haja racionamento de energia, e ele acredita que não haverá, “uma série de problemas deverá piorar não só a situação real da economia, mas também a sensação térmica”, diz ele.
Como há muito tempo não acontecia, a política econômica vai estar na berlinda, diz ele, e não faltarão alvos: inflação persistentemente alta, PIB persistentemente baixo, possibilidade de rebaixamento de nossa classificação de risco e deterioração das contas públicas e externas.
 
Aos problemas econômicos Francisco Carlos Pessoa junta a Copa do Mundo, que segundo ele transformou-se de trunfo em fardo para o governo brasileiro. Prevendo novas manifestações de rua, ele diz que tudo leva a crer que haverá segundo turno, para ele entre Dilma e Eduardo Campos, o candidato mais possível de ser caracterizado como “o novo” que Francisco Carlos Pessoa acha que está sendo procurado pelo eleitor esse ano.
 
Essa disputa no segundo turno, que ele considera sem favoritos, trará incertezas geradas pelas dúvidas. “É possível, até que haja uma nova rodada de considerável desvalorização da taxa de câmbio”, prevalecendo o viés heterodoxo que ele vê na construção da plataforma de Campos, com a adaptação necessária às exigências da Rede de sua provável vice Marina Silva.
Provavelmente, analisa Francisco Carlos Pessoa, será possível, “para os que tiverem bastante coragem”, ganhar algum dinheiro apostando em um dólar mais caro e em juros futuros mais altos. “A não ser que, diante do quadro pintado acima, o ex-presidente Lula resolva adiantar sua volta ao embate eleitoral”, adverte.
 
Nesse caso, o analista não afirma, mas é possível perceber que uma solução Lula, ao contrário de 2002, seria a preferida do mercado financeiro, na suposição de que o Lula que voltará é o “Paz e Amor” do primeiro governo, e não o que deu uma guinada à esquerda no segundo mandato que permitiu a ascensão de Dilma Rousseff ao Gabinete Civil e depois à Presidência da República.

Troca de ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação decepciona cientistas

Troca de ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação decepciona cientistas



A substituição de Marco Antônio Raupp do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em pleno fim de mandato do governo representa "o desconhecimento" da importância da Ciência para o desenvolvimento do País. A opinião é da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader.

Segundo ela, a comunidade científica está decepcionada e surpreendida com a saída de Raupp neste momento, considerando que este é um ano atípico para o país que terá Copa de Mundo e eleições presidenciais com toda a mobilização política e econômica que esses acontecimentos requerem. Dessa forma, Helena Nader assegura que a saída de Raupp e de boa parte de sua equipe, nesta atual conjuntura, pode atrapalhar o andamento dos programas da pasta de C&T, já que o novo ministro não está inteirado com todas as ações da pasta.

"Essa é uma mudança dramática, em pleno fim de governo, que nos trará impactos (negativos) que ainda vamos ver", acredita Helena Nader, ao informar que ouviu ontem uma cantilena de decepção de vários cientistas, dos mais altos escalões da comunidade científica, e de empresários, sobre a saída de Raupp. "Todos estão decepcionados. Essa mudança é um desconhecimento da Ciência."

Conforme Helena Nader, existem ministérios que são estratégicos para o desenvolvimento do País, como o Ministério da Educação e o MCTI, que são as bases para a transformação econômica e social. Dessa forma, Helena Nader defende que o MCTI não pode ser incluído "no pacote de moedas de troca de ministérios".

"Um país que quer pertencer ao clube dos países ricos tem de ter estratégia de nação. E nessa visão estratégica tem de ter educação (e ciência e tecnologia). Um projeto de nação vai além de um projeto de governo. E estávamos vendo isso acontecer no Brasil."

Alternância da política científica e tecnológica - Preocupada com a alternância da política científica e tecnológica nacional, a presidente da SBPC fez questão de lembrar que no último ano do governo Lula, em 2010, houve a 4ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável que traçou diretrizes para a política científica, e tecnológica e de inovação. No entanto, poucas foram cumpridas, em razão de cortes e contingenciamentos de recursos do atual governo.

Apesar de consecutivos contingenciamentos de recursos, Helena Nader afirmou que Raupp e equipe realizam um trabalho importante não apenas para Ciência, mas criou também, em especial, uma plataforma de Tecnologia e Inovação do governo Dilma.

"Raupp conseguiu fazer vários acordos, com diferentes ministérios, para trazer mais recursos e fomentar a área de ciência e tecnologia. Mas parece que tudo isso foi desconsiderado", disse. Para Helena Nader, a troca de ministro deveria acontecer apenas caso a função dele não estivesse sendo cumprida corretamente.

Helena Nader reforça que não questiona a competência do futuro gestor do MCTI, pois o mesmo "já demonstrou sua competência à frente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)".

Disse, entretanto, que qualquer ministro que assumir a pasta agora, a apenas nove meses para o fim do atual governo, enfrentará dificuldade para tomar pé da situação, pois o MCTI tem uma arquitetura complexa e que envolve acordos com outros ministérios e diversos organizações. Helena Nader demonstra preocupação também com o contingenciamento de recursos, o qual  Raupp sempre buscou evitar.

Perfil do novo ministro
Clelio Campolina Diniz saiu da reitoria UFMG para assumir o MCTI. Ex-presidente da Câmara de Ciência Sociais Aplicadas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), é formado em Engenharia Mecânica  pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas, dirigiu o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTEC) e coordenou a área de economia do CTC da CAPES. 


(Viviane Monteiro/ Jornal da Ciência)

CORONELEAKS: O "ENCINO" do PT


 Foto da camiseta distribuída pela Secretaria de Educação do Distrito Federal, do petista Agnelo Queiroz, para alunos de uma escola de Brasília. Pela camiseta, dá para imaginar o nível do ensino médio nas escolas públicas da capital federal.

Fonte: CoroneLeaks

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