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quarta-feira, dezembro 24, 2014

Claudio Tognolli: Petrobras - “Venina Veneno” falou o que livro já denunciava há 9 anos


Venina Velosa em entrevista ao Fantástico


Por Claudio Tognolli, 22 de dez de 2014




Todo mundo viu no Fantástico o depoimento da ex-gerente executiva da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, Venina Velosa da Fonseca. Não causa espanto o que nossa “Venina Veneno” denunciou. Causa espanto que toda a fala dela tenha sido apenas uma farsa: a repetir uma tragédia que muita gente já denunciou. Começando com o jornalista Ivo Patarra.

Filho do finado gênio diretor da revista Realidade, Paulo Patarra, Ivo lançou há 9 anos o seu livro “O Chefe”—em que apontava as conexões diretas de Lula com o Mensalão. Ivo conhece o PT por dentro: foi assessor da ex-prefeita petista de São Paulo, Luiza Erundina.

O livro começa com uma frase, solarmente feliz, de Frei Betto, ex-fiel escudeiro do lulismo:

““Nem sob os anos da ditadura a direita conseguiu desmoralizar a esquerda como esse núcleo petista fez em tão pouco tempo. Na ditadura, apesar de todo sofrimento, perseguições, prisões, assassinatos, saímos de cabeça erguida e certos de que tínhamos contribuído para a redemocratização do país. Agora, não. Esses dirigentes desmoralizaram o partido e respingaram lama por toda a esquerda brasileira

Ivo Patarra ele mesmo autorizou a inserção da obra on line, gratuitamente, pelo Creative Commons.

Pois bem: este blog separou trechos do livro de Ivo Patarra, extraídos do Capítulo intitulado “TCU recomendou paralisar obras irregulares; Petrobras foi campeã em aumento de custos”

No final do capítulo, há uma didática frase do ex-presidente Lula, que elogia os “bons pizzaiolos” que ele meteu goela da Petrobras abaixo:

“Dois meses antes do início dos trabalhos da CPI da Petrobras, Lula já dava uma dica sobre como trabalhava a comissão de inquérito. O presidente estava ao lado de José Sarney, durante um evento em homenagem ao ministro e ex-presidente do TCU, Marcos Vilaça. Lula voltou-se a Vilaça:

- Hoje você é ministro e eu sou presidente. Mas, daqui a um ano e meio, eu não sou mais presidente e vamos estar tomando uma água de coco com uma pituzinha lá em Pernambuco, sem prestar contas à imprensa, sem prestar contas a nenhuma CPI da Câmara ou do Senado, apenas prestando contas ao que nós vamos fazer no futuro.

Logo após a instalação da CPI, Lula voltaria a se manifestar:

- O Senado só tem gente experiente. Você acha que tem algum bobo no Senado? O bobo é quem não foi eleito. Os espertos estão todos eleitos.

Perguntado se os senadores fariam a CPI acabar em pizza, Lula vaticinou:

- Todos eles são bons pizzaiolos”.

Veja os trechos escritos por Patarra em 2006. Quem leu e tem poder, nada fez sobre isso…

"O TCU (Tribunal de Contas da União) elaborou relatório de fiscalização com indícios de graves irregularidades em 63 obras do Governo Federal, a ponto de recomendar, em setembro de 2009, a paralisação de 41 empreendimentos da administração Lula. Entre os casos mais graves, a Petrobras. Na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujos serviços àquela altura estavam estimados em R$ 4 bilhões, técnicos do TCU detectaram sobrepreços e critérios de medição inadequados. Na reforma da refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, com obras orçadas num total de R$ 2,5 bilhões, também teria havido a prática de sobrepreço….

Algumas obras sofreram aumentos de custos expressivos, o que alertou o TCU. Cinco delas a cargo da Petrobras: o gasoduto Urucu-Coari-Manaus subiu de R$ 2,4 bilhões, no início das obras, em 2006, para R$ 4,5 bilhões, em março de 2009. Justificativa da Petrobras: a estatal resolvera implementar “tecnologia inédita” no País. O gasoduto Cacimbas-Catu, entre o Espírito Santo e a Bahia, teve os custos elevados de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,5 bilhões. Segundo o TCU, havia contratos firmados sem licitação e o superfaturamento nos serviços de aplicação de asfalto alcançara 2.400%. Trabalhos de escavação em 183 quilômetros da obra foram acordados em R$ 1,6 milhão, enquanto o mesmo serviço em outro trecho, de 171 quilômetros, recebeu orçamento de R$ 10 milhões….

As plataformas marítimas P-52 (campo Roncador) e P-53 (campo Marlim Leste) sofreram reajustes, respectivamente, de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,5 bilhões, e de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,9 bilhões. Integrava a lista a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, cujas obras tiveram aumento de R$ 18,7 bilhões para R$ 19,2 bilhões.

Os custos aumentam com termos aditivos que passam a ser incorporados aos contratos iniciais. Eles alteram projetos básicos, multiplicam valores de obras e introduzem novos serviços. A plataforma P-56, cujo destino era a bacia de Campos (RJ), é outro exemplo. A sua construção subiu de R$ 2 bilhões para R$ 2,4 bilhões. A refinaria de Duque de Caixas, no Rio de Janeiro, teve 24 anexos ao contrato original. Os aditivos previam pagamentos por serviços não estabelecidos anteriormente e até reajuste salarial aos operários. Naquela obra teria ocorrido direcionamento de contratos….



De 2007 a 2009, a construção da eclusa de Tucuruí (PA) foi reajustada de R$ 548 milhões para R$ 815 milhões, um aumento de quase 50%. Chamaram a atenção do TCU os custos da via perimetral (margem direita) do porto de Santos (SP), que praticamente dobrou de preço, de R$ 55 milhões para R$ 107 milhões. Os seguintes reajustes em obras do setor de transportes causaram estranhamento: arco rodoviário do Rio de Janeiro, de R$ 756 milhões para R$ 1,1 bilhão; BR-101, em Pernambuco, de R$ 715 milhões para R$ 818 milhões; BR-101, no Rio Grande do Norte, de R$ 281 milhões para R$ 374 milhões; e a ferrovia Transnordestina, de R$ 4,5 bilhões para R$ 5,4 bilhões. Em julho de 2009, o TCU havia determinado a redução de R$ 120 milhões no contrato firmado entre a Eletronuclear e a construtora Andrade Gutierrez, para construir a usina nuclear de Angra 3 (RJ). Haveria sobrepreço nos serviços.

Como o Brasil é grande, antes do exame de mais problemas registrados na área da Petrobras, a paciência do leitor é preciosa para uma lista de outras 27 obras suspeitas de irregularidades, de acordo com o mesmo relatório do TCU. Em ordem de grandeza: construção do trecho rodoviário do corredor Leste, no Espírito Santo, com serviços orçados em R$ 95 milhões; obras do contorno rodoviário de Foz do Iguaçu (PR), de R$ 74,7 milhões; complexo viário Baquirivu-Guarulhos (SP), R$ 69,8 milhões; construção de trecho do corredor rodoviário da fronteira norte, em Roraima, R$ 15,6 milhões; restauração de rodovias federais no Espírito Santo, R$ 11,4 milhões; acesso rodoviário no corredor Leste, no Espírito Santo, R$ 10,7 milhões; construção de trechos rodoviários na BR-393 (ES), R$ 9,7 milhões; distrito industrial de Manaus, de R$ 1,2 milhão; e obra na BR-010, a Tocantins-Maranhão, R$ 1 milhão.

Agora, obras de drenagem e de construção de barragens: adutora Italuís, no Maranhão, com custo estimado em R$ 299 milhões; adutora de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, R$ 131 milhões; adutora de Serra da Batateira, na Bahia, R$ 67,7 milhões; construção da barragem de Rangel, no Piauí, R$ 53,8 milhões; drenagem do Tabuleiro dos Martins, em Maceió, R$ 53,6 milhões; obras de saneamento na região do rio Paraibuna, em Minas Geais, R$ 35 milhões; construção do sistema adutor do sudeste do Piauí, R$ 34,5 milhões; obras de controle de enchentes no rio Poty, no Piauí, R$ 25,2 milhões; e construção da barragem de Congonhas, em Minas Gerais, R$ 500 mil.

Por fim, as últimas oito obras com suspeitas de irregularidades, acompanhadas, como em todos os casos, de seus custos totais: construção dos terminais de granéis do porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo, no valor de R$ 347 milhões; expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, no Maranhão, R$ 242 milhões; construção da fábrica de hemoderivados de Pernambuco, R$ 136 milhões; construção da linha 3 do Metrô, no Rio de Janeiro, R$ 65 milhões; construção da sede do Tribunal Regional Federal, no Distrito Federal, R$ 19,7 milhões; construção do porto de Camargo, em Campo Mourão (PR), R$ 10,1 milhões; construção da Escola Agrotécnica de Nova Andradina (MS), R$ 1,5 milhão; e reforma do campus da Universidade de Pelotas (RS), R$ 1,3 milhão.

A Petrobras é um caso aparte. Maior empresa nacional, faturou R$ 240 bilhões em 2008 e respondia, no final do segundo governo Lula, por mais de 90% dos investimentos das estatais brasileiras. Suas 21 subsidiárias aplicavam R$ 60 bilhões por ano. Desde a posse de Lula, em janeiro de 2003, até abril de 2009, a empresa firmou contratos de prestação de serviços no valor de R$ 129 bilhões, sendo R$ 47 bilhões, mais de um terço do total, sem licitação.

De suas 80 diretorias, gerências e assessorias importantes, 21 foram ocupadas por indicações políticas, a saber: 17 do PT, duas do PMDB e duas do PP. Vale destacar a Braspetro, distribuidora de combustíveis, nas mãos do ex-senador tucano Sérgio Machado (CE), apadrinhado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e o próprio presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli (PT-BA), ligado ao governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).



Uma das contratadas pela Petrobras para tocar as obras em Abreu e Lima, citada pela Polícia Federal, era a EIT (Empresa Industrial Técnica). Ela apareceria como suspeita de efetuar pagamentos indevidos ao grupo do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

As atividades de Fernando Sarney foram investigadas pela Polícia Federal e justificarão a devida atenção do leitor, conforme veremos nos próximos capítulos. Em todo o caso, cabe registrar as suspeitas dos federais sobre as ligações entre o filho de José Sarney e Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e Energia, afastado do governo Lula no bojo de um caso de corrupção, como já vimos. Mas Silas Rondeau continuaria agindo na gestão do PT. Utilizaria sua influência na Petrobras, da qual era integrante do Conselho de Administração, para beneficiar os negócios do grupo de Fernando Sarney.

Silas Rondeau faria uso de uma consultoria para “mascarar” o recebimento de dinheiro de empresas do setor de energia. Ele figuraria como sócio oculto da RV2, que assinara, por exemplo, contrato de R$ 195 mil com a Multiner, empresa com atuação na construção de usinas eólicas. A Multiner também controlaria a termelétrica de Cristiano Rocha, em Manaus, que recebera financiamento de R$ 27,7 milhões da Petros, o fundo de pensão da Petrobras.

Oito meses após deflagrar a Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal concluiu uma nova fase de investigações sobre as atividades da Camargo Corrêa. O delegado Otavio Margornari Russo apontou obras suspeitas de superfaturamento e indícios de doações ilegais a cerca de 200 políticos.

Na Petrobras, José Carlos Espinoza teria a função, conforme explicou, de fazer a interlocução com os movimentos sociais. Ao esclarecer o que fazia, citou dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar. Nas palavras de José Carlos Espinoza:

- Por conta exatamente do meio de campo que foi pedido para eu fazer entre os movimentos sociais e a Petrobras. Conheço o José Rainha, o presidente da Contag, o pessoal da Fetraef.

O TCU examinou o destino das aplicações da Petrobras em programas e obras sociais. Eram convênios ou contratos firmados por dispensa de licitação que movimentaram R$ 209 milhões entre 2003 e meados de 2009. A maior parte do dinheiro vinha do chamado FIA (Fundo da Infância e Adolescência) e beneficiou o PT e os partidos da base aliada do presidente Lula. De dezembro de 2008 a maio de 2009, por exemplo, de R$ 38,6 milhões provenientes de 157 repasses, 54% dos recursos irrigaram administrações do PT. Os 46% restantes foram divididos por 16 partidos. Se considerarmos o PMDB, os dois principais partidos da base aliada, PT e PMDB, embolsaram 67% da verba.

Levantamento do TCU identificou repasses da Petrobras, no valor de R$ 15 milhões, para a CUT (Central Única dos Trabalhadores, ligada ao PT) alfabetizar 140 mil trabalhadores entre 2004 e 2005, ainda no primeiro mandato de Lula.

Durante os dois mandatos de Lula, três empresas foram contratadas 268 vezes pela Petrobras. Juntas, R.A. Brandão Produções Artísticas, Guanumbi Promoções e Eventos e Sibemol Promoções e Eventos, esta última registrada em endereço onde funcionava um canil, no Rio, faturaram R$ 11,6 milhões, em contratos sem licitação. Raphael de Almeida Brandão era sócio das três. Outra coincidência: a responsabilidade pelas contratações estava a cargo do gerente de comunicação de Abastecimento da Petrobras, Geovane de Morais, oriundo do movimento sindical de químicos e petroleiros da Bahia, como, aliás, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o seu assessor especial, Rosemberg Pinto, e o próprio governador do Estado, Jaques Wagner.

Um caso palpitante pôs a ANP na berlinda: o pagamento de R$ 178 milhões, supostamente ilegal, a sindicatos de produtores de álcool de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. O episódio teve a participação do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, uma liderança do PC do B. O acerto para quitar subsídios que seriam devidos aos usineiros teria sido lesivo aos cofres públicos, pois o valor, muito alto, foi pago em dinheiro, evitando o procedimento padrão de mandar os credores à fila dos precatórios. Além de Haroldo Lima, teriam participado da negociação o deputado José Mentor (PT-SP) e um amigo, o lobista Paulo Afonso Braga Ricardo, que ficaria com comissão de 30% do total, ou seja, quase R$ 50 milhões. O lobista disporia de empresa offshore e teria uma ex-empregada doméstica de “sócia”.

Havia ainda indícios de fraudes em licitações para reformar plataformas marítimas, no valor de R$ 200 milhões, conforme investigação da Polícia Federal na Operação Águas Profundas, realizada em 2007. O TCU também apontara possíveis irregularidades em contratos para construir plataformas. Com base no trabalho dos federais, o Ministério Público denunciou 26 pessoas por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação e falsificação de documentos, incluindo diretores da Iesa Óleo e Gás.

Apesar da ação criminal contra dirigentes da empresa, a Petrobras assinou um contrato com a Iesa Óleo e Gás no ano seguinte, no valor de R$ 190 milhões, para reformar plataformas. A empresa também participava do consórcio encarregado de construir a plataforma P-63, no valor de R$ 1,6 bilhão. Na investigação da Operação Águas Profundas, a Iesa Óleo e Gás admitiu ter entregue R$ 3,5 milhões à Angraporto, para comprar informações privilegiadas e vencer concorrência na Petrobras. A Angraporto, por sua vez, teria pago propina a funcionários da Petrobras, a fim de ganhar os certames. Com os dados, a Iesa obteria contrato para reformar a plataforma P-14. Em 2006, a mesma Iesa doara R$ 1,6 milhão para a campanha eleitoral do PT.

Como a Iesa, a GDK também se metera em confusão e sairia recompensada pela Petrobras. A empresa, com sede em Salvador, tornou-se famosa em 2005, após um de seus executivos presentear o então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, com um jipe Land Rover. A revelação do mimo a Silvio Pereira ocorreu no auge do escândalo do mensalão. Na época, a GDK era dona de R$ 512 milhões em contratos com a Petrobras, sendo que a reforma da plataforma P-34, no campo de Jubarte (ES), teria sofrido sobrepreço de US$ 23 milhões. Conforme levantamento da Folha de S.Paulo, após o escândalo a GDK voltaria a ser contratada 19 vezes pela Petrobras. Total dos contratos firmados, entre 2007 e 2009: R$ 584 milhões. O mais alto, no valor de R$ 199 milhões, foi assinado com dispensa de licitação.

Diversas ocorrências justificaram a criação da CPI da Petrobras. Mas o Palácio do Planalto a manteve sob controle desde o início, em agosto de 2009. Oito de seus 11 integrantes eram da base aliada. Lula ainda dispunha do presidente da comissão, senador João Pedro (PT-AM), e do relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), seu líder no Senado. Requerimentos da oposição foram derrubados. Não houve acesso a dados considerados sigilosos. Engavetaram a investigação do convênio entre a Petrobras e a Fundação José Sarney. Não prosperaram as tentativas de averiguar a manobra contábil usada pela Petrobras, com a finalidade de alterar seu regime tributário e deixar de pagar R$ 2 bilhões em impostos em 2009.

Ao contrário da CPI dos Correios, que quase o derrubou, Lula, mais experiente, negociou antes e blindou a CPI da Petrobras. No editorial “Sob a regência de Lula”, o jornal O Estado de S. Paulo abordou a relação estreita entre o presidente da República e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP): “O apoio a Sarney é peça-chave nessa formidável construção de poder que Lula rege pessoalmente porque considera a sua prioridade número um. No primeiro mandato, Lula não raro delegou as articulações políticas do governo a Dirceu e aos ministros Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, e Antonio Palocci, da Fazenda. Neste segundo período, escaldado pelos tropeços no escândalo do mensalão, e até por falta de alternativas, tornou-se ele próprio o seu principal operador político”.


ALERTA TOTAL: PT mantém postos políticos e Dilma escala ministros com perfil de fácil negociação com o Congresso



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A marketagem numerológica com o número 13 surpreendeu tão pouco quanto o anúncio de treze novos ministros do velho novo desgoverno Dilma Rousseff. A única novidade digna de nota entre os anunciados é que Dilma tirou o ministério dos Esportes do velho aliado PC do B e entregou para o PRB - partido da Igreja Universal do Reino de Deus, do Bispo Edir Macedo. O novo ministro é George Hilton o "teólogo, pastor, animador, deputado federal e apresentador de programas na TV Record MG desde 1994. Foi um presentão natalino na véspera das olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.

Avaliado como um dos melhores ministros de Dilma, Aldo Rebelo vai para o Ministério da Ciência e Tecnologia - onde integrantes do PC do B já ocupam áreas estratégicas desde o governo Lula. Surpresa nada agradável para a área militar foi a escalação do ex-governador baiano Jaques Wagner para o Ministério da Defesa, no lugar de Celso Amorim. A indicação dele tem uma explicação bélica. Foi ele o primeiro a impor uma grande derrota ao Carlismo na Bahia. Na verdade, Wagner vai cuidar mesmo da "Defesa do PT", fazendo articulações fora de seu ministério.

Importante mesmo no novo time de Dilma é o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab (PSD), que ganha o Ministério das Cidades, mas terá a missão espinhosa de gerenciar, nos bastidores, a relação entre o governo e o resto da base aliada, pelo Brasil afora. Atuará junto ou baterá cabeça com o deputado federal petista Pepe Vargas, que vai para a pasta das Relações Institucionais, no lugar de Ricardo Berzoini (que deve pegar outro ministério mais importante: o das Comunicações, para cuidar da "regulação econômica da mídia").

No mais, as indicações atenderam ao critério de politicagem. O afilhado de Renan Calheiros, Vinicius Lages, continua no Ministério do Turismo. Jader Barbalho emplacou seu filho Hélder Barbalho no Ministério da Aquicultura e Pesca. O irmão de Ciro Gomes, o ex governador cearense Cid (PROS), foi parar no Ministério da Educação. Dilma conseguiu tirar Moreira Franco do Ministério da Aviação, colocando no lugar dele o experiente Eliseu Padilha, que tem o mesmo dom de excelentes articulações com as maiores empreiteiras (que hoje andam meio em desgraça pela Lava Jato).

Na cota pessoal, Dilma indicou Valdir Simão para a Controladoria Geral da União e emplacou Nilma Lino Gomes na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Dilma também impôs ao PMDB a escalação de Kátia Abreu no Ministério da Agricultura. Mas permitiu que seu vice Michel Temer indicasse Edinho Araújo para a estratégica Secretaria dos Portos. Nas Minas e Energia, o consenso era substituir o desgastado Edson Lobão por alguém que não atrapalhasse a vovozinha e seu netinho. Por isso foi indicado o atual líder do PMDB no Senado, o amazonense Eduardo Braga, que é Engenheiro Elétrico por formação.



Na prática, o PT conseguiu manter seus ministérios políticos. Aloísio Mercadante deve permanecer onde está, na Casa Civil. Miguel Rossetto assume a Secretaria Geral da Presidência da República, no lugar de Gilberto Carvalho, a quem Dilma não mais aturava há muito tempo. Rossetto cuidará da estratégica relação com os movimentos sociais - fundamentais para darem sustentação ao governo Dilma, em caso de previsíveis instabilidades que de desenham no futuro próximo.

Resumidamente, a nova escalação ministerial de Dilma tentará corrigir o que ficou falho no primeiro mandato: uma relação mais pacífica com o Congresso.


BLOG DO CORONEL: Retrato do ministério de Dilma Rousseff.




Este projeto é do novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, o comunista que chefiava o ministério dos Esportes e que nos legou a Copa 2014. Precisa dizer mais?

BLOG DO CORONEL: Vendido o lote 1 do leilão do ministério de Lula e Dilma: 9 entre 13 dos ministros não entendem absolutamente nada das suas pastas. Estão rindo da cara do país.







A nove dias da posse, conforme esta matéria da Veja, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira uma lista dos novos ministros que vão compor o alto escalão do governo em seu segundo mandato. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), será o novo ministro da Defesa e o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), assumirá a Educação.


Dilma divulgou ainda a lista com nomes da chamada "cota do PMDB" na Esplanada. Como esperado, a senadora Kátia Abreu (TO) irá para o Ministério da Agricultura. O Ministério de Minas e Energia, no centro da Operação Lava Jato, também sofreu mudanças – mas continuará sob o comando partido. 


O senador Eduardo Braga, derrotado nestas eleições ao governo do Amazonas, substituirá o ministro Edison Lobão, citado no esquema de corrupção. Horas antes do anúncio da nova equipe, Lobão confirmou que deixaria a pasta, mas ponderou que “não deve nada”. E classificou o petrolão como uma "crise circunstancial". 


O deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS) assumirá a Secretaria de Aviação Civil no lugar de Moreira Franco. Filho do senador Jader Barbalho, Helder Barbalho (PMDB) ganhará o Ministério da Pesca após ter sido derrotado na disputa ao governo do Pará. Vinícius Lage, afilhado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), continua no Turismo, conforme anúncio desta terça-feira.


A acomodação dos aliados peemedebistas se dá um mês após Dilma anunciar a equipe econômica de seu novo governo. Com a demora na definição do loteamento do ministério, deputados e senadores da base chegaram a pressionar o governo e esvaziaram a sessão que votaria a flexibilização do superávit fiscal deste ano. No entanto, após se reunirem com Dilma, o texto foi aprovado. O PMDB, principal aliado do Planalto, porém, aumentou a fatura: pediu seis ministérios, um a mais do que a cota atual.


Dilma também acomodou na Esplanada aliados de outros partidos. Assim como Cid Gomes, que se aproximou de Dilma ao se posicionar contra o rompimento do PSB com o governo federal, Gilberto Kassab, do PSD, ficará com o Ministério das Cidades. Aldo Rebelo (PCdoB), hoje no Esporte, ficará com a pasta de Ciência e Tecnologia.


Confira a lista completa de nomeados:


Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação);
Cid Gomes (Educação);
Edinho Araújo (Secretaria de Portos);
Eduardo Braga (Minas e Energia);
Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil).
George Hilton (Esporte); 
Gilberto Kassab (Cidades); 
Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca);
Jacques Wagner (Defesa);
Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);
Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial);
Valdir Simão (Controladoria Geral da União)
Vinicius Lajes (Turismo)

Fonte: Blog do Coronel

ORLANDO TAMBOSI: O patético novo ministério de Dilma: Rebelo, aquele do Saci Pererê, na Ciência & Tecnologia; e Jaques Wagner na Defesa: bem que os milicos merecem.



Wagner, o homem que "cuidará" dos milicos, abençoado por Dilma.

Antes de ser ministro dos Esportes no governo Lula, o comunista Aldo Rebelo quis instituir o "Dia do Saci Pererê" para se contrapor ao "imperialista" Halloween, o Dia das Bruxas, nos EUA. Com essa mente científica no comando, certamente as ciências terão logo um brasileiro como Prêmio Nobel. Quanto à Defesa, que vai de mal a pior desde que o megalonanico Amorim por lá esteve, ficará com o governador baiano Jaques Wagner, um velho lulopetista. Bene, a lista tem até uma afilhado do impoluto Renan Calheiros, um tal de Vinicius Laje, que continua no Turismo. Tudo somado, o patrimonialismo sai fortalecido, como em todos os governos do retrógrado Partido Totalitário:




A nove dias da posse, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira em e-mail enviado pela Secretaria de Comunicação às 19h55 uma lista dos novos ministros que vão compor o alto escalão do governo em seu segundo mandato. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), será o novo ministro da Defesa, e o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), assumirá a Educação. Dado como um nome certo para ganhar um cargo na Esplanada, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) vai para o disputado Ministério das Cidades. 


Com 13 nomes, a lista divulgada nesta terça-feira contempla a cota do PMDB na Esplanada. Como esperado, a senadora Kátia Abreu (TO) irá para o Ministério da Agricultura. O Ministério de Minas e Energia, no centro da Operação Lava Jato, também sofreu mudanças – mas continuará sob o comando partido. O senador Eduardo Braga, derrotado nestas eleições ao governo do Amazonas, substituirá o ministro Edison Lobão, citado no esquema de corrupção. Horas antes do anúncio da nova equipe, Lobão confirmou que deixaria a pasta, mas ponderou que “não deve nada” e classificou o petrolão como uma "crise circunstancial". 


O deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS) assumirá a Secretaria de Aviação Civil no lugar de Moreira Franco. Derrotado por Simão Jatene (PSDB) na disputa pelo governo do Pará, Helder Barbalho (PMDB), filho do senador Jader Barbalho ganhará o Ministério da Pesca.


Vinícius Lage, afilhado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), continua no Turismo, conforme anúncio desta terça-feira. Inicialmente, havia a expectativa de Lage deixar o cargo e ceder espaço ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), citado no escândalo do petrolão. Alves, no entanto, afirmou na véspera do anúncio que queria aguardar um posicionamento do Ministério Público sobre as denúncias em torno do seu nome.


A acomodação dos aliados peemedebistas se dá um mês após Dilma anunciar a equipe econômica de seu novo governo. Com a demora na definição do loteamento do ministério, deputados e senadores da base chegaram a pressionar o governo e esvaziaram a sessão que votaria a flexibilização do superávit fiscal deste ano. No entanto, após se reunirem com Dilma, o texto foi aprovado. O PMDB, principal aliado do Planalto, porém, aumentou a fatura: pediu seis ministérios, um a mais do que a cota atual.


Dilma também acomodou na Esplanada aliados de outros partidos. Aldo Rebelo (PCdoB), hoje no Esporte, ficará com a pasta de Ciência e Tecnologia. Ele será substituído por George Hilton (PRB). Assim como Cid Gomes, que se aproximou de Dilma ao se posicionar contra o rompimento do PSB com o governo federal, Gilberto Kassab, do PSD, ficará com o Ministério das Cidades. 


Aguardada por petistas, a transferência do atual ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para o Ministério das Comunicações não foi confirmada no anúncio desta terça-feira. Sua eventual nomeação é um afago à legenda: a pasta passará a ter, no ano que vem, parte da verba de publicidade da Secretaria de Comunicação da Presidência.


O anúncio desta terça-feira também não contempla o PP, outro partido aliado citado no petrolão. A última etapa da reforma ministerial está prevista para a próxima segunda-feira. Em nota, a presidente agradeceu a dedicação dos ministros que deixam o cargo e informou que a posse da nova composição ministerial será em 1º de janeiro.


Confira a lista completa de nomeados:


Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação)
Cid Gomes (Educação)
Edinho Araújo (Secretaria de Portos)
Eduardo Braga (Minas e Energia)
Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil)
George Hilton (Esporte)
Gilberto Kassab (Cidades) 
Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca)
Jaques Wagner (Defesa)
Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)
Valdir Simão (Controladoria Geral da União)
Vinicius Lajes (Turismo)
(Veja.com).

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