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sábado, agosto 23, 2014

BLOG DO CORONEL: Aécio sai em defesa do Agro contra a volta da velha ameaça chamada Marina




Na véspera da indicação de Marina Silva para disputar a Presidência da República pelo PSB, o candidato do PSDB, Aécio Neves, visitou nesta terça-feira (19) os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, duas das principais regiões produtoras do país, e acenou com promessas para o agronegócio. 

O setor tem grandes restrições à ex-ministra, a quem atribui uma atitude intransigente na defesa de questões ambientais, que poderia prejudicar o desenvolvimento da atividade agroindustrial. Marina deverá ser oficializada nesta quarta (20) como candidata do PSB, substituindo o ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada. 

Na manhã desta terça, durante entrevista em Dourados (MS), Aécio prometeu agir "em parceria" com os produtores rurais. "Quero aqui hoje, em Dourados, reiterar o meu compromisso em fazer um governo parceiro do agronegócio", disse o tucano, segundo transcrição divulgada pela campanha tucana. "O Brasil hoje deve ao esforço dos homens do campo, na agricultura e na pecuária, o crescimento que vem tendo." 

Afirmando estar em uma região "emblemática para nós", Aécio voltou a prometer a criação de um "superministério da agricultura" para definir investimentos em logística e infraestrutura para o setor e com poder para negociar com o Ministério da Fazenda na formulação do Orçamento. Ele disse que a pasta será ocupada por "pessoas representativas" da área e não será objeto de loteamento político. 

"Ou compreendemos de forma definitiva que o agronegócio é a principal alavanca para o desenvolvimento econômico, mas também social do país, ou vamos estar daqui a pouco, infelizmente, nos confrontando com o crescimento negativo da nossa economia", declarou o candidato. 

Citando números, o tucano evitou associar a expansão da atividade agrícola ao aumento do desmatamento. Afirmou que, desde a década de 90, a área plantada aumentou cerca de 40% no país e que a produção subiu em torno de 220%. "Isso é uma constatação clara de que o agronegócio brasileiro é produtivo, tem responsabilidade ambiental", concluiu. 

No início da tarde, ao desembarcar em Cuiabá (MT), Aécio citou novamente o "superministério" e prometeu investimentos para o escoamento da produção do Estado. Prometeu concluir as obras da BR-163, rodovia importante para o transporte de soja e alvo de oposição de Marina durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente. Disse ainda que irá privilegiar hidrovias e ferrovias que, segundo ele, foram "abandonadas" pelo atual governo.(Folha Poder)

PETRALHAS: 10 mudanças absurdas que o IP da PRESIDÊNCIA fez na Wikipedia





Das 256 intervenções feitas na Wikipedia por computadores conectados à rede Wi-Fi do Palácio do Planalto, pelo menos quatro tiveram o objetivo de excluir trechos que ligavam pessoas do governo a acusações de corrupção ou fatos constrangedores. As investigações para apurar quem seriam os autores das edições começaram hoje, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. 

A primeira alteração deste tipo feita pelo IP 200.181.15.10 aconteceu em 2010 no perfil de Gilberto Carvalho, atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, como EXAME.com mostrou. 

Na ocasião, relato de acusações que ligavam o então chefe-de-gabinete do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva a esquema de arrecadação de propina na região do ABC paulista foram substituídos por elogios ao hoje ministro.

Ele não foi o único. De acordo com a Folha de São Paulo, o mesmo IP também teria sido usado para alterar trechos constrangedores das páginas de Alexandre Padilha, candidato petista ao governo de São Paulo, Ideli Salvatti, atual ministra dos Direitos Humanos, e Michel Temer, vice-presidente da República.

Segundo O Globo, os jornalistas Míriam Leitão, colunista do jornal, e Carlos Alberto Sardenberg, da CBN e Rede Globo, também foram alvo de edições do IP 200.181.15.10 que, segundo o governo disse ao veículo, corresponde ao endereço geral do servidor da rede Wi-Fi do Palácio do Planalto.

De acordo com relato do blog da jornalista Cristiana Lôbo do G1, as redes sem fio do governo da não foram usadas apenas para resguardar a reputação da base governista. Segundo a Polícia Federal, um dispositivo usando o Wi-Fi do Ministério de Meio Ambiente seria o responsável por adicionar comentários negativos ao perfil da ministra Izabella Teixeira, que comanda a pasta.

Confira as principais alterações da mais recente para a mais antiga feita por computadores (ou outros dispositivos) do Planalto: 

1. Do perfil da hoje ministra dos Direitos Humanos Ideli Salvatti, foi excluída a informação de que, em 2009, ela votou a favor do arquivamento de ações contra José Sarney. A edição foi feita em 16 de janeiro às 17h25.

2. Um extenso trecho que relatava suposto esquema de corrupção na Funasa (Fundação Nacional da Saúde) durante a gestão de Alexandre Padilha, hoje candidato do PT ao governo do estado de São Paulo, foi retirado do ar em 10 de dezembro de 2013.

3. O mesmo procedimento foi adotado para o relato de críticas da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) ao Programa Mais Médicos, criado durante o período em que Padilha foi ministro da Saúde. Os editores que usavam a rede do Planalto aproveitaram a deixa para tecer uma série de elogios ao programa.

4. Até a diferença de idade entre Michel Temer, vice-presidente da República, e a sua esposa foi alvo da navalha dos editores que usavam o IP da Presidência no dia 14 de outubro do ano passado. As informações de que ela teria sido recepcionista e candidata ao Miss Paulínia também foram limadas. No dia 1º de novembro, foi a vez do relato de que Temer seria maçom ser excluído. 

5. A informação de que Temer foi acusado de se beneficiar do chamado mensalão do DEM foi trocada pela explicação de que, na verdade, ele “teria articulado a saída do ex-governador do DF, Joaquim Roriz (PMDB)”, um dos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção. A alteração foi feita em 21 de agosto de 2013.

6. Em maio do mesmo ano, foi a vez de jornalistas entrarem na mira dos computadores do Planalto. No dia 10, as análises econômicas de Míriam Leitão, colunista de O Globo, foram classificadas de desastrosas pelos autores que usavam a rede do governo. Três dias depois, ela foi acusada de fazer “a mais corajosa e apaixonada defesa de Daniel Dantas”, escreveram. 

7. Nos mesmos dias, pessoas usaram a rede do Planalto para relacionar as posições de Carlos Alberto Sardenberg, da CBN e Rede Globo, com o fato de ele ser irmão do diretor da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). “A relação familiar denota um conflito de interesse em sua posição como colunista econômico”, adicionaram

8. Em novembro de 2010, a informação de que a hoje ministra do planejamento Míriam Belchior foi casada com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, também foi suprimida. 

9. Dois meses antes, foi excluído trecho que relatava a acusação dos irmãos do prefeito Celso Daniel, morto em 2002, contra o ministro Gilberto Carvalho. No lugar, os autores que usavam o Wi-Fi da Presidência teceram uma série de elogios ao então chefe-de-gabinete de Lula. 

10. Em 2008, talvez testando a ferramenta, um autor usando a rede do Planalto descreveu o Japão como o “país das pessoas de olho puxado (sic)” em verbete sobre a História da República da China (1912 - 1949). O trecho foi alterado posteriormente por outros usuários da ferramenta.

ARNALDO JABOR: O califado PeTista


As eleições para presidente não serão “normais” – apenas uma disputa entre dois partidos para ver quem fica com o poder. Não. Trata-se de uma batalha entre democratas e não democratas. Está na hora de abrirmos os olhos, porque está em curso o desejo de Dilma e seu partido de tomar o governo para mudar o Estado. Não tenho mais saco para tentar análises políticas sobre a “não política”. Não aguento mais tentar ser “sensato” sobre a insensatez. Por isso, só me resta fazer a lista do que considero as doenças infantis do petismo, cuja permanência no poder pode arrasar a sociedade brasileira de forma irreversível.


O petismo tem a compulsão à repetição do que houve em 1963; querem refazer o tempo do Jango, quando não conseguiram levá-lo para uma revolução imaginária, infactível. Os petistas querem a democracia do Comitê Central, o centralismo democrático, o eufemismo que Lênin inventou para controlar Estado e sociedade. Eles não confiam na “sociedade”; só pensam no Estado, na interferência em tudo, no comportamento dos bancos, nos analistas de mercado e principalmente no velho sonho de limitar a liberdade de opinião. Assinam embaixo da frase de Stálin: “As ideias são muito mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, por que deveríamos permitir que tenham ideias?” Nossa maior doença – o Estado canceroso – será ignorada e terá uma recaída talvez fatal. Não fazem autocrítica e não querem ser criticados. A teimosia de Dilma é total – vai continuar errando com galhardia brizolista. Sua ideologia é falha, mal-assimilada nessa correria sindicalista e pelega. Até agora governaram um país capitalista com regras e métodos anticapitalistas – dá no desastre econômico a que assistimos. Eles odeiam a competência.

Acham que administrar é coisa de burguês – vejam o estrago atual. Acham que planejam a História, que “fazem” a História. Por isso, adotaram a mui útil “mentira revolucionária”. Assim, podem ocultar tudo da sociedade para o “bem dela”. Aliaram-se ao que há de pior entre os reacionários brasileiros e vivem a volúpia de imitá-los, com um adorável “frisson” perverso ao cometerem malfeitos para “fins justos”. Aliás, nem sabem o que são seus “fins”; têm uma vaga ideia de “projeto”, que não passa de um sarapatel de “gramscianismo” vulgar com getulismo tardio e um desenvolvimentismo dos anos 60. Foi assim que criaram a “roubalheira de esquerda”, que chamam de “desapropriação” de dinheiro da burguesia. Isso justificou o mensalão, feito para eleger Dirceu presidente em 2010. Fracassaram. Aliás, o PT abriga muitos fracassados porque, ao se dizerem “revolucionários”, sentem-se superiores a nós, os alienados, os neoliberais, os direitistas, os vendidos ao imperialismo.

Não entendem o mundo atual e continuam com os pressupostos de uma política dos anos 30 na URSS. Leiam os livros do período e constatem se um Gilberto Carvalho não pensa igualzinho ao Molotov. Para eles, a oposição é a união da “burguesia” contra o “povo”. No entanto, quem se aliou à pior burguesia patrimonialista foram eles; ou Sarney, Renan, Jucá, Maluf e Severino do macarrão são bolcheviques? Petistas só pensam no passado como vítimas ou no futuro como salvadores e heróis. O presente é ignorado, pois eles não têm reflexão crítica para entendê-lo. Adoram estar num partido que pensa por eles. Dá um alívio não ter de pensar – só obedecer. A mediocridade sonha com o futuro onipotente. A morte súbita de Eduardo Campos pirou os “hegelianozinhos de pacotilha” que descobriram que a História é intempestiva e não obedece ao Rui Falcão. Agora, rumam em massa para Pernambuco para elogiar quem chamavam de “traidor e menino mimado”.

Querem criar os tais “conselhos” sociais, para adiar os problemas, fingindo uma “humildade democrática” para “ouvir” a população, de modo a ocultar seu autoritarismo renitente. Vivem a ideia de um futuro socialista como o substituto do sonho de “imortalidade” dos cristãos. Comunista não morre; vira um conceito. O homem é um ser social, e o “ser social” nunca morre. Para eles (e para o Kim da Coreia do Norte), o indivíduo é uma ilusão que criou essa dor melodramática. Quem morre é pequeno-burguês. Muitos intelectuais e artistas que sabem dessas doenças infantis preferem cavalgar o erro a mudar de ideia. Consola a consciência ter uma estrelinha vermelha pendurada na alma.

Os petistas têm uma visão de mundo deturpada por conceitos compartimentados e acusatórios: luta de classes, vitimização, culpados e inocentes, traidores e traídos. Acham que a complexidade é um complô contra eles, acham a circularidade inevitável da vida uma armação do neoliberalismo internacional. Confundem simplicidade com simplismo. Nunca fazem parte do erro do mundo; sentem-se superiores a nós, tocados pelo dedo de Deus.

Agora, no mundo modificado pelo fim do socialismo real, pelos impasses do Oriente Médio, pela crise financeira do capitalismo, pela revolução digital, sentem falta de uma ideologia que os justifique e absolva. E como não existe nenhuma disponível (social-democracia, nem pensar...), apelam para o tosco bolivarianismo que nos contamina aos poucos. É inacreditável como batem cabeça para ditadores e criminosos, de Ahmadinejad a Maduro, de Putin a Fidel, tudo em volta do fascismo populista de Chávez.

Dilma se acha Brizola, Lula imita Getúlio: nacionalismo, manipulação da liberdade, ódio a estrangeiros, desconfiança dos desejos da sociedade. Nada pior do que o brizolismo-getulista neste momento do país. Estávamos prontos para decolar no mundo contemporâneo, mas seguraram o avião e voltamos para trás.

Por isso, repito a frase oportuna de Baudrillard:

“O comunismo, hoje desintegrado, tornou-se viral, capaz de contaminar o mundo inteiro; não por meio da ideologia, nem do seu modelo de funcionamento, mas por meio do seu modelo de des-funcionamento e da desestruturação da vida social”.

Embrapa Pantanal lança nota técnica sobre uso das terras pantaneiras

Nota técnica sobre uso das terras pantaneiras é lançada pela Embrapa Pantanal
Estudos da instituição devem subsidiar a legislação do Cadastro Ambiental Rural no bioma

A Embrapa Pantanal apresentou, no último dia 14, uma nota técnica com uma proposta de alternativa para a substituição de paisagens nativas por pastagens cultivadas nas terras pantaneiras. Essa nota foi elaborada a pedido do Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul – IMASUL para subsidiar a legislação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Pantanal sul-mato-grossense, tomando como base as exigências feitas pelo Artigo 10 do novo Código Florestal.
As análises da nota técnica consideraram dados sobre a economia e a ecologia da região para definir as porcentagens de supressão vegetal permitidas para o cultivo de pastagens nos diferentes tipos de paisagem do bioma. Segundo dados da nota, estes foram os limites definidos para a substituição de paisagens nativas no Pantanal, de forma a conservar a sustentabilidade ecológica da região:
•             35% dos cerrados
•             36% das florestas
•             45% dos campos não inundáveis
•             45% dos campos inundáveis*
* quando estes apresentarem alta cobertura do solo por espécies de capins pouco palatáveis, como, por exemplo, o capim vermelho.
Ainda de acordo com a nota técnica, o Pantanal possui, atualmente, menos de 15% de área desmatada. Considerando as porcentagens propostas na nota para a supressão vegetal na planície, a quantidade de área cuja vegetação poderia ser substituída por pastagens dobraria – no mínimo – em relação à quantidade substituída até hoje. Segundo a chefe-geral da Embrapa Pantanal, Emiko Resende, porcentagens de supressão superiores àquelas definidas pela nota técnica podem comprometer a sustentabilidade ecológica do bioma e, portanto, contrariar as exigências do Artigo 10 do Código Florestal.
A chefe-geral cita ainda a diversificação das atividades econômicas como alternativa para a manutenção da pecuária pantaneira. "Produzir as madeiras das cercas na própria propriedade, por exemplo – que é o que a Embrapa já está buscando através do Projeto Biomas no Pantanal, financiado pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA) no Brasil – é uma forma de reduzir, em parte, os custos operacionais do sistema", afirma Emiko.
O turismo ecológico é uma das alternativas de diversificação citadas pela chefe-geral, assim como a monetarização dos serviços de preservação ambiental. "É possível fazer com que a sociedade pague pelas ações de conservação, agregando valores à biodiversidade pantaneira e mantendo a vegetação nativa – que é um patrimônio fantástico".
Para Emiko Resende, as normas definidas pela nota técnica devem promover tanto a preservação quanto o desenvolvimento do bioma. "Nós estamos preocupados em conciliar o uso com a conservação pra promover a sustentabilidade da região. Queremos que esse ecossistema ímpar no mundo continue existindo para as próximas gerações", finaliza a chefe-geral.

Redação:

Nicoli Dichoff
Jornalista - 3252/SC
Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Pantanal/ Corumbá - MS
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa

nicoli.dichoff@embrapa.br
Telefone: +55 67 3234-5957 | Skype: nicoli.dichoff
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SENSACIONAL: Rachel Sheherazade vai entrevistar Dilma Rousseff, será que o SBT vai censurar as perguntas inteligentes da Rachel?



A jornalista Rachel Sheherazade, crítica ferrenha da atual Presidente, terá a oportunidade de ficar frente a frente com Dilma Rousseff.

Entre os dias 15 e 19 de setembro, o “SBT Brasil” promoverá entrevistas com os candidatos à presidência, a exemplo do que está fazendo o “Jornal Nacional”. Esta será a primeira vez em que Rachel e Dilma se encontrarão pessoalmente.

Nas redes sociais, Rachel não poupa críticas à presidente e costuma divulgar links de notícias que mostram o atual cenário econômico do Brasil, além de denúncias de corrupção. Dilma, por sua vez, é a representante maior do governo, que teria ameaçado cortar as verbas de publicidade do SBT caso Sheherazade não deixasse de emitir suas opiniões na bancada do telejornal.

Além das entrevistas, o SBT também realizará debates entre os candidatos à presidência nos dias 1° de setembro e 22 de outubro. Ambos serão mediados pelo jornalista Carlos Nascimento.

Fonte: TnOnline

RODRIGO CONSTANTINO: A passividade da opinião pública frente aos inesgotáveis escândalos do governo petista


Hipnose coletiva


Por Rodrigo Constantino

Guilherme Fiuza não poupa os que protestavam contra ‘tudo’, o mesmo que protestar contra nada, e que tomaram as ruas em junho de 2013. Chama isso de ‘rebeldia inofensiva’

Para o filósofo Henri Bergson, o riso não pode ser bondoso. Sua função é “intimidar humilhando”. Lembrei disso ao reler os deliciosos textos de Guilherme Fiuza reunidos no livro “Não é a mamãe”, que será lançado pela Record nesta quinta, às 19h na Travessa do Leblon.

Sua marca registrada é o sarcasmo diante do inacreditável: a passividade da opinião pública frente aos inesgotáveis escândalos do governo petista. Acreditou-se até mesmo nos mitos da “faxineira ética” e da “gerentona eficiente”.

Nunca antes na história deste país se roubou tanto, avançou-se tanto sobre o Estado como se fosse uma “cosa nostra”. Tudo protegido pela narrativa dos “oprimidos do bem”. O “governo popular” das “minorias” — o operário e a mulher — goza de um salvo-conduto para praticar todo tipo de “malfeito”. A imprensa “burguesa e golpista” não tem nada com isso, e deveria parar com essa mania chata de se meter em assuntos “privados” dos governantes.

O humor ácido de Fiuza é um soco na cara de um povo sonolento, hipnotizado pela repetição incansável de slogans vazios e chavões ridículos. Seu principal alvo nem é o PT com suas falcatruas, mas sim os eleitores com sua negligência.

Fiuza não poupa os que protestavam contra “tudo”, o mesmo que protestar contra nada, e que tomaram as ruas em junho de 2013. Chama isso de “rebeldia inofensiva”, um circo que não leva a nada. Acreditar que o gigante havia acordado era a grande piada, só que de mau gosto.

Criativo, ele cunha expressões excelentes para descrever o Brasil de hoje que, visto com o benefício do retrospecto pelos observadores do futuro, será motivo de muita perplexidade. “Esquerda S.A.”, “elite vermelha”, “Império do Oprimido”, “DisneyLula”, entre tantos outros, são termos que descrevem com perfeição a situação surreal de nosso país.

Ótimo frasista, Fiuza tem grande poder de síntese, sem deixar de lado o chiste. Exemplos não faltam:

“É comovente a garra da esquerda brasileira em defesa da melhoria social de sua conta bancária”; “O Brasil acha que um presidente bonzinho pode tudo, inclusive decretar almoço grátis para todos”; “Nunca antes na história deste país os argumentos foram tão inúteis.”

“Que mania os repórteres têm de se meter com a propina alheia”; “O PT já cansou a beleza do Brasil com o politicamente correto como fachada do administrativamente incorreto — os fins nobres justificando os meios torpes.”

“A elite envergonhada se sente nobre quando bajula o povão. Não contem para ninguém que os avanços sociais começaram no governo de um sociólogo, porque isso vai estragar todo o heroísmo da esquerda festiva.”

“No Brasil emergente da era Lula, a pobreza é quase um diploma. E a ignorância enseja carinho e condescendência”; “O brasileiro é, antes de tudo, um crédulo. Deem-lhe um pretexto para ter fé em alguma coisa, e ele se lambuza de esperança”; “Ficou então combinado assim: enquanto Dilma refresca a vida dos fisiológicos, os éticos apoiam Dilma contra o fisiologismo”; “Como o eleitor já deveria saber, quando o PT grita pela ética, é hora de segurar a carteira.”

“Para os intelectuais franceses, Lula é o homem do povo que dobrou as elites, o ex-operário que superou a ignorância para salvar os pobres. Só quem não superou a ignorância, pelo visto, foram os cientistas políticos parisienses.”

“O trabalhismo, como se sabe, é a arte de se pendurar no cabide estatal e não largar o osso”; “Nunca se desafiou a corrupção com tanta compaixão”; “Os fatos, hoje, são um detalhe. O que o senso comum respeita mesmo é a repetição.”

“Para os não iniciados, é bom esclarecer: ‘elite’, no dicionário do PT, é um termo figurativo muito importante para os ladrões do bem, que os mantém na condição de milionários oprimidos”; “O julgamento do mensalão ficará como uma página quase cômica da história brasileira. O país que explode de orgulho com o fim da impunidade é governado, candidamente, pelo mesmo grupo político que pariu o esquema.”

E tem muito mais. O que fica claro é que se trata de um jornalista corajoso, que não teme remar contra a maré vermelha, contra a patrulha dos “oprimidos”, nem contra a farsa oficial montada pela poderosa máquina estatal. Não é à toa que Fiuza entrou para a “lista negra” criada pelo vice-presidente nacional do PT, de formadores de opinião independentes que ousam criticar o governo e apontar para toda a podridão do maior esquema já visto de assalto aos cofres públicos em plena luz do dia.

O livro é leitura obrigatória para quem não quer hibernar enquanto é saqueado pelos “representantes do povo”.

Rodrigo Constantino é economista e presidente do Instituto Liberal

JOSIAS DE SOUZA: No Jornal Nacional Dilma enforcou-se com a própria corda



JN: Dilma mudou muito, e não deixou endereço

Por Josias de Souza em 19/08/2014

Com o passar dos anos, as pessoas mudam muito. Por exemplo: a Dilma que foi ao ar na noite desta segunda-feira no Jornal Nacional não tinha nada a ver com a Rousseff que prevaleceu na sucessão de 2010 como protótipo da eficiência gerencial. Em menos de quatro anos, a personagem perdeu o colorido e o discurso. Hoje, surpreende mais pelas perguntas que é obrigada a ouvir do que pelas respostas que não consegue dar.

Já na primeira pergunta, Willian Bonner pronunciou o vocábulo “corrupção” uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete vezes. No seu governo houve uma série de escândalos de corrupção, disse ele. Houve corrupção na pasta da Agricultura, corrupção nas Cidades, nos Esportes… Houve escândalo de corrupção na Saúde, nos Transportes… Houve corrupção no Turismo, no Trabalho… A Petrobras é alvo de duas CPIs.

Bonner, finalmente, indagou: qual é a dificuldade de se cercar de pessoas honestas, que lhe permitam formar uma equipe de governo honesta, que evite esta situação que nós vimos de repetidos casos de corrupção? Não há uma sensação no ar de que o PT descuida da questão da corrupção?

A Dilma de 2010, durona e irascível, talvez colocasse o inquiridor petulante para fora da biblioteca do Alvorada a pontapés. A Rousseff de 2014, treinada para suportar o insuportável, repetiu o mesmo lero-lero ensaiado que vem recitando na série de entrevistas e sabatinas que a campanha eleitoral lhe impõe.

No meu governo e no do presidente Lula, a Polícia Federal ganhou autonomia, ela respondeu. Nos nossos governos, o procurador-geral não é chamado de engavetador-geral da República. Criamos a CGU e a Lei de Acesso à Informação, blá, blá, blá…

Antes famosa por mandar para o olho da rua ministros pilhados em malfeitos, Dilma agora defende o lixo que varreu. Muitos daqueles que foram identificados pela mídia como praticantes de atos indevidos foram posteriormente inocentados, declarou, abstendo-se de dar pseudônimo aos bois.

E Bonner: em quatro casos de corrupção, a senhora trocou um ministro por alguém que era do mesmo partido e do mesmo grupo político. Isso não é trocar seis por meia dúzia? Nesse ponto, Dilma citou como evidência do apuro ético de sua administração o caso da chantagem do PR. Em troca de 1min15s de propaganda no rádio e na tevê, o partido do mensaleiro preso Valdemar Costa Neto exigiu a demissão do ministro Cesar Borges (Transportes).

Fui muito criticada por ter substituído o César Borges pelo Paulo Sérgio, declarou a presidente-candidata. Ora, o Paulo Sérgio foi meu ministro e foi ministro do presidente Lula. Quando saiu do ministério, ele ficou dentro do governo noutro cargo importante, que é da Empresa de Planejamento Logístico. O Cesar Borges o substituiu. Posteriormente, eu troquei o César Borges novamente pelo Paulo Sérgio. E o César Borges também ficou dentro do governo, na Secretaria de Portos. Os dois são pessoas que eu escolhi.

Mas não foi exigência do partido?, estranhou Bonner. Dilma enforcou-se com a própria corda: os partidos podem fazer exigências, ela consentiu. Mas eu só aceito quando considero que ambos são pessoas íntegras, competentes, com tradição na área. Troquei porque eu tinha confiança nessas pessoas. Hummm… O telespectador ficou sem entender porque Dilma entregou o escalpo de Cesar Borges ao PR, partido de notória reputação, se o considerava um ministro assim, digamos, irrepreensível.

Na sequência, Bonner esfregou, por assim dizer, o mensalão na face da anfitriã. Seu partido teve um grupo de elite de pessoas corruptas, declarou. Comprovadamente corruptas, enfatizou. Foram julgadas, condenadas e enviadas à prisão, voltou a realçar. Eram corruptos, insistiu. E o PT tratou esses condenados por corrupção como guerreiros, vítimas de injustiça. Isso não é ser condescendente com a corrupção?

A exemplo do que fizera noutras entrevistas, Dilma recorreu à desconversa: eu sou presidente da República, afirmou, como se desejasse convencer-se a si própria de sua condição privilegiada. Não faço nenhuma observação sobre julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal Federal. Sabe por quê? Porque a Constituição exige que o presidente da República respeite a autonomia dos outros Poderes.

Mas a senhora condena o comportamento do PT?, insistiu o entrevistador. Eu tenho minhas opiniões pessoais, mas não julgo ações do Supremo, Dilma voltou a escorregar. Bonner insistiu: e quanto à ação do partido? Enquanto eu for presidente, não externo opinião a respeito de julgamento do Supremo, repetiu a entrevistada, como um disco de vinil arranhado.

Entre venenoso e generoso, Bonner ofereceu a Dilma uma derradeira oportunidade para distanciar sua presidência do escândalo que tisnou a gestão do padrinho-antecessor: mas candidata, a pergunta que eu lhe fiz foi sobre a postura do seu partido. Qual sua posição a respeito da postura do seu partido?

Mais lulodependente do que nunca, Dilma preferiu arrastar as correntes dos fantasmas alheios: não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto com o STF, aceitando ou não. Eu respeito a decisão da Suprema Corte brasileira. Isso não é uma questão subjetiva. Para exercer a Presidência, eu tenho de fazer isso.

De duas, uma: ou Dilma concorda com Lula, que disse que o julgamento dos mensaleiros foi “80% político”, ou aprova as condenações e silencia apenas para não fazer a pose de um navio abandonando os ratos. O petismo não toleraria tamanha afronta.

Patrícia Poeta mudou de assunto. Corrupção não é o único problema, disse ela. A saúde continua sendo a maior preocupação dos brasileiros, segundo o Datafolha. Isso depois de 12 anos de governos do PT. Mais de uma década não foi tempo suficiente para colocar a saúde nos trilhos?

Convidada a fazer um balanço de três mandatos, Dilma falou do Mais Médicos, um programa improvisado em cima da perna, no ano passado, nas pegadas do ronco das ruas de junho. Nós enfrentamos um dos mais graves desafios que há na Saúde, a candidata afirmou. Nós tivemos uma atitude muito corajosa, ela acredita. Contratamos 14.462 médicos, incluindo os cubanos. Cinquenta milhões de brasileiros que não tinham atendimento médico passaram a ter.

A entrevistadora foi ao ponto: a senhora diria, então, diante dos nossos telespectadores, que enfrentam filas e filas nos hospitais, que muitas vezes são atendidos em macas e não conseguem fazer um exame de diagnóstico, que a situação da Saúde no nosso país é minimamente razoável depois de 12 anos de governos do PT?

Não, não acho, não acho, viu-se compelida a admitir Dilma, com a ênfase de três negativas. Quando se imaginava que ela serviria às câmeras uma autocrítica, a candidata dividiu as culpas com governadores e prefeitos. O Brasil precisa também de uma reforma federativa, porque há responsabilidades federais, estaduais e municipais, disse Dilma, antes de repisar a tese segundo a qual o Mais Médicos levou 50 milhões de brasileiros para o Éden da saúde.

Cutucada sobre a inflação alta e o PIB baixo, Dilma serviu o kit básico de desculpas: a crise internacional, o excesso de pessimismo e a perspectiva de melhorias neste segundo semestre. Convidada a utilizar os segundos finais da entrevista para enumerar seus planos para o segundo mandato, declarou o seguinte:

“Fui eleita para dar continuidade aos avanços do governo Lula. Ao mesmo tempo, nós preparamos o Brasil para um novo ciclo de crescimento. O Brasil moderno, mais inclusivo, mais produtivo, mais competitivo. Nós criamos as condições para o país dar um salto, colocando a educação no centro de tudo. E isso significa, Bonner, que nós queremos continuar a ser um país de classe média. Cada vez maior a participação da classe média, mais oportunidades para todos… Eu acredito no Brasil. Acho que, mais do que nunca, todos nós precisamos acreditar no Brasil e diminuir o pessimismo. E peço o voto dos telespectadores e…'' Acabou o tempo, interrompeu Bonner.

Restou a impressão de que, por mais que seus sucessivos entrevistadores tentem, Dilma nunca vai chorar pelo leite derramado durante o seu governo. O diabo é que os 35% de eleitores que a rejeitam parecem achar importante saber quem derramou o leite, por quê e em que circunstâncias… Até para que o fenômeno não se repita num eventual segundo mandato.

Dilma pede um voto de confiança. Mas um telespectador refratário à reeleição talvez pergunte aos seus botões: por que diabos eu deveria confiar uma bandeja com um copo de leite a uma presidente que se esquiva de explicar desastres que envergonhariam qualquer garçom de boteco? Aliás, se fossem repetidas num botequim, algumas das perguntas que soaram no Alvorada talvez terminassem numa troca de sopapos. Mas a Dilma de 2014 já não é a mesma Rousseff de 2010. Ela mudou muito. E não deixou endereço.

- Serviço: aqui, a íntegra da entrevista

BLOG DO CORONEL: O que foi aquilo no Jornal Nacional?




Dilma Rousseff proporcionou ao país momentos vergonhosos na sua entrevista ao Jornal Nacional. Não respondeu a nenhuma pergunta, escolhendo a técnica de gastar o tempo com respostas longas, o que criou vários momentos de tensão com Willian Bonner. O ponto alto foi quando esquivou-se de responder o que acha sobre o fato de seu partido, o PT, tratar ex-integrantes da elite da legenda como heróis, numa referência ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal que levou à prisão ex-dirigentes da sigla, como o ex-ministro José Dirceu.

“Sou presidente da República. Não faço observação sobre julgamento feito pelo Tribunal”, disse. Pressionada pelos apresentadores do telejornal, William Bonner e Patrícia Poeta, Dilma continuou a responder à sua maneira. “Não vou tomar posição que me coloque em confronto. Aceitando ou não, eu respeito a Corte brasileira”, afirmou. Ou seja: não respondeu sobre o tratamento de heróis que o PT dá aos bandidos mensaleiros. Sobre corrupção, ainda, mentiu que o PT criou a Controladoria Geral da União (CGU), que foi criada em 2001.

Inquirida sobre por que o seu partido não resolveu o problema da Saúde em 12 anos, desandou a falar sobre o Mais Médicos. No final, Patrícia Poeta afirmou por ela que ela, então, aceitava que a Saúde era mesmo um problema no país. Sobre economia, falou coisas que ninguém entende, criando expressões que não existem na teoria econômica. Finalmente, estourou o tempo da entrevista, tendo que ser calada pelos apresentadores. Literalmente.

UCHO.INFO: Dilma ziguezagueou em entrevista ao falar sobre a saúde pública e ignorou fortuna enviada a Cuba



Caos conhecido – Presidente da República e candidata à reeleição, a petista Dilma Vana Rousseff tropeçou feio na entrevista concedida ao Jornal Nacional. Entre os assuntos abordados pelos apresentadores do telejornal, todos ficaram sem resposta, mas a saúde pública foi o tema que acabou emoldurado pela falácia. Não é de hoje, a saúde pública é o calcanhar de Aquiles de qualquer governante, não importando sua corrente ideológica ou partidária. Isso porque o Estado, como um todo, é não apenas omisso, mas falho nesse quesito.

Aos jornalistas William Bonner e Patrícia Poeta, a presidente, depois de muitos rodopios discursivos, discordou da afirmação de que a saúde pública no Brasil encontra-se em situação “minimamente razoável”. Dilma, como sabem os brasileiros de bem, não se importa com a qualidade da saúde pública, até porque usa a estrutura inerente ao cargo para aterrissar nos melhores hospitais particulares do País.

Na tentativa de explicar o inexplicável, Dilma abriu especo para o programa “Mais Médicos” e disse que seu governo teve uma “atitude corajosa” diante da necessidade de 14 mil profissionais do setor para atender à população. Alegou que foram inicialmente chamados médicos brasileiros para preencher as vagas, mas que foram insuficientes para atender à demanda. Na sequência, afirmou a presidente, o governo procurou recrutar médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior, mas o retorno ficou aquém da expectativa.

“Na sequência, chamamos médicos cubanos, através da OPAS [Organização Pan-Americana de Saúde], e aí conseguimos chegar a 14.462 médicos, que, pelos dados da OMS [Organização Mundial de Saúde], correspondem a uma capacidade de atendimento de 50 milhões de brasileiros. 50 milhões de brasileiros não tinham atendimento médico. Hoje têm”, declarou Dilma.

Como destacou o ucho.info em matéria publicada após a desastrada entrevista, na noite de segunda-feira (18), de nada adianta o governo disponibilizar aos brasileiros atendimento médico no âmbito clínico, se a sequência simplesmente inexiste. Ou seja, o cidadão é atendido com suposta celeridade, nem sempre com qualidade, mas muitos tratamentos são interrompidos pela falta de infraestrutura na saúde pública. Quando o agendamento de uma cirurgia ortopédica, por exemplo, demora até quatro anos, a saúde pública deve ser classificada como caótica.

Desde o lançamento do programa, o PT palaciano vem faturando politicamente com o “Mais Médicos”, o que denota irresponsabilidade por parte de Dilma, mas não se pode esquecer que o melhor resultado dessa incursão do governo brasileiro foi sentido em Cuba, mais precisamente no Palácio da Revolução, sede da facinorosa ditadura dos irmãos Raúl e Fidel Castro.

Um ano após o envio de profissionais da saúde para o Brasil, o governo de Havana já embolsou a bagatela de R$ 1,16 bilhão, valor cinco vezes maior do que o volume de vendas do país caribenho a essa louca e “vermelha” Terra de Macunaíma.

Para que o leitor compreenda a extensão da irresponsabilidade que sobra no Palácio do Planalto, o valor repassado a Cuba corresponde a quase um terço do que o governo investiu na reforma, ampliação ou construção de hospitais, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em 2013.

Fonte: Ucho.info

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