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terça-feira, março 16, 2004

Alerta nos laranjais: planta infectada perde capacidade produtiva

Uma nova ameaça ao cultivo de citros foi descoberta por pesquisadores da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da UNESP, campus de Jaboticabal. Trata-se do nematóide Pratylenchus jahemi, verme identificado, até o momento, em 23 laranjais de 18 municípios dos estados de São Paulo e Minas Gerais. A praga foi descoberta em 1995, no município de Itápolis (SP), pelo agrônomo Jaime Maia dos Santos e equipe, do Departamento de Fitossanidade, mas só agora ela começa a preocupar os agricultores.
Os pesquisadores suspeitam que o verme já esteja presente em muitos outros municípios, além dos que já se tem conhecimento. A planta infectada pelo nematóide Pratylenchus jahemi apresenta menor quantidade de folhas e seus frutos são menores, em relação a uma planta sadia. Um convênio a ser firmado entre a UNESP e o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) tornará viável o mapeamento da presença desse novo nematóide e o impacto de sua ocorrência na citricultura paulista.

Para maiores informações:
Assessoria de Comunicação e Imprensa da UNESP
Dênio Maués e Maristela Garmes
Tel.: (11) 252-0329 / 0429

GOIÂNIA RECEBE PESQUISADORES PARA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO ARROZ

Cerca de 60 especialistas da América Latina e Caribe estarão em Goiânia (GO) entre os dias 15 e 19 de março para participarem de conferência sobre melhoramento genético do arroz.
A ocasião é uma oportunidade para troca de experiências de caráter técnico, a fim de desenvolvimento da cultura. O delineamento de novas perspectivas científicas e a formação de uma rede de integração entre programas de melhoramento nacionais e internacionais também fazem parte da pauta do encontro.
A partir dessas discussões e da implementação de ações de pesquisa, produtores rurais e consumidores poderão em última instância ser beneficiados, por meio da geração de novas variedades de arroz mais resistentes a doenças, pragas e plantas daninhas e de grãos com valor nutricional diferenciado.
Por exemplo, caso se consiga aumentar o teor de ferro do arroz, isso poderia ajudar na redução da anemia, um problema que afeta mais de dois bilhões de pessoas na Ásia, África e América Latina, segundo o Fundo das Nações Unidas para Infância e Juventude (Unicef).
A organização do evento é da Embrapa Arroz e Feijão, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Centro Internacional de Cooperação em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD) e Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT). Informações: (62) 533-2110 ou acesse o site.

Evento: Conferência e Taller de Melhoramento Genético do Arroz na América Latina e Caribe
Data: 15 a 19 de Março de 2004
Local: Embrapa Arroz e Feijão - Instalações e campos experimentais – Rodovia Goiânia-Nova Veneza, km 12, Goiás.
Tel.: (62) 533-2108; helio@cnpaf.embrapa.br

Produtores de soja querem conquistar a mesa do brasileiro

De 18 a 21 próximo será realizado em Cuiabá, Mato Grosso, o 1º Fórum de Saúde e Alimentação à Base de Soja e a 1a Feira de Integração Mato Grosso Rondônia, com palestras de médicos e nutricionistas, degustação e curso de culinária que vai ensinar a produzir lazanhas, feijoada, strogonnof e até ovo de páscoa com soja
A soja pode e deverá ser, no futuro, a redenção para os problemas da fome no Brasil e no mundo. Por ser um alimento de alto valor nutricional – 0,3 g de soja possuem o mesmo teor nutritivo de 15 g de carne, é cada vez mais recomendado por médicos e nutricionistas como auxiliar em tratamento para portadores de doenças cardíacas e vários outros problemas de saúde. Além disso, a soja produz a proteína mais barata do mundo.
Buscar esse reconhecimento e como aproveitar todas as suas vantagens é um dos objetivos do Pólo de Integração Mato Grosso Rondônia, que promove em Cuiabá, no período de 18 a 21 próximo, o I Fórum de Saúde e Alimentação à Base de Soja e a 1a Feira de Integração Mato Grosso Rondônia. A instituição suprapartidária criada em 2002 reúne 28 municípios dos dois Estados, representando uma área superior a 400 mil quilômetros quadrados e população em torno de 800 mil habitantes.
Com previsão de colher este ano cerca de 52 milhões de toneladas, o Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de soja. Mato Grosso responde por 26% dessa produção e tem expectativa de colheita estimada em 13 a 14 milhões de toneladas. Em 2003, o Brasil conquistou ainda o título de maior exportador mundial, colocando no mercado externo 20 milhões de toneladas da oleaginosa.
Os números são significativos, mas a meta dos produtores apesar dos prejuízos causados pelas chuvas e ferrugem asiática, é ampliar a produção e inserir a soja na alimentação do brasileiro, com prioridade para populações carentes como já vem sendo experimentado com sucesso em municípios do interior de Mato Grosso e Rondônia.
Em Sapezal (MT), o produto é utilizado na merenda escolar. Em Vilhena (RO), a distribuição, há 2 anos, do leite de soja em bairros carentes da capital reduziu em 60% os índices de internação hospitalar. “A Soja vai ser, num futuro próximo, a redenção para o problema da fome no Brasil e no mundo”, considerou o Presidente do pólo de Integração Mato Grosso Rondônia, Prefeito Aldir Schneider, de Sapezal.
Além das experiências bem sucedidas de Sapezal e Vilhena, o evento terá feira de integração mostrando potencial econômico e cultural dos municípios, encontro de prefeitos e parlamentares, palestras nas áreas de saúde, alimentação, economia doméstica e desenvolvimento regional e restaurante naturalista especializado em pratos com soja. Também vai oferecer degustação e curso de culinária, ensinando a fazer até ovo de Páscoa com o kinako (grão de soja torrado e moído), além de diversas receitas práticas e econômicas.

A polêmica no meio ambiente
“O ambientalismo como obstáculo ao desenvolvimento do Cerrado” é o tema de uma das principais palestras do 1º Fórum de Saúde e Alimentação à Base de Soja. A abordagem parte das conclusões a que chegaram técnicos e estudiosos a respeito da ingerência que alguns países querem ter sobre a Amazônia.
Segundo movimentos mundiais de defesa da soberania das nações e seu direito a um desenvolvimento responsável, ONGs e ambientalistas radicais estão sendo utilizados para frear um tipo de desenvolvimento que pode acontecer sem oferecer qualquer prejuízo ao meio ambiente. Mas que são um entrave a interesses escusos de países como os Estados Unidos.
Este será o tema da palestra de Nilder Costa, diretor do Movimento de Solidariedade Ibero-americano, editor do informe especial Alerta Ambiental e colaborador no Brasil do livro “A Máfia Verde”.
Os produtores querem mostrar que a cultura ocupa hoje menos do que 1% (hum por cento) do território amazônico, estando localizada ainda em área periférica definida como Amazônia Legal. Argumentando que a cultura não é a “vilã do meio ambiente”, os produtores planejam implantar “selo verde” e rastreamento para a soja. Ao final da palestra de Nilder Costa, será mostrada a experiência dos índios Pareci como plantadores de soja há quase uma década em Sapezal, região norte de Mato Grosso.


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ROBERTO RODRIGUES INSTALA CÂMARA SETORIAL DE AGRICULTURA ORGÂNICA

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, instalou hoje (15/03) a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Agricultura Orgânica. De acordo com ele, o novo órgão consultivo vinculado ao Conselho do Agronegócio (Consagro) terá como uma de suas principais metas o estabelecimento de uma política para agricultura orgânica brasileira, que está consubstanciada na Lei nº 10.831, sancionada no final do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Temos um fantástico potencial de crescimento nesse setor, seja para atender o mercado interno ou o externo”, destacou Rodrigues.
Em seu pronunciamento, o ministro lembrou que a agricultura orgânica representa menos de 1% da produção brasileira. “Enquanto isso, ela significa entre 20% e 25% da agricultura dos países desenvolvidos”, revelou. Para ele, entretanto, o Brasil tem plenas condições de ter um aumento expressivo do cultivo de produtos orgânicos. Na avaliação de Rodrigues, o cooperativismo deve ter parcela importante de contribuição na expansão da atividade no país, organizando os produtores e, em conseqüência, permitindo que incorporem mais tecnologia ao setor. Isso, assinalou, resultará na ampliação de mercados para a agricultura orgânica.
Hoje, segundo levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Brasil tem 7,1 mil produtores certificados ou em processo de certificação. A área ocupada pela agricultura orgânica é de cerca de 170 mil hectares e a taxa de crescimento do setor é de 20% ao ano. Em 1999, a Fundação de Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), estimou em US$ 150 milhões o valor da produção orgânica brasileira. O mercado mundial desses produtos movimenta US$ 30 bilhões por ano.
Ao instalar a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Agricultura Orgânica, o ministro homenageou o deputado Fernando Gabeira (sem partido), o senador Aelton Freitas (PL-MG) e os ex-deputados Murilo Domingos e Valdir Colatto, hoje secretário de Agricultura de Santa Catarina, pelo empenho que tiveram durante a tramitação do projeto de lei da agricultura orgânica no Congresso.
O novo órgão consultivo do Consagro terá como secretário-executivo Rogério Dias, técnico do ministério. Ele enfatizou que a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Agricultura Orgânica é importante para aproximar os setores público e privado e fazer com que passem a discutir propostas para tornar o setor mais competitivo.

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FRUTAS E HORTALIÇAS TERÃO RÓTULO OBRIGATÓRIO

A partir de 15/03, todas as frutas e hortaliças vendidas ao consumidor deverão trazer rótulos com a identificação do nome do produtor, local de origem, inscrição em órgãos oficiais, peso líquido e data da embalagem.
A campanha de promoção da rotulagem de hortaliças e frutas frescas promovida pela Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa-MG) e Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), vinculadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tem permitido o rastreamento sobre a origem da produção, tirando o produtor rural do anonimato, além de ter possibilitado a agregação de mais valor aos hortigranjeiros na fase de comercialização.
As centrais de abastecimento de Minas Gerais, São Paulo, Campinas e Santo André já obrigam os participantes a utilizar a rotulagem dos produtos. Os produtores só podem negociar nessas centrais se tiverem seus produtos devidamente rotulados. As Ceasas do Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina estudam os cronogramas de implantação do sistema de rotulagem. O Ministério da Agricultura fará, a partir desta semana, fiscalizações em algumas dessas centrais, diz Fábio Florêncio Fernandes, chefe da Divisão de Classificação de Produtos Vegetais da Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo. “A idéia é auxiliar as centrais”, afirma.
A rotulagem está prevista numa Instrução Normativa Conjunta nº 9, editada em novembro de 2002, pelos ministérios da Agricultura, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que passou a exigir a identificação de origem das hortaliças e frutas frescas. Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de maio de 2002, já obrigava todo produto embalado na ausência do consumidor a apresentar um rótulo com nome do produtor, local de origem, inscrição oficial, peso líquido e data da embalagem. De lá para cá, as exigências para os demais produtos foram cumpridas em três etapas anteriores – em 2/11 e 15/12/2003; e 5/01 e 15/03 de 2004.
Avaliação – A mais recente pesquisa de avaliação da campanha de rotulagem constatou que 79,22% das 91.337 embalagens fiscalizadas tinham a identificação. Nos produtos sem a obrigação da rotulagem, a adesão ficou em 22% das 923 embalagens pesquisadas. Agora, são 48 os produtos incluídos na rotulagem, o que representa mais de 80% da oferta de hortigranjeiros no principal entreposto da Ceasa-MG, em Contagem.
Desde 2 de novembro de 2003, a rotulagem começou a valer para alho, batata, cebola, mamão, maracujá, morango, uva, abobrinhas, berinjela, beterraba, chuchu, couve-flor, jiló, pepino, pimentão, repolho, ervilha, inhame, cará, batata doce, mandioca, manga e vagem. Em 15 de dezembro, estendeu-se a exigência para cenoura, tomate, mandioquinha-salsa, quiabo, maçã, pêssego, ameixa, nectarina. No último dia 5 de janeiro, foram incluídas abóbora morango, abóboras secas, banana, laranja, limão, milho verde e moranga híbrida. Hoje, a rotulagem passou a valer para alface, agrião, couve, espinafre, rúcula, repolho, brócolis, alcachofra, aspargo e cebolinha.

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CONAB INICIA LEVANTAMENTO DA SAFRA DE CAFÉ

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, iniciam nesta segunda-feira (15/03) o segundo levantamento da safra de café 2004/2005. Serão visitados os nove principais estados produtores do grão. O resultado deve ser divulgado na segunda quinzena de abril.
Até o dia 12 de abril, 235 técnicos da empresa e instituições conveniadas dos governos estaduais vão estar nas regiões produtoras de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Pará. Será a segunda pesquisa da safra de café, que encontra-se na fase de desenvolvimento do grão. Ao todo, a empresa vai ouvir 2,1 mil informantes, entre produtores, técnicos das secretarias estaduais de agricultura, de órgãos de assistência técnica e extensão rural das redes oficiais e privadas.
No último levantamento, divulgado em dezembro, a Conab estimou uma safra entre 34,1 milhões de sacas e 37,47 milhões de sacas de café, o que representa um acréscimo de 19,9% a 31,7% sobre a safra anterior (28,46 milhões de sacas), colhida em 2003.

Ibama libera licença para Embrapa testar pesquisa com feijão transgênico no campo

Plantio experimental será feito nas próximas semanas em Santo Antônio de Goiás, dentro da sede da Embrapa Arroz e Feijão

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu nesta sexta-feira, dia 12 de março de 2004, a Licença de Operação para Áreas de Pesquisa (LOAP) para que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, teste, pela primeira vez, a pesquisa com feijão transgênico no campo. O anúncio foi feito pelo presidente do Ibama, Marcus Barroso Barros, durante entrevista coletiva que contou ainda com a presença do secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Amauri Dimárzio; o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Claúdio Langone; a diretora-executiva da Embrapa, Mariza Luz Barbosa; e os pesquisadores responsáveis pela pesquisa, Francisco Aragão (da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) e Josias Faria (da Embrapa Arroz e Feijão).
A Licença autoriza a pesquisa em campo envolvendo feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) geneticamente modificado resistente ao vírus do mosaico dourado (Bean golden mosaic virus, isolado do Brasil), que é transmitido pela mosca-branca e é considerada a mais importante doença que ataca a cultura do feijão. O objetivo é avaliar amplamente os aspectos de biossegurança alimentar e ambiental da linhagem transgênica e obter dados iniciais de que não houve qualquer alteração (além das inseridas pelo novo gene) na cultivar modificada em relação à cultivar convencional.
Os testes serão feitos no campo experimental da Embrapa Arroz e Feijão, localizado em Santo Antônio de Goiás (GO), a 12 km de Goiânia. A LOAP é válida pelo período de três anos, a partir do dia 12 de março de 2004, e obriga determinadas condicionantes à Embrapa, como, por exemplo, manter medidas de segurança e biossegurança para prevenir o fluxo gênico; aumentar a freqüência das rondas de vigilância no local do experimento; e destruir posteriormente qualquer planta de feijão no local, seja OGM ou não, pelo processo de autoclavagem. A Embrapa fica também obrigada a desenvolver um projeto de educação ambiental sobre o feijão geneticamente modificado junto à comunidade local.
As condicionantes determinadas pelo Ibama foram consideradas satisfatórias pelos pesquisadores da Embrapa e "passíveis de serem cumpridas dentro de um projeto de pesquisa".
Mosaico dourado - O vírus do mosaico dourado é a pior doença da cultura do feijão, já que ocorre em quase todas as regiões brasileiras e pode causar perdas de até 100% na produção. A doença atinge principalmente a primeira safra de feijão anual, que vai de dezembro a fevereiro. Apenas as áreas de clima temperado é que estão livres deste vírus, porque não possuem as condições climáticas favoráveis à proliferação da mosca-branca, inseto-praga que é o seu principal vetor.
Em 1991, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Embrapa Arroz e Feijão iniciaram a pesquisa para desenvolver plantas tolerantes a esta doença, empregando a metodologia de seqüência “anti-sense”, que consiste na introdução de um fragmento do vírus do mosaico dourado para bloquear o RNA do próprio vírus, o que funciona como uma espécie de “vacina”.
Segundo o pesquisador Francisco Aragão, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, esta metodologia possibilitou a obtenção de plantas de feijão tolerantes ao vírus do mosaico dourado, o que significa dizer que elas possuem os sintomas, mas de forma fraca. “O vírus conseguiu se reproduzir dentro da planta de forma ineficiente, tardiamente e com baixo índice de infecção”, explica Francisco. Este resultado ainda não foi o ideal para os pesquisadores, que buscaram então desenvolver plantas imunes à doença empregando a metodologia de transdominância letal, que consiste na introdução da replicase (proteína que replica o DNA viral) do vírus na planta.
Josias Faria, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, revela que as primeiras plantas transgênicas foram obtidas em 1999 e logo começaram a ser “desafiadas”, ou seja, expostas a moscas-brancas que possuem o vírus do mosaico dourado, tudo isso em casas de vegetação, cercadas de telas por todos os lados. Já foram geradas linhagens transgênicas de feijão preto, carioca e Jalo, todas testadas no período de 1999 a 2003.
RET - A LOAP determina que o campo experimental da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO) está em condições para realizar a pesquisa de campo, mas não autoriza o início dos trabalhos. Ela é apenas um dos documentos necessários para realizar a pesquisa de campo. É preciso ainda o Registro Especial Temporário (RET), emitido pelo Ibama, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Ibama e a Anvisa já realizaram, respectivamente, a avaliação ambiental preliminar e a avaliação toxicologica preliminar. Só falta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitir agora o Registro - a previsão é de que seja feito nos próximos dias.
A Embrapa tem pressa em iniciar o plantio para aproveitar ainda o fim da primeira safra anual de feijão, quando a cultura sofre com a doença (devido à infestação da mosca-branca) e as condições ambientais ainda são favoráveis. De qualquer forma, os pesquisadores planejam infestar artificialmente o campo experimental para melhor testar o feijão transgênico.
Para o pesquisador Francisco Aragão, o domínio da tecnologia de transformação genética do feijão permite agora que outros genes possam ser inseridos e testados no produto, como, por exemplo, o gene de resistência à seca, cuja pesquisa já foi iniciada pela Embrapa. O feijão transgênico também contém resistência a geminivírus - técnica que poderá depois ser expandida para outras culturas.
Essa é a segunda licença concedida à Embrapa (a primeira foi a da pesquisa com mamão transgênico). "Em três anos teremos condições de fornecer à sociedade dados científicos sobre os impactos dos transgênicos no meio ambiente e para a saúde do consumidor, o que comprova que o setor público está preparado para acompanhar os avanços tecnológicos, respeitando os princípios da precaução", completou Aragão. O próximo produto transgênico da Embrapa a receber a Licença será a batata transgênica resistente ao vírus PVY (que causa o ralamento da folha), cujo projeto está sendo analisado pelo Ibama.

Mais informações:
Jornalista: Robinson Cipriano e Flávia Bessa Jornalista: Márcia Turcato
Assessoria de Com. Social da Embrapa Assessoria de Imprensa do Ibama
Telefone: (61) 448-4113 Telefone: (61) 316-1020 / 9968-9025

Thompson Agronegócios abre seis regionais

Apesar do bom resultado das exportações do agronegócio brasileiro, responsável por 41,9% das vendas externas realizadas no ano passado, um recorde de US$ 30,6 bilhões, e de sua significativa participação no PIB nacional fechando 2003 com R$ 508,27 bilhões - conforme pesquisa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) -, estes indicadores estão longe do potencial competitivo do agronegócio nacional, que ainda apresenta muitos gargalos e limitadores.
Para atender essa demanda, começa a operar em março a Thompson Agronegócios, organização ligada à Thompson Management Horizons - TMH, empresa internacional de consultoria estratégica e gerenciamento, no Brasil desde 1994. Com sede em Campinas, há 70 km da capital (SP), a Thompson Agronegócio terá atuação em todo território nacional, com 6 escritórios regionais em quatro estados: SP (Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araras), PR, RJ e MG.
³A forte pressão para garantir um bom desempenho do volume de exportações e o desejado crescimento de participação no PIB nacional, estão obrigando as empresas brasileiras do agronegócio a uma rápida adaptação de seus modelos de gestão e consequente reorientação de seu planejamento estratégico para garantir maior eficiência competitiva², aponta Marcos Haaland, diretor da Thompson Agronegócios e responsável pela implantação desta divisão no setor.
A Thompson Agronegócios nasce baseada na larga experiência da TMH no Brasil, com portifólio que abrange mais de 40 empresas nacionais e marcas mundiais. A Thompson Management Horizons do Brasil está dividida em três áreas de atuação conforme o porte da empresa. Grandes e Médias Corporações são atendidas pela SCS (Strategic Corporate Services), uma divisão especializada em desenvolver projetos de revisões de estratégias corporativas.
Pequenas empresas são atendidas pela SME (Small and Medium Enterprises), uma divisão especializada em desenvolver estratégias para empreendedores e pequenas e médias empresas familiares. Uma terceira divisão foi criada recentemente para atender as necessidades de Tecnologia de Informação identificadas durante o desenvolvimento de projetos, o ISG (Information System Group) está voltado a desenvolver ferramentas e softwares para as necessidades de informação na execução e acompanhamento dos projetos.

SOBRE MARCOS HAALAND
Marcos Haaland é formado em engenharia mecânica pela UNICAMP, com mestrado em engenharia com especialização na área de energia pela University of Illinois nos EUA e com um MBA pelo INSEAD na França.
Entre 1990 e 1994, Haaland desenvolveu vários projetos nas áreas de estratégia, financeira, comercial, e organizacional, para a empresa de consultoria Booz, Allen & Hamilton.
Em 1995, ele se juntou à Mogiana Alimentos, uma das maiores empresas brasileiras de alimentação animal no Brasil, com atuação nos segmentos de animais de produção (equinos, bovinos, suínos, aves, aquicultura, avestruz e outros) e de animais de estimação (cães e gatos). Teve passagens pela área comercial da divisão de animais de produção, assumindo posteriormente os cargos de Diretor Comercial, Vice-Presidente de Operações e, em 1999, Diretor-Presidente da empresa, onde atuou até 2003. Nesse período, Haaland foi Diretor e Presidente do Sindirações ­ Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal ­ e Presidente da ANFAL ­ Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais.
Marcos Haaland também é membro do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças ­ IBEF ­ seccional Campinas, entidade pela qual conquistou o Prêmio Equilibrista 2000, como melhor executivo do ano. Participante da Associação dos Executivos da Região de Campinas ­ ACRE ­, tem assento no Conselho Curador da Fundação FEAC ­ Federação das Entidades Assistenciais de Campinas, e é membro e presidente do Conselho Gestor do Programa Qualidade na Escola ­ PQE ­ em Campinas.


CONTATOCOM - COMUNICAÇÃO EM AGRONEGÓCIO & MEIO AMBIENTE
Jornalista responsável: Miro Negrini (MTb 19890/SP)
Pabx: 55 [15] 224-1000 / www.contatocom.com.br

MAPA INTENSIFICA FISCALIZAÇÃO DO LEITE

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vem intensificando a fiscalização para coibir adulterações e fraudes na produção e comércio de leite no país. Além da ação conjunta com a Polícia Federal - que no fim de semana resultou na prisão de uma quadrilha de falsificadores de leite em pó que atuava em Pernambuco, Ceará, Bahia e Sergipe - o Departamento de Inspeção de Produtos do Origem Animal (DIPOA), da Secretaria de Defesa Agropecuária, coordena um programa nacional de combate a fraudes detectadas tanto no leite em pó quanto no pasteurizado (tipos A, B e C) e no leite UHT (longa vida ).
Segundo o diretor do DIPOA, Nelmon Oliveira da Costa, o Programa de combate à fraude no leite analisou, de janeiro de 2003 à janeiro último, mais de 2 mil amostras dos três tipos de leite. Nos casos em que ocorreram irregularidades, os responsáveis estão sendo processados. Nelmon Oliveira explica que as fraudes mais comuns são a adição de soro, sacarose e amido no produto em pó e de soro e água no leite líquido. A legislação em vigor proíbe a mistura de qualquer dessas substâncias ao leite, independente do percentual.
Oliveira explica ainda que as ações do Programa de Combate à Fraude contam com o apoio do setor produtivo nos estados, onde os fiscais do MAPA realizam rotineiramente coletas de amostras para análises do produto. Em casos mais graves, como este do Nordeste, onde o produto vinha sendo adulterado a ponto de colocar em risco a saúde do consumidor, o MAPA solicitou ajuda à Polícia Federal, que desde o ano passado vinha investigando a ação dos falsificadores. Para apoiar as ações da Polícia Federal , o DIPOA colocou 10 técnicos especializados na identificação de fraudes e, segundo Nelmon Oliveira, o trabalho será intensificado para coibir o surgimento de novos casos de adulteração.

Embrapa faz treinamento para evitar infestação de novas pragas no Submédio São Francisco

A Embrapa Semi-Árido realiza no próximo dia 31 de março treinamento sobre “Pragas quarente-nárias importantes para a fruticultura irrigada do Submédio São Francisco”. Desde os anos 90, quatro novas pragas e doenças foram detectadas no Brasil. A Embrapa tem pesquisado procedi-mentos técnicos, baseado na legislação fitossanitária internacional, com o objetivo de evitar a dispersão dessas pragas e doenças para zonas agrícolas importantes como o pólo de Juazeiro-BA/Petrolina-PE. O Centro de Pesquisa quer preparar técnicos e produtores na identificação de pragas e doença, introduzidas recentemente no país, que ameaçam a fruticultura no Vale do São Francisco.
O treinamento estará concentrado em três pragas (mosca-da-carambola, mosca-negra-dos-citros, cochonilha rosada) e um fungo, que causa a Ferrugem da videira. O evento também abordará a futura instalação da biofábrica e sua atuação no Vale do São Francisco, na produção de insetos estéreis e parasitóides para controle das moscas-das-frutas. As pesquisadoras Daniela Biaggione Lopes, Beatriz Jordão Paranhos e Flávia Rabelo B. Moreira serão as instrutoras do treinamento que terá importância especial para empresas, produtores e técnicos envolvidos com o Programa de Produção Integrada de Manga e Uva.
Riscos e danos - Um inseto como a mosca-da-carambola, fora de controle, pode acarretar perdas potenciais para o Brasil da ordem de US$ 30,8 milhões, no ano inicial de infestação, e nada me-nos que US$ 92,4 milhões no terceiro ano. Apesar do nome, esse inseto ataca mais de 30 espécies vegetais, inclusive manga, goiaba, caju e acerola. A mosca-negra-dos-citros, por sua vez, é capaz de infestar mais de 300 espécies de plantas - manga, uva, goiaba, banana e mamão entre elas. Seu ataque pode levar à redução da frutificação em até 80%. São pragas muito agressivas, revela Flávia Rabelo.
O registro dessas pragas numa região como o pólo de produção de frutas de Juazeiro e Petrolina pode inviabilizar todo o seu comércio exportador, revela a pesquisadora. Portanto devem ser tomadas com grande seriedade as medidas que evitem sua dispersão e instalação na região. Pro-dutores, empresários, técnicos e autoridades fitossanitárias não podem se descuidar, enfatiza ela.
As inscrições para o treinamento sobre pragas quarentenárias estão abertas no Escritório de Apoio da Embrapa no Centro de Convenções Nilo Coelho, em Petrolina. O valor da inscrição é R$ 30,00.

Mais informações:
Escritório de Apoio – tel. 87 3861- 4442 (Inscrições com Rosângela)
Embrapa Semi-Árido – tel. 87 3862 1711, Ramal 215 (Inscrições com Cynthia)

Feira Brasil Cachaça 2004 será lançada em março

A Brasil Cachaça 2004 – maior feira internacional de negócios e oportunidades do setor – será apresentada no dia 17 de março, às 11 horas, em evento para convidados no Grand Hyatt em São Paulo. A segunda edição da mais importante feira da cachaça está programada para os dias 22 a 25 de julho e ocupará 11 mil m2 do Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Apresentará o melhor da produção de cada Estado e também contará com áreas voltadas à gastronomia associada à cachaça, turismo, tecnologia, insumos e equipamentos associados à produção da cachaça, a Bebida Oficial do Brasil.
Uma iniciativa da Fenaca (Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique), a Brasil Cachaça 2004 conta com o apoio da Associação Brasileira de Bebidas (pelo Programa Brasileiro para o Desenvolvimento da Cachaça) e da APEX Brasil (Agência de Promoção de Exportações) e será organizada pela Tools Eventos, núcleo da Tools Comunicação Integrada.
Rubens Costa, da Tools Comunicação Integrada, diz que a Brasil Cachaça 2004 foi concebida como uma feira de negócios e colocará os produtores em contato com importadores de outros países. Além do desenvolvimento do mercado externo, os supermercados, bares, restaurantes e similares encontrarão um espaço especialmente criado, onde distribuidores credenciados estarão fidelizados com as melhores marcas de todo o Brasil, agilizando, desta forma, a sua distribuição. “Mais do que uma feira de negócios, a Brasil Cachaça 2004 faz parte de uma estratégia institucional no sentido de valorizar a cachaça como um produto premium e que deve estar presente em todas as ocasiões”.
O visitante encontrará uma feira estruturada de forma totalmente inovadora. Os espaços foram demarcados por Estados, sendo que o visitante conhecerá as características da cachaça de cada uma das regiões do Brasil. A visita começa pelo Rio Grande do Sul e segue numa viagem por todo o Brasil. O espaço Tecno Cachaça apresentará as principais novidades em tecnologia, maquinário e insumos para o setor. O expositor ainda participará das rodadas de negócios e dos cursos de capacitação para produtores. O grande público conhecerá um alambique em pleno funcionamento, além de aulas de degustação ministradas por renomados especialistas e, já na saída da feira haverá o Empórium Brasil, onde será possível adquirir as marcas de cachaças expostas na feira, além de outros produtos.
“Com o lançamento da Brasil Cachaça 2004, movimentaremos o setor mostrando a complexidade e o potencial do negócio da cachaça. Participar da Brasil Cachaça será a vitrine dos produtores para o mercado interno e externo”, diz Murilo Albernaz, diretor-executivo da Fenaca.

EVENTO: Lançamento da feira Brasil Cachaça 2004
DATA: 17 de março - quarta-feira
HORÁRIO: 11 horas
LOCAL: Grand Hyatt São Paulo (Avenida das Nações Unidas 13.301- São Paulo/SP)


Assessoria de Imprensa da Brasil Cachaça 2004 : Ex-Libris Comunicação Integrada
Cintia Beck ou Flavia Arakaki (11) 3284.2054, 3266.9125, 287.1997
Organização da Brasil Cachaça 2004: Tools Comunicação Integrada
Leandro Gomes (11) 3167.4181
Confira o site: www.feirabrasilcachaca.com.br

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