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segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Unesp realiza Workshop de Tecnologia em Mecanização Agrícola

                           
Alunos de graduação, de pós-graduação e professores da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, Câmpus de Botucatu, realizam, nos dias 3 e 4 de abril, o Workshop de Tecnologia em Mecanização Agrícola.
O evento terá palestras e dinâmicas com temas direcionados ao aperfeiçoamento e à atualização dos conhecimentos sobre tecnologias disponíveis e desenvolvidas na área de mecanização agrícola.
José Paulo Molin, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, ministrará a palestra “Mecanização de Precisão” e Ulisses Antuniassi, da FCA da Unesp de Botucatu, falará sobre “Inovações em Tecnologia de Aplicação”.
As inscrições com desconto na taxa podem ser feitas pela internet até 15 de março.
O local do encontro será o auditório “Paulo Rodolfo Leopoldo”, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, que fica na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu/SP.
Mais informações, programação completa e inscrições em www.fepaf.org.br


ASSESSORIA DE IMPRENSA
Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - câmpus de Botucatu/SP
Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais - Fepaf
Sérgio Santa Rosa - (14) 98149-4384


Abertas as inscrições para o XV SBSA - de 08 a 10 de abril em Chapecó

 Flyer

Abertas as inscrições para o XV SBSA


O XV Simpósio Brasil Sul de Avicultura será realizado de 08 a 10 de abril no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes em Chapecó,SC

A expectativa  da comissão organizadora  com  XV SBSA e VI Poultry Fair é a de atingir recorde de público nesta décima quinta edição, marcando uma década e meia de encontros técnicos que contribuem com a qualidade da avicultura brasileira.  “Nesta edição comemorativa  dos 15 anos do SBSA o compromisso é ainda maior em satisfazer os anseios do público e patrocinadores. O objetivo final é servir de  fundo para a  realização de negócios, promover  uma maior interação entre fornecedores e clientes e promover um eficiente network entre colegas e empresas” destacou o presidente do Nucleovet, o médico veterinário Rogério Balestrin.

O presidente da Comissão Científica, o médico veterinário João Batista Lancini  revela que neste ano, o Simpósio Brasil Sul de Avicultura será aberto com um painel focado para as oportunidades e os desafios da avicultura brasileira. “Todos sabemos que estamos perdendo competitividade  devido à falta de políticas claras para o agronegócio e, também pelos problemas de infraestrutura, custo de mão de obra, tributos e legislações que criam mais barreiras frente aos nossos concorrentes internacionais.Vamos envolver técnicos da indústria e das entidades de classe, além de um tributarista, para esclarecer nossos colegas sobre os principais aspectos que impactam o nosso segmento e, intercambiarmos sobre sugestões que possam contribuir com as lideranças do setor” .
As inscrições podem ser feitas no site www.nucleovet.com.br  , o investimento é de R$290,00 para profissionais e R$200,00 para estudantes até o dia 07 de março. De 08 de Março até o dia 03 de abril os valores passam para R$320,00 e R$220,00. No dia os valores serão de R$370,00 e R$260,00 respectivamente.
 Inovação e vanguarda em nutrição
Na programação científica, como tema inovador, Lancini aponta a presença da Dra. Zehava Uni, da Universidade de Jerusalém, que apresentará as últimas tecnologias para melhorar o desempenho das aves, através da nutrição “in ovo” e da modulação da microbiota intestinal. “Dra. Uni é reconhecida, mundialmente, por seu trabalho nesta área. Vamos abordar, também, outros aspectos críticos para a produção atual, como é o caso do controle de resíduos nas carnes, salmoneloses e as práticas de biosseguridade” complementa Lancini.


O encontro técnico além de temas vanguardistas, antecipando tendências vai oferecer outros assuntos requisitados pelos profissonais de campo, como o controle de pragas na avicultura,  manejo dos frangos de corte, manejo do arraçoamento e aspectos nutricionais que impactam no desempenho e na qualidade das carcaças. “Sempre buscamos adequar os temas do nosso simpósio à realidade do momento. É claro que temos inúmeras sugestões mas, temos que focar naqueles temas que, pensamos, podem contribuir diretamente para o trabalho de nossos colegas da agroindústria” antecipa Lancini.  
 15 anos reunindo o setor em  Chapecó
No ano que o Simpósio Brasil Sul de Avicultura, evento técnico que reúne a cada ano mais de 1 mil veterinários em Chapecó, completa 15 anos o desafio é ainda maior. Sobre isso o  novo presidente falou do compromisso com a qualidade, Balestrin aponta o entrosamento com o setor produtivo como fator determinante para oferecer debates relevantes e alinhados com as reais  demandas “Nosso foco é  detectar as necessidades da agroindústria, identificando os principais desafios do momento atual.  Simultaneamente , qualificar os profissionais, aliando a pesquisa com a prática  além de  manter a excelência dos eventos promovidos pelo Nucleovet e  preservar a importante parceria com nossos patrocinadores além de conquistar novos colaboradores” finaliza o novo presidente. 

A respeito da edição comemorativa de 15 anos Balestrin afirma “Finalmente chegamos em 2014 ao XV SBSA  colecionando sucesso em público e difusão de conhecimento.  Com isso o segmento avícola vem evoluindo em todos os aspectos :  desde a produção,  questões comerciais e de segurança alimentar. Com isso toda a engrenagem que move essa importante cadeia vem se modificando. Os assuntos mudam, as necessidades mudam, as barreiras mudam e com isso os eventos também vão evoluindo”.

Mais informações no www.nucleovet.com.br ou pelo telefone (49) 33291640. 

Embrapa - Março chega e Dinapec também




Em 30 dias, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realiza mais uma edição da Dinâmica Agropecuária – Dinapec na vitrine tecnológica da Embrapa Gado de Corte, entre os dias 12 e 14 de março, em Campo Grande-MS. Na agenda, roteiros tecnológicos e dinâmicas, oficinas, lançamento de publicações, formatura da 2ª turma do Projeto Agroescola e apresentação de novo capim.

Para este ano, os temas foram agrupados, assim diminuiu-se o número de roteiros e aperfeiçoou-se a visita a campo. Os espaços sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Manejo de Pastagens, Integração Lavoura-Pecuária (ILP), Cultivares e estabelecimento de forrageiras, Nutrição e Reprodução Animal, Leite, Boas Práticas Agropecuárias (BPA), Pecuária de Precisão, Sanidade Animal, Melhoramento e Ovinocultura estarão à disposição para produtores, técnicos e estudantes, gratuitamente.

Outra novidade são as Clínicas Tecnológicas, oferecidas para um grupo menor, dez pessoas, com atendimento especializado. “Há alguns anos, os visitantes pediam um tempo a mais com o pesquisador para sanar dúvidas e nos roteiros isso não era e não é totalmente possível pela dinâmica em si. As Clínicas serão para aprofundamento”, esclarece o analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Websten Cesário da Silva, um dos responsáveis pela Dinapec.

Durante o evento também serão oferecidos os cursos de “Identificação de carrapatos e diagnóstico molecular da febre maculosa brasileira”, ministrado pelo pesquisador Renato Andreotti, de 10 a 14 de março; e “Embrapa Invernada”, com o doutor em Ciência Animal e Pastagens, Luís Gustavo Barioni, somente no dia 13. E em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS), os participantes da Dinapec 2014, mediante inscrição, terão as oficinas de “Uso de terraceador na descompactação de solos e regulagem e utilização de plantadeira/adubadora” e “Aplicação de medicamentos em bovinos”, nos dias 13 e 14, com instrutores do Senar.

Publicações – Na abertura oficial da Dinapec, dia 12, a Unidade lançará as obras – “Carrapatos no Brasil”, com os pesquisadores Renato Andreotti e Wilson Werner Koller como editores técnicos; e “Melhoramento genético aplicado em gado de corte – Programa Geneplus-Embrapa”, editada pelos cientistas Antonio do Nascimento Rosa, Elias Nunes Martins, Gilberto Romeiro de Oliveira Menezes e Luiz Otávio Campos da Silva.

Agroescola - Transferir conhecimentos visando a formação de multiplicadores de tecnologia em pecuária de corte, com esse objetivo irão para o mercado os 12 alunos do Projeto Agroescola, orientados pela equipe da Embrapa e coordenados pedagogicamente pela especialista em Educação, Rosimar Bezerra. O acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura de Campo Grande, o Governo do Estado/Fundect, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Embrapa capacita técnicos em agropecuária em pecuária de corte por, aproximadamente, dez meses. Para 2014, 17 alunos já estão aprovados.

Novo capim – Os produtores encontrarão no mercado na próxima safra mais uma opção de Panicum maxicum, a BRS Zuri. A gramínea forrageira tropical Panicum maximum é uma espécie de alta produtividade e qualidade responsável por grande parte da terminação de bovinos no Brasil, sendo as cultivares Tanzânia e Mombaça as mais difundidas. A cultivar BRS Zuri é de porte alto com folhas largas, produtividade até 12% superior a cv. Tanzânia, fácil manejo e alto grau de resistência ao fungo foliar Bipolaris maydis, sendo uma alternativa a mais para diversificação de pastagem.

Os interessados podem visitar os 32 hectares da Dinâmica em grupos organizados ou individualmente. A Dinapec está localizada na Avenida Rádio Maia, 830, zona rural, saída para Aquidauana, na capital sul-mato-grossense. Informações pelo telefone (67) 3368-2141 e http://cloud.cnpgc.embrapa.br/dinapec2014/.

Redação e foto: Dalízia Aguiar, jornalista (DRT/MS 28/03/14), dalizia.aguiar@embrapa.br
Foto: novo capim BRS Zuri

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Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Gado de Corte

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)




FCA/ Unesp sedia II Seminário de Construções Rurais e Ambiência Aplicada a Produção Animal


Aproximar os produtores das pesquisas realizadas na área temática de construções rurais e ambiência aplicada à produção animal, desenvolvidas pela Unesp e outras instituições de pesquisa. Esse é o principal objetivo do II Seminário de Construções Rurais e Ambiência Aplicada a Produção Animal, que ocorrerá nos dias 07 e 08 de abril de 2014, na Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu/SP.
Com o tema “A ambiência como desafio para aumento da produção de proteína animal”, o evento também busca aproximar pesquisas e pesquisadores sediados em instituições diversas para desenvolverem projetos de pesquisa em conjunto e impulsionar a transferência de tecnologia ao setor produtivo.
Entre os convidados estão a professora Daniella Jorge de Moura, da Unicamp, que apresentará a palestra “Os desafios da ambiência na produção de aves e suínos” e Aline Cristina Sant’Anna, da Unesp/Jaboticabal que falará sobre "Desafios da produção animal brasileira frente as exigências de bem estar animal".
O Seminário é uma realização conjunta da FCA com as unidades da Unesp de Dracena, Tupã e Registro, com apoio da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf). A coordenação é da professora Silvia Regina Lucas de Souza, do Departamento de Engenharia Rural da FCA.
Os participantes que desejarem, poderão apresentar trabalhos em texto completo no seminário nos temas: Comportamento e bem-estar animal; Ambiência de instalações para produção animal; Interação clima e produção animal e Materiais de construção e técnicas construtivas. A submissão de trabalhos científicos pode ser feita até 20 de março através do e-mail scrapa2014@gmail.com .
Mais informações, inscrições e programação completa no site www.fepaf.org.br .


ASSESSORIA DE IMPRENSA
Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - câmpus de Botucatu/SP
Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais - Fepaf
Sérgio Santa Rosa - (14) 98149-4384


Especialista de Israel fala sobre nutrição in ovo no XV SBSA em Chapecó

Simpósio Brasil Sul de Avicultura 15 anos


Especialista de Israel fala sobre nutrição in ovo no XV SBSA em Chapecó
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 Professora na Universidade Hebraica de Jerusalém e na Universidade   Cornell  de Veterinária de Nova York, EUA apresentará duas palestras inéditas  durante o SBSA




Em um cenário onde o frango moderno, de genética apurada e crescimento rápido  cria demanda para uma oferta nutricional adequada  a metabolismos mais exigentes que décadas atrás, nutricionistas e especialistas tem trabalho redobrado.  Com custos de produção em níveis também acima das últimas duas décadas, a nutrição in ovo tem sido considerada uma alternativa viável , por isso o tema será debatido no XV SBSA 2014. Para apresentar os mais recentes avanços a especialista convidada é a israelense Dra. Zehava Uni.
A especialista israelense fará duas palestras exclusivas durante o XV Simpósio Brasil Sul de Avicultura que será realizado de 08 a 10 e abril no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes em Chapecó,SC.  Dra. Zehava Uni vai apresentar os temas  Nutrição "in ovo" - novas tecnologias para o desempenho do frango de corte  e Modulação da microflora intestinal das aves.
A Ph.D Zehava Uni é  Professora Associada   do Departamento de Ciências Animais na Faculdade de Agricultura da Universidade Hebraica em Jerusalém – Israel. Atua como  Professora Adjunta Docente no  Departamento de Ciência Avícola na Universidade da Carolina do Norte  (NCSU), EUA.  Zehava   Uni tem  Pós-Doutorado em Ciências Animais pela  Faculdade de Agricultura da Universidade Hebraica e  na Universidade de Cornell Veterinary em Nova York , EUA.
O presidente da Comissão Científica, o médico veterinário João Batista Lancini  revela que neste ano,  além dos  temas técnicos o Simpósio Brasil Sul de Avicultura terá um painel focado para as oportunidades e os desafios da avicultura brasileira. “Todos sabemos que estamos perdendo competitividade  devido à falta de políticas claras para o agronegócio e, também pelos problemas de infraestrutura, custo de mão de obra, tributos e legislações que criam mais barreiras frente aos nossos concorrentes internacionais.Vamos envolver técnicos da indústria e das entidades de classe, além de um tributarista, para esclarecer nossos colegas sobre os principais aspectos que impactam o nosso segmento e,  compartilharmos sugestões que possam contribuir com as lideranças do setor” .
As inscrições podem ser feitas no site www.nucleovet.com.br , o investimento é de R$290,00 para profissionais e R$200,00 para estudantes até o dia 07 de março. De 08 de Março até o dia 03 de abril os valores passam para R$320,00 e R$220,00. No dia os valores serão de R$370,00 e R$260,00 respectivamente.

Programação inédita
A respeito da edição comemorativa de 15 anos Balestrin afirma “Finalmente chegamos em 2014 ao XV SBSA  colecionando sucesso em público e difusão de conhecimento.  Com isso o segmento avícola vem evoluindo em todos os aspectos :  desde a produção,  questões comerciais e de segurança alimentar. Com isso toda a engrenagem que move essa importante cadeia vem se modificando. Os assuntos mudam, as necessidades mudam, as barreiras mudam e com isso os eventos também vão evoluindo” comemora.
No dia 08 de abril a décima quinta edição do SBSA será aberta com um  Painel sobre Oportunidades e Riscos à Competitividade do Frango Brasileiro. Reunindo a visão da agroindústria, barreiras, oportunidades e tendências para o Brasil seguir competitivo na produção avícola com o médico veterinário e Presidente da Tyson do Brasil - Victor Hugo Brandalize. A visão fiscal  sobre tributação no agronegócio e a sobrevivência da agroindústria será apresentada pelo  com Dr. Fabio Calcini. Já a o aspecto  governo e a regulamentação da produção - barreiras ou oportunidades   ficará por conta do  Dr. Ariel Mendes da diretor de Produção e Técnico-Científico da União Brasileira de Avicultura - UBABEF.
No dia 09 de abril, segundo dia do evento  o tema que abre a programação é o Controle de pragas na avicultura com o Prof. Dr. Marcos R. Potenza. Em seguida o Prof. Dr. Sérgio Vieira  fala sobre Aspectos nutricionais que influenciam a qualidade da carne de aves. O tema Manejo do arraçoamento e a regulação do consumo será presentada pelo Prof. Dr. Alex Maiorka. Em sanidade o tema  Doenças respiratórias: prevalência, diagnóstico e impacto na produtividade  será abordado pela  Profa. Dra. Josiane Tavares de Abreu da PUC e UFMG.
A palestra Resíduos em carnes de aves – programas de controle e resultados – O PNCRC  será ministrada pelo  com  o Dr. Leandro Diamantino Feijó que é Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abstecimento - MAPA, na Secretaria de Defesa Agropecuária lotado no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA. Feijó é Membro do Comitê Brasileiro do Codex Commitee of Veterinary Drugs on Foods - GT CCRVDF e do Comitê de Resíduos e Contaminantes da International Dairy Federation - IDF.
A palestra Microbiologia - impactos na produtividade avícola  será apresentada pelo Dr. Guillermo Tellez da  Univeridade de Arkansas – EUA. A Profa. Dra. Elizabete Santin apresentará os mais recentes avanços em Salmoneloses - aumento da transmissão vertical e falhas no manejo de reprodutoras.  Já o  tema “Biosseguridade - aspectos críticos para a sanidade avícola” encerra a programação com a palestra da Dra. Nelva Grando.


O neoescravagismo cubano

O governo federal não poderia aceitar a escravidão dos médicos cubanos que recebem 10% do que ganham os demais estrangeiros 

 IVES GANDRA DA SILVA MARTINS


A Constituição Federal consagra, no artigo 7º, inciso XXX, entre os direitos dos trabalhadores: "XXX "" proibição de diferença de salários, de exercício de função e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil".
O governo federal oferece para todos os médicos estrangeiros "não cubanos" que aderiram ao programa Mais Médicos um pagamento mensal de R$ 10 mil. Em relação aos cubanos, todavia, os R$ 10 mil são pagos ao governo da ilha, que os contratou por meio de sociedade intitulada Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S/A. Pela cláusula 2.1 "j" desse contrato, receberia cada profissional no Brasil, apenas 400 dólares por mês, depositando-se em Cuba outros 600 dólares.
Em face da cláusula 2.1 "n", deve o profissional cubano guardar estrita confidencialidade "sobre informações não públicas que lhe sejam dadas". Pela cláusula 2.2 "e", deve abster-se de "prestar serviços e realizar outras atividades diferentes daquelas para que foi indicado", a não ser que autorizado pela "máxima direção da missão cubana no Brasil". Não poderá, por outro lado, "em nenhuma situação, receber, por prestação de serviços ou realização de alguma atividade, remuneração diferente da que está no contrato".
Há menção de vinculação do profissional cubano a um regulamento disciplinar (resolução nº 168) de trabalhadores cubanos no exterior, "cujo conhecimento" só o terá quando da "preparação prévia de sua saída para o exterior". Na letra 2.2 "j", lê-se que o casamento com um não cubano estará sujeito à legislação cubana, a não ser que haja "autorização prévia por escrito" da referida máxima direção cubana.
Pela letra 2.2 "q", só poderá receber visitas de amigos ou familiares no Brasil, mediante "comunicação prévia à Direção da Brigada Médica Cubana" aqui sediada. Pela letra "r", deverão manter "estrita confidencialidade" sobre qualquer informação que receba em Cuba ou no Brasil até "um ano depois do término" de suas atividades em nosso país.
Por fim, para não me alongar mais, pela cláusula 3.5, o profissional será punido se abandonar o trabalho, segundo "a legislação vigente na República de Cuba".
A leitura do contrato demonstra nitidamente que consagra a escravidão laboral, não admitida no Brasil. Fere os seguintes artigos da Constituição brasileira: 1º incisos III (dignidade da pessoa humana) e IV (valores sociais do trabalho); o inciso IV do art. 3º (eliminar qualquer tipo de discriminação); o art. 4º inciso II (prevalência de direitos humanos); o art. 5º inciso I (princípio da igualdade) e inciso III (submissão a tratamento degradante), inciso X (direito à privacidade e honra), inciso XIII (liberdade de exercício de qualquer trabalho), inciso XV (livre locomoção no território nacional), inciso XLI (punição de qualquer discriminação atentatório dos direitos e liberdades fundamentais), art. 7º inciso XXXIV (igualdade de direitos entre trabalhadores com vínculo laboral ou avulso) e muitos outros que não cabe aqui enunciar, à falta de espaço.
O governo federal, que diz defender os trabalhadores --o partido no poder tem esse título--, não poderia aceitar a escravidão dos médicos cubanos contratados, que recebem no Brasil 10% do que recebem os demais médicos estrangeiros!!!
Não se compreende como as autoridades brasileiras tenham concordado com tal iníquo regime de escravidão e de proibições, em que o Direito cubano vale --em matéria que nos é tão cara (dignidade humana)--, mais do que as leis brasileiras!
A fuga de uma médica cubana --e há outros que estão fazendo o mesmo-- desventrou uma realidade, ou seja, que o Mais Médicos esconde a mais dramática violação de direitos humanos de trabalhadores de que se tem notícia, praticada, infelizmente, em território nacional. Que o Ministério Público do Trabalho tome as medidas necessárias para que esses médicos deixem de estar sujeitos a tal degradante tratamento.
 

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 79, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra 


Falta de apoio põe em risco bolsas do Ciência Sem Fronteiras

Entidades do setor privado colaboraram com apenas 20% das gratificações prometidas para o programa

Demétrio Weber para O Globo

O programa Ciência sem Fronteiras já concedeu 60,7 mil bolsas de estudo a universitários brasileiros no exterior, mas corre o risco de não cumprir a meta de 101 mil bolsistas até 2015, porque parceiros privados não estão cumprindo o que prometeram. É o caso da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), duas das principais entidades industriais do país. Somadas, elas deveriam bancar 11 mil bolsas, mas, passados mais de dois anos da criação do programa, não contribuíram para o envio de um bolsista sequer.
O Ciência sem Fronteiras foi lançado pela presidente Dilma Rousseff em 2011. O governo comprometeu-se a conceder 75 mil bolsas. Empresas privadas, bancos e estatais responsabilizaram-se por 26 mil, totalizando a meta global de 101 mil bolsas em quatro anos.
Um balanço da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência do Ministério da Educação (MEC), informa que o governo já disponibilizou 57,3 mil bolsas, o que corresponde a 76% de sua meta. Já os parceiros privados teriam liberado apenas 3,4 mil bolsas ou 13% do prometido. Os dados são de 31 de dezembro do ano passado. Procurados pelo GLOBO na semana passada, esses parceiros atualizaram os números e informaram já ter concedido 5.306 bolsas, o equivalente a 20% do previsto.

Empresas pedem mais mestrados profissionais

A CNI não chegou a assinar o termo de cooperação para financiar o Ciência sem Fronteiras. A confederação discorda do formato do programa e reivindica o direito de financiar outro tipo de bolsa, com viés profissionalizante, beneficiando pesquisadores sem vínculo universitário.
O diretor de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Gustavo Leal, informou que a entidade está disposta a cumprir a meta. Ele ressalta, porém, que não será a CNI que bancará as bolsas, mas empresas com interesse em qualificar pesquisadores. Da cota de 6 mil bolsas prometidas pela confederação, o Senai custeará mil.
- A CNI defende que, dentro do total do que as empresas custearão, seja contemplada uma modalidade de bolsa para treinamento no exterior com período de até um ano, sem a necessidade de os pesquisadores estarem vinculados a programas de pós-graduação no Brasil. Por exemplo: um pesquisador poderia receber uma bolsa para se qualificar num tipo de tecnologia de interesse do setor produtivo, sem que ele tenha necessariamente vínculos com universidades - disse Leal.
A Abdib, por sua vez, alegou falta de recursos. A entidade reúne construtoras do porte da Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
- A principal dificuldade enfrentada pela Abdib e pelas empresas do setor é conseguir reunir os valores expressivos necessários para atingir a meta proposta de concessão de bolsas de estudo - diz o vice-presidente da associação, Ralph Lima Terra, em nota oficial.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é o parceiro privado que assumiu o maior compromisso em número de bolsas: 6,5 mil. Segundo a Capes, porém, a entidade só pagou 650 ou 10% do previsto. O diretor de Relações Institucionais da Febraban, Mário Sérgio Vasconcelos, forneceu outros números. Ele afirmou ao GLOBO que, no fim do ano passado, a Febraban liberou recursos para mais 1.430 bolsas, dentro do cronograma acertado com o governo, que prevê uma participação crescente até 2015.
Segundo Vasconcelos, 21 bancos associados à Febraban dividem a conta. A entidade correu atrás também de parceiros para rachar as despesas. Entre eles, a BM&F Bovespa.
A mineradora Vale é outra parceira. A empresa informa que, em 2011, dispôs-se a destinar US$ 27,8 milhões ao programa, valor suficiente para bancar até 1.000 bolsas, conforme estimativa da época. Ao firmar o termo de cooperação, no entanto, a meta foi reduzida em um quinto, para 796 bolsas, de modo a enquadrar-se no limite financeiro.
A Petrobras e a Eletrobras são as duas estatais parceiras. A Petrobras informa que investirá R$ 318 milhões no programa, enquanto a Eletrobras prevê gastar R$ 150,6 milhões. As duas empresas informaram que seguem o cronograma de cooperação.
O governo busca uma saída para convencer as entidades industriais a cumprir sua cota. Uma primeira tentativa nesse sentido foi a decisão de incluir mestrados profissionais entre as opções para bolsistas, com a abertura de mil vagas em cursos dos Estados Unidos. Além da Capes, o Ciência sem Fronteiras é administrado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ao lançar o Ciência sem Fronteiras, Dilma deixou claro que o poder público tinha fôlego para 75 mil bolsas e que a meta de 100 mil só seria atingida com a ajuda de parceiros. Em dezembro de 2011, na solenidade de regulamentação do programa, ela agradeceu aos presidentes da CNI, Robson Braga de Andrade, e da Adbid, Paulo Godoy, destacando que o grupo de parceiros servia de exemplo ao país. O ministro da Educação, José Henrique Paim Fernandes, disse recentemente que o governo está discutindo a relação com os parceiros. Paim afirmou que o caso será tratado na Casa Civil.
Em nota, a Capes afirma que o governo continua “trabalhando intensamente” para firmar os acordos com a iniciativa privada e que a oferta de mil vagas em mestrados profissionais, neste ano, atendeu a uma demanda da indústria. “As negociações com a CNI e Abdib têm avançado”, diz a Capes.

Notícia publicada em 17/02/14


http://oglobo.globo.com/educacao/falta-de-apoio-poe-em-risco-bolsas-do-ciencia-sem-fronteiras-11624575

Eu acuso. Ou Dilma 'Red Block'

UM BRILHANTE TEXTO DO REINALDO AZEVEDO

  

O cinegrafista Santiago Andrade está morto. Não vai comparecer à próxima manifestação nem ao almoço de domingo. Quem o subtraiu da vida roubou também o pai, o marido, o amigo e a liberdade de imprensa.


Eu acuso Franklin Martins de ser o chefe de uma milícia oportunista contra a imprensa livre.

Eu acuso o governo federal e as estatais, que financiam páginas e veículos que pregam o ódio ao jornalismo independente, de ser corresponsáveis por essa morte.

Eu acuso o ministro José Eduardo Cardozo de ser, querendo ou não, na prática, um dos incitadores da desordem.

Eu acuso o ministro Gilberto Carvalho de especular com o confronto de todos contra todos.

Eu acuso jornalistas de praticar a sujeição voluntária porque se calam sobre o fato de que são caçados nas ruas pelos ditos "ativistas" e obrigados a trabalhar clandestinamente.

Eu acuso empresas e jornalistas de se render a milicianos das redes sociais e de se preocupar mais com "o que elas vão dizer de nós" do que com o que "nós temos de dizer a elas".

Eu acuso uns e outros de se deixar pautar por dinossauros com um iPad nas patas.

No começo deste mês, Franklin Martins participou de "um debate" com gente que concorda com ele num aparelho sindical a serviço do PT. Malhou a imprensa à vontade, num ambiente em que só o ressentimento superava a burrice. Num dado momento, afirmou: "Há por parte da maioria dos órgãos de comunicação uma oposição reiterada, sistemática, muitas vezes raivosa, contra o governo; [isso] implica que o governo tenha de fazer a disputa política de modo permanente; ou seja, não é de vez em quando; tem de fazer sempre."

Aí está a origem do mal. A afirmação de Martins é mentirosa. Não existe essa imprensa de oposição. É delírio autoritário de quem precisa inventar um fantasma para endurecer o jogo com os "inimigos". Ele será o homem forte da campanha de Dilma à reeleição e voltou a ser a mão que balança o berço na Secom, que distribui a verba de publicidade aos linchadores.

Constrangido por essa patrulha financiada por dinheiro público, que literalmente arma a mão de delinquentes, o jornalismo se intimida, se esconde e se esquece de que não é apenas uma caixa de ressonância de valores em disputa. Se nos cabe reportar a ação dos que não toleram a democracia, é preciso evidenciar que o regime de liberdades é inegociável e que os critérios com que se avalia a violência de quem luta contra uma tirania não servem para medir a ação dos que protestam num regime democrático.

Dois dias depois da morte de Santiago, o moribundo MST organizou uma arruaça em Brasília e feriu 30 policiais, oito deles com gravidade. A presidente decidiu receber a turba pra conversar. 

Eu acuso a "red bloc" Dilma Rousseff de ser omissa, de abrigar a violência e de promover a baderna.


EU TAMBÉM ACUSO!!!!!!!

Leia o artigo completo do Reinaldo Azevedo em:



Revista Veja revela a cara da CAPATAZ dos MÉDICOS-ESCRAVOS CUBANOS no Brasil



A OPAS faz muito mais que apenas servir de fachada para contratos desumanos entre governos com Cuba com vistas a explorar tráfico escravo de trabalho médico cubano.
Ela, ativamente, participa do controle escravagista cedendo cargos para agentes da polícia de Fidel, que se passando por representantes da OPAS, ficam nos países onde existem escravos trabalhando para, na prática, fiscalizar, acionar polícia local e tudo o mais que uma capataz de escravos tem que fazer, vigiar a mercadoria.
No Brasil, a capitã-do-mato mor, a Capataz de Escravos cubanos, é Vivian Isabel Chavez Perez, veja aqui seu perfil no facebook: https://www.facebook.com/vivianisabel.chavezperez?fref=ts
Lotada em Porto Alegre, terra do pseudo-comunista Tarso Genro, o que deportou de forma sumária os boxeadores cubanos fugitivos em um jato de Hugo Chavez em 2007, ela vem ganhando espaço para fazer seu trabalho de polícia estrangeira em território nacional, com direito a cargos em comissões locais, como aqui: http://www.saude.rs.gov.br/upload/1385039649_cibr597_13.pdf
Já exerceu essa função pelo menos outra vez na Nicarágua, em 2009 (clique aqui).
Nas fotos abaixo, aparece misturada a apoiadores do Mais Médicos em Porto Alegre:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Revista VEJA dessa semana desmascarou a Capataz de escravos cubanos. A OPAS é muito mais que um mero laranja que recebe 5% do dinheiro brasileiro despejado no Mais Médicos, é partícipe ativa e usa seus cargos para legitimar o tráfico de humanos internacional em pleno século XXI.,
 
 
 
 

A capataz dos médicos cubanos 

 
 Revista Veja
Leonardo Coutinho, de Jaraguá do Sul, e Duda Teixeira
 Com reportagem de Isabel Marchezan, de Porto Alegre

Vivian Isabel Chávez Pérez se apresenta ora como doutora do Mais Médicos, ora como agente da Opas. Sua verdadeira função é controlar os passos dos compatriotas.

 
 
 Vivian Isabel Chávez Pérez é uma mulher de múltiplas facetas. Em agosto do ano passado, quando os primeiros médicos cubanos desembarcaram no Brasil como parte do programa de "intercâmbio" de saúde do governo federal, ela aparecia de jaleco branco exaltando a nobreza da missão em um portunhol azeitado. Vivian é apresentada em vídeos de divulgação do Ministério da Saúde como uma médica cubana comum. Puro jogo de cena. Em poucos dias ela já dava entrevistas à Prensa Latina, a agência de notícias da ditadura cubana, como porta-voz da missão no Brasil.

Vivian não presta atendimento ambulatorial no Brasil nem consta na lista dos profissionais enviados aos rincões do país pelo programa Mais Médicos. No dia lº de novembro, ela surgiu em um café da manhã de boas-vindas a 100 cubanos no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, no Rio Grande do Sul, sentada à mesa das autoridades, ao lado do governador Tarso Genro e da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ali, foi apresentada como coordenadora da Organização Panamericana de Saúde (Opas), entidade da ONU que intermediou a importação de médicos de Cuba pelo Brasil., Nessa função, Vivian vigia os compatriotas e exerce sobre eles um extraordinário poder de convencimento.

Entre os cubanos tutelados por Vivian estão as médicas Yamila Valdes Gonzales e Yamile Mari Nin, que trabalham em postos de saúde da zona rural de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Em dezembro, o Ministério da Saúde foi avisado pela prefeitura de que Yamila e Yamile queriam desistir do programa e voltar para Cuba. Elas não se conformavam em receber menos de 1000 reais de salário, enquanto os outros dois profissionais do Mais Médicos na cidade, uma cazaque e um mexicano, ganham 10000 reais. Sem dinheiro para cobrir as despesas básicas em uma das cidades com maior custo de vida do estado, elas foram acolhidas por funcionários da prefeitura, que se revezavam para convidá-las para comer em suas casas e recebiam donativos para que pudessem mobiliar e equipar o seu apartamento, cujo aluguel é pago pelo município. Ao contrário dos médicos de outras nacionalidades, as cubanas não receberam o auxílio para as despesas de instalação previsto no programa, que varia de 10000 a 30000 reais. "Elas sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento. Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui", diz Nádia Silva, coordenadora dos serviços de atenção básica da Secretaria de Saúde do município, onde um auxiliar de enfermagem recebe salário inicial de 1800 reais.

Compreendendo o estado de penúria em que Yamila e Yamile se encontravam, o secretário de Saúde, Ademar Possamai, imaginava que o pedido de demissão seria aceito. Em vez disso, a prefeitura recebeu uma ligação de Vivian, que pediu para falar com as médicas por telefone. A conversa foi privada e as duas cubanas jamais revelaram aos seus amigos na cidade o que lhes foi dito. O fato é que elas mudaram radicalmente de postura, voltaram ao trabalho no dia seguinte e nunca mais reclamaram. Vivian agora se comunica com elas todos os dias, por telefone ou por e-mail. Yamila e Yamile, que não quiseram ser entrevistadas, continuam enfrentando os mesmos problemas financeiros de antes.

"Elas estavam determinadas a voltar para Cuba, e agora parecem apavoradas. Não consigo imaginar o que essa mulher disse a elas", diz Possamai. O cubano Júlio Alfonso consegue. Ele é diretor de uma ONG com sede em Miami, nos Estados Unidos, que dá assistência a mais de 4000 médicos que fugiram da ditadura dos irmãos Castro. "Tal como capatazes, os chefes das missões cubanas contam com uma rede de informantes e com o poder de sugerir punições aos médicos quando eles voltarem ao seu país", diz Alfonso. É assim na Venezuela, de onde só em 2013 fugiram 3000 médicos cubanos, e, como está cada vez mais claro, também no Brasil. Vivian tem a experiência e a influência necessária para controlar colegas. Ela foi chefe de uma missão de saúde na Nicarágua, em 2009, e ocupou um cargo importante no governo da província de Cienfuegos, em Cuba, em 2011, algo só permitido a cidadãos de extrema confiança do Partido Comunista.

Em rápida entrevista a VEJA, por telefone, Vivian — que dá expediente num escritório do Ministério da Saúde em Porto Alegre e acumula três cargos no governo do estado — se identificou como representante da Opas para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e confirmou ter conversado com Yamila e Yamile. "Foi um mal-entendido, não teve problema nenhum. Elas não entenderam alguma coisa, mas já está tudo resolvido", diz Vivian, negando-se a dar mais detalhes.

Dos 6600 profissionais que participam do Mais Médicos, atualmente 5400 são cubanos. Destes, 22 voltaram ou foram devolvidos a Cuba. Quatro fugiram, entre eles Ortelio Guerra, que na semana passada anunciou por Facebook que já se encontra nos Estados Unidos. Apenas uma, Ramona Matos, pediu asilo no Brasil. O relato dela confirma a existência de capatazes regionais. Ramona prestava contas a um "coordenador" em Belém do Pará, para quem devia pedir autorização até para viajar a outras cidades e para participar de churrascos.

Para dificultar ainda mais a fuga dos seus médicos, o governo cubano entregou-lhes um passaporte que só vale para o Brasil. Esse documento, de capa vermelha, não é aceito por outros países, porque Cuba já emite uma versão convencional, em azul. Na semana passada, o governo brasileiro juntou-se aos esforços da ditadura caribenha para anular a liberdade dos cubanos. Foram publicadas novas penalidades para os estrangeiros que abandonarem o programa, entre as quais o pagamento de multas e o ressarcimento das ajudas de custo e das passagens aéreas. "Isso é ilegal, pois o investimento na contratação de um funcionário corre por conta e risco do patrão", diz o advogado trabalhista Fábio Chong, em São Paulo. Ele completa: "Essas punições são mais um artifício para obrigar os médicos a trabalhar em condições análogas à escravidão".

Humor: Médicos cubanos cantam:Vamos fugir

Ciência sem Fronteiras: Governo cogita manter bolsista sem inglês fluente no exterior


 http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/02/1412800-governo-cogita-manter-bolsista-sem-ingles-fluente-no-exterior.shtml

O governo federal cogita manter no exterior bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras que ainda não cumpriram os requisitos de fluência em inglês para cursar uma universidade.
O objetivo é evitar um potencial "desgaste político" que o retorno antecipado ao Brasil poderia causar.
A preocupação foi levantada pelo secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller, e apoiada por um representante da Casa Civil na 10ª reunião do comitê executivo do programa, realizada em 27 de janeiro, em Brasília. A Folha teve acesso à ata da reunião.
O problema acontece com os bolsistas que haviam sido selecionados para estudar predominantemente em Portugal, país que no ano passado foi excluído do programa porque, segundo o MEC, um de seus objetivos é "permitir que o estudante possa dominar uma segunda língua".
Eles puderam optar por participar do programa em outros países e, agora, enfrentam dificuldades com a fluência em inglês.
Atualmente, 2.449 de 9.114 alunos realocados não têm aceite garantido em uma universidade e precisam de curso de idiomas adicional. Essa parcela com dificuldades está nos EUA, no Canadá, na Austrália e na Irlanda.
















Somente nos EUA, principal país de destino, 43% desses bolsistas realocados precisam do curso linguístico adicional e não têm aceite garantido na universidade.
Já os bolsistas que foram para Itália, Alemanha, França e Reino Unido tiveram proficiência suficiente para iniciar os estudos acadêmicos.
Hoje, os bolsistas do Ciência sem Fronteiras podem passar de quatro a seis meses no país de destino estudando a língua antes de serem aceitos no curso acadêmico.
O problema é que, para muitos dos alunos, esse período não é suficiente para obter proficiência na língua. Com isso, correm o risco de não serem aprovados nas instituições de ensino.
 
OPÇÕES
As discussões sobre o que fazer com esses alunos ainda dividem a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), órgãos que lideram o programa.
Na reunião, além da ideia de trazer os bolsistas logo de volta ao Brasil, cogitou-se até financiar seis meses adicionais de estudos do idioma para evitar que eles retornem sem o curso acadêmico.
No caso dos bolsistas com aceite acadêmico condicionado à extensão do curso de língua, eles poderiam ser prejudicados por cursar somente quatro meses de disciplinas acadêmicas no exterior. Já aqueles que não obtiverem o aceite acadêmico correm o risco de voltar ao Brasil sem o aproveitamento de créditos e ainda perder o início do semestre letivo.
A extensão do curso de idioma –o que permitiria que os alunos ficassem até um ano no exterior só estudando uma nova língua– acarretaria o não atendimento do objeto principal do Ciência sem Fronteiras, que é "o estudo de disciplinas acadêmicas".
Além disso, a extensão representaria um gasto a mais no programa, que já está com suas contas desequilibradas.
No documento, é levantada a necessidade de mais R$ 863,6 milhões de investimento apenas pelo governo. Como justificativa são apontados os cursos de idiomas adicionais, variação cambial, despesas com taxas bancárias e cartão-bolsista e reajustes contratuais. O custo inicial do programa era de R$ 3 bilhões.

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