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segunda-feira, março 30, 2015

FMVZ/Unesp promove Simpósio Internacional de Nutrição de Ruminantes



Evento aborda perspectivas de interação econômico-ambiental na produção intensiva de carne

A Empresa Junior de Nutrição de Ruminantes (Nutrir), integrada por alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, câmpus de Botucatu, vai realizar a quinta edição do Simpósio Internacional de Nutrição de Ruminantes, nos dias 09 e 10 de abril, no Auditório Paulo Rodolfo Leopoldo, na Fazenda Experimental Lageado.

Com o tema “Perspectivas de interação econômico-ambiental na produção intensiva de carne”, o evento tem como objetivo reunir pesquisadores em destaque na área de nutrição de ruminantes e áreas correlatas do Brasil e da América do Norte.

A palestra de abertura será “Cenários estratégicos da produção e exportação de carne bovina”, proferida por Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira de Industrias Exportadoras de Carne.

Dentre os palestrantes também estão James Drouillard (Kansas State University/EUA), Karen Schwartzkopf-Genswein (Agriculture and Agri-Food/ Canadá) e Gustavo Durante Cruz (Cargill/EUA).

Programação completa, mais informações e inscrições em www.gruponutrir.com.br




FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - UNESP - CÂMPUS DE BOTUCATU/SP
Assessoria de Imprensa 

Estudo da área de avicultura da FMVZ/Unesp é premiado




Trabalho integra linha de pesquisa de produção de ovos e bem estar animal

O estudo intitulado “Debicagem e desenvolvimento de frangas de reposição”, desenvolvido na área de avicultura da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, recebeu o prêmio de melhor trabalho de pesquisa na área de Manejo e foi selecionado para apresentação oral no XIII Congresso APA – Produção e Comercialização de Ovos, realizado nos dias 17, 18 e 19 de março de 2015.

O evento realizado pela Associação Paulista de Avicultura no Centro de Convenções de Ribeirão Preto reuniu pesquisadores e especialistas do Brasil e do mundo.

O trabalho premiado faz parte da linha de pesquisa de produção de ovos e bem estar animal, e teve por objetivo investigar técnicas de debicagem que proporcionassem bons resultados de desempenho com possível redução do custo de formação de frangas de reposição, aliando produtividade e bem estar animal.

Orientado pelo professor Edivaldo Antonio Garcia, do Departamento de Produção Animal da FMVZ, o estudo foi composto de parte dos resultados obtidos com a Tese de Doutorado do pós-graduando Javer Alves Vieira Filho, financiado, através de bolsa de estudos, pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).


FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - UNESP - CÂMPUS DE BOTUCATU/SP
Assessoria de Imprensa 

Carlos Alberto Di Franco: "Brasil verde-amarelo"



Por Carlos Alberto Di Franco em O Estado de São Paulo



Domingo, 15 de março de 2015. Não foi o registro de mais um movimento de protesto contra o governo. Foi diferente. Assistiu-se ao estopim de um movimento de cidadania que tem tudo para mudar a cara do País.


No dia em que o Brasil completou 30 anos da redemocratização, pelo menos 2 milhões de pessoas foram às ruas em todos os Estados protestar contra o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores (PT), defendendo a democracia, a ética e o fim da impunidade. O maior ato ocorreu em São Paulo, onde cerca de 1 milhão de pessoas tomou a Avenida Paulista. Todas as capitais nordestinas, região onde Dilma venceu a eleição do ano passado com folga, tiveram protestos. No Rio de Janeiro, milhares foram à Avenida Atlântica, em Copacabana.

Vestiram-se as praças e avenidas de verde e amarelo, diferentemente das marchas de centrais sindicais e movimentos sociais na sexta-feira anterior, dia 13/3, quando o vermelho do PT predominou. O contraste, simbólico, transmitiu um forte recado: o Brasil não é do PT, do PMDB ou do PSDB. É dos brasileiros.

A corrupção sem precedentes despertou algo que estava adormecido na alma dos brasileiros: o exercício da cidadania. O povo percebeu, finalmente, que os governantes são representantes da sociedade, mas não donos do poder. Assistimos ao estertor dos caciques ideológicos. A força dos currais eleitorais diminui em proporção direta ao tamanho da crise. Daqui para a frente, os políticos serão crescentemente cobrados e confrontados. Felizmente. Além disso, os brasileiros, mesmo os que foram seduzidos pelo carisma do ex-presidente Lula da Silva, não estão dispostos a renunciar aos valores que compõem a essência da nossa História: a paixão pela liberdade e a prática da tolerância.

Eugênio Bucci, brilhante jornalista e bom amigo, afirma, com razão, que "os jornalistas e os órgãos de imprensa não têm o direito de não ser livres, não têm o direito de não demarcar a sua independência a cada pergunta que fazem, a cada passo que dão, a cada palavra que escrevem. (…) Os jornalistas devem recusar qualquer vínculo, direto ou indireto, com instituições, causas ou interesses comerciais que possa acarretar - ou dar a impressão de que venha a acarretar - a captura do modo como veem, relatam e se relacionam com os fatos e as ideias que estão encarregados de cobrir".

A independência é, de fato, a regra de ouro da nossa atividade. Para cumprir a nossa missão de levar informação de qualidade à sociedade precisamos fiscalizar o poder. A imprensa não tem jamais o papel de apoiar o poder. A relação entre mídia e governos, embora pautada por um clima respeitoso e civilizado, deve ser marcada por estrita independência.

Um país não pode apresentar-se como democrático e livre se pedir à imprensa que não reverbere os seus problemas internos. O governo petista, no entanto, manifesta crescente insatisfação com o trabalho da imprensa. Para o ex-presidente Lula - um político que deve muito à liberdade de imprensa e de expressão -, jornalismo bom é o que fala bem. Jornalismo que apura e opina com isenção incomoda, irrita e "provoca azia". Está, na visão de Lula, a serviço da "elite brasileira". Reconheço, no entanto, que Lula e seus companheiros não são críticos solitários da mídia. Políticos, habitualmente, não morrem de amores pelo trabalho dos jornalistas.

A simples leitura dos jornais oferece um quadro assustador do cinismo que se instalou na entranha do poder. Os criminosos, confiados nos precedentes da impunidade, nem mais se preocupam em apagar as suas impressões digitais. Tudo é feito às escâncaras. Quando pilhados, tratam de desqualificar a importância dos fatos. Atacam a imprensa e lançam cruzadas contra supostos prejulgamentos.

O que fazer quando um ex-presidente da República faz graça com a corrupção e incinera a ética no forno do pragmatismo e da suposta governabilidade? O que fazer quando políticos "se lixam" para a opinião pública? Só há um caminho: informação livre e independente. Não se constrói um grande país com mentira, casuísmos e esperteza. Edifica-se uma grande nação, isso sim, com respeito à lei e à ética. A transparência informativa, de que os políticos não gostam, representa o elemento essencial de renovação do Brasil.

Além da defesa da liberdade de imprensa e de expressão, as passeatas deram outro recado: o do repúdio à intolerância. A radicalização ideológica não tem a cara do brasileiro. O PT tenta dividir o Brasil ao meio. Jogar pobres contra ricos, negros contra brancos, homossexuais contra heteros. Quer substituir o Brasil da alegria por um país do ódio e da divisão. Tenta arrancar com o fórceps da luta de classes o espírito mágico dos brasileiros. Procura extirpar o DNA, a alma de um povo bom, aberto e multicolorido. Não quer o Brasil café com leite. A miscigenação, riqueza maior da nossa cultura, evapora nos rarefeitos laboratórios arianos do radicalismo petista.

Está surgindo, de forma acelerada, uma nova "democracia" totalitária e ditatorial, que pretende espoliar milhões de cidadãos do direito fundamental de opinar, elemento essencial da democracia. Se a ditadura politicamente correta constrange a cidadania, não pode, por óbvio, acuar jornalistas e redações.

O primeiro mandamento do jornalismo de qualidade é, como já disse, a independência. Não podemos sucumbir às pressões dos lobbies direitistas, esquerdistas, homossexuais ou raciais. O Brasil eliminou a censura. E só há um desvio pior que o controle governamental da informação: a autocensura. Para o jornalismo não há vetos, tabus e proibições. Informar é um dever ético. E ninguém, ninguém mesmo, impedirá o cumprimento do primeiro mandamento da nossa profissão: transmitir a verdade dos fatos.

Paulo Eneas: Quem introduziu a palavra ódio no vocabulário político foi o PT



Por Paulo Eneas

O PT e seus aliados na grande imprensa iniciaram essa semana uma forte ofensiva contra o movimento pró-impeachment, usando a mesma e única estratégia política que a esquerda conhece: a de mentir. A mentira da vez é a de que o PT está sendo “vítima” de uma suposta campanha de ódio pelas redes sociais. Quem verbaliza essa mentira não são apenas os porta-vozes oficiais do petismo, mas seus vocalizadores ideológicos ou a soldo nas redações dos principais jornais do país. Ao se colocar como uma suposta vítima de uma imaginária campanha de ódio, o PT sinaliza duas coisas: que na condição de vítima, ela se encontra no direito de reagir com a força que achar conveniente. E ao enfatizar onde esse suposto ódio se manifesta, nas redes sociais, o partido mais uma vez aguça o apetite partidário para imposição da censura e do cerceamento à liberdade de expressão nas redes sociais, como fazem todas as ditaduras, justamente sob o pretexto de combater supostos crimes e manifestações de ódio.
É preciso dizer as coisas às claras: quem introduziu a palavra ódio no vocabulário político nacional foi o PT. Inicialmente de maneira sutil, ainda durante o governo Lula que, surfando no alto de sua popularidade momentânea, procurava desqualificar aquela que era então uma minoria da população que reprovava seu governo. Essa minoria de então foi atacada pelo próprio presidente, taxada de “elite branca paulista racista” que odiava os pobres, que se recusava a aceitar que os pobres melhorassem de vida. Lula e o PT usaram de todos os preconceitos possíveis e imagináveis contra os pobres, preconceitos esses que no fundo são deles e de toda a esquerda, como forma de desqualificar um segmento da população que exercia legitimamente o direito de dizer que não estava contente com o governo.
A introdução do ódio como instrumento de luta política, para desqualificar não apenas seus oponentes no embate político direto, mas para deslegitimar segmentos inteiros da sociedade civil que não aderiram ao petismo (uma prática tipicamente nazifascista e autoritária de quem não aceita as regras do jogo democrático) continuou em diversos outros momentos:
a) Durante a implantação das políticas de cotas raciais, o PT e seus aliados tratavam como racistas todo e qualquer indivíduo, ainda que fosse negro(!), que se opusesse a essa política segregacionista baseada numa falsificação histórica, bloqueando qualquer discussão racional a respeito.
b) Quando especialistas alertaram para a sandice que a presidente Dilma estava fazendo no setor elétrico ainda em 2013, ao forçar artificialmente a baixa nas contas de luz, mostrando que tal medida iria estourar o setor mais adiante e levaria a um aumento ainda maior e inevitável das contas de energia, como ocorre agora, a resposta do PT e do governo foi imediata: os que se opunham estavam contra os pobres e estavam apenas expressando seu ódio ao PT por ser um partido que só faz coisas boas em benefício dos pobres. 
c) Durante a implantação da farsa do Programa Mais Médicos (que investigações recentes apontam para a suspeita de não passar de um esquema fraudulento para envio de milhões de reais para a ditadura cubana) a discussão pública também foi bloqueada pelo PT, que passou a acusar a categoria profissional inteira dos médicos de serem uma elite branca discricionária, preocupada apenas em ganhar dinheiro e que, obviamente, odiava os pobres. Além disso, o partido procurou o tempo todo atribuir aos profissionais médicos a responsabilidade exclusiva pelo péssimo serviço de saúde pública que o governo oferece, e que somente piorou nos doze anos de gestão petista.
Por fim, durante a campanha eleitoral, o discurso de ódio petista chegou ao seu extremo: o candidato Aécio Neves foi chamado de nazista por Lula durante um comício. O eleitorado paulista e do sul do país passou a ser tratado pelo PT como se fosse formado inteiramente de uma elite branca racista que odeia nordestinos. Críticas que fossem feitas ao uso eleitoral do Bolsa Família eram automaticamente transformadas pelo PT em supostos discursos de ódio contra os pobres. Após a vitória eleitoral de Dilma, as primeiras manifestações contra o governo foram imediatamente associadas pelo PT a um suposto discurso de ódio dos que perderam. Essa associação espúria ainda é feita quase todo dia na grande imprensa, onde blogueiros ou colunistas procuram caracterizar o movimento de oposição como uma expressão de ódio das elites, derrotadas nas eleições.
Portanto, quando o PT fala que está sendo vitima de um suposto ódio, ele está simplesmente mentindo. Mais do que mentira, é um cinismo e um delírio político do qual dirigentes do topo da cadeia de comando petista seguramente estão cientes. Pois na verdade estão apenas fazendo aquilo que a tradição leninista bolchevique ensinou: “acuse-os daquilo que você é, denuncie-os de fazer aquilo que você faz.” 
O fato é que quem tem discurso de ódio e pratica o ódio é o PT. O ódio do PT é o ódio à democracia, o ódio de saber que sua estratégia de hegemonia não funcionou, o ódio de saber que seu projeto autoritário de poder está fracassando e vai fracassar. Os milhões que estão indo às ruas não o fazem por ódio ao PT. As pessoas estão indo às ruas justamente contra o ódio que o PT tentou instigar na sociedade brasileira para assegurar sua permanência no poder. As pessoas estão indo às ruas legitima e democraticamente para expressar sua rejeição ao PT e ao que ele representa. As pessoas estão indo às ruas não por ódio, mas por amor e apreço à liberdade e à democracia. E liberdade e democracia não combinam com ódio. E muito menos com o PT.

Luciano Ayan: 10 falácias do PT para dar licença para matar a menores criminosos

 


Por Luciano  Ayan

O Facebook de Dilma Rousseff mostrou o quanto o partido é moralmente desclassificado para tratar qualquer questão da segurança pública. Veja o que o perfil diz: 

O Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais elaborou uma lista de motivos pelos quais a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos não é uma boa solução para reduzir a violência. Confira! 


E eu fui conferir mesmo. E agora você poderá notar que não há nada, absolutamente nada que não embuste no discurso petista para dar licença para matar a menores criminosos. 

Vamos desmascarar os "10 motivos". Se esses são os motivos, imagine as objeções.
1 – É um retrocesso ao ECA 
A parte do ECA que dá licença para matar aos menores é hedionda. Essa parte deve ser extinta mesmo. Ser “retrocesso ao ECA” (na parte de licença para matar aos marginais menores) é igual ser um “retrocesso à pedofilia”. 
2 – O adolescente já é responsabilizado com medidas socioeducativas 
É exatamente esse o problema. Medidas socioeducativas não são punição, mas agrado. Deviam existir só para quem comete crimes brandos, não para quem comete estupro, latrocínio, sequestro e assalto à mão armada. 
3 – A prisão não educa, nem orienta, apenas pune 
E é só o que é preciso fazer para quem comete crimes hediondos. “Educação, orientação, carinhos e agrados” no máximo para crimes brandos. 
4 – A prisão aumenta a segregação, o preconceito e a desigualdade social 
Ué. Antes a extrema esquerda dizia que a desigualdade social gera o crime. Agora diz que a punição ao crime é que gera a desigualdade? Ou é um ou é outro. Claro que é truque. 
5 – Não é a forma adequada de conduta para a constituição de sujeitos sadios 
É o PT que define estupradores, sequestradores e latrocidas como “sujeitos sadios”. Mais um problema moral do PT. 
6 – Não reduz a violência 
É tecnicamente impossível que a prisão não reduza a violência. Se um sujeito ficar preso 10 anos (ao invés de 2 semanas), ele possui um período de tempo em que sua chance de cometer um crime é zero. Esse argumento petista é a típica tática de se fingir de louco. Mas não cola. 
7 – O sistema prisional do Brasil está saturado 
Este é um argumento tão ruim quanto dizer que a saúde não deve ser ofertada por que o sistema de saúde “está saturado”. Ora, se você assumiu a obrigação para prestar um serviço, que seja forçado a prestá-lo. Não transfira suas responsabilidades para os outros. 
8 – Apenas simplifica a questão da violência 
Argumento vazio. A violência criminal é um evento, praticado por seres humanos conscientes de suas ações, e, como tal, passível de punição. 
9 – Trata o efeito, não a causa 
Falácia do falso dilema. O petista aqui quer dizer que se você trata o efeito, não pode tratar a causa. Não diga isso para médicos, que se seguirem essa bizarrice não podem mais usar anestésicos na totalidades de casos, pois isso é “tratar efeitos, não a causa”. Mas é claro que podemos prender os criminosos violentos e ir trabalhando para resolver as causas. 
10 - Isenta o estado do compromisso com políticas educativas  e de atenção para com a juventude
Esse argumento é sintoma de falta de vergonha na cara. Ninguém está isentando nada. Se começarmos a punir menores que pratiquem crimes violentos, o PT só vai se isentar de "compromisso com políticas educativas e de atenção para com a juventude" se quiser. De novo, o PT está transferindo sua responsabilidade aos outros. 
Enfim, se esses são os "10 motivos", é sinal de que a argumentação deles é do nível do chiqueiro mesmo. Que arrumem "motivos" melhores, pois esses 10 já não servem mais. Agora vocês já podem refutar e ridicularizar qualquer picareta que tentar truques assim. 

EDITORIAL DA ISTO É: A calúnia como arma de destruição


No editorial da nova edição de ISTOÉ: o massacre de reputações promovido pelo PT é algo sem precedentes na história do BrasilCarlos José Marques




EDITORIAL

Foram dias de massacre de reputações sem precedentes. Para se manter no poder, os articuladores da candidata Dilma Rousseff adotaram o que chamaram de estratégia de desconstrução do adversário cuja essência era um bombardeio de mentiras e calúnias, transformando essa na mais torpe eleição dos últimos tempos.

Nas peças de campanha e nas palavras dos principais arautos petistas, liderados pelo ex-presidente Lula, o oponente de Dilma, Aécio Neves, foi classificado de nazista, que agride mulheres, não gosta de trabalhar, tem problemas com bebida e, para completar, iria desempregar os brasileiros e acabar com o programa “Bolsa Família”.

Qualquer um que avaliasse mais detidamente a tática oficial, que despejou milhões em campanha, poderia perceber a inconsistência de tamanha artilharia de insultos e ilações – e o intuito por trás dela. Nada ficaria de pé nesse carnaval de difamações. Mas o seu martelar incessante nas propagandas de TV, nas mídias digitais e nos palanques Brasil afora foi inebriando massas, tentando convencê-las de uma falsa luta do bem contra o mal, de “nós contra eles”. Faltou lucidez e a esperança de parte da população foi embalada por quem controla a máquina numa caixa de promessas vazias. Nas ruas a militância partidária, incessante no seu afã de caluniar, distribuía panfletos apócrifos com teores terroristas, falando da ameaça que viria de uma vitória da oposição.

Era o apogeu de um plano covarde que se repetia depois da destruição implacável imposta à ambientalista Marina Silva, chamada até de homofóbica e acusada de assassinato de um manifestante gay por parte de seus seguranças, segundo ela mesma informou em entrevista ao jornal britânico Financial Times. Indignada com o jogo sujo, Marina fez uma declaração de apoio aberto a Aécio e às mudanças propostas por ele que estão no bojo de um amplo anseio da Nação.

Depois das urnas, qualquer que seja o seu resultado, torna-se imperativa uma revisão das regras eleitorais que abriram margem a tantas manobras rasteiras. Os golpes baixos no plano pessoal e na biografia de conquistas administrativas do mineiro, cuja gestão no governo de seu estado mereceu aprovação recorde, somaram-se a um estratagema maroto de esconder a realidade de crise evidente. Nos últimos quatro anos, os números atestam, o País vive uma paralisia econômica que se agrava, com descontrole dos gastos públicos e desmoralização de instituições como a Petrobras, cujos cofres foram assaltados por partidários do Governo, que desviaram bilhões.

Seguir nesse caminho insano é insistir em um erro, de consequências imprevisíveis, que pode levar muito tempo para se consertar e cujo único antídoto, ou resposta eficaz, está na urna eleitoral.

BLOG DO CORONEL: Mais lama! Palocci, segundo revista, desviou R$ 100 milhões recebidos do Petrolão para a campanha Dilma 2010.





(Isto É) A pedido da Procuradoria Geral da República está em curso na Justiça Federal do Paraná uma investigação sobre a participação do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci Filho, no esquema do Petrolão. Entre os alvos principais do processo estão contratos feitos entre a Projeto – consultoria financeira pertencente ao ex-ministro – e empresas que fizeram direta ou indiretamente negócios com a Petrobras.


Com base em delações premiadas, documentos apreendidos e até na prestação de contas feitas pelos partidos, procuradores e delegados da Operação Lava Jato calculam que consultorias feitas por Palocci possam ter sido usadas para desviar cerca de R$ 100 milhões do Petrolão para os cofres do PT. “Vamos demonstrar que, assim como o ex-ministro José Dirceu, Palocci trabalhou para favorecer grupos privados em contratos feitos com a Petrobras e canalizou ao partido propinas obtidas a partir de recursos desviados da estatal”, disse um dos procuradores na tarde da quarta-feira 25.


Até a semana passada, os procuradores observavam com lupa seis contratos da empresa de Palocci e nas próximas semanas deverão recorrer ao juiz Sérgio Moro para que autorize a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro. Os documentos e depoimentos que mais têm despertado a atenção de delegados e procuradores dizem respeito às relações do ex-ministro com a WTorre Engenharia e com o Estaleiro Rio Grande.


De acordo com os relatos feitos por procuradores da Lava Jato, em 2006, após deixar o governo Lula acusado de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa (leia quadro na pág. 38), Palocci teria intermediado a aquisição do Estaleiro Rio Grande pela WTorre. Meses depois da negociação e sem nenhuma expertise no setor naval, a empresa venceu uma concorrência para arrendamento exclusivo do estaleiro à Petrobras.


Em seguida, a estatal fez uma encomenda para a construção de oito cascos de plataformas marítimas, em um contrato de aproximadamente US$ 6,5 bilhões. “Não é comum que uma empresa sem nenhum histórico no setor vença uma concorrência bilionária”, afirma um dos procuradores da Lava Jato. Os indícios encontrados pelo Ministério Público, porém, vão além do simples estranhamento.


Leia aqui a reportagem completa.

Reinaldo Azevedo: O “VEM PRA RUA” DEFINE O QUE VAI PEDIR NO DIA 12 DE ABRIL: “FORA DILMA!”





O “Vem Pra Rua”, um dos maiores movimentos que convocaram a megamanifestação nacional do dia 15 de março, acaba de adotar uma palavra de ordem clara e sem ambiguidades: “Fora Dilma”. É o que se ouvirá em uníssono no novo protesto, marcado para o dia 12 de abril. A expectativa dos organizadores é que o evento se repita em todas as capitais e se espalhe por um número ainda maior de cidades.

Até havia pouco, o “Vem Pra Rua” chamava os brasileiros a expressar publicamente a sua insatisfação, acusava as lambanças do governo e do PT, mobilizava a população contra a corrupção desabrida, mas não dava especial relevo à reivindicação para que Dilma deixasse a Presidência. O que se avalia é que a dinâmica na rua e o encadeamento dos fatos impõem o lema aglutinador. O grupo acha que a presidente tem de deixar o cargo, dentro dos rigores da lei, seja por renúncia — e esse é um ato unilateral —, seja por cassação, seja pelo caminho do impeachment.

Conversei há pouco com Rogério Chequer, um dos coordenadores do movimento, e ele explica por que adotar o “Fora Dilma”: “Sempre dissemos que temos consciência de que não somos representantes do povo legitimados por eleições, mas acabamos nos tornando porta-vozes e catalizadores de uma insatisfação clara, de milhões de pessoas. E as bases querem o ‘Fora Dilma’ porque entendem que há motivos para tanto”.

Só isso? Não! O “Vem pra Rua” entende ainda que a forma como o governo vem atuando para firmar os acordos de leniência com as empresas acaba atrapalhando o processo de investigação, podendo caracterizar a interferência do Poder Executivo no Poder Judiciário e preparar o terreno para a impunidade.

Chequer explica: “Queremos também chamar a atenção para o fato de que, quando menos, Dilma tem de ser investigada. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) já entrou com este pleito no Supremo, e o ministro Teori Zavascki pediu que Rodrigo Janot, procurador-geral da República, se manifeste a respeito. A Constituição não impede que a presidente seja investigada. Até porque a investigação de atos cometidos antes do exercício do seu mandato pode remeter a questões que se deram no curso do mandato. Consideramos a investigação imperiosa”.

Pergunto a Chequer se ele não teme que o “Fora Dilma” se confunda com uma radicalização do movimento de rua. Ele responde: “Não tem radicalização nenhuma. Vamos ser claros: foi o que as ruas pediram já no dia 15 de março, num clima de ordem e respeito às instituições. Nós estamos dizendo ‘Fora Dilma’ porque temos uma Constituição e uma lei que tratam da possibilidade. Pode haver divergência sobre se há ou não motivos, mas é absurdo falar em radicalização ou golpismo quando se cobra o império da Constituição e das leis”.

E Chequer acrescenta: “O nosso movimento se chama ‘Vem pra Rua”, e a voz da rua é uma só: ‘Fora Dilma!’”.


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