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domingo, julho 20, 2014

BLOG DO CORONEL: Folha faz capa sensacionalista para tentar acusar o tucano de favorecer um tio





Dilma, em Paris, em dezembro de 2012, prometendo 800 aeroportos iguaizinhos aos que Aécio construiu. Não fez nenhum! Por acaso isso virou manchete de domingo na Folha?

A manchete de capa da Folha, neste domingo em que Aécio assume a liderança nas pesquisas em São Paulo é: " Minas fez aeroporto em fazenda de tio de Aécio".

Quem lê, parece que Aécio fez um aeroporto particular para a sua família, quando o mesmo foi construído dentro de um projeto de ampliação e construção de 29 aeroportos de interior promovido pelo governo mineiro, que ainda está em andamento. O processo da licitação do aeroporto de Cláudio, citado na reportagem, está aqui, totalmente transparente. Cáudio é uma cidade onde a família de Aécio Neves tem uma fazenda.

Quem lê a manchete de capa parece que Aécio favoreceu a família com uma grande indenização ou doou um aeroporto aos parentes, quando na verdade o valor pago foi tão correto que o tio do tucano não aceitou Até hoje move ação contra o governo estadual exigindo um pagamento maior do que o estipulado, de R$ 1 milhão, que está depositado em juízo.

Mas por que o aeroporto não está funcionando a pleno? Porque falta homologação da ANAC, um órgão do governo federal. Sim, do governo federal. Aquele eficiente órgão do governo federal.

O repórter da Folha é mau caráter do início ao fim da matéria.

Afirma, por exemplo, que o aeroporto é administrado por parentes do senador Aécio Neves. Ora, se não está homologado, ainda não é um aeroporto com administração oficial. A tal administração é abrir a porta da fazenda e deixar quem pousa e decola circular livremente. Ou o repórter quer que a fazenda seja abandonada?

Além disso, o aeroporto estava sob jurisdição da Secretaria Nacional da Aviação Civil até maio de 2014, quando foi transferida para o governo do Estado de Minas. Seu custo, diferentemente das obras federais do PT, teve uma variação de 3% e um orçamento modesto para uma pista que comporta aeronaves de até 50 passageiros.

O repórter se contradiz dentro da matéria, no intuito de responsabilizar e atacar Aécio Neves, imputando-lhe alguma irregularidade para que ele tenha prejuízos eleitorais.

Informa que o presidenciável preferiu não responder algumas das perguntas enviadas pela Folha, como o número de vezes que usou o aeroporto desde que a obra ficou pronta, em 2010, e o motivo pelo qual o local, "construído com dinheiro público, tem uso privado". Se o mesmo repórter constatou que no mínimo uma vez por semana o aeroporto recebe voos e que nada é cobrado pelos pousos, como é que pode afirmar que o aeroporto tem uso privado? É muita má fé. 

A verdade é que a Folha, mesmo recebendo todas as respostas esclarecedoras , preferiu estampar na capa apenas a versão fantasiosa e espetaculosa do repórter. A versão sensacionalista. O factóide. O jornalismo marrom. 

Procurado pelo jornal, Aécio Neves informou que o terreno onde foi construído o aeroporto foi escolhido por apresentar as "condições topográficas" ideais e permitir que a obra fosse feita com o "menor custo para o Estado". Nada disso está na capa. Aécio lembrou que "houve, inclusive, aproveitamento da antiga pista de pouso". Tal pista, com mais 25 anos, foi construída pelo governo de Minas quando o governador era Tancredo Neves, avô de Aécio. Houve, portanto, economia na construção da nova pista. Esta informação não está na matéria de capa.

Aécio foi inquirido sobre o número de vezes que usou o aeroporto desde que a obra ficou pronta, em 2010, porque esta era a grande armadilha para que o repórter explorasse números na sua manchete sensacionalista, imputando benefícios diretos ao tucano.

Irritado, o repórter escreveu que o ex-governador não explicou "o motivo pelo qual o local, construído com dinheiro público, tem uso privado". Ora, se lá pousam outros voos e nada deles é cobrado, desde quando o aeroporto tem uso privado? Se a ANAC informa que o processo de regularização está em andamento, desde quando o aeroporto tem uso privado? Se o aeroporto está sob jurisdição do governo do Estado, desde quando tem uso privado? 

Dos 29 aeroportos que receberam investimentos do Estado entre 2003 e 2014, seis ainda não foram homologados pela agência, segundo a assessoria do governo. A Anac informou à Folha que o processo de homologação do aeroporto de Cláudio ainda não pode ser feito porque o governo estadual não completou seu cadastro no órgão. Se o governo de Minas está em processo de homologação junto à Anac, como o repórter pode informar que o aeroporto tem uso privado?

É muita má fé, é puro jornalismo marrom. Como Aécio está subindo nas pesquisas, começaram os dossiês. É a cara da Folha. Vamos ver se o jornal abordará os 800 aeroportos prometidos por Dilma, dos quais ela não fez nenhum. Isto sim é manchete de capa para um jornal do porte da Folha de São Paulo.

COVARDES GOLPISTAS: DILMA evita campanha nas ruas pois o PT quer priorizar ambientes controlados (TV/internet)

Na contramão de rivais, Dilma evita campanha de rua

ANDRÉIA SADI & RANIER BRAGON, NA FOLHA EM 20/07/2014 

Enquanto os principais candidatos de oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), investem pesado em viagens pelo país para se tornarem conhecidos, a presidente Dilma Rousseff tem evitado a campanha de rua e aposta suas fichas na propaganda eleitoral na TV, que começa em 19 de agosto.

Para assessores palacianos, houve um "vácuo de comunicação" nos primeiros anos do governo que será suprido pelos programas produzidos pelo marqueteiro João Santana e pela ampla vantagem que Dilma terá na divisão da propaganda eleitoral -ela ficará com quase 50% do tempo total.

A ideia do comando petista é mostrar ao telespectador as realizações da gestão, como a organização da Copa do Mundo no Brasil. Dilma também deve dar mais entrevistas a jornalistas.

A avaliação é que uma campanha mais "eletrônica" poupa a presidente de fatos negativos e constrangimentos que um evento de rua poderia trazer, como vaias.

"O que queremos é uma campanha 'sem barulho', em um ambiente com controle", explica um interlocutor.

Auxiliares palacianos citam como modelo a campanha de Fernando Henrique Cardoso à reeleição, em 1998, quando houve exposição intensa na televisão associada a uma campanha "do medo".

Na época, o tucano investiu na ameaça da volta da inflação caso não fosse reeleito. Agora, o discurso do PT é que, se os tucanos ganharem a eleição, programas sociais implantados pelos governos Lula e Dilma serão extintos.

MENOS ESCALAS
Integrantes do comitê presidencial preveem menos viagens, quase metade comparado a 2010, e vão explorar ao máximo compromissos da "Dilma presidente", como na semana que passou, em que ela recepcionou vários chefes de Estado.

Sem poder inaugurar obras, a campanha petista costura uma agenda 'presidencial' na semana que vem para mantê-la em evidência.

Ainda na carona da Copa do Mundo, está previsto um encontro com o Bom Senso Futebol Clube, movimento que reúne atletas em busca de melhorias no futebol brasileiro, e uma possível viagem ao Rio para visita a obras da futura Vila Olímpica, que funcionará nas Olimpíadas de 2016.

OPOSIÇÃO
Aécio e Campos têm percorrido o país com dois objetivos principais. O primeiro é tornar-se conhecido do eleitorado local por meio de entrevistas a rádios, TVs e jornais. O segundo é reunir boas imagens para a produção dos respectivos programas de TV.

A quinta e sexta da semana passada foram um exemplo: em visita a São Luís (MA) e Natal (RN), Campos deu entrevista a quatro TVs locais e uma rádio, além de ter reunido a imprensa das duas cidades em duas coletivas.

Aécio também tem percorrido o país com o objetivo de se mostrar mais do que um "ex-governador de Minas".

As três campanhas avaliam que mudanças relevantes nas pesquisas de intenção de voto só serão possíveis após o início do horário eleitoral e da cobertura diária dos presidenciáveis pelos telejornais da TV Globo, emissora líder em audiência, prevista para começar no dia 4.

Fonte: Folha.com

MARXISMO CULTURAL: Grupo quer 'libertar homens do machismo' com doação de saias

GIULIANA VALLONE, 20/07/2014 NA FOLHA


Na peça "O Pai", de 1887, o dramaturgo sueco August Strindberg (1849-1912) já questionava por que seria pouco viril um homem chorar.

Hoje, na segunda década do século 21, tem quem ache que ainda é preciso lutar pelo direito do homem às lágrimas.

Por exemplo o pessoal da recém-criada campanha "Homens Libertem-se", que reivindica o direito à sensibilidade para o chamado sexo forte.

Campanha, aliás, inventada por uma mulher, a atriz Maíra Lana, e abraçada por artistas, entre eles o músico Paulinho Moska, o produtor cultural Nelson Mota e os atores Nico Puig, Marcos Breda e Igor Rickli.

Em seu manifesto divulgado pela internet, o movimento defende o carinho entre amigos, o direito de falhar na cama, "de se maravilhar diante da beleza de uma flor" e o fim da obrigatoriedade do serviço militar.

Agora, seus criadores conseguiram autorização para captar, via Lei Rouanet, R$ 400 mil. O dinheiro, explicam, será usado para divulgar essas reivindicações com "atividades sociais e artísticas". De concreto, está programada a distribuição entre homens de saias estampadas com as diretrizes do manifesto em 12 cidades do país, entre elas São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador e Natal.

Segundo Maíra Lana, serão organizados eventos com grupos artísticos em cada local, que ainda dependem da captação de recursos.

O homem que receber uma saia deve, em troca, doar sua calça ao movimento.

Além disso, haverá queima de objetos que, segundo os organizadores, simbolizam o conceito de masculinidade, como gravatas, cintos e dinheiro -mas de mentira.

O "protesto incendiário" é uma clara referência ao episódio que ficou conhecido como queima de sutiãs, em 1968, nos EUA, quando cerca de 400 mulheres se reuniram para contestar os ideais opressores de beleza e objetificação perpetuados pelo concurso de Miss America. Mas elas acabaram não queimando as peças.

O grupo prepara no momento uma intervenção durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), no dia 2 de agosto, que inclui cortejo de homens com saias e tem como conceito a dificuldade masculina de lidar com a perda, em alusão à Copa.

SUTILEZA
Criticado por chorar ao ser eliminado do reality show "Aprendiz Celebridades" exibido em maio pela Record, o ator Nico Puig, 41, se juntou à campanha após o episódio.

"Muito homem não quer ser o cara que põe o pau na mesa. Quer se inserir de forma mais sutil na sociedade. Não estamos defendendo o direito de usar saia, e sim os direitos dos seres humanos de terem sua individualidade respeitada", diz.

Para o ator Marcos Breda, 53, o papel do homem no século 21 tem de ser repensado. "O fato de eu ser um homem heterossexual de 50 anos não significa que eu preciso seguir os preceitos do meu avô, de que homem não chora, não broxa, não pode cuidar dos filhos e da casa."

FEMININO
Jorge Lira, do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Masculinidades da Universidade Federal de Pernambuco, admite que o preconceito com os homens existe, especialmente em situações nas quais seu comportamento se aproxima do que é considerado feminino pela sociedade.

Ele ressalta, porém, que é preciso ir além das intervenções artísticas para avançar na discussão. "É preciso que seja algo propositivo, que contemple a agenda política. Porque, a depender de como for feito, pode parecer uma banalização", afirma.

Lira cita a campanha organizada por Neymar contra o racismo no futebol, em que celebridades se fotografaram com bananas sob o lema "somos todos macacos". "Não dá para resolver uma questão tão séria com isso", reclama.

Para o psiquiatra Luiz Cuschnir, do Hospital das Clínicas de SP, vale a discussão, mas algumas reivindicações estão fora de moda, como a da participação dos homens nas tarefas domésticas."Não é uma questão agora. Era em outras décadas."

Fonte: Folha.com

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