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sexta-feira, outubro 08, 2004

Embrapa lança, em novembro, a primeira cultivar de açaí

Mas, desde já, sementes e mudas estão à venda. A expectativa é que, a partir do plantio em terra firme desse material desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, haja um considerável aumento da produção de frutos de açaí.

O Pará, o maior produtor nacional de açaí, a partir de novembro será também o primeiro a lançar a única cultivar de terra firma dessa fruteira no mundo. Apresentando como principais características alta produtividade, precocidade no início da produção (aos 3 anos, ou seja, um ano a menos) e baixa altura das palmeiras, a cultivar batizada de Pará será lançada pela Embrapa Amazônia Oriental, (Empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) em novembro próximo. Sementes e mudas já estão à venda.
O açaí que tem a cara do Pará tanto que um ditado comumente utilizado pelos paraenses, resume bem o que a polpa desta fruta significa para o Estado: “quem foi ao Pará, parou. Tomou açaí, ficou”. E só em Belém estima-se que haja cerca de três mil pontos de venda de açaí já processado e um consumo diário em torno de 440.000 kg. E a cada dia cresce o interesse de outros Estados brasileiros pelo fruteira nativa da Amazônia. O Rio de Janeiro, por exemplo, consome cerca de 500 toneladas por mês e São Paulo 150. Para outros países seguem aproximadamente mil toneladas mensalmente, principalmente para o Japão, Holanda, Estados Unidos e Itália. Neste caso o açaí segue em forma de mix, um composto que mistura o suco do açaí a outros produtos como guaraná e acerola, dando-lhe uma roupagem de produto natural e saudável.
E, embora a predominância dessa produção seja oriunda de açaizais nativos, estima-se que o Pará tenha hoje 3.500 hectares de açaizeiros cultivados em condições de terra firme, só que originários de sementes que não passam por nenhum critério de seleção e trazem consigo variações em produtividade e em rendimento de polpa. E é neste momento segundo, o pesquisador João Tomé Farias Neto, coordenador do projeto que culminou com a cultivar Pará, que a presença da pesquisa se faz necessária ofertando material genético adaptado às condições ideais para o êxito da cultura.
Mas chegar ao que todos almejavam não foi tão fácil, relembra o pesquisador. As limitações orçamentárias que têm marcado os projetos de pesquisa foi, para João Tomé, um dos pontos restritivos mais importante, felizmente amenizados com o convênio que a Embrapa Amazônia Oriental manteve durante cinco anos com a Jica (Agência de Cooperação Técnica do Japão) e um projeto financiado pelo Funtec (Fundo de Apoio à Ciência e Tecnologia do Governo do Pará).
E o crescimento em termos de produção e de demanda aumenta ainda mais a responsabilidade da pesquisa. Atualmente a produção nacional do açaí está em torno de 123 mil toneladas/fruto/mês, sendo o Pará responsável por mais de 92% do total, movimentando aproximadamente 63 milhões de reais anualmente. Um cenário que vem aumentando em média 10% ao ano, nos últimos 6 anos, principalmente devido ao aumento da área plantada, da ampliação da colheita em áreas nativas e aumento também da produção.
A retração da extração de palmito de açaí, que no final da década de 80 era intensa e desordenada, também tem contribuído para o crescimento da produção de frutos. Hoje é mais rentável investir na polpa do que no palmito. E os pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental acreditam que em breve haverá um aumento ainda maior da produção, motivado, principalmente, pelo manejo correto dos açaizais nativos e a entrada, no mercado, da cultivar Pará.
E um dos que já estão apostando na nova, primeira e única cultivar de açaí, é Jorge Jacob, parceiro da Embrapa e produtor credenciado para produzir as primeiras sementes e mudas que já estão sendo comercializadas. Ele não esconde a satisfação com as 750 árvores/touceiras que já estão em fase de produção em sua propriedade, no município de Santa Izabel, distante cerca de 80 km da capital, Belém.
E entre elas está o redimento de polpa que é bem superior ao material tradicionalmente utilizado. A cultivar Pará apresenta pouca variabilidade em rendimento de polpa, entre 15 e 25%, ao contrário do material que comumente é utilizado que varia de 6 a 25%. A cultivar Pará, segundo o produtor, permite que uma quantidade menor de fruto produza uma quantidade maior de polpa.
Há, na avaliação de Jorge Jacob, uma vantagem adicional importante para o investidor: redução no risco de acidentes de trabalho. E ele explica: “quando a colheita é feita nas palmeiras tradicionais, sempre muito altas, o sobe-e-desce do coletor acaba causando acidentes. Como a cultivar Pará tem um porte bem pequeno, a probabilidade disso acontecer é zero”. O que pode acontecer é que a “peconha”, uma espécie de amarras utilizada nos pés, pelo coletor tradicional de açaí que o ajuda a subir na magra palmeira, com a introdução da cultivar Pará, seja aposentada.
A qualidade do produto, principalmente no aspecto higiene é outra vantagem citada por Jorge Jacob. Nos açaizais nativos, em áreas de várzea, é fundamental que o produtor maneje adequadamente seu plantio para evitar a contaminação do fruto, sobretudo no momento da coleta, quando ele é jogado do alto da palmeira para o chão. No transporte do açaizal para o local de ajuntamento dos cachos também a contaminação pode acontecer. O ato de arrastá-los em áreas alagadas e contaminadas por fezes de animais, pode causar sérios danos ao produto. O plantio, em terra firme, da cultivar Pará, na opinião do produtor, impede que isso aconteça, já que a área é limpa, seca e o produtor pode controlar a entrada de animais.
O pesquisador João Tomé também enumera as vantagens do material que já está sendo comercializado. Ele acredita, por exemplo, que a cultivar Pará permitirá a obtenção de um produto de melhor qualidade e produtividade em terra firme, pois, segundo explicou, o uso de material genético selecionado junto com as boas práticas culturais são o grande diferencial em qualquer plantio. “Eles são essenciais na obtenção de aumento da produtividade e qualidade do produto” e ainda complementa: a cultivar Pará representa, por outro lado, o fiel cumprimento da missão da Embrapa como geradora de tecnologias viáveis sob o ponto de vista socioeconômico e ambiental com enfoque no aproveitamento da biodiversiade amazônica.
A cultivar – A cultivar Para é resultado de dois ciclos de seleção e suas plantas apresentam características altamente desejáveis como precocidade de produção, produtividade de fruto (10 t/ha aos oito anos) e rendimento de polpa. Apresenta bom perfilhamento e outras características de interesse em terra firme"
A cultivar, específica para área de terra firme, permite uma significativa redução no custo de produção, desde a preparação do solo passando pelos tratos culturais até a colheita dos frutos. Outra grande vantagem é que a atividade é considerada uma excelente opção para os agricultores familiares amazônicos, contribuindo assim com a sua inserção no agronegócio regional.
Mudas e sementes já estão à venda, ambass devidamente registradas. As mudas, que têm idade entre 4 e 8 meses e altura em torno de 40 a 60 cm, custam R$ 1,00 a unidade e as sementes, com um poder germinativo de até 45 dias em ambiente úmido, estão sendo vendidadas a R$30,00 o quilo.

Texto: Ruth Rendeiro, jornalista, Reg.Prof. 609-Pa

Receita com exportações de café cresceu 26,6% no ano

A receita das exportações brasileiras de café cresceu 26,6% nos nove primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2004, passando de US$ 1.084.287 para 1.372.262. Em volume, houve um decréscimo de 8,4%, com destaque para a queda nos embarques de robustas, que chegou a 63,7%. Os dados são do CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
No acumulado do ano-safra corrente, que vai de julho de 2004 a junho de 2005, o Brasil exportou 6.666.232 sacas de 60 Kg de café contra 6.244.261 sacas no mesmo mês da safra anterior. A receita foi 35,2% maior, no mesmo período.
Segundo Guilherme Braga, diretor geral do CeCafé, a performance só não foi melhor por conta da queda nas vendas da variedade conillon, esses cafés estão recebendo uma remuneração maior das indústrias internas.
As exportações brasileiras de café verde para Estados Unidos, por exemplo, recuaram 23,92% de janeiro a setembro. Por outro lado, as vendas para a Alemanha, principal destino do café verde brasileiro, cresceram 13,07% em relação aos nove primeiros meses de 2003.

Mais informações na Communicação Assessoria Empresarial:
Telefone: (11) 3285-5410
Graziele do Val

Plantio de transgênico só depende da chuva no MS

O plantio de soja geneticamente modificada hoje depende mais da vinda das chuvas que da Lei de Biossegurança, aprovada ontem pelo Senado e que agora segue para a Câmara Federal. A avaliação é do presidente da Aprossul (Associação dos Produtores de Mato Grosso do Sul), Carmélio Romano Roos. O plantio da soja deve ser iniciado a partir do dia 15 de outubro, quando se espera que as chuvas comecem a ocorrer com regularidade.

Fonte: Campo Grande News

GENÉTICA BOVINA : Lagoa da Serra cresce 22% em venda de sêmen

A central de inseminação Lagoa da Serra supera previsão de crescimento e evolui 22% em vendas de sêmen apenas no primeiro semestre de 2004. No mesmo período, o setor de sêmen como um todo cresceu apenas 1%, informa a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA). O resultado confirma que 2004 tem sido um dos melhores momentos da empresa em 33 anos de atuação no mercado brasileiro.
Lúcio Cornachini, gerente de Marketing/Vendas da Lagoa da Serra, explica que o aumento de vendas de sêmen era esperado, mas o percentual alcançado surpreende. “No início do ano, prevíamos crescimento de 10%. Nossa participação no mercado chega a 25%, mais esse índice também deve aumentar”, informa Cornachini, lembrando que desde de 2002 a Lagoa da Serra é líder de vendas no mercado interno e tornou-se a maior central de inseminação artificial da América Latina.
Atualmente, a Lagoa da Serra coleta sêmen de 140 touros de diversas raças bovinas, oferecendo material genético de 400 reprodutores de 40 raças. O aumento das vendas da central é puxado pelos reprodutores da raça Nelore, como Fajardo – que já comercializou quase 400 mil doses em sua vida produtiva – e Enlevo, que já chegou às 250 mil doses. “A procura é tanta que existe lista de espera de vários touros, a maioria da raça Nelore”, exemplifica Cornachini.

PARCERIA COM CANAL DO BOI
Para alcançar tais números, além de investir em ações de marketing, internet (www.lagoa.com.br) e capacitação de sua equipe de consultores espalhada pelo Brasil, composta por mais de 200 técnicos, a Lagoa da Serra fechou parceria inédita com o Canal do Boi, a maior emissora de televisão por assinatura do segmento do agronegócio no Brasil. Após instalar uma antena para transmissão via satélite e adquirir equipamentos de última geração, a empresa gera diariamente, ao vivo, dois programas diretamente de Sertãozinho, onde está sua sede, além de participar em inúmeras outras atrações da emissora com boletins. “É a única central de inseminação do Brasil – e deve ser do mundo – que conta com um link para transmissão de programas ao vivo”, ressalta Cornachini.

Texto Assessoria de Comunicações – Telefone: (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)

Ministro da Saúde critica lei de Biossegurança aprovada pelo Senado

O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse, em São Paulo (SP), que considera a lei de Biossegurança aprovada nesta quarta-feira (6) pelo Senado um “retrocesso” em relação ao que a Câmara dos Deputados havia aprovado há oito meses. “O que o Senado aprovou deixa os ministérios da Saúde e Meio Ambiente como meros registradores das decisões que a CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança toma”, disse Costa.
O ministro, entretanto, elogiou a lei no que diz respeito às possibilidades de pesquisa com células-tronco. “É o futuro da medicina. A lei vem como um avanço nesse aspecto”.
A lei de Biossegurança regulamenta o plantio e a comercialização de sementes transgênicas no país e autoriza a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias por institutos de pesquisa.
O texto aprovado atribui à CTNBio as competências para decidir sobre as sementes transgênicas que poderão ser produzidas no país. A Comissão, no entanto, vai ter que submeter suas decisões ao Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e à Anvisa - Agência Nacional de Saúde. O Ibama e a Anvisa poderão, por sua vez, entrar com recursos para questionar as decisões da CTNBio no prazo de até 30 dias. O Conselho Nacional de Biossegurança vai ter 45 dias para apreciar os recursos.


Fonte: Radiobras

Líder admite apresentar emenda a MP em tramitação para liberar transgênicos

O líder do Governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), admitiu hoje a possibilidade de incluir na Medida Provisória 192, em tramitação na Caca, uma emenda com o texto da Lei de Biossegurança, aprovado no Senado, que permite a liberação do plantio da soja transgênica.
Ele argumentou que há muita dificuldade para se votar logo o texto do Senado, uma vez que existem 17 medidas provisórias trancando a pauta.
“O caminho de adotar uma MP que está na Casa, em particular a primeira a ser votada, a 192, para incluir o texto que está no projeto da biossegurança é possível. A gente vê com bons olhos. Acho que é o caminho possível, desde que a gente tenha acordo”, disse o líder.
A MP 192 trata da aquisição de terras para o programa de reforma agrária.
Segundo o deputado Professor Luizinho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que não gostaria de editar MP sobre esse tema. “Ele acha que isso deve ser resolvido no Parlamento”.


Fonte: Radiobras

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