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quarta-feira, julho 12, 2017

UCHO.INFO: Condenado à prisão por estuprar uma jovem, ex-assessor de Gleisi pode ter violentado 200 crianças





Silêncio estranho – Ninguém jamais saberá o número exato de meninas estupradas porEduardo Gaievski, o ex-braço direito de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, mas a estimativa dos especialistas que analisaram as acusações contra o pedófilo, que cuidava das políticas para crianças e adolescentes do governo Dilma Rousseff, é de que ele tenha violentado pelo menos 200 crianças. A estimativa é considerada conservadora.



A denúncia do Ministério Público que levou Gaievski à prisão menciona 40 crimes sexuais, mas os acusadores admitem que esse número representa apenas uma pequena parcela dos abusos cometidos pelo “Maníaco da Casa Civil”. Centenas de vítimas sequer denunciaram os estupros de que foram alvo, possivelmente por medo do próprio delinquente ou vergonha da família. Entre amigos, a quem jactava-se de suas delinquências sexuais, o criminoso alardeava que sua meta era fazer sexo com duas mil meninas.

Gaievski gostava de fazer sexo com mais de uma menina. Quando saía com prostitutas menores de idade, sempre “encomendava” mais de uma garota. O que reforça a irresponsabilidade de Gleisi ao indicar um maníaco para trabalhar a poucos metros do gabinete da principal autoridade do País. Gravação feita por uma menina prostituída por Gaievski mostra o pedófilo encomendando uma sessão de sexo com três adolescentes.

A investigação do Ministério Público do Paraná, que monitorou os telefones de Gaievski durante dois anos, revela que o pedófilo usava o cargo de prefeito de Realeza, que ocupou por dois mandatos (2004-2012), para obter sexo. Para ter o emprego de servir café na prefeitura, uma mulher viu-se obrigada a permitir que Gaievski fosse o primeiro a ter relações sexuais com sua filha de 12 anos.

Em depoimento, uma menina de 14 anos afirma que Gaievski lhe disse que não saía com meninas maiores de 16 anos porque não tem graça sair com “mulheres velhas”. A essa adolescente o delinquente sexual disse que não precisava usar camisinha porque não podia ter filhos por ser “operado”. A mesma adolescente conta ainda que uma vez Gaievski viu em seu celular a foto de sua irmã, de dez anos, e disse que gostaria de “sair” com ela, pois essas mais novinhas são as melhores porque ainda são virgens.

O pedófilo acreditava ser um “professor de sexo”. Gaievski dizia que meninas novas nada sabiam e que ele as ensinaria “do jeito dele”. Gaievski exigia que as meninas vítimas de seu caráter criminoso, especialmente as mais novas, o chamassem de “papai”.

O ex-assessor de Gleisi não se contentava com o sexo vaginal. Exigia também sexo anal e nunca usava preservativos. Gaievski organizou uma espécie de “corrente” ou “pirâmide de sexo” em Realeza. As meninas que prostituía eram obrigadas, por dinheiro ou ameaça, a levarem novas vítimas, sempre entre 12 e 15 anos, para sessões de sexo.

Funcionárias comissionadas da prefeitura também eram obrigadas, sob pena de demissão, a fazer sexo com o prefeito e depois a providenciar meninas, sempre na faixa dos 12 aos 16 anos, para práticas sexuais.


A truculência de Gleisi e o silêncio de Dilma

Condenado a dezoito anos e oito meses de prisão por conta de apenas um dos estupros de que é acusado, Eduardo Gaievski pode ser condenado a mais de 350 anos de detenção, avaliam especialista em Direito Penal. Apesar do escândalo, a senadora Gleisi Hoffmann continua afirmando que desconhecia a vida pregressa do seu então assessor especial, que chegou a ser cotado para fazer dupla com a petista na disputa pelo governo do Paraná.

Por causa da insistência do ucho.info em cobrir o caso, a senadora Gleisi Hoffmann decidiu processar o editor do site, em clara tentativa de intimidação. Para reforçar a sua essência censora, Gleisi valeu-se da condição do marido, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), para pressionar alguns jornalistas paranaenses com a proposta de arruinar a carreira do editor do ucho.info, como se o Brasil não mais fosse uma democracia.

Na esteira da fala dissimulada de Gleisi, a presidente Dilma Rousseff decidiu adotar silêncio obsequioso em relação ao assunto. Na condição de chefe da nação, Dilma continua devendo explicações ao povo brasileiro sobre a decisão do governo de acolher um criminoso hediondo em cargo de confiança. Manda a legislação que candidatos a cargos comissionados e de confiança tenham a vida vasculhada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

Considerando que apesar do extenso currículo o pedófilo Gaievski acabou ocupando cargo de destaque na casa Civil, é preciso saber se o GSI e a ABIN falharam ou se alguém bancou a indicação.

O silêncio de Dilma Rousseff diante de um escândalo injustificável mostra ao País a forma como são decididas questões importantes no Palácio do Planalto, sempre lembrando que os palacianos não se importam com o passado dos indicados a cargos de confiança, desde que esses sejam os chamados “companheiros”.

Fonte: Ucho.Info

Embrapa e FAO discutem abastecimento alimentar na fronteira


Organização internacional e empresa nacional de pesquisa abordam relações entre Brasil e Bolívia

A peculiar dinâmica do abastecimento alimentar em zonas urbanas fronteiriças como a de Corumbá (MS) são o objeto de estudo em um relatório encomendado pelo Escritório Regional para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A instituição sem fins lucrativos entrou em contato com a unidade pantaneira de pesquisa da Embrapa como um ponto de partida para discutir quais são e como se estabelecem as relações de produção e consumo de alimentos nas fronteiras.
“Queremos entender, caracterizar e propor condições para melhorar o abastecimento de frutas, legumes e verduras entre Brasil e Bolívia”, diz o engenheiro agrônomo e consultor da área de abastecimento, comercialização e segurança alimentar da FAO, Altivo Andrade. Ele ressalta a atual importância, para organismos internacionais, de questões relacionadas às fronteiras e ao fluxo migratório. “Como isso se relaciona com a segurança alimentar? Como o alimento chega nessas cidades com regularidade, com qualidade? ”.
Corumbá e a fronteira
Para debater essas questões, o chefe-geral da Embrapa Pantanal, Jorge Lara, abordou em uma reunião com o representante da FAO as características da região em que a unidade de pesquisa está inserida. “É uma área bem dinâmica. Além da sazonalidade, também existem as características particulares a cada comunidade. Em linhas gerais, a impressão predominante é a de que as cidades são complementares em relação às opções de produtos e suas quantidades. Às vezes, a Bolívia produz alimentos que não temos no Brasil, suplementando o que falta em Corumbá”, afirma.
Segundo o estudo Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil (IBGE – 2016), o Brasil possui 27 arranjos populacionais (aglomerações de população) fronteiriços, somando mais de dois milhões de habitantes. Destes, 44,2% vivem em países vizinhos. Entre os cinco arranjos do estado de MS está o arranjo populacional internacional Corumbá/Brasil, formado pelas cidades de Corumbá, Ladário, Puerto Quijarro e Puerto Suárez. O arranjo reúne mais de 150 mil habitantes – cerca de 123 mil no Brasil e 28 mil na Bolívia. Ainda de acordo com o estudo, mais de 86 mil pessoas trabalham e estudam nesses municípios e unidades administrativas. Destas, cerca de 4.300 se deslocam entre as cidades para tal.
As pessoas que transitam pela fronteira mantêm relações de comércio e intercâmbio cultural entre os países. “Os assentamentos de Corumbá têm algumas limitações para a produção de todos os alimentos da nossa cesta básica, algo influenciado por questões como a falta d’água em algumas propriedades. Às vezes, a suplementação nesses casos vem da Bolívia”, diz Lara. “Essa troca ainda necessita de uma compreensão maior para que esse abastecimento, que ocorre naturalmente, se torne uma política de Estado. Basta andar pelas feiras de Corumbá para ver a quantidade de bolivianos vendendo seus produtos. É importante mapear e quantificar esse tipo de troca”.
Fronteira global
Durante a viagem à região, o consultor da FAO visitou feiras, instituições e produtores de alimentos nos dois países. “Só é possível entender Corumbá vindo a Corumbá”, conta. “Existe aqui uma complementariedade muito grande de conhecimentos e é de alto interesse do Brasil que haja uma produção boliviana com qualidade sanitária, fitossanitária e com um uso racional de insumos. Há também um interesse muito grande por parte dos bolivianos em ter acesso ao mercado brasileiro, que é importante e beneficia uma população que não tem condições de acesso a supermercados”.



Andrade afirma que o contato com instituições locais é uma maneira de criar um panorama mais fiel à realidade do abastecimento alimentar local no relatório. “A fronteira aqui tem características muito peculiares, únicas, interessantes – especialmente do ponto de vista de instituições como a Embrapa, o Centro de Investigação Agrícola Tropical (CIAT) na Bolívia, a UFMS, a Agraer, o órgão de desenvolvimento agrário do departamento de Santa Cruz”, conta. “O desejo da FAO, ao desenvolver um estudo aqui, é, exatamente, entender as condições peculiares dessa região fronteiriça, saber como se dá essa integração. Compreender essas condições faz com que possamos propor um modelo de discussão para os milhares de quilômetros de fronteiras que existem na América Latina”.




Nicoli Dichoff (Mtb 3252/SC)
Embrapa Pantanal
pantanal.imprensa@embrapa.br
Telefone: +55 (67) 99215-9466

Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Pantanal
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Corumbá/ MS

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