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terça-feira, março 09, 2004

Sersia Brasil intensifica ações para ganhar mercado

Convenção anual da central de inseminação artificial recebeu cerca de 250 pessoas. Além da apresentação oficial da nova marca, evento celebrou a assinatura de novos convênios
A diretoria da Sersia Brasil Inseminação Artificial Ltda. reservou o último dia de sua convenção anual para receber convidados e a imprensa. Essa foi uma das novidades do encontro, realizado no dia 28 de fevereiro, no Centro de Eventos Imigrantes (São Paulo, SP), onde estiveram aproximadamente 250 pessoas. A mais importante delas foi exatamente a apresentação da nova marca da central: Sersia Brasil. A empresa foi adquirida no ano 2000 pela Sersia France e ainda mantinha o nome fantasia original (Central Yakult).
O primeiro ano da nova razão social se inicia com números positivos. “Metas inicialmente definidas para 2006 já foram atingidas no ano passado. Nos últimos três anos, a empresa apresentou elevação de 30% no faturamento. Poucas empresas, em poucos setores, registram tal balanço”, comemora o diretor superintendente da Sersia Brasil, Adriano Rubio. Segundo o executivo, a central já responde por cerca de 10% do mercado de sêmen bovino. Relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) aponta, em 2003, volume superior a 7 bilhões de doses comercializadas.
Estas e muitas outras informações estão sendo apresentadas por Adriano Rubio aos acionistas da Sersia, em reunião que acontece em Paris, na França. O diretor da unidade brasileira também aproveita a viagem para visitar o Salão de Agricultura de Paris, de onde podem surgir mais novidades comerciais da empresa.
Os principais objetivos do encontro anual da Sersia Brasil são a integração das equipes – administrativa, técnica e comercial –, a atualização dos métodos de trabalho e a definição de estratégias e metas. A expansão foi um dos temas mais discutidos. “Hoje, temos 23 contratos de representação em pontos estratégicos do País. Considerando, em média, quatro vendedores por contrato, trata-se de uma rede com cerca de 90 membros. Até o final do primeiro semestre de 2004, pretendemos ampliá-la para 120 pessoas”, destaca Adriano Rubio.

CONVIDADOS – O ciclo de palestras realizadas no último dia da convenção reuniu importantes nomes da pecuária nacional. Os primeiros a falar ao público foram os presidentes das entidades de criadores das principais raças de corte de origem francesa: Rubens Carlos Buschmann (Associação Brasileira de Criadores de Blonde d’Aquitaine); André Berta (Associação Brasileira de Criadores de Charolês); e Carlos Manhani (Associação Brasileira de Criadores de Limousin).
Os dirigentes descreveram as principais características de suas raças e que vantagens estes animais podem acrescentar à produção brasileira de carne bovina. Cada um também abordou o envolvimento com a Sersia Brasil. A empresa tem auxiliado essas entidades e seus criadores a encontrarem as melhores opções para a progressão genética dos rebanhos.
Ainda sobre raças francesas de corte, o diretor da ABCL e proprietário da 3M Limousin (Marilândia do Sul, PR), Luiz Meneghel, deixou clara sua confiança no potencial dos reprodutores oferecidos pela Sersia Brasil. “Estamos dispostos a adquirir todos os produtos meio sangue Limousin gerados a partir de acasalamentos com touros desta central”, anuncia.
Meneghel afirma que essa postura deve-se à certeza da qualidade do produto apresentado pela Sersia Brasil, “e da capacidade do Limousin para produzir carne vermelha e gerar lucros para os pecuaristas”. O criador assegura a tranqüilidade dos produtores na comercialização dos bezerros. “Além da 3M, também temos parceiros comerciais interessados neste negócio”, comenta.
O único representante da pecuária leiteira foi o diretor de Planejamento e Política Leiteira da Elegê Alimentos, Ernesto Krug, que abordou os sistemas cooperativistas na produção de leite, falou sobre as dificuldades do setor e deu opções de como superá-las.
Pelo setor de pesquisa, Luiz Martins Bonilha Neto descreveu o trabalho do Instituto de Zootecnia de Sertãozinho (SP), enquanto Rayzildo Lobo explicou a atuação da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores. As duas entidades participam com a Sersia Brasil no desenvolvimento do Progenel, programa de seleção de reprodutores Nelore.
A Associação de Criadores de Nelore do Brasil, outra integrante do Progenel, foi apresentada por dois palestrantes. Primeiro, o gerente técnico Eduardo Kristán Pedroso apresentou informações sobre Programa de Qualidade Nelore Natural, sistema que tem contribuído para a expansão da raça em todo o País e criado oportunidades para exportação desta carne. Após Pedroso, o presidente da ACNB, Carlos Viacava, falou sobre as ações da entidade e comentou a importância do trabalho da Sersia Brasil para a formação da base genética Nelore.
Encerrando o ciclo de palestras, o diretor geral da Sersia France, Jacques Poulet, que esteve no Brasil exclusivamente para esta convenção, agradeceu a participação de tantas pessoas. Otimista com o mercado brasileiro, deixou claro o interesse da empresa francesa manter, e até intensificar, a aposta da em nossa pecuária.

CONVÊNIOS – Três novos convênios foram firmados durante esta convenção anual da Sersia Brasil. Um deles relacionado à pecuária leiteira do Rio Grande do Sul e outros dois envolvendo a seleção genética de Nelore.
Com o Banco de Sêmen – Cooperativa dos Profissionais Liberais do Brasil Ltda., representado por seu presidente, Ernesto Krug, a Sersia Brasil assinou um convênio de colaboração técnica e comercial e de prestação de serviços, com duração de dois anos. O objetivo é intensificar o melhoramento dos rebanhos bovinos leiteiros do Rio Grande do Sul.
A Sersia Brasil se compromete a oferecer os mais importantes touros da raça Holandesa provados na França e toda a orientação técnica para a comercialização destes produtos pelo Banco de Sêmen. Para que haja total conhecimento do processo de seleção deste reprodutores, a central também patrocinará uma viagem anual à França para um programa de visitas técnicas nas regiões de produção leiteira.
O compromisso do Banco de Sêmen é a difusão deste material genético, tanto pela comercialização como pela divulgação. O Banco deve selecionar e recomendar às cooperativas que o compõem os touros franceses que melhor correspondem aos objetivos da fazendas gaúchas. O convênio determina quantidades mínimas de doses a serem adquiridas anualmente por estas cooperativas.
No setor de corte, Sersia Brasil e São Marcos Agropecuária (Mato Grosso do Sul) assinaram Protocolo de Intenções cuja meta principal é a produção de carne de qualidade, atendendo aos padrões do PQNN e em condições de exportar para a Europa com a identificação de “Nelore Natural”. Para atingir tais metas, esta parceria passará por um completo programa de criação, seleção e melhoramento genético do rebanho da São Marcos. Também participam deste projeto a ACNB, a ANCP, o IZ de Sertãozinho e a Sersia France.
O segundo convênio envolvendo Nelore foi assinado entre a Sersia Brasil e a Fazenda Estrela do Guaporé (Comodoro, MT), por cinco anos. A partir desta parceria, a central apresentará, anualmente, de seis a nove reprodutores Nelore da bateria Progenel, dos quais a equipe técnica da fazenda selecionará três.
A Estrela do Guaporé ganhará em valor genético, o que representa maior rendimento de seus rebanhos, nos setores produtivo e reprodutivo. Por conseqüência, a lucratividade da empresa também deve ser otimizada. A começar pela relação custo/benefício, devido ao uso de reprodutores de eficiência comprovada a preços favoráveis. As vantagens da Sersia Brasil estão na resposta comercial do Progenel e no acréscimo de informações sobre o desempenho dos touros que compõem esta bateria.


Romualdo Venâncio
(11) 3983-5551 / 9261-2334

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