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sexta-feira, julho 16, 2004

Produtores do Cerrado querem garantir sustentabilidade do algodão

Aproximadamente 400 empresários agrícolas/cotonicultores que produzem cerca de 80% do mercado nacional de algodão estão em Buenos Aires; mais da metade dos participantes são do cerrado brasileiro
As grandes preocupações dos produtores de algodão do cerrado brasileiro reveladas durante o Clube da Fibra 2004 são crescimento da área plantada sem garantia de venda do produto no mercado de futuro, preços baixos atualmente e falta de informações para aumentar as exportações.
O Clube da Fibra 2004, organizado pela FMC Agricultural Products e Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, é o evento de maior repercussão no mercado cotonicultor, e este ano está reunindo de 7 a 11 de julho, aproximadamente 400 empresários agrícolas/cotonicultores que produzem cerca de 80% do mercado nacional de algodão. Mais da metade dos participantes são do cerrado brasileiro.
Para o produtor de Patos de Minas MG, região Sudoeste do Cerrado Brasileiro, Inácio Carlos Urban, diz que a cada reunião que participa da AMIPA – Associação Mineira dos Produtores de Algodão – o qual também é presidente, reforça que todos devem apenas ampliar a área de plantio caso tenham garantia de que vão vender o produto, para não provocar muito aumento da demanda e derrubar os preços no mercado interno. "Vejo que esta é uma das maiores preocupações do momento", diz.
João Luis Riba Pessa, atual presidente da AMPA e produtor de Primavera do Leste MT, diz que concorda com Urban. "Nós temos que nos preocupar com a sustentabilidade do algodão", afirma. E reforça que eventos como o Clube da Fibra são importantes para que abram os olhos dos produtores para novas possibilidades de negócios, referindo-se as palestras dos maiores especialistas do Mercado Mundial de Algodão, Carlos Valderrama, do ICAC (Comitê Internacional do Algodão), e Thomaz Reinhart, da Reinhart Tradind, que mostraram pela manhã, durante a abertura do 10º Clube da Fibra, as perspectivas para o Mercado Internacional do produto.
O produtor de Goiânia, Nelzo Paschoaletti, espera uma recuperação dos preços a partir de setembro, opinião compartilhada por Nelson Schneider, produtor de Brasília. Ele disse que planta algodão em vários estados e que, mesmo com os preços atuais, considera a melhor opção para as safra de verão. "Pretendo ampliar a área plantada para a próxima safra e continuar investindo em produtividade", revela. Nelson foi considerado a melhor produtividade em Unai.
Para todos, o Clube da Fibra serve para trocar experiências, receber informações sobre novos mercados, se atualizar sobre as ações da Abrapa e principalmente, ter subsídios para aumentar a produtividade. Este é o grande objetivo do presidente da Cocamar, Luiz Lourenço. "Aqui nós podemos trocar informações técnicas com o pessoal do Cerrado e ver como podemos melhorar nossa produtividade", conta, que fala que no Paraná a produtividade está entre 700 a 750 quilos, maior que a dos Estados Unidos mas a metade da do Cerrado.
O evento continua esta tarde com trabalhos técnicos, com a apresentação do pesquisador do IICA, Benedito Rosa do Espírito Santo, sobre o programa de controle do bicudo, uma das maiores pragas da cotonicultura brasileira.
A FMC Química - uma das maiores corporações dos Estados Unidos – produz e comercializa no Brasil, por meio de sua divisão FMC Agricultural Products, herbicidas e inseticidas para culturas diversas, como arroz irrigado e de terras altas (sequeiro), algodão, cana-de-açúcar, milho, soja, entre outras. A empresa tem fábrica em Uberaba (MG), fundada em 1979, e é hoje uma das mais competitivas do setor. Com faturamento anual de US$ 140 milhões, a FMC é focada em nichos de mercado nos quais a liderança é conquistada por meio de investimentos em pesquisa, orientação ão cliente, novas tecnologias, segurança e, principalmente, em pessoas motivadas e predispostas em inovar-se e superar-se.

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