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sexta-feira, julho 16, 2004

China quer soja direto do produtor e negocia beneficiar grãos no Paraná

A indústria chinesa de processamento de grãos negocia a compra de soja diretamente de produtores paranaenses. O volume pode chegar a dois milhões de toneladas de soja por ano. Uma missão da província de Henan — a quinta maior da China e a principal produtora de soja do país asiático — passou os últimos dois dias no Paraná negociando o assunto.
Dezoito empresários da província visitaram cooperativas do estado, o Porto de Paranaguá e lavouras de soja no interior. Os empresários também estudam instalar em Paranaguá um complexo agroindustrial para beneficiar parte da soja comprada no Paraná.
— A província de Henan produz um milhão de toneladas de soja (por ano), mas processa três milhões. Compramos dois milhões dos EUA e da América do Sul, por meio das multinacionais. Queremos comprar diretamente dos produtores — afirmou o presidente da Câmara de Comércio Chinesa, Niu Biengyi.
Em 2003, os chineses compraram cerca de 10% de toda a soja que o Paraná vendeu ao exterior. As exportações geraram US$ 738,5 milhões.
Chineses evitam comentar o embargo recente
O grupo chegou a visitar uma área que pertence à rede ferroviária do estado, próximo ao corredor de exportação do porto, mas não deu detalhes sobre o projeto do complexo agroindustrial.
Durante as conversas com o setor graneleiro do estado, os empresários chineses evitaram falar dos recentes problemas com a soja contaminada brasileira, que levaram à devolução de navios com grãos, criando um impasse comercial.
— A soja brasileira é melhor que a americana e a argentina, porque tem mais óleo vegetal e mais proteína — contemporizou Biengyi.
O governador do Paraná, Roberto Requião, que recebeu a missão ontem, sugeriu que a China forneça fertilizantes aos produtores de soja paranaenses em troca de grãos.
— A China tem potencial para importar até 30 milhões de toneladas de soja. Em 2001, foram importados apenas 3,1 milhões de toneladas e a compra foi dobrada em apenas dois anos — acredita o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang.

Fonte: O Globo

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