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quinta-feira, março 04, 2004

Congresso apresenta novas pesquisas com soja mais resistente à seca

A comunidade científica mundial está empenhada em minimizar os efeitos da seca na cultura da soja, problema que causa freqüentes prejuízos em regiões como o Oeste do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, no Brasil, e nos estados do Meio-Oeste dos Estados Unidos. As novidades da pesquisa nesta área, foram abordadas no simpósio ocorrido na manhã desta terça-feira, 2 de março, durante a VII Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, evento promovido pela Embrapa, em Foz do Iguaçu.
“A falta de água na cultura da soja é um problema que causa sérios prejuízos para o agricultor e é um desafio complexo para a pesquisa, porque sua solução depende da planta, do solo, do clima e da demanda que a própria atmosfera tem de água”, explica o pesquisador da Embrapa Soja, Norman Neumaier, coordenador do simpósio. Os trabalhos apresentados seguem diferentes linhas, como a do professor Makie Kokubun, da Universidade de Tohoku, que está estudando o mecanismo de abortamento de flores e sua relação com as alterações no teor de hormônios vegetais nas flores da soja.
Os pesquisadores americanos estão bem avançados no domínio da algumas alternativas. Segundo Tom Sinclair, do Departamento de Agricultura Americano e Universidade da Flórida, dentro de 2 a 3 anos, devem entrar no mercado cultivares mais resistentes à seca. Sinclar coordena uma pesquisa que pretende encontrar uma alternativa para tornar o processo de fixação biológica do nitrogênio, menos sensível à seca. “Se conseguirmos aumentar o tempo de ação das bactérias que fazem a fixação biológica do nitrogênio, evitaremos reduções de rendimento”, vislumbra.
Já o pesquisador James Orf, da Universidade de Minessota, está desenvolvendo cultivares mais tolerantes à seca a partir da taxa de murchamento das plantas. Sua teoria é que as plantas cujas folhas demoram mais para murchar em períodos de seca, teriam um mecanismo de defesa próprio que evitaria perda de rendimento. Outro pesquisador, James Specht, está fazendo a seleção de cultivares a partir do rendimento da planta em condições de seca.
“Existem vários linhas de pesquisa buscando soluções para esse problema. No Brasil, a Embrapa já fez o zoneamento agrícola, que indica as áreas de risco de seca, e agora trabalha com a identificação e mapeamento de genes relacionados à tolerância à seca, em parceria com o Japão. Também temos pesquisas sobre o manejo do solo para maior conservação da água”, resume Neumaier.

Assessoria de Imprensa
Carina Gomes
Contatos: (45) 529-0123 ramal 373/786

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