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quinta-feira, março 04, 2004

Soja é uma das alternativas contra a fome no mundo

Durante o segundo dia da VI Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, a IV Conferência Internacional de Processamento e Utilização de Soja e o III Congresso Brasileiro de Soja, que está sendo realizado em Foz do Iguaçu (PR) até o próximo dia 5, o secretário intergovernamental da FAO, Peter Thoenes, ministrou palestra sobre o Papel da soja contra a fome no mundo. “A soja pode ser uma alternativa viável na luta contra a fome, principalmente em países com deficiência nutricional, se aliada a estratégias governamentais que levem em conta a contribuição de produtos alimentícios locais. O risco é grande quando se concentra os esforços em apenas uma commodity, alertou Thoenes.
Outro aspecto abordado pelo secretário da FAO foi a questão da competitividade no mercado globalizado. “A adoção de políticas nacionais contra a fome deve passar pelas questões de comercialização, para que um país pequeno, por exemplo, possa obter êxito. No entanto, o governo dos países deveria interferir somente na fixação do preço do produto e seus derivados e em resolver os problemas internos do povo”, completou.
Segundo o Chefe do Departamento de Agricultura da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), Eric Kueneman, “o potencial de uso da soja para aplacar o fome no Brasil é bastante animador. O farelo, destinado principalmente para utilização como ração animal, pode ser também usado na farinha do pão, para uma melhor composição nutricional”, revelou. Ele disse, ainda, que essas ações têm de vir paralelas à luta contra a miséria, a principal causa da fome no Brasil, para surtirem reais efeitos.
A respeito do Programa Fome Zero do Governo Federal, Eric informou que a FAO está muito interessada em apoiar a iniciativa, por meio de projetos específicos. “Pretendemos também aprender com a experiência brasileira para usá-la em outros países”, adiantou.
Hoje a demanda de mercado impulsiona a produção mundial de soja, que está concentrada, majoritariamente, em países ricos. O Brasil, segundo maior produtor e o primeiro maior exportador mundial de soja, ainda não tem cultura de consumo do produto, realidade que a cadeia produtiva, pesquisadores e políticos ainda pretende mudar.

Assessoria de Imprensa
Flávia Bessa (MTb 4469/014 DF)
Contatos: (45) 529-0123 ramal 373/786

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