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segunda-feira, maio 07, 2007

CACHAÇA PARATY GANHA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA

Um dos mais antigos pólos produtores de aguardente de cana-de-açúcar do País, famoso desde o Brasil Colônia, Paraty tem um motivo a mais para se orgulhar: o município do extremo sul do Rio de Janeiro conquistou o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG), na modalidade Indicação de Procedência, para a cachaça Paraty. A distinção concedida ao produto será comemorada amanhã (08/05), a partir das 18h, na Cachaçaria Mangue Seco, na Rua do Lavradio, 23, na Lapa, tradicional bairro boêmio do Rio. Além de atribuir reputação e valores intrínsecos capazes de diferenciá-los das congêneres, a indicação de procedência agrega valor ao produto e fortalece o setor.
A distinção foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), com o qual o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mantém convênio para conferir IG às regiões geográficas do agronegócio com potencial para receber a caracterização de origem. Por meio da Coordenação de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários (CIG), do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Agropecária (Depta), o Mapa dá suporte aos processos de concessão, manutenção e cancelamento ou anulação de certificação de IG.
Marco
O reconhecimento conquistado pela Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty (Apacap) é um marco na história da produção de cachaça – destilado de cana genuinamente brasileiro. Ao fazer o pedido de IG, a entidade apresentou documentos comprovando que Paraty é famosa por suas cachaças, uma de suas atrações turísticas. Elas são produzidas nos tradicionais alambiques de cobre, e o controle de qualidade é supervisionado pelos produtores filiados a Apacap. O Mapa também inspeciona a bebida produzida no município.
Além de obedecer às normas de qualidade, os alambiques filiados à Apacap produzem cachaça respeitando às legislações ambiental e trabalhista. Com isso, contribuem para combater o desmatamento, controlam os subprodutos e evitam o trabalho em condições degradantes. A entidade também não permite o uso da propriedade intelectual coletiva Paraty, na região demarcada, por estabelecimentos que usem destiladores de coluna, que emprega destilação a vapor e é mais econômico. Embora proporcionem maior produtividade, esses equipamentos não seguem o método tradicional de produção da Paraty.
As cachaças produzidas na cidade obedecem a padrões próprios e superiores aos determinados pela legislação brasileira. Esse diferencial contribui para valorizar o produto nos mercados interno e externo. Não é por acaso, portanto, que a bebida é uma das preferidas dos apreciadores do destilado. Segundo historiadores, o produto começou a ser alambicado em Paraty a partir de 1600. Por suas terras, águas, lenhas e pelos segredos da alambicagem, o município se transformou no mais importante pólo produtor de pinga no Brasil Colônia. Na Corte, em Portugal, e na Colônia, todos costumavam saborear uma dose de Paraty - tradição mantida até hoje.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
FONES (61) 3218-2203/2204/2205 - FAX: 3322-2880

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