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sexta-feira, março 26, 2004

Pastagens: "cigarrinhas" devastam Brachiaria brizantha e preocupam pecuaristas

Atualmente, o Brasil possui mais de 50 milhões de hectares de pastagens degradadas. Em 1998, foram detectados os primeiros sinais da perda de eficiência da Brachiaria brizantha. Além de fatores externos, como chuva, seca e ataque de pragas, pode-se citar outras causas como o manejo inadequado com o uso incorreto do solo, o cultivo de forrageiras impróprias, a falta de medidas conservacionistas, entre outros pontos. No entanto, o cultivo intenso de uma mesma variedade de capim é o que vem ocasionando diretamente a quebra de sua resistência à "cigarrinha", que passou a matar os campos da pastagem.
Em diferentes regiões do Brasil, as cigarrinhas-das-pastagens constituem-se nas principais pragas das gramíneas forrageiras do gênero Brachiaria. O primeiro programa de controle biológico de cigarrinhas foi iniciado no final da década de 60 em canaviais da região Nordeste, para o combate da cigarrinha-da-raiz e da cigarrinha-da-folha. Hoje, já há relatos de problemas no Pará, Acre, Bahia, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que é atualmente o principal mercado produtor de carne do país.
A morte precoce de pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu, a principal forrageira brasileira, utilizada em mais de 70% das áreas de pastagens - estimativas apontam em até 70 milhões de hectares de ocupação - tem se alastrado pelo país. Nos últimos anos, ataques das cigarrinhas-das-pastagens em reservas formadas por essa cultivar têm agravado o problema da degradação dos pastos, preocupando especialmente os pecuaristas mato-grossenses.
Estas questões foram amplamente debatidas na terceira edição do Enipec 2004 – Encontro Internacional de Negócios da Pecuária - que ocorreu neste mês de Março em Cuiabá/MT. Na ocasião, os pecuaristas presentes puderam também conhecer um lançamento mundial – a Brachiaria híbrida cv. Mulato, do Grupo Papalotla (www.grupopapalotla.com), que tem apresentado tolerância às principais espécies de cigarrinhas-das-pastagens, destacando-se a Deois flavopicta e a Zulia entreriana. "O Estado do Mato Grosso, que tem grande importância nacional na produção pecuária, está enxergando com otimismo a chegada da cultivar Mulato, incorporando inovações em termos de melhora da qualidade forrageira, aumento de produtividade, redução de custos na produção de carne e leite e tolerância a insetos, como as diferentes espécies de cigarrinhas-das-pastagens", relatou Antônio Kaupert, Diretor do Grupo Papalotla no Brasil.
De acordo com Kaupert, foram identificadas áreas no MT e em outros estados que apresentaram quadros de morte da Brachiaria brizantha cv. Marandu por infestações de cigarrinhas onde o Mulato obteve excelente comportamento, revelando sua tolerância à praga e provocando o incremento das suas áreas de plantio. “Sem dúvida, o Mulato despertou muita curiosidade e interesse entre os participantes do ENIPEC e os pecuaristas, que puderam receber informações técnicas complementares a respeito, encontrando no Mulato uma excelente alternativa de pastagem de alta qualidade para a substituição da Brachiaria brizantha cv. Marandu”, comentou Kaupert.
Estudos realizados pelo Grupo Papalotla com espécies diferentes da forrageira comprovaram também um aumento de produção de leite com a Brachiaria híbrida cv. Mulato 25% maior do que com a Brachiaria brizantha, apresentando ainda um aumento na taxa de Nitrogênio Uréico no Leite (NUL) de mais de 100%. A utilização do Mulato resulta na formação de pastagens de alto nível protéico, com incomum resistência a fatores climáticos incontroláveis – longos períodos de seca, geadas, queimadas, etc. – períodos de pastejo mais longos, permitindo maiores lotações por área, oferecendo melhor qualidade forrageira e maiores volumes de forragem, propiciando rendimentos adicionais substanciais de carne e leite, com melhor qualidade.
O Grupo Papalotla participou do ENIPEC com um stand, apresentando o Mulato ao público presente, inclusive com amostras do pasto "in vivo" e uma infinidade de imagens e informações sobre as áreas plantadas no Brasil e no mundo tropical. Entre as autoridades que visitaram o stand, destaque para o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues; o Coordenador da ENIPEC e Presidente da FAPEMAT (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Mato Grosso), Antônio Carlos Camacho; o Presidente da FAEPA (Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba), Marco Antônio Pereira Borba; e o representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural-MT, Arkibaldo Junqueira dos Santos.


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