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terça-feira, fevereiro 10, 2004

MAPA VAI CONTROLAR ENTRADA DE MATERIAL GENÉTICO PARA EVITAR ENTRADA DA GRIPE DO FRANGO NO BRASIL

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai restringir o ingresso de material genético avícola aos aeroportos de Cumbica e Viracopos, em São Paulo, por onde já chegam 90% dos ovos férteis e pintos de um dia importados pelo Brasil. A entrada dos produtos também ficará restrita a um ponto de fronteira em cada país do Mercosul. Para reforçar a vigilância sanitária, está em estudo a implantação, até o mês de julho, de detetores de matéria orgânica nos aeroportos para o controle de bagagens e passageiros, além do aumento do número de fiscais agropecuários nos locais de desembarque.
Estas são algumas das ações a serem implementadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária para reduzir os riscos de entrada no Brasil do vírus influenza aviária, informou hoje o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Amauri Dimarzio. “O vírus da gripe do frango permanece por mais tempo em matéria orgânica e o risco de introdução é elevado, por isso vamos reforçar o controle nas bagagens dos passageiros”, explicou o secretário. No ano passado, o Brasil importou 1,2 milhão de aves e ovos férteis. Cerca de 60% desse material genético foram originários dos Estados Unidos.
O Ministério da Agricultura também vai aumentar de dois para dez o número de laboratórios credenciados para a realização de sorologia para a influenza aviária. Atualmente, somente os laboratórios oficiais de Campinas (SP) e Londrina (PR) estão capacitados para fazer o diagnóstico. O Laboratório de Referência Animal de Campinas (Lara), inclusive, será adequado para produzir os antígenos para o diagnóstico. Deverão ser importados os 15 subtipos de vírus influenza aviária para a produção dos antígenos e soros específicos utilizados no diagnóstico.
Como medida preventiva, o Brasil suspendeu, por tempo indeterminado, a importação de aves, seus produtos e subprodutos, bem como de arroz em casca procedente do Japão, Vietnã, Coréia do Sul, Indonésia, Hong Kong, Camboja, Tailândia, Taiwan, Laos, China, Paquistão e dos Estados Unidos. Outra preocupação do governo é levar informações sobre a doença, que nunca foi registrada no Brasil, a produtores, indústria e unidades de comercialização. A União Brasileira de Avicultura (UBA) e entidades ligadas ao setor vão distribuir à toda a cadeia avícola um trabalho técnico sobre a gripe do frango elaborado por especialistas do Departamento de Defesa Animal do Mapa.
Amauri Dimarzio enfatizou que as medidas a serem adotadas pelo Ministério da Agricultura não implicam em situação de alarme, apenas reforçam um trabalho que já está em andamento. “Não se monta um sistema de defesa apenas por causa de um cenário de crise como este da gripe do frango. Trata-se de um trabalho permanente e que queremos aperfeiçoar”, disse o secretário.
Com relação às exportações de frango por causa da ocorrência do vírus na Ásia e Estados Unidos, Dimarzio mantém uma estimativa de 15% de aumento das vendas externas. “Nós temos condições abastecer os mercados, temos matéria-prima para suportar o crescimento das exportações sem que isso afete as condições de abastecimento e preço no mercado interno”, garantiu. Em janeiro, segundo dados da Secretaria de Produção e Comercialização, houve um aumento de 125% nas exportações de frango industrializado e 128% de peru. No ano passado, o Brasil exportou 1,9 milhão de toneladas de frango e liderou o ranking mundial de receitas, com US$ 1,8 bilhão.


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