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terça-feira, fevereiro 10, 2004

Evento científico debate potencialidades e uso sustentável dos recursos vegetais da Região Nordeste

O Nordeste tem uma flora rica e diversificada que merece ser estudada em profundidade e que esses estudos sejam revertidos em informações e tecnologias que contribuam para a implantação de processos de desenvolvimento sustentável na região, em especial no semi-árido. Com esse objetivo a Embrapa Semi-Árido e a Sociedade Brasileira de Botânica realizam a “27a Reunião Nordestina de Botânica: potencialidades e desafios”, de 22 a 25 de março no Centro de Convenções de Petrolina – PE.
É importante identificar as reais aplicações dos conhecimentos botânicos, ressalta a pesquisadora Lucia Helena Piedade Kiill, presidente da Comissão Organizadora da Reunião. No semi-árido, que ocupa a área mais seca da região Nordeste, já são mais de 1000 espécies vegetais e muitos especialistas estimam que podem chegar a 3000. Neste universo de plantas, há espécies frutíferas, forrageiras, madeireiras e várias se prestam ao uso medicinal. É uma riqueza que precisa ser des-coberta cada vez mais pelos pesquisadores e estudantes, em interação com as comunidades rurais, enfatiza Lucia Helena.
Temas diversos – A pesquisadora da Embrapa Semi-Árido destaca que a 27a Reunião acontecerá com uma maior amplitude de temas relacionados à Botânica. Cerca de 300 pesquisadores, professores e estudantes universitários participarão de eventos - entre painéis, mini-cursos, palestras e mesas-redondas – que tratarão de diferentes questões relacionadas à Botânica: ensino, conservação da natureza, biodiversidade, uso sustentável e mercado de trabalho, dentre outros. Estamos valorizando todas as áreas da Botânica, o que aumenta a participação e integração dos grupos de pesquisa da região, explica Lucia Helena.
Os organizadores da 27a Reunião Nordestina também têm a preocupação de realizar um balanço dos trabalhos realizados pelos botânicos da região. Há, hoje, entre os profissionais da área e em suas representações científicas, um acentuado esforço de evitar a repetição de pesquisas entre os grupos de trabalho, explica Lúcia Helena. O momento é de fazer avançar as pesquisas botânicas, tendo em vista a rica biodiversidade da flora nordestina, e rediscutir novas políticas de financiamento para esta área.

Mais informações:
Lucia Helena Piedade Kiill – pesquisadora, Embrapa Semi-Árido – tel. 87 3862 1711
Marcelino Ribeiro – jornalista, Embrapa Semi-Árido – tel 887 3862 1711

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