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quarta-feira, junho 09, 2004

Pequeno e médio produtor aumentam investimentos em tecnificação de olho nas mudanças da pecuária de leite nacional e em busca de maior rentabilidade

Apesar das conhecidas dificuldades enfrentadas na pecuária leiteira, principalmente em termos de oferta e preços, é cada vez maior o número de produtores que investem na profissionalização em busca de melhores índices de eficiência e remuneração.
Segundo Fernando Sampaio, gerente de produtos da WestfaliaSurge – líder em sistemas de produção de leite, o mercado para os pequenos e médios produtores está reagindo, em parte por causa das características da atividade, que permitem rendimento mensal, ao contrário de outros negócios, que geram rendimentos apenas em determinada época do ano.
“Além disso, é cada vez maior a consciência do produtor de leite de que o investimento em tecnificação é sinônimo de melhor qualidade do leite, e conseqüentemente de maior rentabilidade”. A informação de Fernando Sampaio é confirmada pelo aumento dos investimentos da pecuária leiteira em equipamentos de ordenha, tanques de resfriamento, além dos acessórios e produtos de consumo de uma fazenda leiteira.
Esse ano, por exemplo, durante a Agrishow – maior evento de agronegócios da América Latina, realizado no final de abril, em Ribeirão Preto (SP) – a procura por tanques refrigeradores e equipamentos de ordenha cresceu cerca de 25% em relação ao ano passado. “O equipamento mais procurado na Agrishow esse ano foi o refrigerador de leite Selectus, novo modelo da linha CVS (tipo cilíndrico vertical) de 325 a 1.010 litros. Trata-se de um refrigerador básico, com acabamento simplificado, desenvolvido com foco nos pequenos e médios produtores que buscam equipamento de qualidade com preço acessível”, explica Sampaio.
Outro fator que confirma a procura por produtos que melhoram a qualidade do leite é o aumento nas vendas de cercas elétricas. “A redução dos custos de alimentação, sem acarretar sub ou supernutrição dos bovinos, está na base do sucesso econômico da pecuária de leite e com as cercas elétricas o produtor tem maior segurança com os níveis de alimentação dos animais, já que eles são contidos em piquetes específicos, de área limitada e durante o período de tempo ideal para o melhor aproveitamento da pastagem”, acrescenta o gerente da WestfaliaSurge.
A rentabilidade é fundamental, mas pequenos e médios produtores de leite também estão investindo na atividade para que possam permanecer no negócio, que vem se modificando a velocidade impressionante, com a definição do programa de monitoramento da qualidade do leite, a rede de laboratórios de controle de qualidade e a própria normatização de equipamentos. Sem falar da mudança da pecuária de leite do Brasil no cenário mundial, que está deixando para trás a tradição de ser importador de produtos lácteos.
Segundo dados da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em abril’04, pela segunda vez nos últimos cinco meses, a balança comercial de lácteos foi superavitária em US$ 821,5 mil. A CNA avalia que se mantida a atual tendência do mercado de lácteos, o País deverá encerrar o ano com superávit na balança comercial de lácteos, o que seria um fato inédito para o setor.
Ainda em termos de mercado interno, os produtores de leite acabam de entregar ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, a “Proposta do Setor Produtivo para o Plano Agrícola e Pecuário 2004-2005”, indicando que é necessário aprimorar o Programa de Incentivo à Mecanização, ao Resfriamento e ao Transporte Granelizado da Produção de Leite (Proleite), com estabelecimento de linha de crédito especial para que pequenos e médios produtores possam se enquadrar às normas do Programa de Melhoria da Qualidade do Leite.
“Por tudo isso, podemos afirmar que o cenário atual é de investimento dos produtores em tecnologia, equipamentos de ordenha, genética, alimentação e tecnificação. Por isso, trabalhamos para desenvolver o sistema de produção mais adequado para a realidade de cada produtor, para que sua atividade seja sempre rentável”, afirma o gerente de produtos da WestfaliaSurge.

Texto Assessoria de Comunicações: Tel. (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)

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