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quinta-feira, junho 17, 2004

Europa e Japão seguem importando soja brasileira

Enquanto a soja brasileira vem sendo barrada na China, outros grandes importadores do produto, como a União Européia e o Japão, têm aprovado carregamentos vindos do Brasil sem encontrar problemas de contaminação.
Mesmo carregamentos de empresas que fazem parte de lista das 23 que foram banidas temporariamente pelo governo chinês vêm sendo aceitos em outros portos estrangeiros.
Em abril, por exemplo, quando o primeiro carregamento brasileiro foi barrado na China por suspeita de contaminação com o fungicida carboxin, a União Européia importou 942.823 toneladas de soja em grão brasileira.
No mês seguinte, quando os problemas com a China se intensificaram, as importações de soja pelo bloco foram de 964.676 toneladas.
Segundo a porta-voz do Departamento de Saúde e Proteção dos Consumidores da Comissão Européia, Beate Gminder, não há nada de errado com a soja brasileira.
"Estamos preocupados com a saúde de nossos cidadãos e dispomos de um sistema de alerta rigoroso que garante a qualidade do que entra na União Européia", disse Beate Gminder. "Nada foi registrado contra a soja vinda do Brasil."

Japão
O Japão, outro grande importador da soja brasileira, comprou 94,618 toneladas de grãos do Brasil em maio.
O vice-diretor do Departamento de Proteção de Plantas do Ministério da Agricultura do Japão, Etsuo Kimishima, afirmou que todos os carregamentos de soja do Brasil são inspecionados nos portos.
"Não observamos nenhum problema com a soja brasileira," disse Kimishima.
"As exportações de soja brasileira para todos os países continuam normais, sem qualquer problema de qualidade, para todos os países, inclusive os da UE," afirmou o Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, Carlo Lovatelli.
Lovatelli confirmou que mesmo as empresas banidas pelo governo da China continuam exportando soja brasileira para vários países sem problemas.
"Existe um interesse comercial forte dos importadores chineses para baixar o preço da soja, não se trata de uma barreira técnica, mas sim de uma questão comercial", acrescentou Lovatelli.
Lovatelli não descarta a possibilidade de o Brasil levar o problema à OMC.
"Os produtores brasileiros estão defendendo junto ao governo brasileiro uma conversa conjunta com os EUA e a Argentina para examinar um possível questionamento do problema na OMC," informou Lovatelli.

Fonte: BBC Brasil

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