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quinta-feira, setembro 16, 2004

Plano para erradicação da febre aftosa do continente americano está em fase final

No Brasil, atenção especial será dada à inclusão definitiva das regiões Norte e Nordeste no programa de erradicação da doença.

O plano de erradicação da febre aftosa nas Américas, elaborado após a realização da Conferência Continental de Erradicação da Febre Aftosa, em Houston (EUA), no começo do ano, entra em sua fase final, devendo ser entregue à diretoria da Organização Panamericana de Saúde (OPS) em meados de outubro para, em seguida, ser discutido e aprovado durante o Comitê Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA), na segunda quinzena de novembro, em Brasília.
O plano continental está sendo redigido pelo Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa nas Américas (GIEFA), responsável por sua revisão, supervisão e aplicação, definindo as prioridades seqüenciais do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA).
No caso do Brasil, especial atenção será dada à incorporação definitiva das regiões Nordeste e Norte no plano de erradicação, bem como às ações nas fronteiras, especialmente com Paraguai, Bolívia e Venezuela. “A recente ocorrência de foco em Monte Alegre (PA) e, agora, no Amazonas, indica que chegou o momento de encarar e incorporar estas regiões ao Plano Hemisférico de Erradicação da Aftosa”, afirma Sebastião Guedes, vice-presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte e membro do GIEFA.
Segundo Guedes, outra importante recomendação do plano a ser apresentado pelo GIEFA é a exigência da eliminação de qualquer manipulação do vírus da aftosa sem condições de biossegurança e o uso somente de vacinas biosseguras e sem proteínas não estruturais, ações que deverão ser implementadas em todo o continente americano.
“O Brasil sempre utilizou a vacina trivalente contra os vírus O, A e C, decisão da maior importância para a proteção total do rebanho nacional contra os três vírus presentes no nosso continente . Tanto o governo como os setores privados ligados aos criadores, técnicos e indústrias do Brasil foram parceiros solidários nesta decisão de manter a vacina trivalente e hoje vemos que esta decisão foi corretíssima", assinala Emílio Carlos Salani, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN).
“A presença do vírus tipo C neste recente foco no Amazonas deve levar a um retorno da vacina trivalente em alguns países, que apressadamente mudaram para vacinas bivalentes, correndo riscos desnecessários”, acrescenta Guedes.
O Plano do GIEFA propõe também a criação de fundos nacionais e internacionais. De acordo com Sebastião Guedes, estes fundos devem assegurar recursos para aplicação explícita nas ações definidas pelos doadores dos setores público e privado. Os fundos nacionais poderão ser administrados por entidades escolhidas sob controle estrito de conselhos mistos envolvendo os doadores públicos e privados, enquanto os internacionais poderão estar sob administração de um conselho ligado à OPS .
“As auditorias para constatar a evolução dos programas sanitários e se as tarefas definidas foram executadas serão essenciais para garantir o fluxo dos recursos. Tarefas não executadas ou desvios de aplicação significarão interrupção imediata no fluxo dos recursos”, afirma Guedes.
No momento, os documentos finais do plano estão sendo redigidos em espanhol, inglês e português, as áreas prioritárias já estão definidas e as ações estão sendo orçadas, tudo para que o plano concretize a etapa final de erradicação da aftosa. "O CNPC, que representa o setor privado do Cone Sul no GIEFA, está executando um trabalho importantíssimo de envolvimento de toda a cadeia produtiva nesse desafio, que mudará o patamar sanitário da pecuária sul-americana, com benefícios claros para todas as nações do nosso continente", afirma Manuel Henrique Farias Ramos, presidente do CNPC.
"Esse posicionamento demonstra a disposição do Brasil em trabalhar efetivamente para que as Américas sejam o primeiro continente no mundo a ser totalmente livre da aftosa até 2009", conclui Antenor Nogueira, coordenador do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, (FNPPC), órgão da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).

Texto Assessoria de Comunicações (tel. 11 3675-1818)
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)

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