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segunda-feira, dezembro 01, 2014

Ossami Sakamori: Festejado pré-sal da Dilma virou mico!



O tão festejado petróleo da camada pré-sal pelo Lula e pela Dilma está indo para as cucuias. O patrimônio líquido da Petrobras que detém o direito de exploração de 5 bilhões de barris de petróleo do campo de Tupi, vai virar um verdadeiro mico.

Hoje, na Bolsa de Nova York, o preço de barril de petróleo do tipo pesado, o WTI, estava abrindo cotação em US$ 63 o barril. O tipo Brent, petróleo tipo leve, estava sendo negociado a US$ 67 o barril na Bolsa de Londres. 

O Brasil ganha com a baixa do petróleo, porque é importador do produto. O Brasil consome cerca de 3,5 milhões de barris dia e produz equivalente a cerca de 2,5 milhões de barris dia equivalente em óleo. Com a baixa do petróleo no mercado internacional, a Petrobras não precisa bancar mais a defasagem de preço entre o preço na refinaria e o que paga no mercado internacional.

Com o preço do petróleo no nível que está sendo praticado, a Petrobras tem margem para absorver a retomada da cobrança do CIDE - Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico em nível cheio ou seja R$ 0,28 por litro de gasolina. Não vem que não tem. Não queira o novo ministro Joaquim Levy, aumentar o preço dos combustíveis com a reintrodução da cobrança do CIDE. Temos que ficar alerta com isto!

O problema maior está na exploração do petróleo na camada pré-sal. Estima-se que o custo de produção do petróleo da camada pré-sal varia entre US$ 45 a US$ 60. Faça cálculo. Se o preço internacional do petróleo do tipo pesado está próximo de US$ 60, a Petrobras corre o risco de apenas empatar na exploração do pré-sal. Se bobear, ao invés de lucro, corre a Petrobras o risco de pagar para extrair petróleo.

O tão festejado leilão do pré-sal, do campo de Libra, arrematado pela Shell, a chinesa CNOOC e a Petrobras, torna exploração inviável nos níveis de preços praticado no mercado internacional. Ao contrário do que possa imaginar, não há escassez de petróleo no mercado internacional no horizonte próximo, sobretudo com a oferta de gás do xisto nos EUA, adicionando ao mercado cerca de 1 milhão de barris ao dia a cada ano, equivalente em óleo. Estima-se que o gás do xisto dos EUA tem reserva estimado para serem explorados nos próximos 100 anos!

A exploração de gás do xisto no território americano tem custo médio equivalente em óleo a uma média de US$ 20 e o petróleo nos campos do golfo pérsico não sai mais do que US$ 15. Apenas, lembrando que os árabes produzem petróleo do tipo leve, o que tem cotação acima do tipo pesado. Portanto, o preço do petróleo tem muita margem para baixar. No entanto, não falta muito para a Petrobras ter que pagar para extrair petróleo do pré-sal.


À essa altura, esqueçam o investimento em educação e saúde com os royalties do petróleo do pré-sal. E outra, toda vez que a Dilma anunciar o incremento da produção do petróleo do pré-sal, podem ter certeza de que o povo brasileiro vai ter que bancar a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Mais uma vez, o povo brasileiro vai pagar pela aventura do Lula e da Dilma. 

Resumindo. Quanto mais baixar o preço do petróleo no mercado internacional, o povo vai ter que bancar o prejuízo da exploração do pré-sal pela Petrobras. Isto é paradoxo, mas é verdadeiro!

Pré-sal virou mico!

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