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segunda-feira, outubro 27, 2014

LUCAS DANIEL: Djilma Ruimself e sua vitória de Pirro

Lucas Daniel, um colaborador de quem já publiquei aqui as edições do Papuda News, comenta a apertadíssima vitória de Djilma Ruimself, que considera uma "vitória de Pirro":




A candidata da seita lulopetista ficou em “empate técnico” com o candidato de oposição, mas foi eleita por uma pequena vantagem numérica (51,64% dos votos, contra 48,36% de seu oponente). Se acreditarmos que houve, de fato, uma apuração irrepreensível, inteiramente confiável. De qualquer modo, sua eleição se deu por uma minoria de 38% do eleitorado (garantida pelo discutível instituto do voto obrigatório). Ou seja, 62% do eleitorado votou contra ela ou não votou nela, o que representa, sem dúvida, uma expressiva maioria. Percebe-se, assim, que poucos, muito poucos queriam vê-la desgovernando o país por mais quatro anos. Sob o jugo abestalhado de Lula da Silva, diga-se de passagem.


Na verdade, ela foi mesmo eleita por uma minoria, forjada às custas de bolsas “caça-votos” (é só ver, no mapa, onde há mais “bolsas”, pois é onde ela conseguiu vencer), desinformação (é só ver, no mapa, onde há menos informação, pois é onde ela conseguiu vencer), patrimonialismo (é só ver, no mapa, onde há mais coronelismo e currais eleitorais, pois é onde ela conseguiu vencer), censura e manipulação de informações (“contabilidade criativa”, sonegação de dados do Ipea e do IBGE que desabonassem o governo, controle artificial de tarifas públicas, ataques à revista Veja e à liberdade de expressão…), propaganda enganosa, mentiras, fraudes, chantagens, manipulações grosseiras, calúnias, difamação, abuso extremo da máquina pública, terrorismo eleitoral. Foi a campanha da infâmia e do ódio, puxada por ele, Lula da Silva, que tem expertise em tudo quanto é tipo de baixaria.


Foi eleita assim, fazendo o diabo, sordidamente, e por uma minoria alocada nas regiões mais atrasadas do país. Consagrou-se como legítima representante da vanguarda do atraso. Mas foi uma vitória de Pirro, pois deixou feridas difíceis de cicatrizar. A divisão do país, tão defendida pelo profeta do ódio, Lula Silva, concretizou-se. É o Brasil das bolsas, dos grotões, que a elege. O Brasil moderno e progressista a abomina. Tem um verdadeiro horror dela. Na falta de carne, não a mandaria nem comer ovo, como recomendou, ao povo brasileiro, um dos seus assessores. Mandá-la-ia comer tomate cru mesmo! Até já mandou, aliás. Com vaia e tudo. Na verdade, se dependesse desse Brasil mais esclarecido, ela não teria administrado, ao longo da sua carreira, mais do que uma lojinha de R$ 1,99. Com o risco de levá-la à falência. Tal como está fazendo com o país.


Em suma, a presidente é, politicamente, um pato manco (lame duck), mesmo porque é herdeira da herança mil vezes maldita forjada por ela mesma e pelo seu antecessor, e que se configura, na economia, por um preocupante quadro de estagflação (baixo crescimento e inflação). Sem contar que está, desde já, sob ameaça de impeachment, devido à gravíssima denúncia, feita em delação premiada, de que ela e o seu tutor sabiam do assombroso Golpe do Mensalão 2.0., também conhecido como “Petrolão” Um escândalo de corrupção que desviou pelo menos R$ 10 bilhões para os cofres do partido do governo e de alguns dos seus apoiadores. Quem não sabia?


Diante do exposto, fica evidente que estamos no começo do fim da Era da Mediocridade. Um período de trevas que teve início em 2003, quando o filho da mãe, da mãe que nasceu analfabeta e sem dentes, tomou de assalto o Palácio do Planalto. E que foi marcado por uma rombuda inépcia na gestão do estado, pelo assalto desenfreado aos cofres públicos – “como nunca se viu antes na história deste país” – e pela devastação das instituições – como só tinha sido visto antes em períodos ditatoriais.


Por isso mesmo, ninguém haverá de queimar velas com esse mau defunto. Nem mesmo os desinformados e os trouxas, que acabam de lhe dar uma curta sobrevida, em estado vegetativo. Restarão os cúmplices, para carregar o caixão e rezar a missa de sétimo dia. Se tanto, pois, como ensina o provérbio, antes que sobrevenha o naufrágio os ratos costumam, prudentemente, abandonar o navio.

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