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quarta-feira, março 31, 2004

Planta da Amazônia substitui fibra de vidro

Pesquisa da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas permitirá o uso da fibra de curauá, planta da Amazônia, como substituta da fibra de vidro em compósitos poliméricos usados em peças industriais. A técnica apresenta vantagens sobre o modelo convencional por ser dez vezes mais barata, biodegradável e menos abrasiva aos equipamentos de processamento. O material vegetal possibilita, ainda, produção de plásticos reforçados por meio do método de injeção, que geram peças mais complexas e com detalhes, como pontas e cavidades.
O coordenador da pesquisa e professor do Instituto de Química da Unicamp Marco-Aurelio De Paoli lembra que a fibra de curauá é empregada atualmente em tecelagem e reforço de plásticos. No entanto, é moldada por termoformagem, processo que não permite obter peças mais elaboradas. A tecnologia desenvolvida na Unicamp possibilita que a fibra vegetal reforce os compósitos poliméricos também pelo método de injeção. As peças complexas injetadas podem ser utilizadas nas indústrias automobilística e de eletroeletrônicos.
O pesquisador informa que a tecnologia está patenteada e pronta para ser transferida para a indústria. A fibra de curauá, planta pertencente à família das bromeliáceas (a mesma do abacaxi), é obtida a partir de fonte renovável, cultivada de forma intensiva no Pará. "A tecnologia, se empregada em larga escala industrial, agregará valor a um produto agrícola importante para a economia de comunidades amazônicas", ressalta.
Em automóveis, as peças feitas de plástico reforçado com curauá são mais leves do que as de fibra de vidro. "Pode reduzir o consumo de combustível", destaca De Paoli. Em relação ao setor de eletroeletrônicos, o produto com fibra de curauá pode ser empregado na fabricação de componentes internos de vários aparelhos.

Fonte: Agência Imprensa Oficial

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