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terça-feira, fevereiro 12, 2008

Produtores vão pedir revisão dos votos agrícolas do CMN

‘Como o voto do CMN não correspondeu às necessidades do setor produtivo, medidas urgentes devem seradotadas para reverter a questão, caso contrário, faltará café’.

O CNC (Conselho Nacional do Café) realizou, na quinta-feira da semana passada, dia 7 de fevereiro, na sede da Cooparaíso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião doParaíso), um encontro preparatório com o intuito de elaborar uma pauta de sugestões para ser apresentada na próxima reunião do CDPC (Conselho Deliberativo da Política do Café), prevista para quarta-feira, dia 13, em Brasília (DF).
A frustração dos produtores com os votos do CMN (Conselho Monetário Nacional), que alteram os vencimentos das operações de financiamentos agrícolas, dominou a reunião, embora vários outros assuntos tenham sido discutidos. “O voto foi distorcido, não estamos de acordo com oque saiu e vamos defender uma revisão ampla no perfil e nas condições de pagamento das dívidas dos produtores”, explicou o presidente do CNC, Gilson Ximenes, que também conta com o aval da Comissão Nacional do Café da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Durante o encontro, a representação dos produtores de café aprovou documento com uma série de pontos que, de acordo com eles, são sugestões não só a favor de uma solução para o endividamento e à perda de renda dos produtores, mas, também, importantes para o fortalecimentodo próprio CDPC e à ampliação do relacionamento do setor produtivo com diversos outros públicos.
No que se refere à repactuação das dívidas rurais, o presidente do CNC disse esperar o máximo esforço do governo. “Como o voto do CMN não correspondeu às necessidades do setor produtivo, medidas urgentes devem ser adotadas para reverter a questão, caso contrário, haverá redução das exportações e desabastecimento do mercado interno a partir de 2009”, comentou Ximenes. Para a reunião do CDPC, ele disse que a postura da produção será de amplo respaldo a quemampara o setor. “Vamos dar apoio total aos políticos, representantes e líderes que nos defendem,pois precisamos conseguir reverter os votos do CMN em benefício do produtor”, explicou. Ainda conforme Ximenes, o momento é de entendimento, de proposta positiva, porém, “temos que estaratentos à realidade no campo, buscando soluções para que não falte café já a partir do ano quevem”.
O presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles, anotou que o setor está sendo pró-ativo, sem nada de radicalismo, mas parece que o governo não percebe ou nãoquer perceber que está “exportando o suor e o sangue do trabalhador e do produtor brasileiro”.“Continuo acreditando que a equipe econômica está mal informada”, salientou.
Melles argumentou que, mesmo com as informações técnicas oferecidas ao governo pelo estudo da consultoria Agroconsult — atestando que os produtores estão sufocados pelas sucessivas perdas, acumulando prejuízos desde o ano 2000, a partir de quando passaram a vender suas safras abaixo do custo de produção —, ainda assim “a Secretaria de Política Econômica cortou pontos positivos do voto e não deu solução para a cafeicultura”, criticou o parlamentar, que completou dizendo que “estamos em um ambiente de propostas e vamos exercitar o diálogo até onde forpossível”.
O presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita, endossa o coro de Ximenes e Melles ao apontar que a idéia é buscar uma solução que realmente atenda ao setor produtivo. “É necessário que todo o agronegócio café sente à mesa e tenha o bom senso de tentar,de maneira harmônica e pacífica, equacionar esses problemas, os quais, de uma forma ou de outra, continuando da maneira como estão, afetam a cafeicultura como um todo”, comentou.
Mesquita reforçou que a Comissão Nacional do Café da CNA, o CNC e a Frente Parlamentar do Café estão juntos, unidos e em busca de uma solução definitiva para o problema darepactuação do passivo dos produtores. “É importante salientar que, além de ser o mais suscetível à crise, o setor de produção é, sem dúvida, o sustentáculo de toda a cadeia cafeeira”, finalizou.
Além de Gilson Ximenes e Carlos Melles, também participaram da reunião do CNC o vice-presidente da Cooparaíso, José Fichina; os presidentes da Cooxupé (Cooperativa Regional deCafeicultores em Guaxupé), Carlos Alberto Paulino da Costa; da Cocapec (Cooperativa deCafeicultores e Agropecuaristas da Região de Franca), Maurício Miarelli; e da Cocatrel(Cooperativa de Cafeicultores da Zona de Três Pontas), Francisco Miranda; bem como os diretores administrativos da Minasul (Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha), Marcos Mendes,e da Credivar (Cooperativa de Crédito Rural da Região de Varginha), José Pedro Garcia Reis.

Paulo André Colucci KawasakiP1 – Agência de NotíciasAss. de Imprensa CNC(61) 2109-1637

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