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quarta-feira, setembro 29, 2004

FEBRE AFTOSA : Erradicar a doença de todo o território nacional e do continente é essencial para abrir novos mercados e aumentar exportações

“A carne bovina brasileira só entrará em mercados mais atraentes e manterá sua notável performance exportadora se o Brasil levar em consideração que é absolutamente essencial erradicar doenças, como a aftosa”. A análise é de Sebastião Guedes, consultor do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e vice-presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC).
Para Guedes, a realidade dos fatos mostra que é chegada a hora de o Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa abranger tanto o Nordeste quanto a Amazônia. “No foco de Monte Alegre (PA), em junho, isso já havia ficado bem claro e agora com o de Careiro da Várzea (AM), essa necessidade se confirma. Não faz sentido para o mundo globalizado exigir que Bolívia ou Equador erradiquem a aftosa enquanto o Nordeste e a Amazônia permaneçam convivendo com a doença”, afirma.
O consultor do Sindan entende ser fundamental que a erradicação das doenças ocorra em todo o território nacional. “Conseguimos com muito êxito, desde 1988, implantar a regionalização com base nos circuitos pecuários e com isso postergar a erradicação no Nordeste e na Amazônia. Agora, chegou a hora da integração destas duas regiões, sob pena de perdermos mercados se isso não ocorrer”, acrescenta Guedes.
A erradicação da febre aftosa de todo o continente americano é prioritária e sua importância foi ainda mais acentuada depois da "Declaração de Houston", criada a partir da Conferência Continental realizada em Houston (EUA), no início do ano. Durante a conferência também foi criado o Grupo Interamericano de Erradicação da Febre Aftosa (GIEFA), responsável pela revisão, supervisão e aplicação de um plano de erradicação da febre aftosa nas Américas.
Segundo Sebastião Guedes, que também é membro do GIEFA, o plano está em sua fase final e no caso do Brasil ficou definido que especial atenção será dada à incorporação definitiva das regiões Nordeste e Norte no plano de erradicação, bem como às ações nas fronteiras, especialmente com Paraguai, Bolívia e Venezuela.
“É chegado o momento da integração de toda a cadeia da carne, inclusive em termos geográficos, para, sob a liderança do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Roberto Rodrigues, assegurar ao Brasil posição de destaque no mercado quantitativo e qualitativo da carne bovina no mundo. A nossa evolução na última década foi exuberante, mas temos que completar a tarefa varrendo a aftosa de todo o país”, finaliza Guedes.

COMERCIALIZAÇÃO RECORDE – Segundo a Central de Selagem de Vacinas (Vinhedo-SP), órgão constituído por meio de parceria entre o Sindan e o MAPA, em 2004 já foram comercializados 181,4 milhões de doses de vacinas contra aftosa. O pico da campanha de vacinação no segundo semestre será em novembro. “Devemos bater novo recorde em 2004, quando está prevista a comercialização de 340 milhões de doses – contra 328 milhões/doses em 2003. As vendas de vacinas crescem a cada ano e indicam a evolução no combate à doença, resultado do trabalho conjunto entre pecuaristas, governo e iniciativa privada. Agora é preciso que o investimento em sanidade animal seja cada vez mais sólido para intensificar o combate à doença nas regiões fronteiriças e nos países vizinhos, para alcançarmos o objetivo maior de erradicar a doença de todo o continente americano”, ressalta Emílio Salani, presidente do Sindan.


Texto Assessoria de Comunicações: (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)

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