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sexta-feira, maio 21, 2004

O ARROZ E A ALCA

Artur Oscar Loureiro de Albuquerque

Na última quinta-feira, falando em Porto Alegre/RS, o ex-presidente da Argentina e presidente atual do Mercosul, Eduardo Duhalde, referiu o fato de que seria importante retardarmos a ALCA até que consagrássemos uma união latina americana .
É muito bom que nossas autoridades governamentais e nossos negociadores junto a ALCA que recebam e entendam o recado passado pelo ex-presidente !
No arroz, sabe-se que o Brasil é o sétimo maior produtor de arroz mundo e o maior produtor de arroz do mundo ocidental . Mais enfática e evidente fica esta posição se lembrarmos que nossa produção, além de significativa têm elevados índices de produtividade e altíssimo grau de qualidade . E tudo sem que se nos alcancem nenhum subsídio governamental ou de qualquer natureza !
Ao contrário, nossos burocratas, ciclicamente, inventam novas taxas e contribuições, como é o caso. ultimamente, do cadastramento ambiental . E futuramente, pelo uso da água . Como dizia Rockfeller : não existe janta de graça . Alguém paga ! Também na Cadeia Produtiva do Arroz, a criação dessas taxas e contribuições, serão, oportunamente, pagas por alguém .
Mas voltando à ALCA, temos, primeiramente, de fazer nossa lição de casa . Necessitamos exportar qualidade e extirpar do preço todo o custo tributário e fiscal . Esta última medida, por si só, nos colocaria, imediatamente, em condições competitivas no mercado internacional .
No mundo, os grandes consumidores, são grandes produtores . Com isto o mercado internacional é relativamente pequeno, gira em torno de 25.000.000 T ao ano . Ocorre que há poucos anos, este número importava em algo em torno de 20.000.000 T. . Ou seja, em menos de dez anos o mercado teve um incremento real de cerca de 25% . Explica-se este fato pelo crescente descompasso entre produção e consumo . O consumo cresce geometricamente e a produção está em queda por diversos fatores. tais como falta de água, comprometimento de lençóis freáticos e etc. .
Nossos maiores concorrentes são os Estados Unidos e os países do Sudeste Asiático, especialmente Tailândia e Vietnã . Nos Estados Unidos o arroz é o produto mais subsidiado, chega a 86% em alguns casos . E no Sudeste Asiático, a água é custeada pelo Governo .
No arroz, não se pode imaginar ALCA sem que hajam ajustes criteriosos e equalizantes, para que, efetivamente, tenhamos capacidade competitiva no mercado internacional !
Ao Governo e a nossos negociadores, colocamos a Cadeia Produtiva do Arroz e especialmente a ABRARROZ, para que as negociações saiam do campo virtual e ingressem na seara prática e conseqüente, com o fito maior de que, além de maiores produtores, além de maiores consumidores, venhamos, em breve tempo, sermos os maiores negociadores de arroz do mundo ocidental . Quantidade, qualidade e capacidade não nos faltam !

Nota expedida pelo Presidente da ABRARROZ
http://www.abrarroz.com

André Rodrigues - Administração e Divulgação de Sites
(53) 9959 0450 - ')"programador2005@bol.com.br

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