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domingo, abril 19, 2015

Revista Sociedade Militar: O Partido dos Trabalhadores pretende OCUPAR as RUAS e literalmente PARTIR para a GUERRA. Partido faz uma ameaça a “militares golpistas”.


Tivemos acesso à pauta de discussões para a próxima reunião do Partido dos Trabalhadores, que ocorrerá em junho próximo. A reação do Partidão, se exitosa, pode acabar de vez com as liberdades e perspectivas de crescimento que nos restam. Vejam aí, discutindo alguns pontos. Ao final disponibilizamos o texto completo, que se chama UM PARTIDO PARA TEMPOS DE GUERRA, da Chapa Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!.
Em um primeiro momento a liderança petista admite que fracassou em seu projeto de aparelhar o estado no sentido de não mais permitir que instituições privadas e a sociedade organizada implementassem qualquer tipo de oposição eficaz. O PT ao mesmo tempo em que demagogicamente fala em liberdade, no interior do partido faz o possível para retirar da sociedade qualquer possibilidade de reação.
Em vermelho texto do Partido dos Trabalhadores.
não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira… Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo e setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.”
Nota-se, pelo documento que recebemos, que o partido pretende se denominar “forças trabalhadoras” e controlar as principais alavancas da economia e da política nacional. O partido também reclama do fato da direita criminalizar  os movimentos sociais.
Para os Partido dos Trabalhadores taxar de criminosas as ações de vandalismo do MST e Sem Teto, verdadeiros exércitos à serviço da esquerda, não passa de uma ação conservadora por parte da direita.
O Partido cada vez mais demonstra que percebe o Brasil por um prisma extremamente equivocado. Para o PT existe sempre dois lados, eles e nós. Para eles existe sempre um lado a ser derrotado, e dessa forma haverá sempre desunião e nunca a unidade de pensamento indispensável para a reconstrução do nosso país.
O comando do Partido de Lula e Dilma pretende, após o meio do ano, implementar cinco medidas principais como ações emergenciais para que o partido não perca as eleições municipais de 2016 e gerais de 2018.
No documento, o partido tece criticas à ação da atual Presidente. Para o PT Dilma estaria dividindo a esquerda e dessa maneira fica bem mais fácil o esquema esquerdista ser destruído pela direita.
O partido também deixa claro no texto, que conta com a ajuda da máquina estatal para derrotar a direita nas próximas eleições.
“A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita.”
“Frente a esta situação, o 5º Congresso do PT deve aprovar resoluções que permitam ao Partido, ao conjunto de sua militância, executar cinco tarefas principais.’
Vejam as orientações da diretoria petista
1 – A primeira tarefa é reocupar as ruas. A oposição de direita controla parte importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus diferentes níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as ruas, utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos meios de comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas técnicas golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a batalha de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma contra-ofensiva por parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista deve ser apoiar, participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações programadas pelos movimentos e organizações das classes trabalhadoras.
2 – A segunda tarefa é construir uma Frente Democrática e Popular. Há várias iniciativas em curso, algumas delas sem o PT e até mesmo contra o PT. Nosso Partido deve procurar as forças que elegeram Dilma no segundo turno presidencial e que defendem as reformas estruturais, propondo a elas que se constitua uma frente popular em defesa da democracia e das reformas. O programa mínimo desta Frente Democrática e Popular deve incluir a revogação das medidas de ajuste recessivo…
3 – A terceira tarefa é mudar nossa estratégia. Se queremos melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a democracia, se queremos afirmar a soberania nacional, se queremos integrar a América Latina, se queremos quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso realizar reformas estruturais no Brasil, que permitam à classe trabalhadora controlar as principais alavancas da economia e da política nacional.
4 – A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita.
5 – A quinta tarefa é mudar o próprio PT. O Partido que temos não está à altura dos tempos em que vivemos. Das direções até as bases, é preciso realizar transformações profundas. Precisamos de um partido para tempos de guerra.
É também neste contexto que deve ser analisada a mobilização de massas do dia 15 de março. Não se trata de descontentamento “republicano e pacífico”, nem da defesa “legítima” do impeachment. A mobilização da direita visa criminalizar não só o PT e o conjunto dos partidos de esquerda, mas também a classe trabalhadora nas suas mais diversas expressões, organizações e movimentos: os sem-terras, os sem-tetos, os sindicatos combativos, os grupos e entidades populares etc. Não pode ser outra a leitura do ódio presente nos atos do dia 15 de março, que abriram espaço até mesmo para manifestações ostensivas da extrema-direita e homenagem a um torturador identificado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade.
Por fim o Partido faz uma ameaça a supostos militares da ativa ou da reserva que estariam tramando um GOLPE.
Por isto mesmo, o PT defende tolerância zero com a facção golpista da direita. As articulações golpistas, especialmente as vindas de militares da ativa ou da reserva e de meios de comunicação, devem ser tratadas como determina a Constituição e a legislação nacional.
Ocupar as ruas, construir uma Frente Democrática e Popular, mudar a estratégia do Partido e a linha do governo
1. O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT, mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latinoamericana.
2. A crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas realizações e de nossas limitações.
3. Tivemos êxito em ampliar o bem-estar social — por intermédio da geração de empregos e aumento da massa salarial e do poder aquisitivo da população, bem como da adoção exitosa de programas de moradia, saúde e outros — e a soberania nacional, também através de uma política externa “altiva e soberana”. Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo neoliberal. Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes avanços que explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais consecutivas.
4. Mas não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira.
5. Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo aplique o programa dos que perderam a eleição, a mobilização de massas dos setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.
17. É neste contexto que deve ser interpretada a mais recente onda de violência policialmilitar contra a juventude pobre e negra das periferias das grandes cidades e contra os movimentos sociais, em especial nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Não se trata de desvio nem de novidade, pois tem sido esta a prática das PMs desde a Ditadura Militar. Mas sinaliza uma ação organizada de setores da direita que apostam no extermínio e no fascismo.
18. É também neste contexto que deve ser analisada a mobilização de massas do dia 15 de março. Não se trata de descontentamento “republicano e pacífico”, nem da defesa “legítima” do impeachment. A mobilização da direita visa criminalizar não só o PT e o conjunto dos partidos de esquerda, mas também a classe trabalhadora nas suas mais diversas expressões, organizações e movimentos: os sem-terras, os sem-tetos, os sindicatos combativos, os grupos e entidades populares etc. Não pode ser outra a leitura do ódio presente nos atos do dia 15 de março, que abriram espaço até mesmo para manifestações ostensivas da extrema-direita e homenagem a um torturador identificado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade.
19.O impasse político desgasta a esquerda (que não consegue maioria congressual para implementar mudanças) e fortalece a direita (que sonha em utilizar a maioria congressual não apenas para achacar e sabotar o governo, mas também para fazer o impeachment).
20.O Partido dos Trabalhadores defende que a solução para a crise política passa por mais democracia, não por menos democracia. Por isto reafirmamos nossa defesa da Assembleia Constituinte, da participação popular e da legitimidade dos processos eleitorais. Se a oposição de direita quer nos derrotar, que se organize para disputar as eleições de 2016 e 2018.
21. Por isto mesmo, o PT defende tolerância zero com a facção golpista da direita. As articulações golpistas, especialmente as vindas de militares da ativa ou da reserva e de meios de comunicação, devem ser tratadas como determina a Constituição e a legislação nacional.
22.O Partido dos Trabalhadores deve compreender, também, por quais motivos setores importantes da direita –- inclusive lideranças como Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso –- flertam abertamente com o discurso e a perspectiva golpista.
23.A influência da extrema-direita decorre de um impasse econômico-social de fundo vivido pelo Brasil há várias décadas. Assim como 1954 e 1964 não foram por acaso, o que está ocorrendo agora também não é por acaso.
24.Toda vez que o Brasil teve governos que adotaram uma política externa soberana, que garantiram progressos na qualidade de vida do povo e certa ampliação nas liberdades democráticas, as classes dominantes reagiram em favor das medidas opostas: dependência externa, restrições às liberdades, desigualdade social.
25.Hoje vivemos mais um destes momentos de definição entre dois caminhos para o Brasil: ou bem regressamos ao desenvolvimento conservador de viés neoliberal, com dependência externa, restrições às liberdades democráticas e aprofundamento da desigualdade social; ou bem avançamos em direção a um desenvolvimento de novo tipo, democrático-popular e articulado ao socialismo.
As características fundamentais do atual período internacional são: a) ainda estamos numa etapa de defensiva estratégia do socialismo; b) e sob uma hegemonia capitalista como nunca antes na história; c) por isto mesmo, o capitalismo vive uma profunda crise; d) que por sua vez aguça uma disputa inter-capitalista que vai adquirindo contornos cada vez mais agressivos; e) o que ajuda a entender a reação defensiva expressa na formação de blocos regionais.

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