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quinta-feira, setembro 11, 2014

LUCIANO AYAN: Desconstruindo o PT – 2 – Um partido golpista








1. No que diz respeito a projetos de poder totalitário, é preciso destacar três propostas do PT que, se levadas à cabo, destruirão nossa democracia, causando também sérios danos tanto ao nosso desenvolvimento como nossas conquistas civilizacionais. São elas: (1) criação de um quarto poder a partir de coletivos não-eleitos, (2) censura de mídia, (3) aparelhamento estatal de campanha. Com a primeira, o governo quer definir um quarto poder para pressionar o Legislativo e solapar nossa democracia. Com a segunda, o governo quer definir o que pode ou não ser publicado pela mídia. Com a terceira, o governo adquire o monopólio do uso das estatais para conquistas políticas, enquanto todos ficam proibidos de obter financiamento privado de campanha. Os três projetos juntos são suficientes para estabelecer uma ditadura.

2. Com este tipo de programa, a ditadura estabelecida é do tipo mais perigoso possível devido à fachada de democracia. Ou seja, falamos de uma ditadura dissimulada.

3. O exemplo que eles seguem para os três projetos é exatamente o mesmo já seguido por outros países saqueados por tiranetes. A Venezuela é o maior exemplo da atualidade, mas a Argentina caminha a passos largos para o mesmo destino trágico.

4. Uma ditadura com alicerce nessas três implementações consegue drenar todos os recursos de um país por um longo período de tempo. Enquanto isso, truques para simular diante da opinião pública uma falsa democracia são utilizados. Existem eleições, assim como jornais privados. Mas com a mídia amordaçada e chantageada economicamente pela elite comandando o estado é muito fácil maquiar a realidade. Para que se tenha uma ideia, imagine que com uma mídia censurada você não saberia que o país está em recessão e que na semana passada tivemos um novo escândalo na Petrobrás.

5. Todos os países latino-americanos que seguiram pelo caminho ditatorial conseguiram esmagar sua população que, devido à ausência de liberdade, passou a viver à míngua, exatamente por que a mídia censurada maquia a realidade.

6. Basta imaginar um país onde a mídia não critica o governo, publicando apenas notícias que o agradem. A partir daí, informações vitais para entender seu país são escondidas da opinião pública. A consequência imediata é a perda total de vergonha na cara por parte dos donos do poder, que passam a viver como deuses. Os investidores desaparecem do país, buscando nações com mais liberdade. O desemprego explode, com o racionamento de alimentos ocorrendo inevitavelmente. O povo pobre é o que mais sofre neste cenário.

7. Sobre o decreto 8243, foi a própria presidente Dilma que o emitiu, com revisão de Gilberto Carvalho. O projeto estabelece a participação de coletivos não-eleitos, utilizado para pressionar o Legislativo. Como não foram eleitos pelo povo, mas são selecionados pelo governo para fingir representar a “sociedade civil”, os donos do poder adquirem uma ferramenta tirânica essencial para aquisição de poder excessivo. A história nos mostra que sempre que um governo socialista adquire poder excessivo tende a causar resultados trágicos.

8. Quanto aos projetos de censura de mídia, como sempre temos o envolvimento dos coletivos não-eleitos do partido, como podemos ver aqui. Mas não se deixe enganar, pois a simulação baseia-se em usar os coletivos não-eleitos para fingir que é uma “demanda da sociedade civil”. Só que o PT é desmascarado pelo fato de que o “movimento dos coletivos não-eleitos” surgiu em 2013, usando o mesmo discurso de censura de mídia usado por Rui Falcão em 2012. E já usado pelo partido em 2011, 2010. Aliás, é o mesmo projeto implementado na Argentina por Cristina Kirchner, há quase uma década. Como vimos nos dois links agora há pouco, todos os projetos totalitários “organizados por coletivos não-eleitos” são na verdade criados e arquitetados pelo próprio PT. No caso da censura de mídia (sordidamente chamada de “democratização da mídia”), eles querem quebrar as empresas atuais em várias empresas menores, tornando-as mais vulneráveis aos anúncios estatais. Daí, com uma grande quantidade de empresas (todas elas mais vulneráveis), o governo passa a ter o poder de orientar a programação das emissoras e o conteúdo dos jornais da forma que bem entender. É exatamente por isso que o termo é censura sutil, pois não existe um agente do governo com um “carimbo” dizendo o que pode ser publicado ou não, mas um governo com o poder de chantagear empresas colocadas em vulnerabilidade (e desesperadas por sobreviver), todas elas mendigando por anúncios estatais.

9. A terceira das propostas, envolvendo o aparelhamento estatal de campanhas, mais uma vez teve origem nos discursos da liderança do PT. Novamente, precisamos rever o vídeo onde Rui Falcão fala de suas intenções. Mas na verdade tudo isso não passa do bolivarianismo, tática de tomada de poder de todos os países pertencentes ao Foro de São Paulo. Como sempre, os petistas douram a pílula e dizem que “a reforma política vai moralizar a democracia”, mas é tudo embuste: com a proibição do financiamento privado de campanha, o partido que está no poder adquire o monopólio de obter verba para seus jogos políticos a partir das estatais. Com isso, é muito mais fácil para um governo tirano se perpetuar no poder. Se ninguém mais pode usar financiamento privado de campanha, enquanto o partido dono do poder pode usar o estado à vontade (como vimos nos escândalos do Mensalão e do Petrolão), a disputa fica desigual.

10. Em relação à este último item, a afronta é ainda maior pois os coletivos não-eleitos do partido fizeram, entre os dias 1 e 7 de setembro, um “plebiscito constituinte” organizado por eles próprios, sem nenhum critério de validação. Em um país com 140 milhões de eleitores, ter um plebiscito particular (de novo é bom ressaltar: sem nenhum critério de validação) não contemplando nem um décimo desse total de pessoas, é no mínimo uma tentativa de golpe. Os coletivos não-eleitos, como sempre capitaneados pelo PT, dizem que o resultado do plebiscito deles (sem nenhum valor de um plebiscito de verdade) será utilizado para “pressionar o Congresso”. Mais um motivo para deixarmos claro aos congressistas que eles não devem cair nesse golpe, pois alguns poucos milhões (ou pertencentes aos coletivos não-eleitos do governo, ou iludidos por estes grupos) não podem dizer o que 140 milhões de eleitores pedem nas urnas. O falso plebiscito é um ato de traição à pátria, além de mais uma clara tentativa de golpe.

11. Uma ótica leitura é o livro Escola de Ditadores, de William J. Dobson, onde o leitor pode visualizar com muita clareza que o uso deste tipo de recurso é o principal qualificador de uma ditadura moderna, dependente de muito mais sordidez e cinismo para se estabelecer no poder.

12. As três proposta totalitárias do PT e seus coletivos não-eleitos, se implementadas, configuram a maior ameaça à democracia nacional desde o tempo do regime militar, além de uma violação gravíssima da soberania nacional, pois tudo é feito em parceria com ditaduras sanguinárias que adorariam ver nosso país isolado do mundo civilizado. Para piorar, essa implementação totalitária dá a um governo mal intencionado tudo que ele quer: poder ilimitado a partir de seus coletivos não-eleitos, silenciamento dos opositores e uso do estado para a perpetuação no estado. Isso certamente leva à estagnação da economia, destruição dos empregos, fuga dos investidores, uso do aparelho estatal para trucidar a população (a partir de milícias, especialmente quando a crise explode) e o lançamento de milhares de pessoas na mais extrema miséria.

13. Lutar contra os três projetos de tomada de poder bolivarianos (itens 7, 8 e 9 desta lista) é se posicionar pela proteção de nossa democracia contra um grupo de pessoas que a desprezam. Nada é mais urgente para nós do que nos rebelarmos contra esse tipo de atentado à liberdade, orquestrado e liderado pelo PT.

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