Recursos serão utilizados para desenvolvimento de tecnologias da segunda geração capazes de aumentar a produtividade e proteger a soja contra o ataque de insetos, com o uso da tecnologia Bt
A Monsanto investirá cerca de US$ 28 milhões no Brasil, em um prazo de cinco anos, para o desenvolvimento de uma nova tecnologia aplicada na soja, em que combina a resistência a insetos-pragas a uma segunda geração de tolerância a herbicidas à base de glifosato para combater a lagarta da soja e aumentar a produtividade da lavoura. A tecnologia é a primeira a ser desenvolvida para mercados externos aos Estados Unidos, com foco exclusivo aos países da América do Sul onde a incidência dessa pragas é recorrente.
A nova soja será resistente à lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis), praga que ataca predominantemente as lavouras do Brasil e Argentina, e causa prejuízos da ordem de US$ 300 milhões ao ano no Brasil apenas com o seu controle. Se considerarmos uma perda de produtividade média de 7%, esse valor pode subir para US$ 1 bilhão ao ano. A tolerância ao glifosato proporcionará uma ferramenta para o controle eficiente das plantas daninhas, fato que o agricultor brasileiro já comprovou com a soja RR. O respeito à propriedade intelectual observado no País foi determinante para a empresa decidir pelos novos investimentos.
Os recursos serão aplicados na abertura de três novas estações de pesquisa - localizadas em Tocantins, Paraná e Rio Grande Sul -, para a pesquisa desta nova soja e de novos germoplasmas de soja adaptadas às regiões Norte, Centro e Sul, respectivamente, e na ampliação e melhoria das unidades de pesquisa localizadas nas regiões sojicultoras. Parcerias com empresas e institutos de pesquisa nacionais também serão estabelecidas.
A nova soja combinará a tecnologia Bt e a nova geração da tecnologia Roundup Ready®. Desta forma, a tecnologia Bt foi introduzida na soja para torná-la resistente à lagarta da soja. Já a Roundup Ready2YieldTM é uma evolução da atual tecnologia RR já adotada por produtores brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios, que consiste em tornar planta tolerante a herbicidas à base de glifosato. Porém, diferentemente da primeira geração, a soja Roundup Ready2YieldTM foi desenvolvida por meio da identificação de regiões específicas no DNA da soja que possuem impacto positivo em sua produtividade. Com avançadas tecnologias de inserção e seleção, o gene Roundup Ready® foi inserido em uma das regiões. O resultado é a capacidade da tecnologia Roundup Ready2Yield™ de oferecer uma vantagem de 7% a 11% na produtividade da planta, dados esses obtidos após análises comparativas durante três anos de estudos de campo nos Estados Unidos.
Para Alfonso Alba, presidente da Monsanto do Brasil, "o avanço do processo regulatório e o respeito ao direito de propriedade intelectual no País levaram a empresa a aumentar seus investimentos no Brasil, devido à confiança que demonstra no futuro da biotecnologia agrícola e nos benefícios que ela pode continuar oferecendo aos agricultores, meio ambiente e saúde humana e animal."
Além disso, o investimento, segundo Alba, reflete a constante preocupação da Monsanto de atender as necessidades dos agricultores em todos os locais onde atua. "A lagarta da soja ataca exclusivamente as lavouras da América do Sul e é a principal praga desfolhadora desta cultura no Brasil".
"Atividades de pesquisa com melhoramento de soja em uma estação experimental empregam de cinco a seis profissionais especializados e cerca de 15 funcionários temporários. A operação de uma estação de pesquisa demanda recursos entre US$ 1,5 milhão e US$ 2 milhões ao ano na região, beneficiando a economia local e gerando empregos indiretos", conclui.
Benefícios econômicos e ambientais
As pesquisas nos Estados Unidos com esta nova tecnologia encontram-se hoje em fase de testes e têm mostrado resultados promissores. Com o início dos testes de campo no Brasil, já aprovados pela CTNBio, a Monsanto irá realizar amplos estudos de biossegurança, avaliar o desempenho agronômico e desenvolver cultivares adaptadas às diferentes regiões produtoras de soja, entre outros aspectos.
Por unir as duas características de interesse agronômico e benéficos á lavora, a nova soja proporciona a redução das aplicações de inseticidas e herbicidas, o que reflete diretamente na preservação ambiental, além de oferecer manejo mais fácil, maior controle ao longo do desenvolvimento da planta.
Além de produzir mais, os produtores poderão contar com a redução de custos de produção e conseqüente aumento de ganhos. Segundo estudo da consultoria Céleres, divulgado no primeiro trimestre de 2007, desde a adoção da tecnologia RR no Brasil, os ganhos dos agricultores brasileiros são de US$ 1,5 bilhão. Porém, segundo a análise, o lucro está aquém do que obtiveram os principais competidores no mercado internacional, os Estados Unidos e Argentina. Se o Brasil tivesse adotado a soja transgênica na última década, em conjunto com os demais países precursores, os agricultores brasileiros de soja já teriam acumulado benefícios da ordem de US$ 4,6 bilhões.
Já sobre os benefícios ambientais, a nova soja unirá a redução do uso de defensivos (herbicidas e inseticidas) a práticas agrícolas sustentáveis, como a adoção do Plantio Direto, técnica conservacionista que permite o controle da erosão, redução da compactação do solo e a economia de combustível e máquinas, levando a uma significante redução da emissão de CO2 na atmosfera, gás causador do efeito estufa.
Com relação às aplicações de agroquímicos, estudos comprovam os benefícios das duas tecnologias (Bt e RR) isoladas, o que deverá ser impulsionado com a combinação. O estudo "Lavouras GM: os primeiros dez anos - impactos sociais, econômicos e ambientais globais", de autoria dos economistas Graham Brookes e Peter Barfoot, apontam que a soja tolerante a herbicida foi responsável para redução de 51,4 mil toneladas de defensivos agrícolas em dez anos de sua adoção (1996 - 2005), enquanto o algodão resistente a insetos-pragas economizou a aplicação de 94,5 mil toneladas de inseticidas no mesmo período. Além disso, a redução da aplicação de pesticidas oferece um melhor ambiente aos insetos benéficos, pois não são alvos da tecnologia Bt nessas culturas.
Lagarta da soja
A lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis) é a principal praga desfolhadora da cultura e ataca a planta em todos os estágios. Os prejuízos causados pela lagarta da soja são da ordem de US$ 300 milhões ao ano no Brasil, sendo que atualmente o custo para o controle dessa praga é da ordem de US$ 14/ha, média Brasil ao ano. E se considerarmos uma perda de produtividade média de 7%, esse valor pode subir para US$ 1 bilhão ao ano.
Sobre a Monsanto
A Monsanto está presente no Brasil há 57 anos. Pioneira no desenvolvimento de produtos com tecnologia de ponta na área agrícola - herbicidas e sementes convencionais e geneticamente modificadas -, busca soluções que proporcionem aos agricultores melhor produtividade das lavouras, menores custos de produção e alimentos mais saudáveis. Mas a empresa acredita que tão importante quanto isso está o investimento em práticas conservacionistas, que garantam a sustentabilidade dos recursos naturais e, portanto, da própria produção agrícola.
Foi seguindo essas diretrizes que a Monsanto fez nascer um dos produtos mais vendidos no mundo e de baixa toxicidade: Roundup®, também usado em jardinagem doméstica, na reserva ecológica de Galápagos e para controle de plantas daninhas em patrimônios da humanidade como Pompéia, na Itália, e Baía Willapa, em Washington (EUA) - habitat natural de aves e organismos marítimos. As características do Roundup® foram fundamentais para o surgimento do sistema conservacionista plantio direto, que facilita etapas de plantio e ajuda na preservação do solo e da água, com resultados positivos em termos de sustentabilidade ambiental da agricultura: maior cobertura do solo, redução de sua compactação, melhora em seu processo de conservação e controle da erosão. Na Biotecnologia, onde também é pioneira, a empresa vem desenvolvendo sementes que estão revolucionando a agricultura mundial, que requerem menor uso de defensivos agrícolas.
A empresa gera hoje cerca de 1,8 mil empregos diretos e 7 mil indiretos, investe mais de US$ 600 mil dólares por ano em ações voltadas para o bem-estar da comunidade e a preservação ambiental, foi considerada pela 8ª vez consecutiva como uma das Melhores Empresas para se trabalhar no Brasil e, em 2004, 2005 e 2006, uma das Melhores da América Latina. Em 2005 e 2006 a Monsanto também foi apontada pela Você S.A como uma das 50 melhores empresas para executivos do País e recebeu, do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e Instituto Ethos, o índice AAA (o mais alto) de avaliação do grau de responsabilidade social de empresas e organizações. Além disso, investiu nos últimos 10 anos mais de US$ 1 bilhão na expansão e modernização de suas unidades industriais em diversos estados brasileiros.
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