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terça-feira, novembro 23, 2004

Consórcio Anti-Ferrugem identifica ferrugem asiática da soja em primeira área comercial no Brasil

A presença do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, acaba de ser confirmada na primeira área comercial de soja, da safra 2004/2005, no município de Três Barras do Paraná, sudoeste do Paraná, pela Coodetec, membro do Consórcio Anti-ferrugem. A ferrugem apareceu no final do florescimento (R3), em lavoura cultivada em setembro, com variedade precoce.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, membro do Consórcio Anti-Ferrugem, este fato mostra que existe o esporo do fungo no ar, conforme já identificado anteriormente em unidades de alerta e soja voluntária. Portanto, quando as lavouras comerciais chegarem na fase de florescimento, há probabilidade de surgimento de ferrugem, se as condições climáticas favoráveis forem favoráveis à doença. “Por isso, é preciso intensificar o monitoramento nas lavouras e atentar para as informações sobre novos focos da ferrugem em cada região”, alerta a pesquisadora.
Agora já são 5 os estados - Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, Goiás e Maranhão - e 16 os municípios - Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde (MT) Nova Cantu e Três Barras do Paraná (PR), Nonoai, Sanaduva, Cruz Alta, Espumoso, Itaara, Jóia, Santa Rosa, Sarandi e Santiago (RS), Balsas (MA) e Jandaia e Montevidiu (GO) -, onde há a presença da ferrugem, na safra 2004/2005.
Em Balsas, a ferrugem foi identificada em áreas de pivô, semeada na entressafra, na formação de grão (R5). Em Montevidiu (GO), a ferrugem asiática foi constatada em unidade de alerta, em plantas no final da floração (R3).
O Departamento de Defesa Fitosanitária da Universidade Federal de Santa Maria identificou também novos focos de ferrugem asiática, em soja voluntária, em sete municípios gaúchos: Cruz Alta, Espumoso, Itaara, Jóia, Santa Rosa, Sarandi e Santiago. “Eles aparecem em diferentes fases de desenvolvimento da planta com predomínio da fase reprodutiva (R3 e R4)”, explicou o pesquisador Ricardo Balardim, membro do Consórcio Anti-Ferrugem.
A relação dos 15 municípios, o mapa com os locais onde há ocorrência da doença, assim como informações sobre identificação da ferrugem, controle da doença, produtos registrados, entre outros dados, estão disponíveis no Sistema de Alerta (www.cnpso.embrapa.br/alerta).
O Sistema de Alerta é uma das ferramentas do Consórcio Anti-ferrugem para disseminar as informações sobre a situação da doença no País. O
Consórcio é coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e conta com a participação de vários segmentos da cadeia produtiva da soja. Entre eles: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), fundações de apoio à pesquisa, empresas estaduais de pesquisa, de transferência de tecnologias, cooperativas, universidades e Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos (AENDA).
De acordo com o chefe de pesquisa da Embrapa Soja, João Flávio Veloso, o Consórcio Anti-ferrugem formou uma rede de 60 especialistas em ferrugem, representantes de instituições de todas as regiões do Brasil. “Esta rede reúne as informações mais atualizadas sobre a ferrugem asiática da soja, referentes ao histórico da doença, condições favoráveis de disseminação do fungo causador da ferrugem, estratégias de monitoramento e controle, número e época de aplicações de fungicidas, tecnologia de aplicação de defensivos, entre outras informações importantes para o manejo da doença”, explica.
Além de 60 especialistas em ferrugem, o Consórcio conta 57 laboratórios credenciados em todo o Brasil. Esta rede, formada pelo Consórcio, é responsável pelo monitoramento e dispersão do fungo causador da doença.
As informações são compartilhadas e atualizadas diariamente no Sistema de Alerta.

Jornalista: Lebna Landgraf (MTb 2903)
Embrapa Soja
Telefone: (43) 3371-6061
E-mail: lebna@cnpso.embrapa.br

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