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segunda-feira, setembro 27, 2004

Banco Mundial aprova US$ 30 mi para expandir soja em Mato Grosso

O conselho da IFC (Corporação Internacional de Finanças), braço do Bird (Banco Mundial) encarregado de financiar a iniciativa privada, aprovou anteontem um financiamento de US$ 30 milhões ao Grupo André Maggi para financiar o aumento da produção de soja no leste de Mato Grosso.
O projeto foi criticado por ambientalistas, que vêem nele um precedente para o financiamento de atividades destrutivas na Amazônia, num retorno às práticas ambientalmente incorretas do banco nos anos 1980.
‘O projeto foi aprovado nos termos da Maggi e da IFC’, disse ontem à Folha Adriana Gomez, do escritório de mídia da IFC. O conselho considerou que o financiamento ao Grupo Maggi poderia ser enquadrado na chamada categoria B, para projetos de moderado risco ambiental.
O Fórum das ONGs, que reúne 19 organizações, queria a reclassificação do financiamento para a categoria A, para projetos de alto risco ao ambiente. Essa categoria exige avaliação ambiental mais rigorosa. Eles pediram a reclassificação ao presidente do Bird, James Wolfensohn, que disse na última terça-feira estar ‘preocupado’ com a questão da soja.
Para as ONGs, a decisão da IFC desmoraliza Wolfensohn. ‘Fica desmoralizada a consulta que ele fez às ONGs na terça-feira, tentando ser bonzinho’, disse Maurício Galinkin, da Fundação Centro Brasileiro de Referência e Apoio Cultural, uma das organizações que fizeram o pedido.
A IFC diz que o financiamento não é para aumento de área plantada, mas para financiar produtores que vendem soja para a Maggi.
Galinkin argumenta que, ainda que o projeto não seja formalmente de expansão, seu impacto será grande porque o dinheiro vai ser financiar sojicultores numa área muito extensa da mata amazônica de transição, o ecossistema mais ameaçado da Amazônia.

Fonte: Folha de SP

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