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terça-feira, abril 20, 2004

Embrapa ganha Prêmio Péter Murányi 2004

Os ganhadores do Prêmio Péter Murányi 2004 Alimentação são Francisco José Lima Aragão e Josias Corrêa de Faria, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pelo trabalho 'Obtenção de feijoeiro resistente ao vírus do mosaico dourado', indicado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF). A entrega foi em São Paulo, em 15 de abril, no Moinho Eventos.
Os pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO) descobriram novas técnicas com potencial de aumento rápido da produção de feijão, uma alternativa para equacionar a fome e aumentar a renda dos produtores. O plantio de feijão resistente a pragas como o mosaico dourado é estratégico para o Brasil porque permitirá um ganho mínimo de 20% na produção brasileira.
O trabalho para modificação genética do feijão iniciou-se em 1991. O mosaico dourado é uma virose extremamente destruidora desde a década de 60. A solução atual não mudou o quadro de destruição e pode causar perdas de produção de 40 a 100%, explicou Aragão durante a solenidade.
O próximo passo será estender o projeto para outras aplicações, entre elas o feijão de corda, café e cana-de-açúcar. A obtenção de uma planta de feijão resistente a vírus mostra que temos uma tecnologia eficiente para obter resistência a viroses do mesmo grupo ou de diferentes espécies e mesmo de outras doenças, enfatiza Aragão.
Em 12 de março o Ibama autorizou o início dos testes em campo e em 15 de março o Ministério da Agricultura concedeu a última licença para o início dos testes de biossegurança.
Aragão e Josias, no momento da entrega do prêmio, agradeceram a todos que contribuíram para o sucesso da pesquisa, dizendo que é preciso que as pessoas se livrem do medo do novo nas áreas de ciência e tecnologia e que o país possa cada vez mais usufruir dos resultados das pesquisas geradas pelos investimentos públicos.
Destacaram também a importância da parceria entre unidades de pesquisa de uma mesma instituição. Foi um trabalho em conjunto, realizado com sucesso.
O Prêmio foi criado pelo empresário Péter Murányi para incentivar e reconhecer os pesquisadores de qualquer parte do mundo na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida das populações situadas abaixo do paralelo 20 de latitude norte, especialmente o Brasil. É o terceiro ano do prêmio. Em 2003, o tema foi desenvolvimento científico e tecnológico. Em 2002 foi a vez da saúde.
Os trabalhos devem ser indicados por universidades, centros de pesquisa e instituições ligadas ao tema. Não há inscrições diretas. Primeiramente, são avaliados por especialistas. No segundo momento, os três melhores são submetidos ao júri composto pelo Conselho Superior da Fundação, pela Comissão Técnica e Científica e por renomados representantes da sociedade. Neste ano, participaram 75 instituições brasileiras, 6 argentinas, 4 chilenas, 3 peruanas e 1 paraguaia.
O prêmio é composto de um diploma de reconhecimento público, um troféu, uma medalha e uma importância em moeda corrente fixada pelo Conselho Superior.

Cristina Tordin
Embrapa Meio Ambiente
Contatos: (19) 3867.8700 - cris@cnpma.embrapa.br

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